O DIÁLOGO INTER-RELIGIOS0 Olhares Sobre o IIº Concílio do Vaticano

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Transcrição da apresentação:

O DIÁLOGO INTER-RELIGIOS0 Olhares Sobre o IIº Concílio do Vaticano ASSOCIAÇÃO ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DE COIMBRA Tópicos para a reflexão Fontes: Várias II FORUM DA UASP Diálogo Inter-religioso 1. O QUE É  É o processo de entendimento mútuo entre diferentes tradições religiosas; É uma comunicação e um compartilhar de vida, visão e reflexão por fiéis de religiões diferentes na busca de descobrir, juntos, o trabalho do espírito entre eles; É estar disposto a apresentar questões e ser questionado; É um relacionamento entre fiéis que estão comprometidos com a sua própria fé e enraizados nela, mas abertos ao outro fiel e ao Espírito no contexto da origem e fins comuns; É estar pronto a clarificar e a modificar pontos de vista pessoais, deixando-se guiar pelo amor autêntico à verdade; É para todos: leigos, teólogos e monges; É o diálogo mantido com todos os que admitem Deus e que guardam, em suas tradições, preciosos elementos religiosos e humanos. 2. DISPOSIÇÕES Compreensão mútua: dissipa preconceitos e promove conhecimento e apreciação comuns; Enriquecimento mútuo: busca integrar nas pessoas os valores e as experiências características de outros fiéis; Comprometimento comum: testemunho e promoção de valores humanos e espirituais como paz, respeito à vida humana, dignidade humana, igualdade, justiça, liberdade religiosa, através da oração, da ação conjunta, da experiência religiosa compartilhada… 3. FORMAS Diálogo da Vida: espírito de abertura e de boa vizinhança; partilha de vida: alegrias e tristezas; problemas e soluções; conquistas e preocupações; Diálogo das obras: colaboração em vista do desenvolvimento integral e da libertação das pessoas. Diálogo dos intercâmbios teológicos: trata-se do estudo de peritos para um aprofundamento da compreensão das suas respectivas heranças religiosas, em vista da apreciação dos valores espirituais uns dos outros. Diálogo da experiência religiosa: partilha de riquezas espirituais das diferentes tradições religiosas, no que se refere à oração, à contemplação, à fé e aos caminhos de busca de Deus e do Absoluto. 4. EXIGÊNCIAS Equilíbrio: não ser ingénuos nem críticos demais, mas abertos e acolhedores. O diálogo requer vontade de se empenhar em conjunto, a serviço da verdade e prontidão em se deixar transformar pelo encontro; Convicção religiosa: a sinceridade do diálogo inter-religioso exige que se entre nele com a integridade da própria fé, considerando as convicções e os valores dos outros abertamente. Abertura à verdade: mantendo intacta a sua identidade, se dispor a aprender e a receber dos outros e por intermédio deles os valores positivos das suas tradições. Abertura para vencer antigos preconceitos e rever ideias preconcebidas, purificando sua própria fé. Mediante o diálogo, os cristãos e membros de outros credos são convidados a aprofundar o seu empenho religioso e a responder, com crescente sinceridade, ao apelo pessoal de Deus e ao dom gratuito que ele faz de si mesmo, dom que sempre passa através da mediação de Jesus Cristo e da obra do seu Espírito, conforme proclama a fé cristã. O diálogo inter-religioso permitiu à Igreja compartilhar com outros os valores evangélicos. É por isso que, apesar das dificuldades, o empenho da Igreja no diálogo se mantém firme e irreversível. O diálogo não seria fecundo, se não incluísse também um verdadeiro respeito por toda pessoa para que possa aderir livremente à sua própria religião. A Igreja reconhece como parte essencial do anúncio da Palavra o encontro, o diálogo e a colaboração com todas as pessoas de boa vontade, particularmente com as pessoas pertencentes às diversas tradições religiosas da humanidade.

Diálogo Inter-religioso 1. O QUE É  É o processo de entendimento mútuo entre diferentes tradições religiosas; É uma comunicação e um compartilhar de vida, visão e reflexão por fiéis de religiões diferentes na busca de descobrir, juntos, o trabalho do espírito entre eles; É estar disposto a apresentar questões e ser questionado; É um relacionamento entre fiéis que estão comprometidos com a sua própria fé e enraizados nela, mas abertos ao outro fiel e ao Espírito no contexto da origem e fins comuns; É estar pronto a clarificar e a modificar pontos de vista pessoais, deixando-se guiar pelo amor autêntico à verdade; É para todos: leigos, teólogos e monges; É o diálogo mantido com todos os que admitem Deus e que guardam, em suas tradições, preciosos elementos religiosos e humanos.

2. DISPOSIÇÕES 2. DISPOSIÇÕES Compreensão mútua: dissipa preconceitos e promove conhecimento e apreciação comuns; Enriquecimento mútuo: busca integrar nas pessoas os valores e as experiências características de outros fiéis; Comprometimento comum: testemunho e promoção de valores humanos e espirituais como paz, respeito à vida humana, dignidade humana, igualdade, justiça, liberdade religiosa, através da oração, da ação conjunta, da experiência religiosa compartilhada…

3. FORMAS 3. FORMAS Diálogo da Vida: espírito de abertura e de boa vizinhança; partilha de vida: alegrias e tristezas; problemas e soluções; conquistas e preocupações; Diálogo das obras: colaboração em vista do desenvolvimento integral e da libertação das pessoas. Diálogo dos intercâmbios teológicos: trata-se do estudo de peritos para um aprofundamento da compreensão das suas respectivas heranças religiosas, em vista da apreciação dos valores espirituais uns dos outros. Diálogo da experiência religiosa: partilha de riquezas espirituais das diferentes tradições religiosas, no que se refere à oração, à contemplação, à fé e aos caminhos de busca de Deus e do Absoluto.

4. EXIGÊNCIAS 4. EXIGÊNCIAS Equilíbrio: não ser ingénuos nem críticos demais, mas abertos e acolhedores. O diálogo requer vontade de se empenhar em conjunto, ao serviço da verdade e prontidão em se deixar transformar pelo encontro; Convicção religiosa: a sinceridade do diálogo inter-religioso exige que se entre nele com a integridade da própria fé, considerando as convicções e os valores dos outros abertamente. Abertura à verdade: mantendo intacta a sua identidade, se dispor a aprender e a receber dos outros e por intermédio deles os valores positivos das suas tradições. Abertura para vencer antigos preconceitos e rever ideias preconcebidas, purificando sua própria fé. Mediante o diálogo, os cristãos e membros de outros credos são convidados a aprofundar o seu empenho religioso e a responder, com crescente sinceridade, ao apelo pessoal de Deus e ao dom gratuito que ele faz de si mesmo, dom que sempre passa através da mediação de Jesus Cristo e da obra do seu Espírito, conforme proclama a fé cristã. O diálogo inter-religioso permitiu à Igreja compartilhar com outros os valores evangélicos. É por isso que, apesar das dificuldades, o empenho da Igreja no diálogo se mantém firme e irreversível. O diálogo não seria fecundo, se não incluísse também um verdadeiro respeito por toda a pessoa para que possa aderir livremente à sua própria religião. A Igreja reconhece como parte essencial do anúncio da Palavra o encontro, o diálogo e a colaboração com todas as pessoas de boa vontade.

Resumo O diálogo inter-religioso emerge hoje como um dos grandes desafios para o século XXI. As diversas tradições religiosas vêm-se provocadas a perceber a importância vital de um relacionamento criativo e mútuo entre si mesmas, como condição essencial para um futuro mais harmónico para a humanidade. Não há mais possibilidade de manutenção de posicionamentos teóricos e práticas que sustentem a perspectiva de hegemonia de uma tradição religiosa sobre as demais. Neste tempo de pluralismo religioso há que se acentuar a singularidade e o valor da diversidade, como dado irrenunciável e irrevogável.

Objetivo O diálogo inter-religioso tem o seu próprio valor. Ele não pode ser visto como plataforma preparatória para outra actividade, como por exemplo a missão evangelizadora. Trata-se de um bem em si, de uma realidade Auto finalizada, não podendo estar a serviço de nenhum outro objetivo, senão o da abertura sincera e gratuita à alteridade, e a disponibilidade ao conhecimento mútuo e ao recíproco enriquecimento. dialogar para não morrer e não deixar morrer

Sobre o diálogo inter-religioso A questão do diálogo inter-religioso volta constantemente, também por causa da paz. Actualmente, a religião mais perseguida é o cristianismo. Para esse diálogo, há pressupostos essenciais. 1. Religioso e Sagrado não se identificam. Trata-se de realidades distintas: religioso diz respeito ao pólo subjectivo, isto é, ao movimento de transcendimento e entrega confiada por parte das pessoas religiosas ao pólo objectivo, que é o Sagrado ou Mistério, a que todas as religiões estão referidas, configurando-o a seu modo. 2. Questão decisiva é a da revelação. A pergunta é: como sabem os crentes que Deus falou? Mediante certas características - por exemplo, a contingência radical, a morte e o protesto contra ela, a esperança para lá da morte, a exigência de sentido último -, a própria realidade, sempre ambígua, mostra-se ao crente co-implicando a Presença do Divino como seu fundamento e sentido últimos. Como escreve A. Torres Queiruga, "não se interpreta o mundo de uma determinada maneira porque se é crente ou ateu, mas é-se crente ou ateu porque a fé ou a não crença aparecem ao crente e ao ateu, respectivamente, como a melhor maneira de interpretar o mundo comum". 3. A leitura dos livros sagrados não pode ser de modo nenhum literal, mas histórico-crítica. Por outro lado, se toda a religião tem como ponto de partida e de "definição" esta pergunta essencial: o quê ou quem traz libertação e salvação?, a libertação-salvação total é que constitui o fio hermenêutico decisivo para a interpretação correcta dos livros sagrados na sua verdade final. Só a esta luz é que eles são verdadeiros.

Diálogo inter-religioso é a denominação dada, em especial pelas igrejas cristãs, para as suas relações com outras denominações religiosas não-cristãs. O diálogo inter-religioso é uma forma tolerante de escolher uma religião respeitando e aceitando as outras mutuamente. O diálogo inter-religioso tem como objetivo o respeito perante outras religiões

O diálogo e o compromisso inter-religioso devem ser a forma pela qual as religiões se relacionam entre si. Uma necessidade primordial para as religiões é a de curar os antagonismos entre elas. O diálogo deve envolver os urgentes problemas do mundo hoje, incluindo a guerra, a violência, a pobreza, a devastação ambiental, a injustiça de género e a violação dos direitos humanos. Reivindicações de verdade absoluta podem ser facilmente exploradas para incitar o ódio e a violência religiosos. As religiões do mundo afirmam uma realidade/verdade última que é conceitualizada de formas diferentes. Embora a realidade/verdade última esteja além do alcance da completa compreensão humana, ela encontrou uma expressão em diversas formas nas religiões do mundo. As grandes religiões do mundo, com seus diversos ensinamentos e práticas, constituem caminhos autênticos ao bem supremo. As religiões do mundo compartilham muitos valores essenciais, como o amor, a compaixão, a igualdade, a honestidade e o ideal de tratar os outros como queremos ser tratados. Todas as pessoas têm liberdade de consciência e o direito de escolher a sua própria fé. Enquanto o testemunho mútuo promove o respeito mútuo, o proselitismo desvaloriza a fé do outro.

Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de outros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política. Pode também resultar em perseguição religiosa e ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou noutra. Floresce devido à ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso. Perseguição, neste contexto, pode referir-se a prisões ilegais, espancamentos, torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis. Pode também implicar confisco de bens e destruição de propriedades, ou incitamento ao ódio, entre outras coisas.

Direitos Humanos Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. - Artigo 1º Declaração Universal dos Direitos do Homem