A Filosofia Existencialista

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Dois modos de ler a Bíblia.
Advertisements

JEAN-PAUL SARTRE.
UNIP FEP Prof: Msc. Carolina Brum Agosto de 2010
Características da liberdade em Sartre
O HOMEM LANÇADO NO MUNDO
AUGRAS, M. O Ser da Compreensão: Fenomenologia da Situação de Psicodiagnóstico. 12ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, Cap. 5. “O Outro”. UNIP FEP Novembro.
A INTERAÇÃO SIMBÓLICA George Mead.
Preparando para a Páscoa do Senhor!
Para uma teoria da angústia
A Evolução da Ciência Do medo à Ciência.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO EXISTENCIALISMO
Adaptador por Professor Marcelo Rocha Contin
ASPECTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DO DIREITO
EXISTENCIALISMO Os existencialista não tem um pensamento unificado.
PRECURSORES DO EXISTENCIALISMO
20 KM 30 KM 10 KM 20 KM ESCOLHAS.
FILOSOFIA.
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
Planejamento e Prática da Gestão Escolar.
O Existencialismo é um Humanismo - Sartre
Aula 15 – Sartre e o Existencialismo
Nasceu em Marburg, na Alemanha;
O existencialismo de Sartre
“Immanuel Kant e a promoção de uma modernidade racional crítica”
ASPECTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DO DIREITO
ÉMILE DURKHEIM ( ): TEORIA DOS FATOS SOCIAIS
Introdução à Prática da Pesquisa I
Profa. MSc. Daniela Ferreira Suarez
A QUESTÃO DA LIBERDADE Colégio Adventista da Cohab
Existencialismo – Parte II
O PODER DA CRENÇA 3 ANO Prof. Mauro. A vida não deixa jamais de ter sentido. (...) Certamente estamos habituados a descobrir um sentido no criar uma obra.
A Ação Clínica e a Perspectiva Fenomenológica Existencial:
OBJETO DA ÉTICA Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si surgem continuamente problemas. Ex: Devo ou não devo falar a verdade! Desta forma faz se.
Amor e Sexualidade.
Profª Karina Oliveira Bezerra
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
JEAN PAUL SARTRE.
JEAN – PAUL SARTRE Profª MÁRCIA FABIANI AULA 24
Comportamento Modelo Tito 3 1. Comportamento Modelo Objetivos: Compreender e argumentar sobre o papel dos cristão numa sociedade não cristã. Definir com.
FILOSOFIA.
Somos realmente livres? Cap 19 – pág 236 a 245
 Estimular o nascimento da consciência adulta, libertando as dores inconscientes e reunificando as partes rejeitadas em nós.
COMO SER “PROATIVO” Antonio Lemos.
QUEM É O HOMEM? “Quem é o homem para dele te lembrares com tanto carinho?” (Sl 8) Freud: o homem é um ser impulsionado, conduzido por seus instintos.
O QUE É FILOSOFIA ?.
NÓS, OS AGNÓSTICOS LIVRO ALCOÓLICOS ANÔNIMOS - CAPÍTULOS 4.
FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO.
O que vim fazer neste mundo?
DOUTRINA DE DEUS AULA 2: COMO É ESTE DEUS?.
EXISTENCIALISMO Filosofias de Base I Especialização em Gestalt-terapia
UNIP Disciplina: FEP Professora: Msc. Carolina Brum Brasília: Ago/2011
Prof. Edi Carlos Marques
CIÊNCIA E CIENTIFICIDADE
Positivismo Positivo = fatos concretos, demonstrações lógicas Todo enunciado que não se refira a um objeto concreto não tem sentido real. Lei dos Três.
ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE Unidade I Formação da moral ocidental Tema 3 A moral no pensamento moderno.
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)  A reflexão ética cotemporânea se desdobrou numa série de concepções distintas acerca da moral e a sua fundamentação;
O CAMPO DA RELIGIÃO Prof. Helder Salvador. É só com a filosofia moderna que se começa tratar a religião, e com isto também a fé cristã, filosoficamente,
JEAN-PAUL SARTRE ( ) O EM-SI E O PARA-SI, O SER E O NADA.
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)
Heidegger cita Novalis:
INOBJETIVIDADE DA EXISTÊNCIA
A PESSOA: As ideias sobre os valores e sua hierarquia permitem: Refinadas análises críticas do subjetivismo ético no mundo moderno Delineamento agudo da.
UNIP Setembro/2011 Profa.: MSc. Carolina Brum. CAP. 1: A respeito da Fenomenologia  Método Fenomenológico de conhecimento: problema da perspectiva no.
Profª Luciana Miranda A tradição hegeliana.
SARTRE-III AS MODALIDADES DO SER.
A NEGAÇÃO DA LIBERDADE E DA RAZÃO PRÁTICA.
Heidegger “O ser e a analítica existencial” Toda essa turma, 5º Período, caminha para a Morte! Hahahahahahahahahah
LIBERDADE 26/6/2016www.nilson.pro.br1. QUESTÕES FUNDAMENTAIS 1)Podemos realmente ser livres? 2)Como somos livres, se não podemos fazer tudo o que queremos?
Transcrição da apresentação:

A Filosofia Existencialista

O Grito - Edvard Munch

Existencialismo Principais características: As coisas existem sem que sejam reguladas por essências ou leis gerais do ser; As essências são criadas, posteriormente, pela atividade mental para dar um caráter lógico à realidade; O objeto da filosofia existencialista é a condição problemática do ser no mundo;

Trata do homem concreto, sujeito à morte, que se relaciona com os outros, que vive e busca um sentido para sua vida; A consciência de sua finitude (nascer e morrer) leva o homem a uma busca por algo que não está nele, na sua natureza instável e limitada.

É a existência cotidiana, a sequência de escolhas que dá ao indivíduo, sua realização pessoal e não a espera de algo que venha acontecer no final do processo. Deve-se evitar formas de dominação, poder e controle, porque isso leva ao desespero e aceitar suas limitações e finitude, entregando-se a uma busca pela realização pessoal e pela conquista (nega o sofrimento pela vitória final, aceita o sofrimento e a luta)

Vencer as limitações naturais Vencer as limitações naturais. A condição de finitude não deve ser considerada como fragilidade, mas sim como força e potência, através do empenho individual de libertar-se dos obstáculos. Necessidade do indivíduo transpor os condicionantes impostos pela sociedade e passar a existir individualmente.

Coexistência: o relacionamento entre os indivíduos, que se encontram na mesma condição existencial (nascer e morrer) Princípios de solidariedade (apoio), amor (reconhecimento do outro) e amizade (interação, comunidade), características propriamente humanas da existência. O ser humano não pode encontrar a si mesmo sem coexistir, formar vínculos. Escolher algo que seja bom para mim e também para os outros.

A morte não deve ser vista como um fim, mas como uma possibilidade de futuro, que se apresenta sempre como uma ameaça latente; Aceitar essa ameaça, o risco do fracasso e as perdas, somos obrigados enfrentar a responsabilidade de decidir; O homem só é livre quando tem um projeto, quando constrói uma história. Essa liberdade é o ato de decisão de seu próprio eu, cada um reconhecendo sua própria natureza de se realizar uma comunidade baseada na solidariedade.

Jean-Paul-Sartre Sartre (1905-1980), França. Filósofo, romacista, dramaturgo. Professor de Filosofia. Fundou o jornal "les temps modernes" com outros intelectuais. Obras principais: "O ser e o nada", "A nausea" Parceria com Simone de Beauvoir

"A existência precede a essência" O ser existe, surge no mundo, nasce. Depois ele se torna, desenvolve sua essência, seu modo de existir. Não existe um deus criador, nem leis universais, ou natureza humana a priori. As essências são atributos resultantes de nossas experiências durante a vida, a posteriori. Nós que escolhemos e criamos finalidades para nossas vidas.

"Condenado a ser livre" Se não há um deus, uma essência, uma natureza humana com leis gerais e universais, sem plenos e sem sentido prévio para a existência, então o ser humano é livre e totalmente responsável sobre si mesmo. Essa situação de liberdade e responsabilidade total do ser humano faz com que ele crie sentido e significados para sua existência.

Angústia O homem é livre e responsável por suas escolhas, por isso se angustia, porque precisa tomar decisões sobre os rumos de sua existência. O homem encontra aí o seu desamparo e seu desespero. Ele sozinho é responsável por si e por suas escolhas. O indivíduo é livre e pela razão pode decidir sua própria vida

Martin Heidegger Heidegger (1889-1976), Alemanha, família católica tradicional, estudou teologia e filosofia. Foi assistente de Edmund Hurssel. Obra principal: Ser e tempo. Para Heidegger, o homem é sobretudo vontade, dispõe de livre-arbítrio e pertence a um universo que só adquire significado a partir de sua reflexão.

Estar no mundo é a condição definidora do ser humano, a primeira intuição que todo ser humano tem. Resposta ao problema do ser. A filosofia nunca conseguiu resolver esta problemática. Método fenomenológico para compreensão do ser e suas características básicas.

Ser-aí e ser-no-mundo: o ser humano modifica a situação presente de acordo com as suas pretensões, não se encontra preso a qualquer circunstância. Existência: manifesta a sua natureza humana, a sua essência, compreendendo-se, descobre o que pode ser. Temporalidade: o indivíduo é futuro quando direciona suas ações; passado, quando parte de situações já ocorridas para colocar em prática suas ações e presente quando faz uso da realidade que o cerca.

Articulando os três traços do ser, a vida do homem pode ser autêntica ou inautêntica: Autêntica: quando o homem assume suas responsabilidades, projeta-se para o futuro, toma consciência da morte, sua própria finitude. Inutêntica: quando o homem está preso ao passado, levado pelo conformismo, pelo que já considera que está decidido.

Angústia Angústia: experiência do nada, consciência da sua subjetivação e sujeição à morte. A fruta é limitada por uma casca, que a mantém conservada, assim como o ser humano é limitado pela sua morte, de modo que veja sua vida de forma completa.