Aula 1- Discurso Profª. Ana Paula

Discurso é toda atividade comunicativa formada por texto e contexto discursivo capaz de gerar sentido e é desenvolvida entre interlocutores. É uma relação dialógica entre autor e leitor. A voz que anuncia a mensagem é identificada como discurso. O discurso está associado à fala ou à escrita em um contexto específico. O discurso pode expressar sentimentos, críticas, opiniões, sugestões etc.

Quando produzimos um texto, levamos em conta a situação ou o contexto dessa produção. Dentre esses fatores, que juntos formam o contexto discursivo, podemos destacar: O emissor; O receptor; A finalidade do texto; O gênero textual utilizado; A variedade linguística utilizada.

O discurso de um falante reflete suas origens, seus valores morais e sociais, bem como seu grau de instrução. O discurso pode apresentar subentendido disfarçado na palavra do narrador.

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Aumentando seus conhecimentos... Segundo o teórico russo Mikhail Bakhtin, nenhum discurso é original. Toda palavra é uma resposta à palavra do outro, todo discurso reflete e refrata outros discursos. É nesse terreno que se situa o caráter dialógico da linguagem e suas múltiplas possibilidades de criação e recriação.

“Todo discurso reflete e refrata outros discursos. (Bakhtin) Caravaggio, 1597 Vik Muniz, 2005

Leitura: “Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa misteriosa e verdadeira neste mundo.” Rita, personagem do conto “A cartomante”, de Machado de Assis. "Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia." Hamlet, personagem de peça de mesmo nome, de William Shakespeare

Meus oito anos “Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!” Casimiro de Abreu Meus oito anos “Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida De minha infância querida Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais” Oswald de Andrade

Tipos de discursos Romântico ou sentimental Político Ufanista Pessimista Formal Informal Crítico ...

Somos Quem Podemos Ser - (Engenheiros do Havai) Um dia me disseram Que as nuvens não eram de algodão Um dia me disseram Que os ventos às vezes erram a direção E tudo ficou tão claro Um intervalo na escuridão Uma estrela de brilho raro Um disparo para um coração A vida imita o vídeo Garotos inventam um novo inglês Vivendo num país sedento Um momento de embriaguez Somos quem podemos ser Sonhos que podemos ter Um dia me disseram Quem eram os donos da situação Sem querer eles me deram As chaves que abrem essa prisão E tudo ficou tão claro O que era raro ficou comum Como um dia depois do outro Como um dia, um dia comum (...) MÚSICA

A vida imita o vídeo Garotos inventam um novo inglês Vivendo num país sedento Um momento de embriaguez Somos quem podemos ser Sonhos que podemos ter Um dia me disseram Que as nuvens não eram de algodão Sem querer eles me deram As chaves que abrem essa prisão Quem ocupa o trono tem culpa Quem oculta o crime também Quem duvida da vida tem culpa Quem evita a dúvida também tem Somos quem podemos ser Sonhos que podemos ter

Qual o tipo de discurso do texto?

Leia a charge, analise-a e levante hipóteses: Quem são os três personagens sentados à mesa? O que eles estão fazendo? Quem está assistindo ao debate? Por que todos estão com fones de ouvido? Explique. Folha de S. Paulo, 9 de dezembro de 2009.

Servindo bebidas, o garçom diz: “Acabou o gelo” Servindo bebidas, o garçom diz: “Acabou o gelo”. Considerando o contexto e os papéis sociais dos envolvidos no ato comunicativo, responda: a) por que todos ficam desconcertados com a afirmação do garçom? b) Essa frase, dita em outro contexto comunicativo, causaria o mesmo mal-estar?