A EVOLUÇÃO POLÍTICA DA AMÉRICA LATINA

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Transcrição da apresentação:

A EVOLUÇÃO POLÍTICA DA AMÉRICA LATINA

1) ANTECEDENTES DO CAUDILHISMO A) SÉCULOS XVI/XVII: AUGE DA MINERAÇÃO ASSUNTO: POLÍTICA NA AMÉRICA ESPANHOLA NO SÉCULO XIX (PÓS-INDEPENDÊNCIA)   1) ANTECEDENTES DO CAUDILHISMO A) SÉCULOS XVI/XVII: AUGE DA MINERAÇÃO # centralização político-administrativa: a Coroa espanhola criou todo um quadro burocrático, de funcionários (vice-reis ou capitães-gerais, governadores, juízes das audiências, etc), para controlar: - a exploração das minas; - o pagamento do quinto (20% da prata extraída); - o comércio com as colônias (Pacto Colonial). # integração econômica entre as regiões, As “economias satélites” abasteciam as regiões mineradoras. Ex: Chile → Peru

B) ± 1650 ATÉ AS REFORMAS BOURBÔNICAS # produção agrícola e pecuária NAS regiões mineradoras. Os criollos, diante do declínio da extração de prata, passam a se dedicar à agricultura, à pecuária e, em alguns casos, à produção manufatureira. # menos trocas comerciais entre as várias regiões da América Espanhola; falta de articulação; isolamento. # menos controle e fiscalização por parte dos funcionários da Coroa Espanhola;

# fortalecimento dos poderes locais (cabildos) e, conseqüentemente, dos criollos. Surge, aí, a figura do caudilho. Mas o caudilhismo só se tornaria um fenômeno político após a independência.

2) CAUDILHISMO  A) América Espanhola = caudilho (antigo criollo) Brasil = coronel  B) Caudilho ou Coronel: fazendeiro que mantém uma rede de clientes. Em troca de ajuda, favores e proteção, o coronel exige fidelidade, ajuda paramilitar e apoio político.  C) Cliente = qualquer pessoa que deve favores (um emprego, um empréstimo, intervenção na Justiça) ou depende do caudilho para sobreviver. Entre os clientes do caudilho, encontramos seus agregados.  D) Agregado = pessoa que vive nas terras do caudilho. Pode ser um empregado do latifúndio ou um arrendatário (isto é, alguém que alugou um pedaço das terras do caudilho).

E) Como o caudilho ou um grupo de caudilhos manda em todo um município ou região? 1º : O caudilho é dono dos meios sociais de produção: terras (e, em alguns casos, minas) 2º : O caudilho explora a mão-de-obra rural. 3º : O caudilho exporta a sua produção de alimentos, couro, etc. Assim, consegue a sua subsistência e também acumula Capital ($). 4º : Além desse poder econômico, os caudilhos têm poder político. Eles são vereadores e um dos caudilhos é o prefeito. Além disso, eles controlam a polícia e a Justiça local. 5º : Sendo assim, o caudilho manda, diretamente, nos seus empregados, nos seus arrendatários e naqueles que lhes devem favores. Indiretamente, ele manda em todos que são influenciados pelas decisões e práticas da Câmara de Vereadores, da prefeitura, da polícia e da Justiça local. 6º : Para defender os seus interesses, o caudilho usa a cooptação e a coerção. Cooptar: conseguir apoio através de promessas, troca de favores, etc. Coagir: usar ameaça, violência. Por isso a importância da sua força paramilitar (exército particular, NÃO Oficial, composto de capangas, jagunços)

F) Diferença entre coronel e oligarca. - Coronel: comanda o município (controla ou tem influência sobre a Prefeitura e a Câmara de Vereadores). - Oligarca: coronel que chegou ao governo estadual ou federal.   G) Estado Oligárquico: O coronel ou o caudilho usa as instituições públicas em proveito próprio. Assim temos: nepotismo, apropriação de impostos, corrupção, etc. Conclusão: esse Estado atende aos interesses pessoais do Caudilho e do seu grupo (caudilhos aliados).

3) UNITARISMO E FEDERALISMO   * EXEMPLO DA ARGENTINA CIDADE DE BUENOS AIRES PAMPAS DA PROVÍNCIA DE BUENOS AIRES + LITORAL DA ARGENTINA Comerciantes que controlavam o porto  # defendiam o unitarismo, pois queriam: - ser os intermediários entre as províncias e o mercado externo; - o livre cambismo (para ter mais importações)

Latifundiários (caudilhos) e alguns donos de manufaturas. # defendiam o federalismo, pois: - queriam autonomia para importar e exportar sem o intermédio dos comerciantes de Buenos Aires; - queriam autonomia para exercer o protecionismo alfandegário nas suas províncias.   Resultado desse conflito: as províncias não se subordinavam a Buenos Aires. O governo central do país era fraco e o que predominava era o poder dos caudilhos. Os caudilhos determinavam a política de cada província. Conseqüência: fragmentação política.

Embora os pobres tivessem, em muitas oportunidades, lutado ao lado de seus senhores, a independência não lhes trouxe alterações definitivas. Permaneceram à margem dos benefícios, garantindo o poder econômico e político dos caudilhos, os chefes políticos dos novos países do continente. “A ausência de um poder político institucionalizado na fase posterior à independência abriu espaço às múltiplas manifestações autonomistas do latifúndio e foi assim que surgiram os caudilhos, lideres locais que funcionaram como porta-vozes das diferentes frações da classe dominante em variados momentos, valendo-se do amplo espaço que lhes permitia a falta de Estados juridicamente organizados. Com os caudilhos, fortaleceu-se uma tradição que se perpetuaria mesmo depois de a América espanhola ter definido seus Estados e fronteiras: acima de leis ou instituições, com seu discurso ideológico, há o capricho de um chefe, com seu arbítrio e sua capacidade de arregimentar forças”.