PREPARAR PORTUGAL PARA UM NOVO CICLO DE FUNDOS ESTRUTURAIS 2007–2013 Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Crescimento Económico e Redução da Pobreza
Advertisements

Jovens Investigadores: que Futuro?
Luís Andrade dos Santos Gestor de Projectos
Tipos de Indicadores Por Carlos Reis.
Curso de Administração Matriz Curricular: 2009_2 Diretoria: Ciências Exatas e Gerenciais Diretor: Prof. Luiz Felipe Quel Disciplina: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.
CERNAS 2004/2005 Elementos para análise de caracterização e desempenho Henrique Pires dos Santos, 2006 Bolseiro de Gestão de Ciência e Tecnologia CERNAS.
Negócios Internacionais
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Seminário Empreendedorismo e Criação de Empresas 22 de Fevereiro de 2006 Auditório Millennium BCP, TagusPark Os Apoios ao Empreendedorismo no IAPMEI Jaime.
O IAPMEI e a Dinamização do Empreendedorismo Jaime Andrez Presidente do Conselho Directivo 9 de Maio de 2006 ISEG, Auditório 2 ConferênciaEmpreendedorismo,
José Furtado Centro de Congressos de Lisboa Novos Instrumentos, Novas Ideias e Novas Empresas A Perspectiva do Financiamento.
15 de Maio Quadro Comunitário de Apoio III.
Análise Swot Objectivos Comerciais As variáveis e as políticas
e o Fundo Social Europeu
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
O Futuro dos Engenheiros José Roberto Cardoso Escola Politécnica da USP Sindicato dos Engenheiros do Estado de Sâo Paulo 02 de Dezembro de 2008.
Encontro com Engenheiros três desafios para a engenharia nacional
RECESSÃO ECONÓMICA PIB - 1,6%- 3,4%0,0% , ,9 Boletim Económico Primavera 2012 Banco de Portugal.
– 1 UNIVERSIDADE DOS AÇORES Prof. Dr. Fernando Lopes CAPÍTUL0 8 O Processo do Crescimento Económico.
Visão Global da Macroeconomia UNIVERSIDADE DOS AÇORES
16. A COMPETITIVIDADE DE PORTUGAL
Parte I 1. Crescimento económico moderno: um conceito
A Investigação Educacional em Portugal
Apresentação do Projeto
Financiadora de Estudos e Projetos
16 de novembro de 2010, Rio de Janeiro
PROGRAMA PARA A PROMOÇÃO DO EMPREGO E COMPETITIVIDADE 2012 – Março.
Albufeira, 11 de Novembro de 2006
Brasília, 8 de junho de 2010 MDIC. 2 Sondagem de Inovação 1.Objetivo 2.Como é feita e Perfil das Empresas 3.Resultados.
O Novo PRIME Nova política de incentivo ao crescimento empresarial Janeiro de 2006.
FEIRAS E EVENTOS A REFERÊNCIA DO FRANCHISING EM PORTUGAL. Data: Maio de 2013 Local: Lisboa Data e Locais: 31 de Março - Faro | 21 de Abril - Coimbra.

Relação entre Propriedade Intelectual (PI) e a investigação técnico-científica
29 de outubro de º WCTI – Workshop de Ciência, Tecnologia e Inovação na UERJ O papel do Sistema FIRJAN/IEL no desenvolvimento da cultura empreendedora.
PLENÁRIA FINAL.
Cooperação para a Sustentabilidade: o papel do ensino a distância
Capítulo 1 Introdução à administração e às organizações.
BENCHMARKING.
Programa de Educação em Empreendedorismo.
Talentos para Inovação
BIOCANT PARK Descrição adicional do tema. Pode ter referencias a co-autores e assuntos semelhantes PAG 1 AUTOR.
Mapa Estratégico da Indústria
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Sistema ECTS - European Credit Transfer System Universidade do Minho, 2003.
dos Objectivos à Concretização
Trabalho realizado por: Sandra Leal. 10º3A
EMPREENDEDORES EM AÇÃO PROF. NILSON R. FARIA Colégio Wilson Joffre.
Engenho e Obra : Momentos de inovação e a engenharia em Portugal no séc. XX …um projecto de história contemporânea e de política tecnológica
Inovação Tecnologia Intelligence Empreendedorismo Associativismo Internacionalização Formação Qualificação Portugal Pólo de Competitividade Engineering.
Lumiar. Constituir-se como uma entidade de referência no desenvolvimento de soluções formativas dinamizadoras da valorização profissional, pessoal e.
Mestrado em Engenharia e Gestão da Tecnologia Políticas de Ciência e Tecnologia IPCTN Resposta e Comentários João Silva Paulo Anastácio Ricardo.
Centro Empresarial e Tecnológico de S. João da Madeira.
Empresas Juniores: prescrições para um contexto de pesquisa
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Os biólogos e o emprego em Portugal
Conferência ‘As Empresas e a Regeneração Urbana’
OS DESAFIOS DO FINANCIAMENTO DA INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO DOS BENS INTANGÍVEIS DA PI Ana Comoane Nampula, de Fevereiro de 2006.
ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO PARA A COMPETITIVIDADE GLOBAL O papel da assistência empresarial do IAPMEI SINERCLIMA, 25 de Fevereiro de 2010.
Produtividade, Formação Profissional e Crescimento Inclusivo
Rede de Incubação e Empreendedorismo da Região Centro RIERC
Anúncio Público Nova política de incentivo ao crescimento empresarial Julho 2005 Ministério da Economia e da Inovação.
O FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR Joaquim Mourato (Presidente do CCISP e do IP de Portalegre) IV Congresso SNESUP ISCTE-IUL (Lisboa)| 14 de novembro de.
PIIP Programas de Investimentos em Infra- estruturas Prioritárias Apresentação do Documento de Orientação Estratégica CCB – Centro Cultural de Belém 05.
Inovação que não necessita de I&D: sugestões para uma política de inovação tecnológica centrada na difusão e na procura Marketing das Organizações Políticas.
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA UNIÃO EUROPEIA Fundos Europeus Estruturais e de Investimento COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO
Seminário sobre os Desafios de crescimento económico e do emprego em Moçambique, 9-11 Fevereiro 2011 Sumário da equipa do Governo Maputo, 11 Fevereiro.
Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa Maria Manuel Vieira A ESCOLARIZAÇÃO.
Futuro dos jovens agricultores no quadro da PAC pós 2013
IEFF Incubadora de Empresas da Figueira da Foz Associação para o Desenvolvimento Empresarial.

Transcrição da apresentação:

PREPARAR PORTUGAL PARA UM NOVO CICLO DE FUNDOS ESTRUTURAIS 2007–2013 Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento

Inovação, Crescimento Económico e Emprego: o Desafio do Empreendedorismo

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 3 Empreendedorismo e Criação de Emprego O impacte directo da criação de novas empresas sobre o emprego é reduzido: Reduzida dimensão Probabilidade de insucesso elevada Aumento da concorrência cria turbulência e instabilidade nos mercados A não ser que a entrada de novas empresas tenha efeitos indirectos positivos através da inovação e do aumento da competitividade, é improvável que mais criação de empresas leve a mais emprego

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 4 Efeitos Indirectos da Criação de Novas Empresas sobre a Competitividade e o Emprego Aumento da eficiência e da produtividade pela intensificação da concorrência Aceleração da mudança estrutural nos mercados: o aumento da concorrência tende a acelerar a adopção de inovações Amplificação da inovação: a probabilidade de introdução de uma inovação radical no mercado aumenta quando a taxa de criação de novas empresas é mais alta Aumento da qualidade e variedade dos produtos, gerando aumentos da procura e, assim, aumentos da produção e do emprego

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 5 Estrutura Temporal dos Efeitos da Criação de Novas Empresas sobre o Emprego Desfasamento Temporal Impacto da Criação de Novas Empresas sobre a Variação do Emprego Turbulência Efeitos Directos Efeitos Indirectos

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 6 Efeitos da Criação de Novas Empresas sobre o Emprego: Comparação Internacional Desfasamento Temporal Impacto da Criação de Novas Empresas sobre a Variação do Empreogo Efeitos Directos Turbulência Efeitos Indirectos 0 Portugal Inglaterra Alemanha País de Gales

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 7 Diferenças de Qualidade entre Novas Empresas Dois factores afectam significativamente as probabilidades de sucesso de novas empresas: Motivação: Oportunidade vs. Necessidade Capital Humano Empreendedor: educação, experiência; rede de contactos

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 8 Percentagem de Auto-Emprego na População Activa – OCDE

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 9 Global Entrepreneurship Monitor: Actividade Empreendedora por País Oportunidade Necessidade

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 10 Características dos Criadores de Empresas em Portugal Variável Unidade Valor Idade Média 37,4 Anos de escolaridade 7,7 7,7 Proporção de homens % 75,8 75,8 Trabalhavam no mesmo sector % 60,6 Trabalhavam no mesmo concelho % 67,5 Desempregados%34,5

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 11 Educação dos Criadores de Empresas em Portugal Habilitações Literárias Ano Nº Empresários Primário e Preparatório Secundário Curso médioLicenciatura ou Superior

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 12 Empreendedorismo de Base Tecnológica A criação de novas empresas de base tecnológica é um meio privilegiado de transferência de tecnologia O empreendedorismo de base tecnológica raramente será empreendedorismo de necessidade e pode constituír-se como uma forma de criação de emprego e reestruturação do tecido industrial Português no médio prazo

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 13 Políticas Publicas para o Empreendedorismo Tecnológico Não se criam oportunidades de negócio de base tecnológica sem investimento em ciência e tecnologia Não se aproveitam oportunidades de negócio de base tecnológica sem recursos humanos em ciência e tecnologia A especificidade das oportunidades de negócio de base tecnológica exige políticas públicas específicas e um papel activo das universidades na educação e promoção

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 14 Despesa em I&D em Percentagem do PIB – Portugal e EU Anos Pontos Percentuais PortugalEU15 Portugal EU15

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 15 Percentagem de Investigadores na População Activa Anos Pontos Percentuais PortugalEU15 Portugal EU15

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 16 Inovação, Empreendedorismo e Emprego – Políticas Públicas: Objectivos Promover o aumento sustentado do emprego através do estímulo ao empreendedorismo de oportunidade Promover a inovação e o crescimento económico através do estímulo ao empreendedorismo de base tecnológica e à comercialização de ciência e tecnologia Alterar o modelo de crescimento da economia portuguesa de um paradigma em que o emprego é concentrado nos serviços e em indústrias em fases de maturidade e declínio para um paradigma em que o crescimento do emprego é dinamizado por sectores emergentes baseados em novas tecnologias, com níveis de capital humano e inovação elevados

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 17 Políticas Públicas: Metas Previstas no Plano Tecnológico Atingir 5,5 investigadores (full time) por mil activos Duplicar o investimento público em Investigação Científica, passando de 0.5% para 1.0% do PIB Aumentar o número anual de doutoramentos, bem como a fracção de doutoramentos em ciências e engenharia Aumentar em 50% o número de novos licenciados por ano em áreas de ciências e engenharia

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 18 Políticas Públicas para o Empreendedorismo de Base Tecnológica: Algumas Propostas Identificar e promover os sectores de alta tecnologia emergentes considerados como críticos em termos de formação de recursos humanos e de criação de novos negócios, Financiar menos mas melhores novos negócios, tendo em atenção a sua capacidade inovadora, possibilitando-lhes uma maior dimensão inicial e mais tempo para desenvolver produtos Educação de recursos humanos na gestão de ciência e tecnologia e na identificação e avaliação de oportunidades de negócio de base tecnológica Promover efeitos de demonstração, redes de colaboração na comercialização de ciência e tecnologia e elementos intangíveis que reduzam a percepção de risco e incentivem um comportamento empreendedor por parte dos cientistas e engenheiros Alterar as regras de evolução na carreira académica nas áreas tecnológicas de modo a valorizar e incentivar projectos de comercialização de ciência e tecnologia

Inovação e Produtividade das Empresas e dos Recursos Naturais

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 20 Produtividade Horária, Horas Trabalhadas e o Diferencial no PIBpc

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 21 Inovação, Produtividade e Recursos Humanos O investimento em capital físico incorporando novas tecnologias tem um efeito positivo significativo sobre a produtividade Existe um desfasamento temporal inerente ao efeito da introdução de inovações sobre a produtividade económica das empresas O nível de qualificação da força de trabalho (capital humano) contribui para potenciar os efeitos da inovação sobre a produtividade

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 22 Estrutura Temporal dos Efeitos da Adopção de Novas Tecnologias sobre a Produtividade das Empresas Desfasamento Temporal Impacto da Adopção de Inovações sobre a Produtividade Mais Capital Humano Menos Capital Humano

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 23 Patentes e Despesa Privada em I&D

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 24 Níveis de Educação da Força de Trabalho

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 25 Economia baseada no betão Economia suportada pela Inovação Inovação e Produtividade dos Recursos Naturais: Mudança de Paradigma Portugal

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 26 Produtividade dos Recursos Naturais 0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900, , , PIB per capita /CME per capita ($/t) UE-15Portugal UE15

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 27 Políticas Públicas – Inovação e Produtividade das Empresas: Objectivos Convergência da produtividade com a UE e os EUA Aumento do esforço e da capacidade de inovação das empresas Aumento da capacidade de aprendizagem das empresas por via do aumento do capital humano, de forma a minimizar o processo de ajustamento e o desfasamento temporal entre inovação e aumento da produtividade Promoção da sustentabilidade da produção e consumo dos materiais

Inovação, Empreendedorismo e Desenvolvimento 28 Políticas Públicas – Inovação e Produtividade das Empresas: Algumas Propostas Estimular a I&D empresarial de forma sustentada Fomentar o Investimento Directo Estrangeiro tecnológico Promover a educação em ciência e tecnologia ao nível do ensino superior e da formação profissional nas empresas Criar formas alternativas de financiamento da inovação (por ex. – contrapartidas em grandes compras públicas) Fomentar a cooperação empresarial, e entre empresas e instituições de I&D, em actividades de inovação Incentivos à reestruturação tecnológica de unidades existentes e à instalação de empresas inovadoras (Investimento Directo Estrangeiro) Incentivos a novas infra-estruturas baseadas em tecnologias emergentes Apoio à I&D e à demonstração na área de tecnologia de reciclagem e valorização de resíduos