TUBERCULOSE Agente infeccioso Micobacterium tuberculosis: 24 de março de 1882 – Robert Koch Pertence ao complexo Micobacterium tuberculosis: M.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Julho Programa Estadual de Prevenção e Controle das Hepatites Virais do Estado da Bahia.
Advertisements

INFLUENZA A (H1N1) REDUZIR RISCO DE TRANSMISSÃO
SITUAÇÃO EPIDEMIOLOGICA DAS DOENÇAS EXANTAMÁTICAS NO ESTADO DE GOIAS
Sistema de Informação notificação e rotinas
Epidemiologia, quadro clínico e diagnóstico da tuberculose.
NORMAS TÉCNICAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Controle da Tuberculose
Morbidade, hospitalizações e letalidade por dengue:
PLANO INTEGRADO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA DOENÇAS EM ELIMINAÇÃO
III ENCONTRO NACIONAL DE TUBERCULOSE Salvador/BA
TUBERCULOSE.
Programa de Controle da Tuberculose
TREINAMENTOS REALIZADOS NO ANO DE 2011 Reunião de Avaliação do PECT 2011 Curitiba, 12 de dezembro de 2011.
Tendência da incidência da tuberculose. Paraná, 2001 a 2010*.
Tuberculose - Fisiopatologia
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES NO CONTROLE DA TUBERCULOSE - TDO
Tuberculose no mundo Um terço da população está infectada.
Diagnóstico 2012 Situação presente e como poderia/deveria estar.
I Fórum Paranaense de Produção Científica
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PINHAIS-PR
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN TUBERCULOSE
Fonte: OMS em mil 2,2 milhões 1 milhão.
Metas Priorizadas 2012 intensificar ações de controle junto`as populações com maior risco de adoecimento por tuberculose (moradores em situação de rua.
Reunião de Avaliação do PECT 2011 Curitiba, 12 de dezembro de 2011.
Ações prioritárias pactuadas nas Ações de Vigilância em Saúde - PAVS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SVS
Encontro de Planejamento 2012
Programa Estadual de Controle da Tuberculose
Leishmaniose Visceral
PLANO INTEGRADO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS de eliminação da hanseníase, filariose e oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira.
TUBERCULOSE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NA INFÂNCIA E ADOLESCENCÊNCIA
PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE DO PARANÁ
Discussão de Casos Clínicos
Atividades do PECT - Paraná Municípios prioritários Supervisões realizadas:  12/05: Curitiba  14/05: Colombo  21/05: Pinhais  26/05:
SINAN O Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos.
Indicações e Desdobramentos
PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE DO PARANÁ
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná
SESA/SVS/LACEN-PR Andressa Sprada Maio de 2009
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
SITUAÇÃO DA HANSENÍASE
A Epidemiologia da Tuberculose na Bahia
Programa de Controle da Tuberculose
Sistema de Informação: SINAN e SIM
Tuberculose na Infância
TUBERCULOSE O que é? Processo de disseminação da tuberculose
Programa Estadual de Controle da Tuberculose
Reunião de Avaliação SINAN
Tuberculose.
Vigilância Epidemiológica da Tuberculose
Encontro de Planejamento 2012 Programa Estadual de Controle da Tuberculose Curitiba, 24 de abril de 2012.
Encontro de Planejamento 2012
Mycobacterium tuberculosis TUBERCULOSE
Reunião: 29/04/2015 Tema: Indicadores coinfecção: TB/HIV.
Cadeia do processo infeccioso História Natural
O QUE É TUBERCULOSE? A tuberculose é uma doença causada pelo bacilo de Koch. Ela é transmitida de uma pessoa para outra pelo ar, quando o doente fala,
Ações de Enfermagem em Saúde Pública
Reunião de Avaliação Recomendações Programa Estadual de Controle da Tuberculose Regionais de Saúde Municípios prioritários Curitiba, 29 de maio de 2014.
DOENÇAS TRNSMISSIVEIS.
Tuberculose no Brasil. SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL  N.º de casos novos estimados (OMS) 2000   N.º de casos notificados em 2000  *  Coeficiente.
Referências em Tuberculose Programa Estadual de Controle da Tuberculose Curitiba, 24 de abril de 2012.
OFICINA DE PLANEJAMENO DAS AÇÕES DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE PARANÁ CURITIBA, 30 DE MARÇO DE 2011.
Vigilância Epidemiológica
Ações de controle da tuberculose
Tuberculose na Infância
Projeto “Driblando a Tuberculose”. Em 1993 OMS declarou Tuberculose Emergência Mundial.
Principais indicadores da Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Gerência de Pneumologia Sanitária Outubro
OFICINA DE PLANEJAMENO DAS AÇÕES DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE PARANÁ CURITIBA, 30 DE MARÇO DE 2011.
TUBERCULOSE Agente infeccioso Micobacterium tuberculosis: 24 de março de 1882 – Robert Koch Pertence ao complexo Micobacterium tuberculosis: M. tuberculosis,
Transcrição da apresentação:

TUBERCULOSE

Agente infeccioso Micobacterium tuberculosis: 24 de março de 1882 – Robert Koch Pertence ao complexo Micobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti. Outras espécies patogênicas ou potencialmente patogênicas, não pertencentes ao complexo Micobacterium tuberculosis, são isoladas em nosso meio com menor frequência, entre elas o complexo M. avium-intracellulare, M. fortuitum, M. chelonae, M. kansaii, causando principalmente doenças pulmonar ou ganglionar.

Reservatório Principal: homem, porém pode acometer bovino, outros mamíferos, aves.

Transmissão Pessoa a pessoa – pelo ar: gotículas pela fala, espirro, tosse. Partículas mais pesadas se depositam rapidamente no solo. Somente núcleos secos das gotículas (Núcleo Wells) com diâmetro de até 5 micra com 1 a 2 bacilos chegam aos bronquíolos e alvéolos. Depende da intensidade o contato: proximidade, continuidade, ambiente desfavorável. 10 a 15 pessoas em média Bacilífero Fonte de infecção durante 1 ano

Período de Transmissibilidade Plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, sem tratamento. Com tratamento, é reduzida gradativamente, até a terceira semana após o início. Crianças, com TB pulmonar, geralmente não são infectantes.

Período de Incubação Após a infecção, em média 4 a 12 semanas para detecção das lesões primárias pulmonares. A maioria dos casos novos pulmonares ocorrem em torno de 12 meses após a infecção inicial.

Suscetibilidade Infecção no Brasil ocorre em qualquer idade, geralmente na infância. Nem todos os expostos se tornam infectados. Infecção tuberculosa sem doença = bacilos presentes com sistema imune mantendo-os sob controle. Nos infectados maior probabilidade de adoecer: HIV+, desnutrição, diabetes, usuários de drogas, doenças imunossupressoras

Período de Infecção 1 a 2 bacilos 15 dias: + de 105 2 a 3 semanas: o organismo normal reconhece a invasão e a luta começa. Distribuição linfohematogênica: “benigna”: bacilos latentes ou destruídos. No pulmão: no local da inoculação, foco pequeno, 1 a 2 mm, esbranquiçado – pode ser visto no RX.

De cada 100 infectados 90 % dos infectados conseguem bloquear este processo e não adoecerão nesta fase. Outros 10 % adoecerão: 5% – tuberculose primária, ocorre na primo-infecção. 5% - tuberculose pós-primária: protegidos pelo BCG ou imunidade desenvolvida.

Tuberculose pós-primária 5 % adoecerão tardiamente – tuberculose pós-primária: Reativação endógena: recrudescimento de algum foco já existente. Reinfecção exógena: nova carga bacilar.

Tosse com mais de 3 semanas = Sintomático Respiratório. Quadro clínico Nenhum sinal ou sintoma característico. Normalmente: Comprometimento do estado geral Febre baixa vespertina com sudorese Inapetência Emagrecimento Quando a doença atinge os pulmões: pode apresentar dor torácica tosse produtiva, com escarro com ou sem sangue Tosse com mais de 3 semanas = Sintomático Respiratório.

Sintomático Respiratório 1 % da população = Sintomático Respiratório 2 amostras de escarro pesquisa de BAAR 1.ª no momento da suspeita 2.ª dia seguinte em jejum 4% dos Sintomáticos Respiratórios: BK+ 1ml escarro = 5000 bacilos 98,4 % BK+: 15 anos e mais 1,6 % BK+: menores de 15 anos

Distribuição dos casos de Tuberculose. Brasil, 2008. BK + 65% Pulmonar 80% 15 anos ou + anos BK sem confirmação 35% Extra pulmonar 20% Total de casos 95% BK + 20% Pulmonar 5% 85% Menores de 15 anos BK sem confirmação 80% Extra pulmonar 15% Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil – MS 2010

EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE NO PARANÁ

Tendência da incidência da tuberculose. Paraná, 2001 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 10.03.2011 * Dados preliminares

Coeficiente de incidência da tuberculose. Paraná, 2010*. PR: 23,0 por 100 mil hab Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 28.03.2011 * Dados preliminares

Coeficiente de incidência de tuberculose. Paraná, 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011

% de cobertura de vacina BCG em menores e 1 ano. Paraná, 2002 a 2010. Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVVPI em 23.03.2011

Número e tipo de tuberculose em menores e 15 anos. Paraná, 2009. Menor de 1 ano 15 casos 12 pulmonar: 5 BK pos 4 BK neg 3 não realizado 2 extrapulmonar: 1 pleural 1 ganglionar 1 pulm+extrapulmonar: miliar+meningoencefalite 1a 4 anos 28 casos 22 pulmonar 9 BK pos 13 não realizado 4 extrapulmonar: Óssea, cutânea, outra, Meningoencefalite 2 pulm+extrapulmonar: geniturinária, pleural

Mortalidade no Paraná. 2001 a 2010*. Meta OMS 2015: 0,9 . Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SIM em 18.03.2011 * Dados preliminares

% de casos de tuberculose por tipo de entrada. Paraná, 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Casos preliminares

% de cura, abandono e sem informação de Tuberculose % de cura, abandono e sem informação de Tuberculose. Paraná, 2001 a 2009. 85% 5% Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 25

% de óbito por e com tuberculose, transferência e TBMR % de óbito por e com tuberculose, transferência e TBMR. Paraná, 2001 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 26

Tendência da co-infecção HIV e Tuberculose. Paraná, 2001 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 10.03.2011 * Dados preliminares

Situação de encerramento TB e TB HIV+. Paraná, 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011

% de casos em população institucionalizada. Paraná, 2007 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Dados preliminares

% de casos em população indígena. Paraná, 2002 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Dados preliminares

% de baciloscopias de acompanhamento realizadas. com resultado % de baciloscopias de acompanhamento realizadas* com resultado. Paraná, 2007 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Casos com 1.ª baciloscopia de escarro positiva

Contatos de tuberculose examinados. Paraná, 2007 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011

Metas Paraná 2010 População: 10.439.601 hab 22 Regionais de Saúde 399 municípios 7 prioritários: Almirante Tamandaré, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranaguá, Pinhais e Piraquara “Para que um Programa de Controle da Tuberculose reduza efetivamente o problema, produzindo um impacto epidemiológico, é necessário que 70% dos casos pulmonares bacilíferos sejam diagnosticados e que 85 % sejam curados pela quimioterapia; caso contrário mantém-se a endemia.” Styblo

% de sintomáticos respiratórios examinados. Paraná, 2006 a 2010. Meta: examinar 1% da população = sintomático respiratório Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN LACEN PARANÁ

Distribuição dos casos novos de Tuberculose. Paraná, 2010*. BK + 1225=29,8% 65% Pulmonar 1972=31,2% 80% 15 anos ou + anos 2318 = 29,3% BK sem Confirmação 747=33,8% 35% Extra Pulmonar 346=21,9% 20% Total de Casos 2415=29,1% 95% BK + 17=25,4% 20% Pulmonar 82=24,5% 5% 85% Menores de 15 anos 97=24,6% BK sem Confirmação 65=25,4% 80% Extra Pulmonar 15=25,4% 15% Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil – MS 2010/SINAN PR 12/04/2011 * Dados preliminares

Ações prioritárias pactuadas nas Ações de Vigilância em Saúde - PAVS - 2010 % pactuado % atingido Cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífero. 75 74,4 Cultura para os casos de retratamento de tuberculose. 40 37,7 Encerrar oportunamente os casos novos de tuberculose no SINAN. 90 97,2 Tratamento Diretamente Observado para casos novos de tuberculose. 50 48,0 Examinar os contatos de casos novos de tuberculose. 70 79,8

Tratamento Diretamente Observado Paciente com diagnóstico de tuberculose Contatos: avaliação médica/enfermagem PT/RX – novo diagnóstico Afastamento do trabalho PSF / ASC / Trabalho / Desemprego / Institucionalizado Comunidade Serviço de Saúde Família Trabalho

Durante o TDO Curar em 6 meses. Evitar o abandono. Interromper da cadeia de transmissão. Identificar efeitos adversos imediatamente, gravidez. Exames em andamento: HIV, cultura, histopatologia. Coletar escarro de acompanhamento. Acompanhar os contatos – diagnóstico precoce e tratamento da infecção latente.

TDO e SINAN Geração de dados em tempo correto: exames, contatos, Boletim de Acompanhamento. Planejamento de ações de prevenção/controle: metas, pactuações. Sintomáticos respiratórios/ casos diagnosticados: laboratórios, controle de qualidade, cotas SUS. Insumos: laboratório, medicamentos. Referências: secundária (mudança de esquema), terciária (resistência), hospitalar.

Endereços eletrônicos Programa Estadual de Controle da Tuberculose: http://www.sesa.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939 Programa Nacional de Controle da Tuberculose: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1527 Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/original_tdo_enfermagem_junho_2010.pdf

Maria Francisca Teresa Caldeira-Scherner MUITO OBRIGADA!!!! Maria Francisca Teresa Caldeira-Scherner Fone: 41 3330-458 mfscherner@yahoo.com.br Poty Lazarotto - 1957