Denise Mizrahi em: Minha mente em cores ...

A arte Abstrata usa uma linguagem visual de formas, cores e linhas para criar uma composição que pode existir com um grau de independência em referências visuais no mundo. Desde a Renascença até meados do século XIX, a arte ocidental apoiou-se na lógica da Perspectiva com a finalidade de reproduzir uma ilusão da realidade visível. Até o final do século XIX muitos artistas sentiram a necessidade de criar um novo tipo de arte que englobaria as mudanças fundamentais que ocorrem nas ciências naturais e na filosofia. Na pintura, a Abstração indica um desvio da realidade na representação das imagens. Este abandono da representação exata pode ser apenas insinuante, pode ser parcial, ou mesmo total. Mesmo a arte que busca a verossimilhança do mais alto grau pode ser considerada abstrata, pelo menos teoricamente, uma vez que a representação perfeita é susceptível de ser extremamente evasiva. Obras que abraçam liberdades, alterando por exemplo cores e formas bem visíveis podem ser consideradas parcialmente abstratas. A abstração total não se preocupa em manter vestígios a qualquer coisa reconhecível.

AMARELOS Manchas Solares Fragmentos em expansão Estruturas Solares Quadro da série Amarelos de arte abstrata não figurativa da pintora. Vê-se uma mescla de tons amarelos, alternando abstração total e parcial, com formas geométricas.

Abstrato de formas geométricas e cores fortes Nascimento de Bolhas, mescla formas angulosas com esferas Passeio público, apresenta formas angulosas em fundo mesclado. Observa-se nessa obra a influência da arte cubista, tendência que marcou os primórdios do sec. XX, tendo em Picasso e Braque seus maiores expoentes. Aqui a autora representa, em um mesmo plano, todas as partes de seu objeto de inspiração, geometricamente traçadas e coloridas em tons fortes e expressivos. Ao fundo, desenhos psicodélicos, sugerindo grafites em nanquim, dão ao quadro uma expressão contemporânea pela criativa mescla de influências de movimentos artísticos, somados à expressão bastante própria e marcante da autora. Verticais, Alternância de cores e tons. Objetos flutuantes em substrato essencialmente bicolor rosa-azul

Homenagem à Tarsila Aqui Denise Mizrahi homenageia Tarsila do Amaral, o mais expressivo nome das artes plásticas do Movimento Modernista, que promoveu a renovação da arte brasileira na década de 1920. Em mais uma demonstração da versatilidade de sua expressão artística, a autora investe em cores tropicais, cenários brasileiros e formas arredondadas, características marcantes na obra da grande Tarsila.

Temas de cores marcantes: Imagens urbanas Casas do Era uma vez... Casinhas populares. As paisagens urbanas, que tanto inspiraram Tarsila do Amaral, figuram também na obra de Denise Mizrahi.

O Colorido dos Mares O mar é um tema especialmente inspirador para Denise Mizrahi. Nesta coleção, a autora retrata o colorido e a beleza da natureza marítima. Suas pinturas fascinam pela precisão dos contornos, riqueza de detalhes e cores vibrantes. Encanto no fundo do mar Aparição de um golfinho Saltos na Natureza O amor do Pingüim Imperador

Maravilhas da Natureza Árvore da Felicidade, repleta de verdes folhas, transborda vitalidade. A técnica pontilhista do Impressionismo é aqui fonte de inspiração para a autora, que investe na suavidade e na justaposição de cores para retratar a beleza da natureza. Grou Americano, encanta pelo cuidado com os detalhes e demonstra a sensibilidade artística e as inúmeras possibilidades técnicas da autora. Cachoeiras de Deus, uma visão maravilhosa da natureza divina

Vila Verde , retrata o meio ambiente da vida dos ribeirinhos. Rio das Pedras. A pintura transmite a sensação da natureza inexplorada, em seu estado bruto. Melancia sobre a mesa. Natureza morta. A obra chama a atenção à irregularidade do corte no lado esquerdo da fatia maior e à incompletude da menor, como se já se houvera provado do fruto

Temas Judaicos Êxodo do Egito. Nesse quadro, de uma beleza cativante, Denise retrata uma das passagens mais marcantes da história do povo judeu, utilizando-se de uma técnica marcantemente própria, sem influências explícitas. A falta de feições possibilita a qualquer observador uma imediata identificação. Hamsa, objeto que se traduz em sorte para quem o possui. Nesse quadro, Denise investe em formas geométricas organizadas num mesmo plano, demonstrando, mais uma vez, a influência cubista em sua obra. A mescla de tons de azul, mais ou menos intensos, com o branco, somada à vivacidade do vermelho e do amarelo, dão à obra um efeito visual bastante interessante. Destaca-se o cuidado da autora com os detalhes, o que se observa nos desenhos psicodélicos que preenchem a figura principal, mormente na porção superior do quadro, em técnica que evoca o efeito visual produzido pelo nanquim.

FIM