Prof. Karin Kristina Pereira FACULDADE ASSIS GURGACZ

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Osny Ferreira de Camargo
Advertisements

Gleisse Kimiele Gomes Penido Técnica em Segurança do Trabalho
Engenharia e Segurança do Trabalho
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
MAPA DE RISCO Tânia Carolina.
BIOSSEGURANÇA Prof. Ricardo Goulart UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Proteção Respiratória
Professora Bruna Gratão
BIOSSEGURANÇA.
Engenharia e Segurança do Trabalho
INTRODUÇÃO À HIGIENE DO TRABALHO
Hospital de Clínicas – UFPR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
PROF/ENFª. TATIANY CAVALCANTE
Acidentes com materiais biológicos
Vista essa idéia uniforme é coisa séria!
Biossegurança em Ambientes Coletivos
MAPA DE RISCO AMBIENTAL
A EXPERIÊNCIA DO LACEN/AL NO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE LLLLL.
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
Técnicas de ANÁLISE DE RISCO
Um problema de saúde pública que você pode evitar.
História da Saúde e Segurança do Trabalho
SEGURANÇA,MEIO AMBIENTE E SAÚDE
FTST Formação Técnica em Segurança do Trabalho
Biossegurança e Rotina Laboratorial
Segurança em laboratório de Química
Vista essa idéia uniforme é coisa séria!
BIOSSEGURANÇA com ênfase na RDC ANVISA 302
Vista essa idéia uniforme é coisa séria!
Riscos Biológicos no Ambiente de Trabalho
Segurança Ocupacional
MAPA DE RISCOS Diego Basílio.
Higiene Ocupacional.
Acidente com material perfuro-cortante
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
RISCOLOGIA – Química, Física, Biológica e Ergonômica.
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
Universidade Federal de Santa Catarina
Os Riscos e a Biossegurança
Níveis de biossegurança
Principais medidas de barreira na prevenção das IRAS
Riscos Químicos.
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO
History of work-related accident - Industrial Revolution
Noções Gerais de Biossegurança
UFCD 8211 – Higiene e Segurança no Trabalho na Restauração
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Segurança Ocupacional
Riscos Ambientais.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
NR 5 – CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
MAPA DE RISCOS.
BIOSSEGURANÇA, CONTROLE DE RESÍDUOS.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE
BIOSSEGURANÇA CONSCIENTIZAÇÃO do USO de EPI
23/10/20081 Higiene Industrial Por: Bruno Cotta Danilo Sobral Filipe Campos José Francisco da Silva FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA.
Higiene do trabalho “Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes.
NORMA REGULAMENTADORA 09
HIGIENE e MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS ESTÉRIEIS
Ciências Farmacêuticas e Biossegurança
Profª.Ms. Alexander de Quadros
Prevenção de INFECÇÃO Manuseio de materias.
Prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Enfermeira: Neusa Acadêmica : Alissa
Palestrante: Ythia Karla
Biossegurança: uma ciência emergente
Transcrição da apresentação:

Prof. Karin Kristina Pereira FACULDADE ASSIS GURGACZ BIOSSEGURANÇA Prof. Karin Kristina Pereira FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

BIOSSEGURANÇA ABORDAGENS... Definição Histórico O Laboratório de ensino e pesquisa e seus riscos Análise dos Riscos Simbologia Boas Práticas

Biossegurança: uma ciência emergente Conceito Biossegurança – é um conjunto de medidas voltadas para minimização dos riscos para o homem, animais e meio ambiente

Biossegurança como ciência Biossegurança latu sensu – Biossegurança de laboratórios Biossegurança strictu sensu – apenas segurança de transgênicos

INFECÇÕES LABORATORIAIS HISTÓRICO 1941 – Meyer e Eddie – 74 casos de brucelose associados a laboratório - aerossol Publicação onde ocorreram 74 casos de Brucelose associadas a um laboratório nos Estados Unidos, concluindo que a manipulação de culturas ou a inalação de poeira contendo a Bactéria Brucella é perigosa para os trabalhadores. Casos atribuidos à falta de cuidado ou à técnica de manuseio incorreta

INFECÇÕES LABORATORIAIS 1949 – Sulkin e Pike – 222 infecções virais 21 infecções fatais – provável fonte de infecção associada ao manuseio de animais e tecidos infectados

QUESTIONÁRIO ENVIADO A 5000 LABORATÓRIOS (1342 CASOS) BIOSSEGURANÇA 1951 – Sulkin e Pike – brucelose e tuberculose mais freqüentes. QUESTIONÁRIO ENVIADO A 5000 LABORATÓRIOS (1342 CASOS) 1/3 DOS CASOS FOI RELATADO NA LITERATURA MAIORIA DOS CASOS RELACIONADO AO USO DE PIPETAS, SERINGAS E AGULHAS

PRIMEIRO LABORATÓRIO

LABORATÓRIOS ATUAIS

BIOSSEGURANÇA Tabela Histórica 1762 Microorganismos específicos como causa de doenças distintas Plenciz - Viena 1874 Lavagem das mãos. Semmelweia - Viena 1858 Higiene Hospitalar. Nightingale 1942 Prova-se a transmissão das hepatites. Voeght 1946 Classificam-se as hepatites 1970 Cuidados com sangue, secreções e excreções de portadores de Hepatite B - CDC

BIOSSEGURANÇA 1974 – Classificação de risco de agentes etiológicos CDC- US Centers for Disease Control 1980 – Precauções universais para manipulação de fluídos corpóreos (HIV)

BIOSSEGURANÇA 1982 – Antes da identificação do agente etiológico da AIDS o CDC já recomendava a prevenção do contato com sangue ou fluidos corporais 1984 – primeiro Workshop de Biossegurança (Biossegurança em laboratórios ) - Fiocruz

Brasil – O surgimento da Biossegurança 1985 – Implementação do conceito de Precauções Universais – enfatiza-se o uso rotineiro de barreiras de proteção (EPI) para evitar o contato com sangue e fluidos corpóreos e a transmissão de patógenos 1986 – primeiro levantamento de riscos em laboratório na Fiocruz - INCQS

Brasil – O surgimento da Biossegurança década de 90 – a Biossegurança começa a ser direcionada para a tecnologia do DNA recombinante. Primeiro projeto de fortalecimento das ações em Biossegurança – Ministério da Saúde – Núcleo de Biossegurança 1995 – Lei brasileira de Biossegurança Lei 8974/95

REGULAMENTAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA NO BRASIL 1995 – LEI 8974 estabelece regras para o trabalho com DNA recombinante no Brasil, incluindo pesquisa, produção e comercialização de OGM’s de modo a proteger a saúde do homem, animais e meio ambiente 1995 - Decreto 1752 – formaliza a comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e define suas competências no âmbito do Ministério da ciência e Tecnologia.

Biossegurança como ciência 1999 – fundação da Associação Nacional de Biossegurança – ANBio ( www.anbio.org.br)

Biossegurança como ciência 1999 – Primeiro Congresso Brasileiro de Biossegurança PRÓXIMO CONGRESSO EM 2009 2000 – início da introdução da Biossegurança como disciplina científica no currículo universitário 2001- CNPq lança programa de indução das ações em Biossegurança

Biossegurança como ciência 2005 – Regulamentação da lei brasileira de Biossegurança Lei 8974/95 Regulamenta a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, dispõe sobre a vinculação, competência e composição da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, e dá outras providências.

O LABORATÓRIO DE ENSINO E PESQUISA E SEUS RISCOS

BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA CONSIDERAÇÕES GERAIS BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA Conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

BIOSSEGURANÇA Situação: Existem Tecnologias disponíveis para eliminar ou minimizar os riscos. Problema: Comportamento dos profissionais e falta de vacinação Anos 70, profissionais de saúde possuem mais casos de infecções como Hep, TB, Shiguelose do que os de outras atividades

BIOSSEGURANÇA Exemplo Um bandaneiro revira sacolas e caixas em um lixão. De repente, um descuido. Ele se fere com uma seringa utilizada e abandonada no meio do lixo.

BIOSSEGURANÇA Exemplo Fim de expediente para um profissional de laboratório que lida com o bacilo da tuberculose. Ele encera as atividades sem perceber que sua máscara de proteção estava mal colocada. Três semanas depois, o filho de sua empregada doméstica é diagnosticado com TB.

BIOSSEGURANÇA Exemplo Real Hong Kong, China. Um hóspede com sintomas de gripe permanece num hotel por dois dias. Semanas depois, pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (SARS) são identificadas em 5 países, incluindo Canadá e EUA. A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao paciente do hotel. 3 principais países afetados: - Hong Kong e China: 7082 casos - 3º país: Taiwan – 346 casos

ANÁLISE DOS RISCOS Perigo: Risco? Perigo: Risco: “Estado ou situação que inspira cuidado”. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2000. Risco: “Perigo ou possibilidade de perigo”.

RISCOS DE ACIDENTES Primário: é a própria fonte de risco, quando por si só já é um risco Ex. frasco de éter, material pérfuro-cortante Secundário: é a própria fonte de riscos + a condição insegura ligada ao humano Ex. frasco de éter colocado próximo a fonte de calor, material pérfuro-cortante descartado em lixos comuns e o não gerenciamento dos resíduos (que deixa somente com risco primário)

ANÁLISE DOS RISCOS TIPOS DE RISCO Físicos Químicos Ergonômicos Biológicos Acidentes

RISCOS FÍSICOS “Riscos provocados por algum tipo de energia” Equipamentos que geram calor ou chamas Equipamentos de baixa temperatura (frio) Radiação:Raio X, Não ionizante (LN, UV, IV, RL) Pressões anormais Umidade Ruídos e vibrações Campos elétricos

RISCOS FÍSICOS: ESTUFA

RISCOS FÍSICOS: AUTOCLAVE

RISCOS FÍSICOS: NITROGÊNIO LIQUIDO

RISCOS QUÍMICOS Contaminantes do ar (poeira) Fumos, névoas, neblinas, gases, vapores Substâncias tóxicas (inalação, absorção ou ingestão) Substâncias explosivas e inflamáveis Substâncias irritantes e nocivas Substâncias oxidantes Substâncias corrosivas Líquidos voláteis Substâncias cancerígenas Degermantes: Iodo

Ác. Nítrico + solvente orgânico RISCO QUÍMICO Ác. Nítrico + solvente orgânico

RISCOS ERGONÔMICOS “Elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto e saúde” Postura inadequada no trabalho Iluminação e ventilação inadequadas Jornada de trabalho prolongada, monotonia Esforços físicos intensos repetitivos Assédio moral (efeito psicológico) Lesões: calor localizado, choques, dores, dormência, formigamentos, fisgadas, inchaços, pele avermelhada, e perda de força muscular.

RISCOS BIOLÓGICOS “Amostras provenientes de seres vivos” Plantas Animais Bactérias (incluindo OGM’s) Fungos Protozoários Insetos Amostras biológicas de animais e seres humanos como sangue, urina, escarro, fezes, secreções...)

RISCOS BIOLÓGICOS

RISCOS BIOLÓGICOS

RISCOS BIOLÓGICOS

Mapa de risco MAPA DE RISCO CONCEITO Representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores.

MAPA DE RISCO  Planta baixa representando os riscos encontrados; OBJETIVOS  Planta baixa representando os riscos encontrados;  Proporcionar processo educativo à sua elaboração;  Conscientizar os trabalhadores em relação aos perigos expostos;  Buscar soluções aos problemas encontrados;  Prevenção de acidentes: visão coletiva.

Confecção da representação gráfica segundo a NR-5: Mapa de risco Confecção da representação gráfica segundo a NR-5: - Grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor; - No de trabalhadores expostos ao risco; - Especialização do risco; - Identidade do risco de acordo com a gravidade.

Grupos de risco NR-5. Classifica os Riscos ambientais em 5 grupos: Mapa de risco Grupos de risco NR-5. Classifica os Riscos ambientais em 5 grupos: GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS (verde) GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS (vermelho) GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS (marrom) GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS (amarelo) GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES (azul)

Definição dos riscos: círculos Mapa de risco Definição dos riscos: círculos Grau de gravidade maior menor

Representação gráfica do MR Mapa de risco Representação gráfica do MR

Mapa de risco Planta baixa

Mapa de risco Equipamentos

Disposição dos equipamentos Mapa de risco Disposição dos equipamentos

SIMBOLOGIA RADIAÇÃO RISCO BIOLÓGICO ARMA QUÍMICA

IRRITANTE INFLAMÁVEL

PERIGO AO MEIO AMBIENTE TÓXICO

CORROSIVO COMBUSTÍVEL EXPLOSIVO

RISCO BIOLÓGICO

RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE RADIAÇÃO A LASER RADIAÇÃO IONIZANTE RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

BAIXA TEMPERATURA SUPERFÍCIE AQUECIDA CAMPO MAGNÉTICO GÁS COMPRIMIDO

CARCINOGÊNICO

CONSIDERAÇÕES GERAIS Via de Exposição Procedimento de risco Pipetagem com a boca - Ingestão Consumir alimentos no lab. Colocar dedos ou objetos contaminados na boca Acidentes com agulhas - Inoculação Acidentes materiais cortantes Arranhão, mordidas de animais

CONSIDERAÇÕES GERAIS Via de Exposição Procedimento de risco Fluidos bocas, olhos, nariz, pele - Pele / mucosa Objetos / Equipamentos com superfícies contaminadas Aerossóis - Inalação

PRÉ – TESTE Biossegurança

www.aids.gov.br/telelab/