GÊNERO TEXTUAL RESENHA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Gêneros jornalísticos
Advertisements

RESENHA Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural,
ANEXO I - PROJETO DE PESQUISA
Breves Noções Metodológicas de Leitura e Interpretação de Texto
Gêneros de texto (não-ficção)
(Autor) (Título) (Sub-título) (Local) (Ano)
Resumo.
RESENHA Prof. Neluana.
UNIDADE E PRODUÇÃO CIENTÍFICA.
ARTIGO CIENTÍFICO.
RESENHA: CONCEITO, ESTRUTURA E PRODUÇÃO
RESUMO Laboratório de Produção de Texto
LABORATÓRIO DE PRODUÇÃO DE TEXTO
Resenha É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer.
Redação Por onde iniciar? Professor José Arnold.
RESENHA Resenha-resumo:
Metodologia de Pesquisa
Administração de Sistema Operacional de Rede WindowsServer-2003 WindowsServer-2003 Ricardo de Oliveira Joaquim TECNOLÓGICOS.
Leitura de Textos Científicos
Aula de leitura – COL Não basta ir às aulas para garantir êxito nas disciplinas, precisa-se ler e ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, tomar.
Resenha Produção de texto.
Por Antonio Castro do Amaral Mestre
Metodologia e Expressão Técnico-Científica
Resumo e Resenha de Textos Acadêmicos
LEITURA E REDAÇÃO CIENTÍFICA: RESUMO, RESENHA E FICHAMENTO
RESUMO Laboratório de Produção de Texto
ANÁLISE TEXTUAL Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística.
RESENHA Profa. Drª Marli Hatje UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Estágio Supervisionado III - Língua Portuguesa
APRESENTAÇÃO TELE-SALA: CAMETÁ ANO: 2007 DANIELA SANTOS FURTADO
O Artigo Científico Cultura, Língua e Comunicação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Trabalho nas regras ABNT
Iniciação Científica º Série/EM.
Resumo.
Professora Aline Duarte
Forma Canônica e Definições
Você vai escrever uma resenha crítica de algum livro que tenha lido recentemente para publicar no jornal mural da sua escola ou biblioteca/sala de leitura.
RESUMO.
1. Definições Resenha-resumo:      É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de.
FICHAS DE LEITURAS E ORGANIZAÇÃO DE APRESENTAÇÕES/ TRABALHOS ESCRITOS
PROPAI/PROPCCI-I 2S 2º semestre – 2011 Professores: Geraldo e Padu.
Resenhas.
Resumo.
1. Definições Resenha-resumo:      É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de.
RESENHA.
Leitura e interpretação de texto
Documentação e Resenha
Metodologia Científica
Leitura e interpretação de texto
Debate a. Um debate precisa ser planejado? Por quê? b. Qualquer assunto pode ser tema de debate? Por quê?
PRÁTICA DE LEITURA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
LEITURA E REDAÇÃO CIÊNTIFICA: RESUMO, RESENHA E FICHAMENTO
Resumo.
Profa. Jeiel Lucena RESENHA CRÍTICA Profa. Jeiel Lucena
Prof. Ms. Paulo H. M. Brambilla
Professor Jardson Brito
FICHAMENTO.
TÓPICOS ESPECIAIS: Seminários e Projetos de Pesquisa ARTIGO CIENTÍFICO
REGRAS E MODELO PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHOS ESCOLARES
GÊNEROS TEXTUAIS PROF. ROMIM. RESENHA 1. DEFINIÇÕES 1.1 Resenha Resumo É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de.
Edgard Cornachione Silvia Casa Nova Nálbia A. Santos Metodologia do Trabalho Científico # 06 1.
TRABALHO COLABORATIVO
Resenha Características: texto breve, apresentado como um resumo comentado de uma publicação. Constituem apreciações, análises crítica e interpretativa.
Gêneros textuais Professor: Marcel Matias.
Como elaborar uma resenha
RESENHA.
É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de.
GÊNERO TEXTUAL RESENHA
Definições Resenha-resumo:      É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um.
Transcrição da apresentação:

GÊNERO TEXTUAL RESENHA

Como elaborar uma resenha 1. Definições Resenha-resumo: É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor. Resenha-crítica: É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.

2. Quem é o resenhista A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente. 3. Objetivo da resenha O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. 4. Veiculação da resenha A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.

5. Extensão da resenha A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas. 6. O que deve constar numa resenha Título A referência bibliográfica da obra Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada O resumo, ou síntese do conteúdo A avaliação crítica 7. O título da resenha O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir: Título da resenha: Astro e vilão Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995 Título da resenha: Com os olhos abertos Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995

8. A referência bibliográfica do objeto resenhado Constam da referência bibliográfica: Nome do autor Título da obra Nome da editora Data da publicação Lugar da publicação Número de páginas Preço Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço. Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995). 9. O resumo do objeto resenhado O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado. Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton.

"Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".      O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante".

10. Como se inicia uma resenha Pode-se começar uma resenha citando-se imediatamente a obra a ser resenhada. Veja o exemplo: "Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de ideias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula. Há, evidentemente, numerosas outras maneiras de se iniciar um texto-resenha. A leitura (inteligente) desse tipo de texto poderá aumentar o leque de opções para iniciar uma recensão crítica de maneira criativa e cativante, que leva o leitor a interessar-se pela leitura.

11. A crítica A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram. O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc. Deve ser lembrado que os resenhistas - como os críticos em geral - também se tornam objetos de críticas por parte dos "criticados" (diretores de cinema, escritores, etc.), que revidam os ataques qualificando os "detratores da obra" de "ignorantes" (não compreenderam a obra) e de "impulsionados pela má-fé".

Um gramático contra a gramática 12. Exemplos de resenhas Publica-se a seguir uma das resenhas que pode ilustrar melhor as considerações feitas ao longo desta apresentação. Um gramático contra a gramática Gilberto Scarton      Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.      Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".      

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.      Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Material disponível em http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Produção de texto 5 Assista ao vídeo “Ilha das Flores” (disponível no endereço http://www.youtube.com/watch?v=Hh6ra-18mY8), do diretor Jorge Furtado e, a partir dele, produza uma resenha entre 25 e 30 linhas.