TÉCNICAS COGNITIVAS E INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC Disciplina: Tópicos Especiais em Psicologia II (Psicoterapia Cognitivista) Profa Esp. Carla Eloá Ferraz
Diagrama de Conceituação Cognitiva Paciente:_____________________________________________Data__/__/__ Diagnóstico: Eixo I:______________________________Eixo II:____________________ Dados Relevantes da Infância Que experiências contribuiriam para o desenvolvimento e manutenção da crença central? Crença Central Qual é a crença mais central sobre si mesmo? Crenças Intermediárias: Atitudes /Regras / Suposições Condicionais Qual a atitude que ajudou a lidar com essa crença? Quais as regras que você adquiriu a partir dessa crença? Que suposição positiva a ajudou a lidar com essa crença central? Qual a suposição negativa a ajudou a lidar com essa crença central? Estratégias Compensatórias Que comportamentos o ajudam a lidar com essa crença? Situação Qual foi a situação problemática? Pensamento Automático O que passou por sua cabeça? Emoção Que emoção esteve associada ao pensamento automático? Comportamento O que o paciente fez então?
DIAGRAMA DE CONCEITUAÇÃO COGNITIVA Dados relevantes da infância Mãe rígida, 11 irmãos (5 deles são tímidos), não tinha contato com outras crianças, humilhação por ser negro, abandono da escola na 5ª série. Crença Central “As pessoas são preconceituosas” / “O mundo é injusto” / “Eu sou incapaz” “Eu sou inadequado” Suposições Condicionais / Crenças / Regras “Tenho que ficar alerta pois as pessoas me acusarão de algo ruim” “Se eu falo em público, posso passar uma vergonha” / “Se eu não falo, evito passar uma vergonha” Estratégia Compensatória Hipervigilância; Evita olhar nos olhos das pessoas, Evita falar em público; Evita locais mais sofisticados, dependência da esposa. Situação 1: Situação 2: Situação 3: Numa palestra em SSA. Fui barrado na portaria do clube quando era pequeno Na rua, todo mundo foi convidado p aniversário de 15 anos, menos eu Pensamento Automático1: Pensamento Automático 2: Pensamento Automático 3: “Todo mundo tá olhando p mim” “ vou errar” “Eu sou um lixo” “ela não me convidou por que sou negro” Emoção 1: Emoção 2: Emoção 3: Ansiedade (100%) Tristeza (90%) Comportamento 1: Comportamento 2: Comportamento 3: Comecei a gaguejar e não consegui concluir a fala Voltou chorando p casa Ficava constrangido ao encontrá-la
Formulação de caso – Modelo persons Possui cinco componentes: lista de problemas diagnóstico hipótese de trabalho situações precipitantes e ativadoras Origens Resumo da hipótese de trabalho pontos fortes e recursos plano de tratamento. Modalidade frequencia Intervenções Tratamentos auxiliares obstáculos
Registro de Pensamentos Disfuncionais Pensamento Automático (O que passou pela minha cabeça naquele momento?) Pensamento Alternativo (Qual o pensamento mais realista? Situação (Onde eu estava? O que aconteceu?) Emoção ( O que eu senti?) Comportamento (O que eu fiz?) “ O que estou sentindo é tontura, pois levantei da cama rapidamente, eu não vou morrer agora” Medo Ansie dade 100% Eu estava no meu quarto, levantei da cama e percebi que fiquei tonta “Vou morrer agora” 90% Comecei a chorar e chamar o meu esposo
Questionamento Socrático Exemplo: PA - “Eu vou morrer agora” Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA é verdadeiro? Paciente: Bem. Naquele momento eu acreditava que iria morrer, mas não tinha nada que comprovasse isso... Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA não é verdadeiro? Aliás quantas vezes você morreu nessas crises? Paciente: Nenhuma...(Risos)...Acho que uma das evidências é que fiz todos os exames possíveis, e eles nunca acusaram nenhuma doença, a outra é que já tive várias crises como esta e nunca morri...
Questionamento Socrático Exemplo: PA - “Eu vou morrer agora” Terapeuta: Há uma explicação alternativa? Paciente: Na verdade, senti tontura por que levantei muito rapidamente da cama, isso não quer dizer que eu vou morrer. Terapeuta: Qual é o pior que poderia acontecer? Paciente: Ué...eu morrer.... Terapeuta: Qual é o melhor que poderia acontecer? Paciente: eu ficar bem e não morrer...
CRENçAS Centrais Técnicas de questionamento socrático; Continuum cognitivo Ex. (“eu sou burro”); Examinar vantagens e desvantagens; Agir “como se”; Experimentos comportamentais; Processo” (De-Oliveira, 2007)
Como lidar com as preocupações Diferenciar Preocupações Produtivas e Improdutivas; Tempo para preocupação Exame de vantagens e desvantagens Estratégia de Resolução de Problemas
Técnica DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Especificar um problema. Projetar soluções. Selecionar uma solução Implementá-la. Avaliar sua efetividade. Ex. Passar no vestibular em Medicina Ex. Dúvida sobre separação do esposo.
Técnicas de resoluçÃO DE PROBLEMAS Tempestade de Idéias Balança Motivacional (Prochaska e Diclemente)
Balança Motivacional Vantagens em Beber Desvantagens em Beber Vantagens em Não Beber Desvantagens em Não Beber 1.O sabor 2. Esquecer os problemas 3. Alegria e diversão 4. Melhorar a auto-estima 5. Perder a timidez. 6. “O cidadão leva um chifre, e bebe para esquecer” 7. Parar com o tremor 8. Para refrescar 9. Para esquentar 10. Abrir o apetite. 1. A Desconfiança. 2. Auto-estima diminui 3. Ficar violento 4. Perder o caráter 5. Fica rico 6. Perder o trabalho 7. Brigar com a família 8. Tornar dependente 9. Ficar irresponsável 10. Perder o apetite 11. Prejuízos na saúde 12. Alucinações. 13. Depressão. 14. Insônia 1. Confiança das pessoas 2. Ter amor próprio 3. Preservar a família 4. Dormir bem 5. Melhorar o apetite 6. Bom exemplo p filhos 7. Não cair nas ruas. 8. Respeito das pessoas 9. Não correr tantos riscos. 10. A fé em Deus melhora. 1. “As pessoas acham que estou doente quando não estou bebendo.” 2. “As pessoas acham que parei de beber por causa de minha mulher.” 3. “Não devo ir no bar, quando estou sem beber.” 4. “Tenho excesso de segurança quando estou há um tempo sem beber.” 10 4 10 14 Balança Motivacional
Técnicas de Distração e refocalização Pensar em palavras aleatórias; Olhar para o ambiente e tentar descrevê-lo Pensar em algo prazeroso Refocalização – Voltar a atenção para atividade daquele momento. (TOC) Ex. Falar em voz alta ou anotar o que faz naquele momento.
CURTOGRAMA FAÇO NÃO GOSTO GOSTO NÃO FAÇO
REFERÊNCIAS Rangé, B. (org.) Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: Um Diálogo com a Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2001. Barlow, D. (1999). Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos, Porto Alegre: Artmed. Beck, J. (1997). Terapia Cognitiva – Teoria e Prática (S. Costa, trad.), Porto Alegre: Artmed. (Obra original publicada 1995) S. Cormier & B. Cormier, Instruções do Treino de Relaxamento Progressivo (C. Dias trad). Recuperado em 10 de Novembro, 2007, do http://www.fc.ul.pt/gapsi/Relaxamento.pdf DSM IV – TR (2002), Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (4ª ed. rev) (C. Dornelles trad.), Porto Alegre: Artmed.