Classes de palavras: o nome Porto Editora
O nome O nome pertence a uma classe aberta de palavras, o que significa que a evolução da língua acrescenta constantemente novos vocábulos a esta classe. O nome tem diversas subclasses e pode variar em género, número e grau. Porto Editora
1. Subclasses do nome Nome próprio Nome comum Nome comum contável Nome comum coletivo contável Nome comum não contável Nome comum coletivo não contável Porto Editora
Designa um ser, pessoa, entidade ou região única e individual. Nome próprio Designa um ser, pessoa, entidade ou região única e individual. Exs.: Filipe, Torre de Belém, Portugal… Nome comum Designa seres ou entidades não individualizados. Exs.: pirata, coroa, amizade… Porto Editora
Nome que admite ser contado ou pluralizado. Exs.: castelo/castelos Nome comum contável Nome que admite ser contado ou pluralizado. Exs.: castelo/castelos rei/reis espada/espadas pessoa/pessoas Porto Editora
Nome comum coletivo contável Nome que, no singular, designa um conjunto de seres ou objetos da mesma espécie e que admite ser contado ou pluralizado. Exs.: arquipélago (arquipélagos) cacho (cachos) constelação (constelações) pinhal (pinhais) rebanho (rebanhos) Porto Editora
Nome comum não contável Nome que indica objetos ou entidades que não se podem decompor em partes individualizadas. Esses objetos ou entidades não têm parte singular nem parte plural. Exs.: a água o amor o milho a satisfação o sal a melancolia o arroz a alegria Porto Editora
Nome comum coletivo não contável Nome coletivo que não admite plural. Assim, não nos podemos referir a vários conjuntos destes seres ou objetos. Exs.: fauna flora gente rapaziada passarada Porto Editora
Exs.: A música é uma arte que sempre me apaixonou. Em alguns casos, só é possível saber se um nome é contável ou não contável pelo contexto em que se insere. Exs.: A música é uma arte que sempre me apaixonou. – música é nome comum não contável pois refere-se à arte da música, que é indivisível. O Paulo compôs uma música maravilhosa. – música é nome comum contável, pois, neste contexto, admite pluralização (duas/dez músicas). Porto Editora
2. Variação do nome 2.1. Variação em género Nem todos os nomes variam em género, como, por exemplo, os que se referem a seres inanimados (a ponte, o farol) cujo género é atribuído pela própria língua (género gramatical). No caso dos seres animados, estes podem ser uniformes quanto ao género (o público, a multidão) ou biformes (o rapaz/a rapariga; o aluno/a aluna). Porto Editora
2. Variação do nome 2.1. Variação em género 1. Há nomes cujo feminino se forma a partir do masculino, mudando apenas o final da palavra. Exs.: cantor cantora boneco boneca Porto Editora
2. Há nomes cujo feminino é formado por palavras totalmente diferentes do masculino. Exs.: homem/mulher pai/mãe genro/nora zangão/abelha cavalo/égua Porto Editora
Exs.: um tigre (macho ou fêmea) uma cobra (macho ou fêmea) 3. Há, ainda, nomes que são uniformes quanto ao género, isto é, cujo feminino é idêntico ao masculino. Estes podem ser: a) Nomes epicenos Designam animais e apresentam a mesma forma para ambos os sexos; (distinguem-se acrescentando as palavras macho e fêmea.) Exs.: um tigre (macho ou fêmea) uma cobra (macho ou fêmea) Porto Editora
Têm apenas uma forma, qualquer que seja o sexo da pessoa referida. b) Nomes sobrecomuns Têm apenas uma forma, qualquer que seja o sexo da pessoa referida. Exs.: a criança a testemunha a vítima o cadáver o cônjuge Porto Editora
Exs.: o artista/a artista o estudante/a estudante o jovem/a jovem c) Nomes comuns de dois São ambíguos quanto ao sexo da entidade humana que referem; essa ambiguidade (dúvida) só pode ser esclarecida mediante o determinante ou quantificador que antecede o nome. Exs.: o artista/a artista o estudante/a estudante o jovem/a jovem o colega/a colega Porto Editora
2. Variação do nome 2.2. Variação em número A maioria dos nomes flexiona em número. São biformes quanto ao número (árvore/árvores; coração/corações). Há nomes que só têm singular (a fauna, a flora) ou só têm plural (costas, férias): são uniformes quanto ao número. Porto Editora
2. Variação do nome 2.2. Variação em número Regras para a formação do plural a) A regra geral consiste em acrescentar um -s aos nomes terminados em vogal ou ditongo nasal. Exs.: coelho > coelhos camisola > camisolas mãe > mães Porto Editora
Regras para a formação do plural b) No caso das palavras que terminam em -m, este passa a -n: Exs.: bem > bens item > itens c) Os nomes terminados em consoante formam o plural acrescentando -es: Exs.: andar > andares francês > franceses chafariz > chafarizes Porto Editora
Casos especiais da formação do plural a) Os nomes terminados em -ão formam o plural: b) Os nomes terminados em -al, -el, -ol, -ul podem formar o plural: acrescentando um -s irmão > irmãos transformando o -ão em -ões botão > botões transformando o -ão em -ães pão > pães transformando o -l em -is pardal > pardais transformando o -l em -eis fóssil > fósseis papel > papéis Porto Editora
Casos especiais da formação do plural c) Os nomes terminados em -il tónico passam a terminar em -is: Exs.: peitoril > peitoris ardil > ardis d) Há nomes cujo plural é idêntico ao singular, ou seja, são uniformes quanto ao número. Exs.: o lápis > os lápis o ourives > os ourives Porto Editora
Casos especiais da formação do plural e) Há nomes que só têm plural. Exs.: calças núpcias andas férias Porto Editora
2. Variação do nome 2.3. Variação em grau O nome pode variar em três graus: ‒ diminutivo; ‒ normal; ‒ aumentativo. Porto Editora
2. Variação do nome 2.3. Variação em grau O grau aumentativo exprime grandeza, mas pode ter, também, conotações afetivas ou depreciativas. Exs.: Que casarão! Ganhei um carrão no concurso! Que carantonha tão suja! Essa patorra não cabe em sapato nenhum. Porto Editora
2. Variação do nome 2.3. Variação em grau O grau diminutivo exprime pequenez, mas pode ter, também, conotações afetivas ou depreciativas. Exs.: Que casinha tão engraçada! O meu carrinho é muito confortável. Ele é um homenzinho irritante. Ambos viviam num casebre no lago. Porto Editora
Em síntese: Subclasses Variação em género Variação em número Próprio Comum: contável coletivo contável não contável coletivo não contável Variação em género Biformes: Formam-se a partir do masculino Palavras completamente diferentes do masculino Uniformes: epicenos comuns de dois sobrecomuns Variação em número Acrescenta-se um –s Nomes que só têm plural Variação em grau Normal Aumentativo Diminutivo Porto Editora