Por que (não) assediar as mulheres?

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Transcrição da apresentação:

Por que (não) assediar as mulheres? UFRGS INSTITUTO DE LETRAS TEORIA E PRÁTICA DA LEITURA TURMA A – 2014 Por que (não) assediar as mulheres? Ana Paula Ramos Fernanda Feyh

Público-alvo: alunos entre 14 e 16 anos, estudantes do 1° ano do Ensino Médio de uma escola pública de Porto Alegre  Justificativa: decidimos fazer essa oficina a partir da demanda dos PCN’s de ter como tema transversal em sala de aula a sexualidade, pensando em trabalhá-la não só através da perspectiva biológica, mas tratando dos aspectos sociais que a envolve. Também julgamos o assunto de extrema importância por trazer reflexões necessárias à nossa sociedade, principalmente, a adolescentes que estão em um suposto início de sua vida sexual. Objetivo: pretendemos que os alunos consigam refletir a partir dos textos sobre questões como assédio sexual, feminismo e respeito ao corpo do outro, tendo uma atitude responsiva crítica e, mais do que isso, repensando suas atitudes como cidadão que interage em uma sociedade que se encontra repleta dessas questões.  Número de alunos: cerca de 15 alunos, entre meninos e meninas

Número de horas/aula: total de 6h/aula, divididas em duas aulas de 3h. Recursos necessários: cópias dos textos e laboratório de informática para a produção textual. Resultados esperados: espera-se que o aluno, ao final da oficina, consiga produzir uma opinião crítica sobre o assunto, sendo capaz de responder, com um comentário no blog que será lido, à opinião de outra pessoa, sendo ela igual ou diferente de sua própria opinião. Forma de avaliação: o aluno será avaliado ao longo de toda a oficina, já que entendemos que a avaliação deve ser tida como um processo. Assim, avaliaremos as questões de interpretação de texto e o quanto o aluno consegue se apropriar das leituras, as discussões orais feitas na turma e a produção final, que é seu comentário no blog, prestando atenção na reflexão que o aluno foi capaz de construir a partir dos textos e em como ele expressa isso em um determinado contexto a um interlocutor definido.

Unidade Temática geral: Sexualidade Temática específica: assédio sexual, feminismo e respeito ao corpo do outro Textos selecionados: Imagens de cartazes da Marcha das Vadias Trechos adaptados do blog “A Olga” sobre a Campanha Chega de Fiu-Fiu Texto adaptado do site da ONU sobre a pesquisa do IPEA sobre assédio sexual e o machismo no Brasil

Aula 1 INICIANDO A CONVERSA... Observe as imagens e responda às seguintes perguntas:

Através da leitura dos cartazes acima, é possível saber sobre que assunto eles estão falando. Qual poderia ser esse assunto? Qual é o objetivo dessas mulheres que seguram os cartazes? Em que contexto você acha que eles foram expostos? Você já ouviu falar da “Marcha das Vadias”? Por que ela ocorre? E por que você acha que ela tem esse nome? Nos textos as mulheres tentam desconstruir algumas idéias comumente compartilhadas em nossa sociedade. Que idéias são essas? Você concorda com elas? Justifique sua resposta para discutir com a turma.

Preparação para a leitura Converse com o colega ao lado a respeito das perguntas abaixo, aprontando-se para debater com a turma: Você já acessou algum blog na Internet? Qual o conteúdo do(s) blog(s) que você acessou ou costuma acessar? Por que você acessa esse tipo de site e o que você espera encontrar nele? Quem pode possuir um blog? Quem pode ter acesso a um blog? Na figura seguinte, temos o texto de apresentação de um blog. Leia o texto e discuta com os colegas a respeito das perguntas abaixo.

Adaptado de http:thinkolga.com

De acordo com o texto de apresentação, sobre qual assunto você acha que o blog trata? Por que você acha que o texto menciona uma “nova” mulher? Que tipos de sonhos, características e objetivos você acha que os novos tempos trouxeram para essa mulher? Por que você acha que o texto deseja falar em formas femininas de pensar a vida que não sejam todas cor de rosa? Um dos problemas tratados pelo blog pode ser o assédio sexual contra as mulheres. Por quê? O que, na sua opinião, é assédio sexual? Você já foi assediado(a)? Já assediou alguém? Conhece alguém que foi assediado? Como? Onde? quê?

LEITURA SILENCIOSA Agora, você lerá a descrição de uma das pesquisas feitas pelo blog para a campanha “Chega de Fiu-Fiu”. Enquanto lê, procure pensar em algumas questões: Qual é o objetivo dessa pesquisa? Você considera que ela seja importante? Por quê? O resultado da pesquisa causa algum impacto em você? Por que motivo? Você acha que essa pesquisa se encaixa nos objetivos apresentados pelo blog A Olga?

Adaptado de http:thinkolga.com

ESTUDO DO TEXTO Agora, você deve responder às questões que seguem para discutir com a turma. Talvez seja necessária a releitura do texto. Por que o(a) autor(a) fala no texto que, embora aconteça todos os dias, o assédio ainda é um problema invisível? Quais argumentos o(a) autor(a) utiliza para nos convencer de que é preciso lutar contra o assédio? Você concorda com eles? O autor do texto faz questão de nos mostrar o resultado da pesquisa em números. Por que você acha que ele faz isso? Teria o mesmo impacto no leitor se ele apenas dissesse que o número de vítimas de assédio é “muito grande”? Por quê?

REFLEXÃO LINGUÍSTICA Na frase “ninguém deveria ter medo de caminhar pelas ruas simplesmente por ser mulher” (linha 5), em que tempo esse verbo está empregado? Sabendo disso, e sem olhar a próxima frase do texto, é possível imaginar o que o autor irá dizer em seguida?

REFLEXÃO LINGUÍSTICA Na frase “mas infelizmente isso é algo que acontece todos os dias” (linha 5 e 6), podemos levantar hipóteses sobre a opinião que o autor tem sobre a ocorrência dos assédios. Qual palavra ele utiliza para marcar essa opinião?

PREPARAÇÃO PARA A LEITURA Que tipos de violência você conhece? Aula 2 PREPARAÇÃO PARA A LEITURA Que tipos de violência você conhece? Existem casos de violência contra a mulher. Como se caracterizam esses casos? Por que você acha que a violência contra a mulher acontece? Você já ouviu falar sobre a ONU? Aula 2

Mesmo com retificação de pesquisa do IPEA sobre violência contra mulheres, Brasil ainda é machista Fonte: adaptado de http://www.onu.org.br/mesmo-com-retificacao-de-pesquisa- do-ipea-sobre-violencia-contra-mulheres-brasil-ainda-e-machista/ 7 de abril de 2014 Movimentos como #NãoMereçoSerEstuprada e #NinguémMerece são mais do que bem-vindos como uma demonstração de repulsa a tal visão arcaica e opressora da sociedade, diz representante da ONU Mulheres no Brasil. Por Nadine Gasman, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil

A pesquisa sobre Tolerância Social à Violência contra as Mulheres apresentada pelo IPEA no dia 27 de março – e retificada no dia 4 de abril – provocou surpresa e indignação na imprensa, nas redes sociais e nos movimentos de mulheres. É possível perceber que a mídia e os esforços concretos dos governos em difundir informações sobre a Lei Maria da Penha e o conceito de violência doméstica, bem como a existência de uma Rede de Atendimento especializada em casos de violência contra as mulheres tem surtido efeitos e, apesar de não haver dados comparativos de períodos anteriores, podemos supor que as pessoas têm adquirido mais consciência sobre a gravidade, em especial, da violência física e a necessidade de punição aos agressores. Isso tem atualizado, em parte, o conceito de família. Espera-se a supremacia dos homens dentro de casa, e ainda é forte o imaginário em relação ao sonho das mulheres de se casarem e se realizarem completamente por meio da maternidade. A instituição família deve estar acima das brigas e conflitos dos casais – e que ninguém se meta nisso. No entanto, dado que o casamento nos moldes patriarcais já constitui, em si, uma forma de subordinação e controle das mulheres, nem toda violência contra elas deve ser tolerada.

As pessoas se mostram desfavoráveis a gritos, xingamentos, destruição de bens e, claro, a falar mal de uma mulher para outras pessoas. Em casos de violência física, a sociedade apoia o divórcio e a prisão dos agressores. No entanto, para 65% da população, se a mulher agredida continua com o parceiro, é porque ela gosta de apanhar. Isso nos leva a, pelo menos, três reflexões. Quantos ciclos de violência são socialmente aceitos no ambiente doméstico até que se chegue a uma violação mais grave dos direitos das mulheres? Dados os números alarmantes de ocorrências de violência doméstica e de feminicídio praticado por parceiros de mulheres no país, e números ainda maiores de casos não denunciados, o quanto o discurso de que “homem que bate na esposa tem que ir para a cadeia”, com o qual 91% dos respondentes da pesquisa concordam, se transforma, de fato, em prática? E nos casos de violência em que a mulher não se separa do agressor, ela não apenas se transforma em responsável pela agressão sofrida, como perde a possibilidade de contar com qualquer tipo de ajuda. Enquanto a percepção da masculinidade vem se atualizando no imaginário popular – os homens não têm, necessariamente, uma natureza violenta, e não devem agredir suas esposas, ainda que tenham crescido em famílias violentas – infelizmente, não podemos dizer o mesmo em relação à percepção sobre a liberdade das mulheres. Especialmente quando essa liberdade se refere ao próprio corpo, objeto de constante vigilância moral e social.

E a culpa dos altos índices de violência sexual, segundo quase 60% das pessoas entrevistadas, é das mulheres, que, insubordinadas, não se comportam de forma “adequada” para uma “mulher de respeito” ou, mais precisamente, para 26% das pessoas, pelo uso de roupas que mostram o próprio corpo. Movimentos como #NãoMereçoSerEstuprada #NinguémMerece são mais do que bem-vindos como uma demonstração de repulsa a tal visão arcaica e opressora da sociedade em relação a todas as mulheres, como uma reafirmação de nossas liberdades individuais irrestritas, e como um estímulo ao debate e à reflexão para uma transformação efetiva e urgente dos paradigmas sociais e dos estereótipos de gênero. De acordo com a pesquisa, entre a população entrevistada, as visões mais igualitárias e de respeito à liberdade e à diversidade vieram dos jovens e das pessoas com nível mais alto de escolaridade. Nesse sentido, ressalto a importância de o Brasil investir fortemente na ampliação e na qualidade da educação de crianças, jovens e adultos, e de incluir as temáticas de gênero em todos os currículos escolares. Quero crer que a percepção da juventude seja resultado dos esforços empreendidos por tantos atores dos governos, da sociedade civil e dos mecanismos internacionais em prol da garantia dos direitos das mulheres e que demonstre que o país tende a evoluir na maneira como enxerga e trata as brasileiras. (*) Nadine Gasman é representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil. Acesse www.onumulheres.org.br Fonte: http://www.onu.org.br/mesmo-com-retificacao-de-pesquisa-do-ipea-sobre-violencia-contra-mulheres- brasil-ainda-e-machista/

ESTUDO DO TEXTO I. “É possível perceber que a mídia e os esforços concretos dos governos em difundir informações sobre a Lei Maria da Penha e o conceito de violência doméstica, bem como a existência de uma Rede de Atendimento especializada em casos de violência contra as mulheres tem surtido efeitos...”. Sobre esse trecho discuta com seu colega, com a turma e com a professora: a) Você já ouviu falar na Lei Maria da Penha? O que essa lei nos diz? b) O que será que significa o conceito de violência doméstica? c) O que você acha que deve ser Rede de Atendimento especializada em casos de violência contra as mulheres?

ESTUDO DO TEXTO II. “No entanto, dado que o casamento nos moldes patriarcais já constitui, em si, uma forma de subordinação e controle das mulheres, nem toda violência contra elas deve ser tolerada.” Ainda discutindo com a turma, o que é “patriarcal”? E o que seria então um “casamento nos moldes patriarcais”?

ESTUDO DO TEXTO III. “De acordo com a pesquisa, entre a população entrevistada, as visões mais igualitárias e de respeito à liberdade e à diversidade vieram dos jovens e das pessoas com nível mais alto de escolaridade. Nesse sentido, ressalto a importância de o Brasil investir fortemente na ampliação e na qualidade da educação de crianças, jovens e adultos, e de incluir as temáticas de gênero em todos os currículos escolares”. Por que você acha que aqueles que têm uma visão mais igualitária e de respeito à liberdade são os jovens e aqueles que têm um nível de escolaridade mais alto? Por que a educação seria importante nesse aspecto?

ESTUDO DO TEXTO (QUESTÃO INTERTEXTUAL) Leia os trechos abaixo: “Quando transformamos em coisa rotineira o fato da mulher não ter espaços privados – nem mesmo serem donas de seu próprio corpo – incentivamos a violência.” (Blog “A Olga”) “E a culpa dos altos índices de violência sexual, segundo quase 60% das pessoas entrevistadas, é das mulheres, que, insubordinadas, não se comportam de forma “adequada” para uma “mulher de respeito” ou, mais precisamente, para 26% das pessoas, pelo uso de roupas que mostram o próprio corpo.” (Texto da ONU)

Os dois trechos acima tratam da violência sexual contra a mulher Os dois trechos acima tratam da violência sexual contra a mulher. Um texto afirma que incentivamos a violência à medida que temos como rotineira a ideia de que as mulheres não são donas de seu próprio corpo. O outro, por sua vez, afirma que 60% das pessoas acredita que a culpa do alto índice de violência é da própria mulher, que não sabe se comportar. Qual é a relação que essas duas ideias têm uma com a outra?

REFLEXÃO LINGUÍSTICA 1. No texto, há palavras e expressões que conectam palavras ou frases umas às outras, estabelecendo uma certa relação de sentido entre elas, como bem como, apesar de, no entanto, dado que, porque, ainda que, segundo, de acordo com, nesse sentido. Discuta com seu colega e tente esclarecer, por meio de uma frase, a relação que essas expressões estabelecem entre as frases. A autora não as escolheu por acaso. Qual o motivo pelo qual a autora usou esses conectores e não outros?

REFLEXÃO LINGUÍSTICA a. “No entanto, para 65% da população, se a mulher agredida continua com o parceiro, é porque ela gosta de apanhar.” b. “É possível perceber que a mídia e os esforços concretos dos governos em difundir informações sobre a Lei Maria da Penha e o conceito de violência doméstica, bem como a existência de uma Rede de Atendimento especializada em casos de violência contra as mulheres tem surtido efeitos e, apesar de não haver dados comparativos de períodos anteriores, podemos supor que as pessoas têm adquirido mais consciência sobre a gravidade...” c. “A instituição família deve estar acima das brigas e conflitos dos casais – e que ninguém se meta nisso. No entanto, dado que o casamento nos moldes patriarcais já constitui, em si, uma forma de subordinação e controle das mulheres, nem toda violência contra elas deve ser tolerada.”:

REFLEÇÃO LINGÚÍSTICA d. E a culpa dos altos índices de violência sexual, segundo quase 60% das pessoas entrevistadas, é das mulheres, que, insubordinadas, não se comportam de forma “adequada” para uma “mulher de respeito” ou, mais precisamente, para 26% das pessoas, pelo uso de roupas que mostram o próprio corpo. e. “De acordo com a pesquisa, entre a população entrevistada, as visões mais igualitárias e de respeito à liberdade e à diversidade vieram dos jovens e das pessoas com nível mais alto de escolaridade.”

REFLEXÃO LINGUÍSTICA 2. Há conectores que estabelecem diferentes relações de sentido, como porque e no entanto. Esclareça a relação que esses conectores estabelecem e em que medida eles se diferenciam. 3. Há conectores que estabelecem a mesma relação de sentido, como segundo e de acordo com. Em que medida esses conectores se assemelham?

PRODUÇÃO TEXTUAL Agora sim, vamos escrever! Após ter lido todos os textos da oficina e discutido sobre eles, você provavelmente ficou intrigado com o assunto, não é mesmo? Então, nesse momento, você vai ter a oportunidade de expor sua opinião na rede. No blog da Olga, na parte dos comentários sobre a campanha Chega de fiu-fiu, há diversas pessoas que já deixaram seus textos – alguns deles bem polêmicos – sobre a pesquisa e o assédio. Escolha um desses comentários e publique uma resposta para ele, dirigindo-se à pessoa que o criou. Você pode concordar ou não com o que foi escrito, mas deve criar SEUS próprios argumentos para justificar seu ponto de vista. Procure levar em consideração todas as leituras e discussões feitas em aula e construa um comentário crítico e rico em argumentos. É hora de acessar o blog! Na sala de informática, acesse o link http://thinkolga.com/about/ e procure a página que dá acesso à campanha Chega de fiu-fiu. Se tiver dificuldades, peça ajuda a um colega ou à professora. Nessa página, você vai encontrar comentários de várias pessoas sobre o resultado da pesquisa. Escolha um que julgar interessante a mãos à obra (damos como sugestão o post de Daniel Guedes, em 19 de janeiro de 2014). Não esqueça que seu comentário ficará publicado na rede e todos poderão ter acesso a ele!