Aula 7 Descartes e o Racionalismo

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Aula 7 Descartes e o Racionalismo

Algumas perguntas... Qual é a fonte de nossos conhecimentos? É possível confiar em quem nos engana uma vez? Como podemos ter certeza de que estamos acordados e que tudo o que vivemos não é um sonho? Esquema do texto – da dúvida ao cogito (imagem do edifício do saber) Deus como certeza

Quem é o sujeito? Passamos agora por mais uma virada na história, a chegada da filosofia moderna. É com o francês René Descartes (1596 – 1650) que veremos como isso começa. Fonte: FRATESCHI, Yara. “Revolução Científica, Mecanicismo e Método do Conhecimento”. In: Curso de Filosofia Política. São Paulo: Atlas, 2010

Um velho conhecido. Descartes é (ou será) seu conhecido pelas suas importantes conquistas no campo da matemática. De onde você acha que vem o plano cartesiano? O filósofo também contribuiu com a Física (na Óptica) e com a Astronomia

É preciso método para conhecer. Descartes, contudo, é também aquele quem define o método de investigação das ciências modernas, ou seja, como elas procedem para conhecer a natureza. Como podemos ser capazes de separar os conhecimentos seguros, corretos e verdadeiros daqueles falsos e enganosos? Bastaria aceitar que o conhecimento vem de Deus e que temos de aceitá-lo apenas pela fé, como diziam alguns filósofos medievais?

A busca pela certeza. Com ele uma nova e importante forma de se perguntar sobre o conhecimento surge: como é possível o conhecimento da verdade pelo homem? O problema central não é mais saber definir o que as coisas são (pergunta pelo OBJETO), mas antes como nós podemos conhecê-las (pergunta pelo SUJEITO). SUJEITO OBJETO Como as coisas são conhecidas? Como conhecemos as coisas?

Sozinho no seu quarto... Sem mais o que fazer, Descartes inaugura a Filosofia do Sujeito. ... Não encontrando nenhuma conversação que me divertisse e não tendo, além disso, por felicidade, preocupações ou paixões que me perturbassem, ficava todo o dia fechado sozinho num cômodo aquecido por uma estufa onde dispunha de todo o tempo para me entreter com meus pensamentos Veremos como no Discurso do método para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências (1637) Descartes se ocupa disso.

Entrando no Discurso Note que este método de Descartes terá na matemática um modelo, pois esta é capaz de encontrar certezas fixas e imutáveis. Descartes é influenciado pelo desenvolvimento científico do renascimento e do surgimento de uma concepção mecanicista do mundo e do homem. De acordo com o método para conhecer é preciso: Clareza e distinção (não tomar como verdadeiro o que não eu não puder provar como tal). Análise (dividir um problema em quantas parte for possível). Ordem (conduzir os pensamentos a partir do que há de mais fácil até o mais complexo). Enumeração (enumerar de modo completo para não perder nada do que se quer conhecer).

Discurso do método para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências (1637) Objetivo: encontrar um caminho seguro para que possamos alcançar o conhecimento da verdade e assim fazer ciência. Ponto de partida: muitos de nossos conhecimentos parecem seguros, mas são enganosos  os sentidos, fonte de nossos conhecimentos nos enganam. Como confiar neles? Decisão: todo conhecimento que for duvidoso, direi que é falso.  a dúvida é a arma de Descartes

A implosão do edifício do saber. Descartes em seu caminho percebe que: Os sentidos são duvidosos A matemática é duvidosa Podemos duvidar se estamos acordados ou dormindo. Será que algo do edífico do conhecimento ficará em pé após a dinamite desta dúvida radical?

Cogito, ergo sum. Para duvidar é preciso pensar. Mas não podemos duvidar da nossa dúvida? Ou duvidar que estamos pensando? Ora, se fizermos isso ainda estaremos duvidando. Dúvida Dúvida Pensamento Assim, Descartes encontra uma certeza indestrutível: o pensar. Com isso é possível dizer eu penso, logo existo, certeza a partir da qual é possível reerguer o edifício do conhecimento. O conhecimento começa então pela razão  Racionalismo