CEAV – Macroeconomia - BACEN

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Transcrição da apresentação:

CEAV – Macroeconomia - BACEN Prof. Antonio Carlos Assumpção

Observações s/ Contas Nacionais A partir de 1996 o IBGE passou a adotar uma nova estrutura para as contas nacionais de acordo como system of national accounts (1993). O sistema agora conta com uma tabela de recursos e usos (TRU), em que se apresenta a oferta total como somatório da produção e importações e, simultaneamente, como somatório do consumo intermediário e da demanda final. As antigas quatro contas foram substituídas pelas contas econômicas integradas (CEI) que apresenta três grandes grupos; o primeiro constituído pela conta de bens e serviços, o segundo constituído pela conta de produção (antiga conta de PIB), dividida entre conta de renda; geração, alocação, distribuição secundária e usos e a conta de acumulação (antiga conta de capital) e o terceiro grupo é formado pela conta das operações correntes com o resto do mundo (antiga conta com o mesmo nome).

PIBPM = Remuneração dos Empregados (inclui autônomos) +IP – Sub PIBPM = Remuneração dos Empregados (inclui autônomos) +IP – Sub. + EOB (incluindo o rendimento misto bruto) Logo: EOB = PIBPM –IP +Sub. – remuneração dos empregados Note que o EOB é o saldo resultante do valor adicionado do PIB deduzidas as remunerações pagas aos empregados e rendimentos dos autônomos menos os impostos sobre produtos mais os subsídios.

RNB = EOB (incluindo o rendimento misto bruto) + Remuneração dos empregados +IP – Sub. - (rendas de propriedades enviadas + recebidas do resto do mundo)

RDB = RNB – OTCERM + OTCRRM RDB = (C + G) + Sbruta doméstica

Capac. ou necessid. de financiamento = Sbruta doméstica – FBKF - DE +TCRRM - TCERM

1)Bacen 2010 – Analista – Específica - 31 No sistema de contas nacionais, o produto de uma economia pode ser obtido de três maneiras diferentes: sob a ótica da produção, da despesa e da renda.

Analisando as informações da tabela acima, pode-se concluir que, para essa economia, em $, a(o) (A) renda nacional é 949. (B) renda interna é 1.026. (C) despesa interna é 1.068. (D) produto nacional bruto é 1.068. (E) produto interno bruto é 1.086.

1979 (+) 135 (+) 119 1012 868 236 117 2233 2233

2) Analista - Bacen – 2006 - FCC 41. Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil de 2003, em milhões de reais (R$ 1.000.000,00):  Despesas de consumo final = 1.192.613 Saldo externo de bens e serviços = (-) 56.078 Produto Interno Bruto = 1.556.182 Poupança Bruta = 317.172 Transferências correntes recebidas liquidamente do exterior = 8.753 Formação Bruta de Capital Fixo = 276.741 Variação de Estoques = 30.750

Logo, a Renda Nacional Bruta da economia brasileira nesse ano correspondeu, em milhões de reais 1.444.954 1.501.032 1.509.785 1.518.538 1.574.616 RDB = (C + G) + Sbruta Logo, RDB = 1.192.613 + 317.172 = 1.509.785 RNB = RDB - TCRLE RNB = 1.509.785 + 8.753 = 1.501.032

3) Bacen – 2002 – Analista 41- Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares: o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista; o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista; o país paga 100 a vista, referente a juros, lucros e aluguéis; o país amortiza empréstimo no valor de 100; ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a forma de investimentos diretos; ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo; o país realiza doação de medicamentos no valor de 30.

Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do país, no período: a) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares. b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares. c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares. d) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares. e) não sofreram alterações.

4) Bacen – 2002 – Analista 42- A partir de 2001, o Banco Central do Brasil introduziu algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre estas alterações, destaca-se: a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais autônomos. b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços de fatores. c) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos. d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos. e) a retirada do item de investimentos diretos dos empréstimos intercompanhias.

O Balanço de Pagamentos a Partir de 2001 A partir de janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a divulgar o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida na quinta edição do Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM5), publicado em 1993. O balanço de pagamentos de acordo com o BPM5 tem a mesma cobertura da versão anterior, contemplando os mesmos lançamentos a débito e crédito. As diferenças residem, exclusivamente, nos critérios de classificação das transações e na nomenclatura das contas. As mais importantes alterações introduzidas na nova apresentação do balanço de pagamentos são:

introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços; introdução da “conta capital”, que registra as transações relativas às transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação de bens não financeiros não produzidos (cessão de marcas e patentes); introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos. A conta financeira foi, portanto, estruturada de forma a evidenciar as transações ativas e passivas, as classes dos instrumentos financeiros de mercado e os prazos das transações;

inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhia (empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo econômico), de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos; reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira; introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos financeiros, anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto prazo; estruturação da “conta de rendas” de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira.

5) Bacen 2010 – Analista - Geral 36 O Produto Interno Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o) (A) entrada de poupança externa for elevada. (B) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações. (C) renda líquida recebida do exterior for positiva. (D) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar. (E) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo.

6) MPOG – EPPGG - 2009 – Esaf (Observação: Excedente Operacional Bruto) 56- Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Produto Interno Bruto: 1.162; Remuneração dos empregados: 450; Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150; Impostos sobre a produção e importação: 170; Subsídios à produção e importação: 8; Despesa de consumo final: 900; Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38.

Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente, 300 e 362 200 e 450 200 e 400 400 e 200 200 e 262

PIBPM = (C + G) + I + (X – Q)BS 1.162 = = 900 + I + (100 – 38)BS I = 200 Como a variação de estoques é igual a zero = I = FBKF = 200 EOB = PIBPM – IP + Sub. – remuneração dos empregados e autônomos) EOB = 1.162 – 170 + 8 – 450 – 150 = 400 Notar que o EOB é a renda menos a remuneração de empregados e autônomos.

7) MPU – Economista – ESAF (Observação s/ Poupança externa e CC) 64- Considere os seguintes dados para uma economia aberta e com governo. Variação de estoques: 100 Formação bruta de capital fixo: 800 Poupança líquida do setor privado: 600 Depreciação: 50 Saldo do governo em conta corrente: 50 Com base nessas informações, pode-se afirmar que o balanço de pagamentos em transações correntes apresentou

superávit de 150. déficit de 250. déficit de 150. superávit de 200. Note que o Investimento supera a poupança doméstica em 200. Portanto, parte do investimento é financiado pela poupança externa.

Se a absorção for maior que a produção ⇒ CC < 0 ⇒ K > 0 ⇒ aumento do passivo externo líquido. Se a absorção for menor que a produção ⇒ CC > 0 ⇒ K < 0 ⇒ aumento dos ativos externos líquidos. Sob a Ótica do Investimento e da Poupança Logo, Se o investimento for maior que a poupança doméstica ⇒ CC < 0 ⇒ K > 0 ⇒ aumento do passivo externo líquido. Se o investimento for menor que a poupança doméstica ⇒ CC < 0 ⇒ K > 0 ⇒ aumento do passivo externo líquido.

8) Analista – Bacen - 2006 42. Numa determinada economia, os encaixes totais mantidos pelo sistema bancário representam 4/10 do total de seus depósitos à vista em conta corrente. Se a população desse país mantiver 1/5 dos meios de pagamentos na forma de moeda manual, um aumento de 1.000 na base monetária acarretará um acréscimo, nos meios de pagamento, de

a) 1.470 b) 1.923 c) 2.358 d) 3.125 E) 6.250 Temos que M1 = mH, onde M1 é a oferta monetária (meios de pagamentos) definida como papel moeda em poder do público (PMPP) mais os depósitos à vista no sistema bancário (D), m é o multiplicador monetário e H a base monetária, definida como PMPP mais as reservas bancárias (R). Sabemos que , onde e . De acordo com o enunciado, . Como 20% dos meios de pagamentos encontram-se na forma de moeda manual, 80% encontram-se na forma de depósitos. Logo, . Logo, . Assim, um aumento na base monetária de 1.000 aumentará os meios de pagamentos em 1.923 unidades monetárias.

9) Bacen – 2002 – Analista 44- Considere C = 100 + 0,8Y I = 300 G = 100 X = 100 M = 50 + 0,6Y Onde: C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo; X = exportações; e M = importações.

Supondo um aumento de 50% nos gastos do governo, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio sofrerá um incremento de, aproximadamente: a) 55,2 % b) 15,2 % c) 60,1 % d) 9,1 % e) 7,8 %

10) Bacen 2010 – Analista – Específica - 22 Considere uma economia descrita pelas funções a seguir. Consumo: , sendo C0 > 0 e (0 < a < 1); Tributos diretos: T = T0 + ty, onde T0 > 0 e (0 < t < 1); Investimento: I = I0 + b y – g r , onde I0 > 0, (0 < b < 1) e g > 0; Demanda por moeda: , onde l > 0 e q > 0 ; Exportações líquidas: NX = my ; Gastos do governo: G = G0 . A oferta monetária é exógena e fixada em Ms; P é o índice geral de preços; r é a taxa de juros; y é a renda da economia; C0, T0 e I0 são constantes, sendo que todas as letras gregas são parâmetros dessa economia e t é a alíquota do imposto de renda. Nesse contexto, analise as proposições abaixo.

É(São) correta(s) a(s) proposição(ões) (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

Observações Sobra a Demanda Agregada (Economia Fechada e Tributação Exógena) A curva de demanda agregada capta o efeito do nível de preços sobre o produto, e é deduzida a partir do equilíbrio dos mercados de bens e monetário. IS LM DA

LM1 (M0/P1) i (M0/P0) LM0 Y1 i1 i0 IS0 P1 Y1 Dado um aumento no nível de preços, o estoque real de moeda (liquidez real) diminui, o que aumenta a taxa de juros, reduzindo o investimento e, pelo processo do multiplicador, a renda Inclinação da DA Y0 Y P P0 AD0 Y0 Y

Políticas Monetária e Fiscal no Modelo OA-DA com P Y1 i1 IS1 LM0 LM0 LM1 Y1 i1 i0 i0 IS0 IS0 Y0 Y Y0 Y P P Y1 AD1 Y1 AD1 AS AS P0 P0 AD0 AD0 Y0 Y Y0 Y

(I) A Curva IS Logo, (I) é falsa

(II) A Curva LM O Equilíbrio no mercado monetário exige que a oferta monetária (exógena), seja igual a demanda por moeda, que depende positivamente da renda e negativamente da taxa de juros. Demanda por Moeda Oferta Monetária Logo, (II) é Verdadeira

Substituindo a LM na IS, temos: (III) A Curva de Demanda Agregada Do item (I), temos que IS = Substituindo a LM na IS, temos:

Logo, (III) é Verdadeira

11) Bacen 2010 – Analista – Específica - 25 As seguintes funções descrevem uma economia: onde C = consumo; I = investimento; = demanda por moeda; P = Índice geral de preços, mantido constante; y = produto; yd = renda disponível. O imposto de renda é proporcional e corresponde a 1/3 da renda. Os gastos do governo são iguais a 710 e a oferta monetária é de 500. Sob tais circunstâncias, o governo apresenta um déficit a ser financiado por uma expansão de moeda. Nessas condições, o multiplicador monetário e a expansão de moeda são, respectivamente,

(A) 0,15 e 200 (B) 0,2 e 150 (C) 0,25 e 120 (D) 0,3 e 100 (E) 0,35 e 85,71 Note que o multiplicador monetário a que se refere o enunciado mede a variação do produto induzida por um aumento na oferta monetária. Sendo assim, temos que calcular tal efeito através da curva de demanda agregada.

Chamando o gasto autônomo de A e o multiplicador de a: Substituindo a LM na IS para encontrarmos a curva de demanda agregada:

Passo 1 – Equilíbrio: IS=LM Déficit Público = 17

R LM LM1 0,16 IS 2100 2130 Y Devemos calcular o aumento na oferta monetária que elevaria o produto até que a arrecadação do governo se iguale aos gastos, ou seja, 710. Como 0,3333 x Y = 710, o produto deve ser igual a 2130. Logo, devemos calcular o aumento em M que elevaria o produto em 30 unidades monetárias.

Passo 2 – A Demanda Agregada

Sendo assim: Logo, o Bacen deveria aumentar a oferta monetária em 150. Com isso, o aumento do produto seria de 30 (pois o multiplicador da política monetária é igual a 0,2), eliminando o déficit público.

12) Analista – Bacen - 2006 44. No modelo de Mundell–Fleming para uma pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüências a diminuição do produto real. a valorização da taxa de câmbio. o aumento da entrada líquida de capitais externos. o aumento das exportações líquidas. a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores.

13) Bacen – 2002 – Analista 45- Considere o modelo IS/LM para uma pequena economia aberta dada pelas seguintes equações: Y = C (Y) + I(r) + G + X(e) – M(e) Ms = L (r,Y) r = r* Onde: Y = produto; C = consumo; I = investimento; G = gastos do governo; X = exportações; M = importações; Ms = oferta monetária; L (r,Y) = função demanda por moeda; r = taxa de juros interna; e = taxa de câmbio; r* = taxa de juros internacionais. Considere ainda as seguintes derivadas: 0 < C’ < 1; I’ < 0; X’ > 0; M’ < 0; ∂L/∂r < 0 ; ∂L/∂Y > 0.

Com base nessas informações e supondo livre e perfeita mobilidade de capital, é incorreto afirmar que: a) se tomarmos como referência a moeda norte-americana, a taxa de câmbio do modelo segue o conceito de taxa de câmbio utilizada no Brasil, isto é, quantidade de moeda nacional necessária para comprar 1 dólar. ? b) subsídios às exportações ou restrições às importações sob um regime de câmbio flutuante elevam o produto, deixando inalterada a taxa de câmbio. c) é incompatível uma política monetária expansionista com a manutenção do regime de câmbio fixo. d) sob o regime de câmbio flutuante, a política fiscal não afeta o produto. e) quanto maior a renda, menor será a demanda por moeda.

14) Bacen – 2002 – Analista 46- Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses: ausência dos casos “clássico” e da “armadilha da liquidez”; curva IS dada pelo “modelo keynesiano simplificado” supondo que os investimentos não dependam da taxa de juros. Com base nestas informações, é incorreto afirmar que: a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto. b) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros. c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto. d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros. e) uma política monetária contracionista reduz o produto.

15) Bacen 2010 – Analista – Geral -38 O gráfico abaixo ilustra o modelo IS/LM/BP, representando uma economia em regime de taxa de câmbio fixa.

Na situação representada no gráfico, a(o) (A) política monetária é impotente. (B) política fiscal é impotente. (C) taxa de desemprego é elevada. (D) mobilidade internacional do capital financeiro é reduzida. (E) balanço comercial é superavitário.

16) Bacen 2010 – Analista – Geral - 40 Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista, NÃO se encontra a (A) compra de moeda estrangeira no mercado cambial. (B) compra de títulos federais no mercado aberto. (C) venda de títulos federais no mercado aberto. (D) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central. (E) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos.

17) Bacen 2010 – Analista – Específica - 23 Considerando o Modelo Mundell-Fleming, analise as proposições abaixo. I - A política fiscal não exerce influência sobre a renda agregada quando a taxa de câmbio é flutuante. II - A política monetária não exerce influência sobre a renda agregada quando a taxa de câmbio é flutuante. III - Um aumento do prêmio pelo risco país eleva a taxa doméstica de juros e desvaloriza a moeda local. É(São) correta(s) a(s) proposição(ões) (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Mesmo considerando Mundell-Fleming como perfeita mobilidade de capitais, a III só é verdadeira se a taxa de câmbio for flexível.

18) Bacen 2010 – Analista – Específica - 24 Quanto à flexibilidade de taxas, é correto afirmar que no regime cambial de taxa (A) flexível, a política monetária torna-se endógena, de modo que a autoridade monetária perde sua capacidade de definir que política monetária adotar. (B) flexível, com perfeita mobilidade de capitais, as diferenças entre as taxas de juros internas dos diversos países devem refletir expectativas de desvalorização ou valorização cambial das moedas desses países. (C) flexível, a taxa de câmbio varia conforme a demanda e a oferta de moeda estrangeira, mantendo, dessa forma, a paridade entre os preços dos bens importados e os preços dos bens domésticos. (D) fixa, uma política fiscal expansionista aumenta o superávit comercial. (E) fixa, a autoridade monetária fixa a taxa de câmbio da moeda nacional em relação a uma moeda estrangeira, aceita internacionalmente (US dólar, por exemplo), e com isso mantém o poder de controlar a oferta monetária.

19) Bacen 2010 – Analista – Específica - 30 Em uma economia aberta, com taxa de câmbio flexível, o Banco Central muda sua política monetária comprando títulos públicos do setor privado. Como resultado dessa política, pode-se antecipar que, no curto prazo, I - tanto os investimentos quanto o consumo correntes serão estimulados, porquanto os gastos presentes se tornaram mais baratos que os gastos futuros; II - pode ocorrer uma saída de capital para o exterior, causando uma desvalorização da moeda local, a qual deverá estimular a demanda agregada pelo aumento das exportações líquidas; III - os preços dos ativos serão pressionados para cima (ações, habitações, etc.), o que estimulará a demanda agregada.

Como resultado dessa nova política monetária, não antecipada pelos agentes econômicos, pode-se afirmar que é(são) correta(s) as proposição(ões) (A) II, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

20) Bacen – 2002 – Analista – 48 Considere o seguinte modelo: Y = f(N); f’ >0 e f’’ < 0 W/P = f’(N) Ns= ϕ (W/P); ϕ’ > 0 MV = PY Sp(r) + t = ip (r) + g; Sp’ >0 e ip’ < 0 Onde: Y = produto, N = nível de emprego, W = salário nominal, P = nível geral de preços, Ns = oferta de mão-de-obra, M = oferta monetária, V = velocidade de circulação da moeda, Sp = poupança privada, ip = investimento privado, t = impostos, g = gastos do governo, r = taxa de juros, f’= primeira derivada da função, f’’= segunda derivada da função e assim por diante para as outras funções do modelo. Este conjunto de equações define o denominado “modelo clássico”. Com base neste modelo, é incorreto afirmar que:

supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma redução nas taxas de juros via redução dos impostos eleva o emprego e, conseqüentemente, o produto. supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a velocidade de circulação da moeda constante, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de preços. o desemprego pode ser explicado por imperfeições no mercado de trabalho decorrentes, por exemplo, de rigidez nos salários nominais. tudo mais constante, uma elevação dos gastos públicos eleva as taxas de juros. a equação quantitativa da moeda pode ser entendida como a demanda agregada.

Observações sobre a Equivalência Ricardiana “Um corte presente nos impostos equivale a maiores impostos no futuro”. Se o enunciado acima se verifica, sendo os agentes econômicos racionais, a poupança privada aumenta na mesma proporção da queda na poupança pública, para o pagamento dos impostos futuros, deixando R , S , I e a CC inalteradas. Como: Temos: Note que a ROI não é alterada se o valor presente dos impostos não for alterado Logo, a evolução dos impostos no tempo não afeta o consumo se G.

A Lógica da Equivalência Ricardiana A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo Combinando as duas relações acima, chegamos a : O valor presente dos gastos é igual ao valor presente dos impostos mais as dívidas restantes no final do segundo período. Logo, se D = 0 , o valor presente dos gastos é igual ao valor presente dos impostos. g 2

Resolvendo a Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo Substituindo a primeira relação na segunda, temos: Finalmente, dividindo a expressão acima por (1+R), obtemos:

C2 C2 Q2 Q2-(1+R)DT U0 C1 Q1 Q1+DT C1 Poupança privada antes do corte nos impostos. Poupança privada após o corte nos impostos. Se o governo corta os impostos em US$ 100, incorre em um déficit primário de US$ 100 (supondo o orçamento inicialmente equilibrado). Dada uma taxa de juros de 10%, o governo terá que aumentar os impostos em US$ 110 no futuro para equilibrar o orçamento.

Limitações da Equivalência Ricardiana (A) Horizonte de Empréstimo do Setor Público Superior ao das Famílias (Gerações Futuras) Neste caso, o corte nos impostos implica em um aumento da renda real, com o consumo aumentando, a poupança nacional diminuindo e a conta corrente ficando deficitária (se houver LMC). , com Caso em que: Logo, a dívida será paga pelas gerações futuras, via superávits primários futuros.

(B) Restrições de Liquidez C2 Caso em que os agentes não conseguem tomar empréstimos. Desta forma, seu consumo máximo no primeiro período é dado pela renda no primeiro período. Q2 Q2-(1+R)DT U1 U0 Q1 Q1+DT C1 C1 C1’ Se o governo decide cortar os impostos o consumo aumenta, pois os agentes tomarão este acréscimo de renda como um empréstimo concedido pelo governo. Neste caso, a poupança privada fica inalterada. Como a poupança do governo diminuiu, houve uma queda na poupança nacional. Dito de outra forma, a absorção aumentou.

(C) Incerteza Quanto ao Nível Futuro de Renda A expectativa de uma renda crescente pode fazer com que C1 aumente. Falta de clareza na tributação: o corte no imposto de renda pode ser compensado por um aumento futuro nos impostos sobre a renda do capital.

21) Analista - Bacen – 2006 - 43 A concepção ricardiana da dívida pública está baseada na hipótese de que o consumo não depende apenas da renda corrente, mas sim da renda permanente, que inclui tanto a renda presente quanto a futura. Em relação a esse modelo, é correto afirmar que: se os consumidores agem racionalmente, um corte de impostos no presente, sem que haja mudança na estrutura de gastos do governo, aumentará o consumo atual e diminuirá o consumo futuro. se os consumidores não agem racionalmente e não se preocupam em deixar o ônus da dívida para as gerações futuras, um aumento de impostos no presente manterá tanto o consumo corrente quanto o consumo futuro inalterados. a preocupação em deixar o ônus da dívida para as gerações futuras fará com que os consumidores aumentem seu consumo atual caso o Governo reduza os tributos sem alterar os seus gastos. existindo restrição de crédito aos consumidores, mesmo que eles ajam racionalmente, um corte de impostos no presente poderá elevar o consumo corrente, mesmo que os gastos do Governo fiquem inalterados. o Governo não tem restrição orçamentária intertemporal, ao contrário dos consumidores, porque ele tem o poder de emitir moeda para financiar seus déficits.

22) Bacen 2010 – Analista – Específica - 26 Em uma economia aberta com taxa de câmbio flexível, se o governo adotar uma política fiscal expansionista, incorrendo em um déficit fiscal financiado pela venda de títulos de dívida pública, com relação ao impacto sobre a demanda agregada, verifica-se que (A) este será dado por kD, onde k é o multiplicador keynesiano dos gastos autônomos e D o déficit público. (B) este, pelo efeito crowding-out, será inferior ao implicado pelo modelo keynesiano básico, porque a equivalência ricardiana não opera plenamente. (C) o efeito crowding-out será mitigado pelo influxo de capitais estrangeiros, entretanto, a valorização da moeda local reduzirá as exportações líquidas e, consequentemente, reduzirá o impacto do déficit sobre a demanda agregada. (D) o efeito crowding-out será neutralizado pelo influxo de capital estrangeiro atraído pelas altas taxas domésticas de juros. (E) o efeito crowding-out será nulo, caso valha a equivalência ricardiana e, portanto, o impacto sobre a demanda agregada será o previsto pelo modelo keynesiano básico.

Observações sobre Ciclos Econômicos Reais Teoria que explica os ciclos econômicos através das variações (choques) tecnológicas, ou seja, choques aleatórios na tecnologia, propagados em mercados competitivos, fazem com que o produto real flutue. Note então, que esta teoria, apesar de desenvolvida e defendida por economistas novos clássicos, é diferente da ideia de ciclo de Robert Lucas. Supondo um choque tecnológico positivo, que aumente a produtividade, as firmas aumentam a demanda por trabalho (a produção aumenta mesmo que o nível de emprego não aumente). Para que o emprego se expanda, é necessário que a oferta de trabalho seja ascendente, ou seja, é necessário que o efeito substituição domine o efeito renda.

Mesmo que tal fato se observe, qual o motivo de uma pequena variação no salário real alterar de maneira considerável o produto e o emprego ? Os defensores da teoria do ciclo real argumentam que a grande resposta da mão-de-obra, dada uma pequena variação no salário real, é devida à substituição intertemporal da mão-de-obra.

Substituição Intertemporal da Mão-de-Obra A teoria dos ciclos reais afirma que os agentes econômicos ofertam uma quantidade de trabalho variável no tempo, trabalhando mais horas quando o salário real estiver temporariamente alto e menos horas quando estiver temporariamente baixo. Neste caso, a substituição não é estática entre renda e lazer e sim entre trabalhar em um ou em outro período, escolha que é feita de acordo com o preço relativo intertemporal, que mede o ganho de trabalhar no primeiro período em relação ao ganho de trabalhar no segundo período, de forma que: Preço Relativo intertemporal = Representando o salário real por W, estamos dizendo que os agentes optam por trabalhar mais no primeiro período caso seus rendimentos sejam maiores em comparação com o segundo período, o que acontece se o salário real do primeiro período aumentar temporariamente ou se a taxa de juros subir. Nota-se então que, apesar dos choques tecnológicos serem a principal fonte das flutuações, a variação dos gastos do governo também fazem o produto flutuar; não pela variação da demanda, como nos modelos keynesianos, mas pela variação da oferta de mão-de-obra intertemporalmente.

Condições Para a Existência da Substituição Intertemporal Os agentes devem ter grande flexibilidade de poder substituir o trabalho no tempo (tecnicamente, a elasticidade intertemporal de substituição do lazer deve ser grande; Os trabalhadores devem considerar as modificações no salário real como transitórias, para que estejam dispostos a variar consideravelmente a oferta de trabalho. Outro aspecto importante que deve ser destacado é o fato da produção ser maior que a tendência usual em vários períodos após o choque. Tal fato é explicado pelo aumento da PmgK após um choque tecnológico positivo, que aumenta os investimentos e o estoque de capital, provocando um aumento persistente da produção acima da tendência anterior.

Explicando as Recessões Pelo que vimos até agora, as recessões devem ser explicadas pelo retrocesso tecnológico, o que é uma explicação controvertida. Os defensores do modelo argumentam que há muitos acontecimentos que, embora não possam ser considerados tecnológicos no sentido literal da palavra afetam a economia de uma forma muito semelhante aos choques tecnológicos. Desta forma, condições climáticas adversas, aprovação de uma legislação ambiental muito restritiva ou aumento no preço de um insumo básico como o petróleo, são fatores que reduzem a capacidade da economia de transformar capital e trabalho em bens e serviços.

Neutralidade da Moeda Pelo próprio nome, teoria dos ciclos reais, nota-se que o ciclo econômico não pode ser causado pelas flutuações da oferta monetária, ou seja, a moeda é considerada neutra. Os críticos argumentam que a evidência empírica não sustenta tal hipótese, a medida em que variações na oferta monetária e na taxa de inflação estão, quase sempre associadas as flutuações no produto. Entretanto, os defensores da teoria do ciclo real argumentam que existe uma confusão de causalidade, a medida em que as flutuações no produto real é que causam variações na oferta monetária. Por exemplo, dado um choque tecnológico positivo, que aumente o produto real e a demanda por moeda, o Banco Central, via de regra aumenta a oferta monetária para fazer frente a maior demanda.

23) Analista – Bacen - 2006 A teoria dos ciclos econômicos reais pretende que flutuações econômicas de curto prazo devam ser explicadas assumindo que os preços da economia sejam totalmente flexíveis, ao contrário da teoria keynesiana, que os considera rígidos no curto prazo. Analise as seguintes afirmativas sobre essa teoria. A quantidade ofertada de mão-de-obra depende positivamente dos incentivos econômicos oferecidos ao trabalhador. Se os salários dos trabalhadores estiverem altos e/ou a taxa de juros for elevada, os trabalhadores preferirão trabalhar menos e a economia entrará em recessão. A aprovação de uma legislação ambiental muito restritiva ou o aumento do preço internacional do petróleo não são fatores que podem induzir a economia à recessão. A oferta de moeda é endógena e a expansão dela em função do crescimento da atividade econômica pode dar a ilusão de que a moeda não é neutra, embora ela o seja de fato.

É correto o que consta apenas em I e II. II e III. I e IV. III e IV. I, II e III.

Observações sobre A Oferta Agregada e a Curva de Phillips Segundo esta equação: Um aumento da inflação esperada leva ao aumento da inflação efetiva. Dada a inflação esperada, um aumento no mark-up (m), ou um aumento nos fatores que afetam a determinação do salário (Z), leva a um aumento na inflação. Dada a inflação esperada, um aumento na taxa de desemprego, leva a uma queda na inflação.

Sendo a inflação esperada = 0, então: Esta é a relação inversa entre desemprego e inflação que Phillips constatou para o Reino Unido e Solow Samuelson para os Estados Unidos (ou a curva de Phillips original). Segundo a versão original da curva de Phillips haveria um trade-off permanente entre inflação e desemprego

Formação de Expectativas: Expectativas Adaptativas Estáticas Suponha que as expectativas sobre a inflação sejam formadas de acordo com O parâmetro q captura o efeito da taxa de inflação do ano passado, pt-1, sobre a taxa de inflação prevista para este ano, pet-1. Suponha ainda que q seja igual a um. Logo, a curva de Phillips passa a ser dada por (curva de Phillips aumentada pelas expectativas, também chamada de curva de Phillips aceleracionista, ou curva de Phillips Friedman-Phelps): Note que a redução no desemprego “acelera” a taxa de inflação. Dito de outro modo, se a taxa de desemprego estiver abaixo da “taxa natural” , a inflação será crescente. Logo, não existe trade-off permanente entre inflação e desemprego.

Sendo assim, . Substituindo na curva de Phillips, obtemos: A taxa natural de desemprego é a taxa de desemprego não aceleradora da inflação. Portanto, se . Logo: então, Sendo assim, . Substituindo na curva de Phillips, obtemos:

Um Exemplo Numérico da Curva de Phillips Suponha que a curva de Phillips seja dada por : com e, em t-1, a) Qual a taxa natural de desemprego ? Resposta: como a taxa natural de desemprego é a taxa de desemprego não-aceleradora da inflação, devemos ter, Logo,

b) Suponha que o governo deseje reduzir a taxa de desemprego para 5% e mantê-la nesse patamar. Quais seriam as taxas de inflação nos próximos 3 períodos ? (trabalhe com q = 1) t Logo, t+1

cphLP Curva de Phillips de longo prazo: associada a taxa natural de desemprego. A política monetária afeta o produto somente no curto prazo. Ao manter a taxa de desemprego abaixo da taxa natural o Bacen estaria elevando a taxa de inflação permanentemente. Reduzir a inflação exige um aumento do desemprego no curto prazo.

Expectativas, Credibilidade e a Crítica de Lucas Expectativas e Credibilidade: A Crítica de Lucas Tomar a equação , que com expectativas adaptativas estáticas equivale a como dada, seria equivalente a supor que os fixadores de preços e salários continuariam a esperar que a inflação futura fosse mesma do passado e que não se alteraria em resposta a uma mudança na política econômica. Robert Lucas: Por que os fixadores de preços e salários não deveriam levar em consideração as mudanças na política econômica ? Sendo crível a promessa do Bacen de desinflacionar isso deveria reduzir a expectativa de inflação, reduzindo a inflação sem a necessidade de um desemprego muito elevado ou prolongado.  

Se e , para reduzir a inflação, devemos ter . A Lógica do Argumento: Se e , para reduzir a inflação, devemos ter . Suponha agora que , onde é a meta de inflação anunciada pelo Bacen, o que equivale a dizer que . Desta forma, o anúncio de uma meta de inflação menor por parte do Bacen reduziria a expectativa de inflação e a própria inflação, desde que o anúncio seja crível, sem que a taxa de desemprego se desviasse do seu nível natural.

Mais Credibilidade X Menos Credibilidade Suponha que Se credibilidade completa Se ausência de credibilidade Devemos notar que no caso de credibilidade completa, a curva de Phillips passa a ser vertical. Nesse caso, a política monetária não afeta o produto e a taxa de desemprego nem mesmo no curto prazo.

A Curva de Oferta Agregada Como , podemos utilizar a relação entre entre a inflação e o nível de preços assim como a Lei de Okun para encontrarmos a seguinte relação: OA

24) Bacen – 2002 – Analista – 47 Considere: curva de oferta agregada de longo prazo vertical ao nível do produto de pleno emprego; curva de demanda agregada definida pela teoria quantitativa da moeda; curva de oferta agregada de curto prazo dada pela equação; Y = Yp + α(P – Pe), Onde: Y = produto, Yp = produto de pleno emprego, P = nível geral de preços, Pe = nível geral de preços esperado, e α > 0; situação inicial de equilíbrio de longo prazo. Considerando um aumento nos preços internacionais do petróleo, é correto afirmar que:

a) no curto prazo haverá inflação sem alteração no nível do emprego a) no curto prazo haverá inflação sem alteração no nível do emprego. No longo prazo, ocorrerá uma redução no nível do emprego: o nível de produto de pleno emprego será menor quando comparado com a situação anterior ao aumento nos preços internacionais do petróleo. b) no curto prazo, só ocorrerá inflação. O produto permanecerá no pleno emprego uma vez que a produção será estimulada pelo aumento do nível de preços esperados decorrente da elevação nos custos das empresas. c) no curto prazo, ocorrerá inflação combinada com desemprego. No longo prazo, a economia voltará para o pleno emprego. O Banco Central, entretanto, poderá reduzir os efeitos do desemprego no curto prazo implementando uma política monetária expansionista. O aspecto negativo desta opção será mais inflação. d) não ocorrerá inflação uma vez que a elevação dos custos será compensada pela elevação da inflação esperada. e) se as expectativas forem racionais, o produto permanecerá no pleno emprego e não ocorrerá inflação, no curto prazo, uma vez que o aumento no custo de produção será compensado pela queda nos salários reais.

25) Bacen – 2002 – Analista – 50 Não é característica do sistema de metas de inflação no Brasil: a) o Banco Central é o responsável pela execução das políticas necessárias para o cumprimento das metas. b) o estabelecimento de média geométrica entre três índices de preços de ampla divulgação, no caso de forte desvalorização cambial ou demais choques de oferta, desde que aprovado pelo Comitê de Política Monetária. c) os intervalos de confiança serão fixados pelo Conselho Monetário Nacional, mediante proposta do Ministro de Estado da Fazenda. d) caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda. e) a meta de inflação é estabelecida como diretriz para a fixação do regime de política monetária.

26) Bacen 2010 – Analista – Geral - 39 O gráfico abaixo mostra Curvas de Phillips para uma determinada economia.

Analisando o gráfico, conclui-se que a (A) taxa natural de inflação é igual a p*. (B) taxa natural de desemprego é igual a u*. (C) curva A1 reflete expectativas de inflação mais elevadas que A2. (D) curva B é de curto prazo, inelástica. (E) demanda agregada da economia é representada por B.

27) Bacen 2010 – Analista – Específica - 20 Com as constantes inovações financeiras, tem-se tornado mais difícil a administração da política monetária por causa do surgimento de ativos financeiros com elevada liquidez (quase moeda). Isso tem conduzido os responsáveis por política monetária, nos mais variados países, a concentrar a administração monetária, na taxa básica de juros. O regime de metas para a inflação tem essa característica. Assim, é por meio da taxa básica de juros que a estabilidade de preços é administrada pelo Banco Central. Sobre o regime de metas para a inflação, analise as afirmações a seguir.

I - O sucesso dessa forma de promover a estabilidade de preços depende da credibilidade do Banco Central junto aos agentes econômicos, sendo que metas muito ambiciosas e pouco prováveis de serem atingidas podem representar fracasso da política, com consequências danosas à estabilidade de preços. II - Definida a meta para a inflação, para um período de tempo não muito longo ou excessivamente curto, o Banco Central só precisa acompanhar a taxa básica de juros, uma vez que ela regula a liquidez do sistema, o que torna a política monetária transparente, pois a taxa básica de juros é amplamente divulgada. III - Um aspecto negativo do regime de metas para a inflação é que os agentes econômicos antecipam a direção da política e, portanto, não havendo o elemento surpresa, ela não atingirá seus objetivos.

Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III.

28) Bacen 2010 – Analista – Específica - 21 Os economistas utilizam, com muita frequência, construções teóricas com o objetivo de analisar situações reais e dinâmicas, com simplicidade. Longo prazo x curto prazo, produto potencial e taxa natural de desemprego são alguns exemplos. Nesse contexto, analise as proposições abaixo. I - O produto potencial corresponde ao potencial de produto de uma economia, dadas suas instituições sociais, a disponibilidade de recursos produtivos e a tecnologia; por isso, produto potencial corresponde ao conceito de curva de possibilidades de produção. II - Além dos mercados de bens e serviços, de recursos produtivos, de ativos financeiros e de moeda estrangeira (câmbio) usados na caracterização do modelo de demanda e oferta agregadas, os economistas utilizam o conceito de produto potencial para caracterizar a oferta agregada de longo prazo. III - A Curva de Phillips, originariamente percebida como uma regularidade estatística, pode ser interpretada como a oferta agregada de curto prazo, enquanto que sua versão de longo prazo à la Friedman-Phelps pode ser interpretada como oferta agregada de longo prazo.

Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões) (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

29) Bacen 2010 – Analista – Específica - 29 A incorporação das expectativas dos agentes econômicos na avaliação de prováveis impactos da política de estabilização ou anticíclica é indispensável. Como não se dispõe de informações sobre as expectativas dos agentes econômicos, os economistas desenvolveram modelos de formação de expectativa que pudessem ser usados para antecipar as reações dos agentes econômicos e, desse modo, inferir sobre os impactos das políticas. Considerando uma situação inicial, na qual haja estabilidade de preços e o nível corrente do produto seja o de pleno emprego (produto potencial), suponha que seja introduzida uma política econômica expansionista. Associe os dois modelos de formação de expectativas com os resultados para a economia, antecipados no curto e no longo prazos, em decorrência da nova política macroeconômica, apresentados abaixo.

Modelo de Expectativas I - Adaptativas II – Racionais   Impactos da política macroeconômica sobre a economia No curto prazo: P - Preços ficam mais elevados e há aumento de produto. Q - Preços ficam mais elevados e não há mudança no produto. No longo prazo: R - Preços ficam mais elevados e não há mudança no produto. S - Não há mudança nos preços e no produto. T - Não há mudança nos preços e o produto aumenta. As associações corretas são: (A) I - P e R; II - Q e R (B) I - P e T; II - Q e S (C) I - P e S; II - P e S (D) I - Q e S; II - P e T (E) I - Q e R; II - P e R

30) Bacen 2010 – Analista – Específica - 27 A existência de ciclos econômicos tem estimulado o desenvolvimento das mais variadas teorias que procuram explicar suas causas de modo a sugerir o que pode ser feito pelos responsáveis pelas políticas macroeconômicas. Nessa perspectiva, relacione as explicações às referências de autores, grupo de autores ou teoria a seguir.

I - Os ciclos econômicos são identificados pelos movimentos auto-correlacionados das discrepâncias do produto real quanto à sua tendência, as quais não podem ser explicadas pela disponibilidade de fatores e pela tecnologia. II - À medida que a economia se aproxima do pleno emprego, a taxa de crescimento do produto se reduz e, pelo efeito acelerador, os investimentos caem, o que realimenta a redução na taxa de crescimento do produto pelo multiplicador keynesiano. III - O princípio do acelerador não considera a existência de excesso de capacidade durante os ciclos, excesso que pode permitir aumento de produto sem que ocorra investimento; dessa forma, os investimentos devem depender das taxas de lucro e não do crescimento do produto como sugere o princípio do acelerador. IV - A maioria das flutuações econômicas é causada, não pelas variações de demanda agregada decorrentes de mudanças de expectativas ou otimismo empresarial, mas sim pelas reações dos agentes econômicos a choques de oferta.

Autores ou teorias P - Kalecki Q - Keynesianos R - Teoria dos ciclos reais S - Novos clássicos T - Teoria monetarista dos ciclos   As associações corretas são: (A) I – R ; II – S ; III – P e IV – Q. (B) I – R ; II – S ; III – T e IV – P. (C) I – S ; II – P ; III – R e IV – T. (D) I – S ; II – Q ; III – P e IV – R. (E) I – T ; II – Q ; III – S e IV – R.

31) Bacen – 2006 – Analista - 45 A função de produção de uma economia é: Onde: y = produto por trabalhador k = estoque de capital por trabalhador Sabe-se também que: s = taxa de poupança = 20% n = taxa anual de crescimento populacional = 1% d = taxa de depreciação anual = 4% no estado estacionário (steady state) dessa economia o nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a 16 estoque de capital por trabalhador (k*) é igual a 4 valor da depreciação anual dos equipamentos é maior que o valor do investimento por trabalhador nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a 5 o produto total e o capital total crescem à mesma taxa que a população, ou seja, 1%

32) Bacen – 2002 – Analista – 49 Considere o modelo de crescimento de Solow sem crescimento populacional e progresso tecnológico. Suponha as seguintes informações: . d = 0,05 Onde: y = produto por trabalhador; k = estoque de capital por trabalhador; d = taxa de depreciação.   Com base nestas informações, os níveis de produto por trabalhador; estoque de capital por trabalhador; taxa de poupança; investimento por trabalhador; e consumo por trabalhador, no estado estacionário e supondo a “regra de ouro” são, respectivamente: a) 10; 100; 0,25; 3; 7 b) 10; 100; 0,25; 4; 6 c) 5; 25; 0,5; 3; 2 d) 5; 25; 0,5; 2,5; 2,5 e) 10; 100; 0,5; 5; 5

33) Bacen 2010 – Analista – Específica - 28 A teoria do crescimento endógeno, associada aos trabalhos de Paul Romer e Robert Lucas, diferente de outras construções com base no Modelo de Crescimento de Solow, considera que (A) capital humano, externalidades positivas entre firmas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento são os fatores determinantes do crescimento econômico e explicam a não verificação da hipótese de convergência das diferentes taxas de crescimento. (B) as instituições sociais são um fator determinante para o crescimento econômico e explicam a não verificação da hipótese de convergência das diferentes taxas de crescimento. (C) a taxa de crescimento do capital físico resultante dos investimentos financiados pela poupança é o fator determinante do crescimento econômico. (D) a disponibilidade de recursos naturais limita o processo de crescimento que, para ser promovido, depende da abertura da economia para o comércio e para as transações financeiras internacionais. (E) o desenvolvimento de tecnologia própria e adequada às condições internas é o fator preponderante na promoção do crescimento econômico.