ARTEMIR BEZERRA Óptico e Optometrista Bacharelando em Optometria Professor de Óptica Oftálmica Autor de Optometria no Brasil (2011)

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Transcrição da apresentação:

ARTEMIR BEZERRA Óptico e Optometrista Bacharelando em Optometria Professor de Óptica Oftálmica Autor de Optometria no Brasil (2011)

UM PROFESSOR DEVE SER CAPAZ DE ENSINAR, MAS TAMBÉM DE APRENDER COM OS ALUNOS EM SALA DE AULA. PARA QUE, PORÉM, QUEM SABE POSSA ENSINAR A QUEM NÃO SABE É PRECISO QUE: 1. QUEM SABE SAIBA QUE NÃO SABE TUDO; 2. QUE QUEM NÃO SABE, SAIBA QUE NÃO DEVE IGNORAR NADA. – Paulo Freire.

PRISMA Prisma é um triângulo refrativo transparente constituído por: Eixo ou bissetriz Ápice Ângulo prismático Face Face Base

PRISMA Os prismas têm diversas aplicações na óptica. Os Ópticos e Optometristas utilizam prismas para medir os desvios oculares.

FORÇA PRISMÁTICA Chama-se de força prismática ao poder de refração que uma lente pode possuir em função apenas do ângulo formado por suas duas superfícies. FÓRMULA ÓPTICA: LONGE ESF CIL EIXO DNP Δ OD + 3,5 – 30 mm 1,5 BN OE 32 mm

FORÇA PRISMÁTICA Toda lente portadora de qualquer força dióptrica, seja ela esférica ou cilíndrica, possui também consequentemente, determinada força prismática.

Uma lente afocal, ou plana, também pode possuir qualquer força prismática. LONGE ESF CIL EIXO DNP Δ OD 0,0 – 5,0 BT OE 4,0 BT FÓRMULA ÓPTICA:

UNIDADE DE MEDIDA A unidade de medida da força prismática é a dioptria prismática, adotada por Prêntice e representada pela letra grega delta ().

PRISMA Prêntice determinou que uma dioptria prismática é a força capaz de desviar um raio luminoso em um centímetro, na distância de um metro. 1 m 1 cm Raio incidente 1,0 ∆ Raio emergente

Existem dois motivos que podem exigir um efeito prismático na elaboração de uma lente: 1. A Fórmula Óptica exige; 2. Há necessidade de descentralizar o centro óptico da lente a fim de que o mesmo coincida na armação com as medidas do usuário.

DIFERENÇA DE BORDAS O trabalho de obtenção do efeito prismático é feito através da elaboração de uma determinada diferença de bordas – DB. Lente oftálmica com espessuras de bordas diferentes = =

FÓRMULA Δ x Ø DBΔ = 100 (n – 1) Nesta igualdade: DBΔ – Diferença de bordas do prisma Ø – Diâmetro n – Índice de refração

EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO: Δ x Ø DBΔ = Qual a DB necessária para gerar 2,0Δ BN numa lente de n 1,499 e Ø 60 mm? 100 x (n – 1) 2,0 x 60 DBΔ = 100 x (1,499 – 1) 120 DBΔ = 100 x 0,499 120 DBΔ = 49,9 DBΔ = 2,4 mm

EXEMPLO 2 RESOLUÇÃO: Δ x Ø DBΔ = Qual a DB necessária para gerar 4,0Δ BS numa lente com – 3,0 DE, n 1,56 e Ø 65 mm? 100 x (n – 1) 4,0 65 x DBΔ = 100 x (1,56 – 1) 260 DBΔ = 100 x 0,56 260 DBΔ = 56 DBΔ = 4,64 mm

ATENÇÃO O exemplo 2 demonstra que o cálculo para obtenção de qualquer efeito prismático independe da existência ou não de qualquer força esférica ou cilíndrica na lente.

EXEMPLO 3 RESOLUÇÃO: Δ x Ø DBΔ = Qual a DB necessária para gerar 1,0Δ BT numa lente com – 3,0 DE + 1,0 x 45°, n 1,67 e Ø 65 mm? 100 x (n – 1) 1,0 x 65 DBΔ = 100 x (1,67 – 1) 65 DBΔ = 100 x 0,67 65 DBΔ = 67 DBΔ = 0,97 mm

DESCENTRAÇÃO Também é possível calcular determinado efeito prismático a partir da descentração do centro óptico. LENTE DESCENTRADA Centro geométrico Centro óptico

DESCENTRAÇÃO Nas lentes divergentes o centro óptico descentra em direção à borda mais delgada. Nas lentes convergentes o centro óptico descentra em direção à borda mais espessa.

DESCENTRAÇÃO DS do CO em direção à borda mais delgada numa lente negativa. DS do CO em direção à borda mais espessa numa lente positiva. CG CO CO CG + – + –

FÓRMULA Com a fórmula ao lado é possível calcular a descentração do CO necessária para gerar determinado efeito prismático. 10 x Δ DS = D NESTA IGUALDADE: DS – Descentração Δ – Prisma D – Dioptria

EXEMPLO 4 RESOLUÇÃO: 10 x Δ DS = D Qual a DS necessária para gerar 6,0Δ BT numa lente com + 2,5 DE? 10 6 x DS = 2,5 60 DS = 2,5 DS = 24 mm

EXEMPLO 5 RESOLUÇÃO: 10 x Δ DS = D Qual a DS necessária para gerar 6,0Δ BI numa lente com + 0,5 DE? 10 6 x DS = 0,5 60 DS = 0,5 DS = 120 mm

Os exemplos 4 e 5 demonstram que, quanto maior o valor da força de vértice menor o deslocamento do CO a fim de gerar determinado efeito prismático e vice-versa.

Sejam as seguintes lentes e suas respectivas espessuras nas bordas: Considerando que o n e o Ø das lentes ao lado são iguais, o prisma gerado é: LENTE A + 1,0 D 1 mm 4 mm DS CG CO a) Δ de A > Δ de B Atenção: DB de A = DB de B b) Δ de A < Δ de B LENTE B + 3,5 D 1 mm 4 mm DS c) Δ de A = Δ de B CG CO

DS EM LENTES CILÍNDRICAS O cálculo da DS nas lentes pl/cil e esf/cil é feito em função da força esférica que atua no sentido da DS. IMAGEM FONTE: blogdopaulus.blogspot.com.br

Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf EXEMPLO 6 RESOLUÇÃO: Qual a DS necessária para gerar 2,5Δ BN numa lente com + 2,0 – 0,5 x 45°? 10 x Δ DS = D 10 x 2,5 DS = 1,75 FORÇA ATUANTE A 0°: Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf 25 DS = 1,75 Dx° = – 0,5 / 45 – 0 / ÷ 90 + 2,0 Dx° = – 0,5 x 45 ÷ 90 + 2,0 DS = 14,28 mm Dx° = – 22,5 ÷ 90 + 2,0 Dx° = – 0,25 + 2,0 + 1,75 D

Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf EXEMPLO 7 RESOLUÇÃO: Qual a DS necessária para gerar 4,5Δ BS numa lente com – 4,0 – 2,0 x 30°? 10 x Δ DS = D 10 4,5 x DS = 5,33 FORÇA ATUANTE A 90°: Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf 45 DS = 5,33 Dx° = – 2,0 / 30 – 90 / ÷ 90 + (– 4,0) Dx° = – 2,0 x 60 ÷ 90 – 4,0 DS = 8,44 mm Dx° = – 120 ÷ 90 – 4,0 Dx° = – 1,33 – 4,0 – 5,33 D

Também é possível calcular a força prismática causada a partir de determinada DS do CO. Para tanto, utilizamos a seguinte igualdade: D x DS NESTA IGUALDADE: DS – Descentração Δ – Prisma D – Dioptria Δ = 10

EXEMPLO 8 RESOLUÇÃO: Qual o prisma provocada por uma DS de 2,0 mm, numa lente com – 2,25DE? D x DS Δ = 10 2,25 2,0 x Δ = 10 4,5 Δ = 10 Substituindo os valores na igualdade, temos: Δ = 0,45 Δ

EXEMPLO 9 RESOLUÇÃO: D x DS Δ = 10 3,75 1,5 Δ = 10 5,62 Δ = 10 Δ = Qual o prisma provocado por uma DS horizontal de 1,5 mm, numa lente com – 1,75 – 2,0 x 90°? Δ = 10 3,75 1,5 x Δ = 10 Neste exemplo o prisma deve ser calculado em função da força atuante a 0°. 5,62 Δ = 10 TRANSPONDO: Δ = 0,56 Δ – 3,75 + 2,0 x 180° Força atuante à 0°

Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf EXEMPLO 10 RESOLUÇÃO: D x DS Qual o prisma provocado por uma DS vertical de 3,7 mm, numa lente com + 2,5 – 1,5 x 30°? Δ = 10 1,5 3,7 x Δ = Neste exemplo o prisma deve ser calculado em função da força atuante a 90°. 10 5,55 Δ = Dx° = cil /eixo – mer. X°/ ÷ 90 + esf 10 Dx° = – 1,5 / 30 – 90 / ÷ 90 + (+ 2,5) Dx° = – 1,5 x 60 ÷ 90 + 2,5 Δ = 0,55 Δ Dx° = – 90 ÷ 90 + 2,5 Dx° = – 1,0 + 2,5 + 1,5 D