ENERGIA NUCLEAR UMA ENERGIA LIMPA?
RADIOACTIVIDADE: O QUE É? Propriedade dos núcleos instáveis de alguns elementos de libertarem energia de forma expontânea.
Naturais - existem em todos os locais da Terra : RADIAÇÕES Naturais - existem em todos os locais da Terra : radiação de fundo à qual todos os organismos em determinado local estão sujeites.
RADIAÇÕES Artificiais - criada pelo Homem (máquinas de raio X, medicina nuclear, pinturas fluorescentes, uso de armas nucleares, instalações nucleares…)
AS RADIAÇÕES SÃO TÓXICAS? Ramo da tóxicologia Radiotoxicologia Estuda os efeitos nocivos provocados pelas radiações ionizantes sobre os organismos.
RADIOTOXICIDADE SENSIBILIDADE - Pluricelulares Vs unicelulares - Vertebrados Vs invertebrados - Espécie, raça, sexo, idade e metabolismo - Diferentes tecidos e orgãos
RADIOTOXICIDADE VELOCIDADE COM QUE AS RADIAÇÕES SÃO RECEBIDAS (DL 50/30) TIPO DE RADIAÇÃO SITUAÇÃO EM QUE ACTUAM ( fora ou dentro do organismo)
EFEITOS NOCIVOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Efeitos nocivos principalmente sobre o núcleo e em particular sobre os cromossomas.
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE AS CÉLULAS VIVAS Directa - quando moléculas radioactivas são absorvidas Indirecta - quando se formam radicais livres de elevada reactividade no interior da célula
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE AS CÉLULAS VIVAS Inactivação de sistemas enzimáticos Acumulação de peróxidos e inibição da actividade catalásica - generalização dos efeitos tóxicos e decréscimo do RNA nuclear
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE AS CÉLULAS VIVAS Diminuição da quantidade de Coenzima A (um dos mais potentes protectores frente à lesão radioactiva) Diminuição da taxa de DNA polimerase II nas mitocôndrias
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE AS CÉLULAS VIVAS Inibição da síntese de DNA São responsáveis pela deficiência do citocromo c necessário para a oxidação mitocôndrial e fosforilação oxidativa
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE AS CÉLULAS VIVAS Inibição da síntese nuclear de trifosfonucleótido Lesões cromossómicas nas células em mitose: Morte ou efeitos sobre as gerações posteriores
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE OS ORGÃOS E SISTEMAS DE ORGÃOS Fenómenos agudos: - síndrome das 48h - síndrome do 4º dia - síndrome intestinal - síndrome hemático
ACÇÃO DAS RADIAÇÕES SOBRE OS ORGÃOS E SISTEMAS DE ORGÃOS Fenómenos crónicos - Síndrome nervoso - Síndrome cutâneo - Desnutrição - Poliúria, transtornos visuais, fenómenos cancerigenos (leucemias e outros processos mitóticos)
ALTERAÇÕES QUE AFECTAM A DESCENDÊNCIA Genitais femininos mais sensíveis que os masculinos Embrião muito sensível (máxima sensibilidade na altura de diferenciação celular)
CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS Reservatório atmosférico Contaminação dos solos, das águas e das plantas Bioacumulação Biomagnificação
ISÓTOPOS RADIOACTIVOS MAIS IMPORTANTES NOS ALIMENTOS Origem Natural: - Rádio-226 - Carbono-14 - Tório-232 - Urânio-238 - Potássio-40
ISÓTOPOS RADIOACTIVOS MAIS IMPORTANTES NOS ALIMENTOS Origem Artificial (antropogénica): - Estrôncio-90 e Sr-89 - Césio-137 - Bário-140 - Iodo-131
O CICLO DO COMBÚSTIVEL NÚCLEAR São todas as etapas necessárias à obtenção do combústivel nuclear - o Urânio Extracção Tratamento Conversão Enriquecimento Utilização Reprocessamento
EXTRACÇÃO/TRATAMENTO RISCOS AMBIENTAIS E HUMANOS Taxa de extracção 0,1% - 0,2% A céu aberto… metais pesados Tório-232 - t1/2 80000 anos Rádio-226 - t1/2 1600 anos raios gama gás radão Líquido usado para a lixiviação amónio carbonato ácido sulfúrico
EXTRACÇÃO/TRATAMENTO RISCOS AMBIENTAIS E HUMANOS Líquido de lixiviação formado contém: cadmium, arsénico, níquel e urânio Contaminação de: cursos de água solos lençóis friáticos Minério usado na construção: casas, estradas, caminhos de ferro,… Erosão cheias, ventos, terramotos Dispersão do material radioactivo
EXTRACÇÃO/TRATAMENTO RISCOS AMBIENTAIS E HUMANOS Exposição ambiental local Efeitos à distância
EXTRACÇÃO/TRATAMENTO RISCOS AMBIENTAIS E HUMANOS Projecto MinUrar Estudo epidemiológico e ambiental Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Instituto Geológico e Mineiro Instituto Tecnológico e Nuclear Demonstrou: neoplasias malignas do osso e pulmão alterações citogenéticas aberrações cromossómicas alterações da função renal risco de leucemia
CONVERSÃO E ENRIQUECIMENTO - OS RISCOS - Aumentar a % de U-235 de 0,7% para 3% - 4% 1º conversão U3O8 em UF6 2º enriquecimento UO2 Riscos: libertação acidental de hexaflureto agente corrosivo e tóxico enriquecimento superior maior probabilidade de explosão do reactor
Síndrome dos Balcãs e da guerra do Golfo URÂNIO EMPOBRECIDO Formação de resíduos Urânio empobrecido armazenamento caro pesado e denso perfuração e blindagem Radioactivo t1/2 4500 milhões de anos Contaminação do meio ambiente Contaminação humana Síndrome dos Balcãs e da guerra do Golfo
URÂNIO EMPOBRECIDO Emissão de radiações alfa e beta
AS VERDADES E OS RISCOS DAS CENTRAIS Contaminação radioactiva diária central atmosfera rios e mar e solo Radioactividade Séculos Milénios ?Gerações futuras? Poluição térmica elementos radioactivos
AS VERDADES E OS RISCOS DAS CENTRAIS Negócio rentável? construção, segurança; gestão de resíduos, indemnizações; vida útil da central. Uso de plutónio para fabrico de bombas
ACIDENTES NAS CENTRAIS Falhas humanas Falhas do material Processos naturais Alvos para ataques terroristas Chernobyl, Abril de 1986 31 morreram 109 feridos por exposição aguda à radiação 135000 foram evacuados
CHERNOBYL Nuvem radioactiva de I-131 e Cs-137 Dois milhões de pessoas mobilizadas no processo de limpeza de toda a região atingida. Calcula-se, que destas cerca de 300 mil terão morrido mais tarde devido aos efeitos da radiação. 5 milhões contaminados. Impacto agro-pecuário e económico catastróficos (área inutilizada pela radiação de cerca de 140 mil Km2) Nuvem radioactiva de I-131 e Cs-137
CHERNOBYL - CANCRO DA TIRÓIDE -
RESÍDUOS NUCLEARES Proveniência: 90% Riscos no transporte ciclo do combustível centrais nucleares - funcionamento e desactivação 10% medicina nuclear investigação indústria Riscos no transporte Classificação/semi-vida Baixa actividade - HLW Média actividade - ILW Alta actividade - LLW
RESÍDUOS NUCLEARES ?? Soluções?? NIMBY?? Até 1970 - lançados ao mar Agora - armazenamento temporário em piscinas de arrefecimento - armazenamento “definitivo” em contentores: no subsolo no fundo do mar NIMBY??
RESÍDUOS NUCLEARES Períodos de isolamento necessários para os HLW de um milhão de anos Meio geológico em constante mudança materiais dos contentores com tempo de vida inferior ao dos resíduos Contaminação ambiental
RESÍDUOS NUCLEARES Conclusões Não há eliminação há isolamento provisório A melhor solução para o futuro... Não produção de lixo nuclear
MEDICINA NUCLEAR Risco/Benefício Uso de marcadores radioactivos com a finalidade de: diagnóstico e terapêutica Cintigrafia Alergias Contra-indicado em grávidas e lactantes 80% - 90% Tecnécio-99, t1/2 6 horas Tálio-201, t1/2 3 dias 10% - 20% Gálio-67, t1/2 3 dias Iodo-131, t1/2 8 dias
MEDICINA NUCLEAR Risco/Benefício Radioterapia Riscos/efeitos colaterais dependentes da exposição: tempo intensidade dose local Reacções crónicas: fibrose pulmonar fibrose mediastínica pericardite hipotiroidismo Reacções agudas: xerostomia queimaduras diarreia febre vómito
A Terra não é nossa, foi-nos deixada pelos nossos netos... POLÍTICA NUCLEAR A Terra não é nossa, foi-nos deixada pelos nossos netos...
POLÍTICA NUCLEAR INTERESSES : Militares, Políticos (grandes potências), Empresariais (energéticos), Ciêntificos, etc. “Frodo has failed”
POLÍTICA NUCLEAR As Grandes Potências e o Monopólio Nuclear - Tecnologia - Exploração da matéria prima a nível mundial
POLÍTICA NUCLEAR Moeda de troca -Urânio (minério) Alimentos Urânio (minério)/ Urânio enriquecido e participação de ciêntistas nos programas de investigação
POLÍTICA NUCLEAR 1974 - emergência de países em vias de desenvolvimento na exploração da energia nuclear (Argentina e Índia) Índia consegue construir uma bomba atómica a partir dos resíduos nucleares
POLÍTICA NUCLEAR 1975 - reactores de água pesada - Corte de relações de cooperação
ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS 1946 - Nações Unidas propõem a criação de uma Autoridade Mundial responsável pela gestão das reservas de urânio mundial
ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS 1967 - Os Países detentores de reservas de minério comprometem-se a não permitir que o mesmo seja utilizado para fins bélicos.
ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS Alemanha - um dos primeiros países desenvolvidos a dar sinais de abandono da energia nuclear, principalmente por razões de segurança. (Riscos e custo do armazenamento de resíduos incalculáveis)
ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS Entretanto… UE obriga que até 2008 os estados membros encontrem e declarem os locais para o depósito dos resíduos radioactivos
“NEGOCIATAS” Países desenvolvidos compram tecnologia nuclear a países em vias de desenvolvimento Países em vias de desenvolvimento recebem todo o “lixo” radioactivo
“HIPOCRISÍA” Protocolo de Quioto silenciosamente abre a porta à Energia Nuclear em deterimento das energias alternativas
ALGUMAS ALTERNATIVAS Energia Eólica Energia Solar Energia Hidroeléctrica etc...
ALGUMAS ALTERNATIVAS Investigação: Novas áreas da medicina - tratamento e diagnóstico
AS ROSAS DE HIROSHIMA Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexactas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioactiva Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. Vinícius de Moraes