AS RIQUEZAS DO SUBSOLO 4ª SÉRIE

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Transcrição da apresentação:

AS RIQUEZAS DO SUBSOLO 4ª SÉRIE PROGRAMA REAÇÃO AS RIQUEZAS DO SUBSOLO 4ª SÉRIE Prof. Dr. Marco Aurélio A. Monteiro e-mail: marco.aurelio@feg.unesp.br 2008

ROTEIRO O Subsolo e o meio ambiente O subsolo e os seres vivos O subsolo e os seres humanos O subsolo e os recursos tecnológicos

ADAPTAÇÃO DO TEXTO DO LIVRO OS SERÕES DE DONA BENTA AS RIQUEZAS DO SUBSOLO ADAPTAÇÃO DO TEXTO DO LIVRO OS SERÕES DE DONA BENTA (MONTEIRO LOBATO) ciências

Naquele dia a lição acabou no solo; no dia seguinte começou pelo subsolo, que é a parte que fica embaixo do solo. - No começo - disse dona Benta os homens só viviam e só se utilizavam das coisas produzidas pelo solo, ou que estão no solo - e ainda hoje é assim na maior parte do mundo, e também aqui. - Sim. Os grandes depósitos de carvão de pedra que o homem tem descoberto em tantos países já foram enormes florestas em lugares pantanosos, vivinhas e verdinhas. As árvores iam nascendo, crescendo e morrendo. Os troncos atolavam-se no pântano, formando camadas de restos mortais. Um dia esse pântano sofreu mudança: foi abaixado por efeito daquele diastrofismo sobre que já falei. A erosão, essa infatigável fazedora de aterros, o cobriu de espessas camadas de areia ou argila. Mas vem de novo o diastrofismo e ergue toda aquela massa de camadas -e na superfície forma-se novamente solo e crescem novamente florestas. -Mas de repente...

- Mas como as florestas enterradas se transformaram -em carvão? - Já sei - disse Pedrinho - de repente o tal diastrofismo abaixa outra vez a terra e a erosão cobre outra vez de areia a nova floresta. - Exatamente. Isso explica o encontro de várias camadas de carvão superpostas, separadas entre si pelas camadas de aterro. - Mas como as florestas enterradas se transformaram -em carvão? - Diversos fatores trabalharam nisso:a pressão do aterro, certas bactérias, o calor desenvolvido pelo peso do aterro. Quando a pressão é muito grande, esse mesmo carbono do carvão de pedra vira diamante. - Que coisa esquisita - exclamou a menina. - Um, tão preto e feio - o outro, maravilhosamente lindo, e filhos do mesmo pai... - Filhos, não - contestou dona Benta - O carvão é carbono e o diamante também. Constituem um mesmo corpo sob formas diferentes. Mas o carvão é encontrado em todos os continentes.

O ouro - disse Narizinho. Mas temos outros produtos valiosíssimos no subsolo - Os minérios e metais. - Isso já aprendemos na Geologia disse Pedrinho. As rochas se compõem duma mistura de vários minerais. - Exatamente. O granito, por exemplo, compõe-se de quartzo, feldspato e mica, em mistura que os deixa perfeitamente visíveis. A uma rocha que contém um ou mais metais damos o nome de minério, do qual um dos característicos é haver quase sempre a combinação dum metal com o oxigênio ou o enxofre. De todos os metais, qual o mais precioso? Quem sabe? O ouro - disse Narizinho.

Parece mas não é. O metal precioso por excelência é o ferro, embora no mercado um quilo de ouro alcance preço muitíssimo maior que uma tonelada de ferro. O ferro é o mais precioso porque é o mais útil., - Por quê? Porque o ferro é a substância com que o homem constrói suas máquinas, e é da máquina que vem o progresso, a riqueza, a civilização. - E depois do ferro? - Depois do ferro o mais útil dos materiais é o cobre, ou pelo menos o mais largamente empregado, sobretudo nas instalações elétricas. A eletricidade é conduzida de um ponto para outro por meio de fios de cobre. Outra grande aplicação do cobre é para rebites de navios e vasilhame.

Aqui em casa temos aquele tachão de cobre em que tia Nastácia faz goiabada. Mas as alças são de outro metal, mais amarelado. - Latão, ou seja uma liga de cobre e zinco. O bronze, tão empregado para as estátuas, é também uma liga de cobre e estanho.

- E o ouro? - perguntou Narizinho. - Ah, o ouro é o mais belo de todos os metais, com a sua linda cor amarela. Tem a vantagem de não oxidar-se e também de ser extremamente maleável. Com ele fazem-se as folhas mais finas que existem no mundo, e fios que batem a teia das aranhas. Outro metal curiosíssimo é o mercúrio - o único que na temperatura comum se conserva líquido. Só se solidifica a 39 graus abaixo de zero. As vezes é encontrado puro, outras vezes, combina com o enxofre. Sua densidade é tão alta que todos os outros metais, inclusive, o chumbo, flutuam nele. Tem muito emprego nos laboratórios. Os barômetros e os termômetros são feitos com mercúrio, e os espelhos têm a face interna revestida duma camadinha de mercúrio e estanho.

- É o tal aço dos espelhos - lembrou Pedrinho. E na arte dentária serve para a obturação dos dentes; numa mistura com prata e estanho. Há ainda os não-metálicos, como, por exemplo, o giz. O giz é um calcário formado de casquinhas de pequeneníssimos animais marinhos. A cal é outro calcário que obtemos queimando a pedra calcária; tem enorme emprego na construção de casas, para reboco ou caiação. A argila é uma combinação de alumínio, sílica, oxigênio, e água. Usadíssima para tijolos, manilhas, telhas, potes e panelas. A argila muito pura e sem ferro dá a porcelana. Um mineral interessante é o amianto. Apresenta-se fibroso, como madeira apodrecida de pinheiro. As fibras dobram-se sem se quebrar e têm brilho. A principal propriedade do amianto é não ser afetado pelo fogo. Não derrete nunca. Dai a sua aplicação na defesa contra o fogo; tecidos para roupas de bombeiros, -cortinas de teatro que separam o palco da platéia, tintas incombustíveis (em que ele entra em pó), etc

Dessa vez os meninos concordaram com ela. Se suprimirmos essas duas coisas, acabaria o progresso e temos de voltar à vida do índio - com tangas, arcos e tacapes, vivendo da pesca e da caça, como os que habitavam nossas terras antes da chegada dos portugueses. - E como hoje há muito pouco que caçar no mato, o remédio era cairmos na antropofagia, como os tupinambás que o Hans Staden descreve em seu livro - disse Emília. Dessa vez os meninos concordaram com ela.