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As tribos germânicas Prof. Everton da Silva Correa
As evidências históricas, linguísticas e arqueológicas mostram que, até o início do século I, as sociedades germânicas tinham por base a família e a tribo. Broche ostrogodo do século VI, de ouro e esmalte, representando uma águia.
Não existia entre as tribos um estado centralizado e poderoso como o que os romanos tinham na mesma época. Quando havia cerca de cem famílias germânicas vivendo em uma mesma região, formava-se uma aldeia ou tribo. Nesses locais as decisões eram tomadas por meio de aclamação das pessoas livres em uma assembleia.
Em situações de interesse comum, várias tribos poderiam se reunir em federações passageiras ou mais duradouras e podiam eleger um rei, que tinha como função maior missões militares. Em alguns casos, esses agrupamentos de várias tribos poderiam se tornar permanentes. Quando isso acontecia, um grupo poderia se misturar a outros e mesclar seus hábitos e costumes.
Ao contrário do que ocorria entre os romanos, o trabalho escravo não era muito comum entre os povos germânicos. Entretanto, costumava-se escravizar prisioneiros de guerra, mas somente alguns germanos possuíam escravos, geralmente em pequeno número.
Na família germânica o pai exercia grande autoridade sobre a esposa e os filhos. Mas a mulher era valorizada. Era ela quem cuidava da organização da casa e da educação dos filhos. Era ela também quem detinha o conhecimento da medicina e das forças religiosas. Como os povos germânicos desconheciam a escrita, eram ainda as mulheres as principais encarregadas de fazer a transmissão oral dos costumes.
Os germanos viviam principalmente do cultivo de produtos agrícolas e da criação de animais. A sociedade germânica era também extremamente militarizada. Para seus habitantes, o saque a outros grupos fazia parte das formas de subsistência. Em razão dos conflitos com povos vizinhos e de guerras frequentes, esses grupos viviam em constante migrações.
Os povos germânicos e a religião Texto Os povos germânicos e a religião (lousa)
FIM AZEVEDO, Gislane Campos. Projeto Teláris: História. São Paulo: Ática, 2012. p. 201-202.