Histórico dos Catálogos e da Catalogação - Períodos remotos

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Transcrição da apresentação:

Histórico dos Catálogos e da Catalogação - Períodos remotos - lista de livros mais antiga: relacionava 62 títulos em tabletes de argila, não se sabe entretnato qual a sua finalidade. 1300 ac - lista em tabletes de argila que continha, além dos títulos, informações descritivas 650 ac - 20.000 tabletes de argila - poderia ser o antepassado do catálogo - trazia, além do título indicação do possuidor, numeração entre outros detalhes. Séc. III e II ac catálogo inscrito em paredes de templo, no Egito. A civilização grega desenvolve as bibliotecas de Alexandria e Pérgamo. Calímaco desenvolve os PINAKES, onde registrou o n. de linhas de cada obra, suas palavras iniciais, além de dados biográficos dos autores. Este período foi muito mais voltado para a atividade de reunir conhecimentos existentes do que a criação de novos conhecimentos. Os gregos foram os responsáveis pela introdução do conceito de autor.

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Idade Média Séc VI - São Bento ensina os monges a copiar manuscritos e, por séculos, os mosteiros foram os únicos preservadores, copistas e catalogadores de livros - Não com o objetivo de estudo Séc VII - surge uma das primeiras listas de bibliotecas medievais, provavelmente inventário de acervo, continha apenas títulos e, em alguns casos, nome do autor. Não havia ordem aparente (supõe-se que fosse a ordem em que os livros estavam arrumados) Séc IX - surgimento de catálogos mais organizados. Na Alemanha (bt de Richenau) compilou-se vários catálogos entre 822 e 842. Indicavam as obras contidas em cada volume e o número de rolos ou volumes em que cada obra estava contida. Apenas o primeiro destes catálogos reúne as obras de cada autor. Em 831 - catálogo do mosteiro beneditino de Saint-Requier, na França. Entende-se que todas as listas de livros nesta época eram, na verdade, inventários As bibliotecas crescem de tamanho até o século X. O catálogo do mosteiro de Bobbio (Itália) registra 700 v. e o de Lorsch (Alemanha) registra 600 v. Os séculos XI a XIII nada trazem de novo à história dos catálogos, deve-se destacar , a título de curiosidade, a lista de livros da bt de Glastonbury (Ing) que reportava-se inúteis, legíveis, velhos e bons (provavelmente em relação às condições do livro)

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Idade Média (continuação) No final do século XIII, iniciou-se em registros dos acervos das bibliotecas monásticas inglesas, um catálogo coletivo em que cada biblioteca era inidentificada por um código numérico. 1389 - lista do Convento de St. Martin em Dover. Este talvez seja o primeiro catálogo considerado como tal. Dividia-se em 3 seções: a primeira, organizada pelo número de localização do livro na estante, incluia um título breve, o número de páginas do livro e o número de obras contidas no volume; a segunda, também organizada pela localização registrava o conteúdo de cada volume com a paginação e as palavras iniciais de cada obra; a terceira, é um marco na catalogação . Incluía análise das partes (entradas analíticas) e uma lista alfabética - ãs vezes de autor e outras vezes de título e autor. O Século XIV assistiu ao início das bibliotecas universitárias, mas que não trouxeram inovações em relação à catalogação.

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Séculos XV e XVI O século XV não trouxe grandes mudanças mas surgem, pela primeira vez, as remissivas (registros que remetem a outros registros ou obras) - 1410 a 1420. No final do século XV há um avanço importante, graças à bibliografia. Tritheim, bibliógrafo alemão, compila uma bibliografia e a apresenta em ordem cronológica e inclui, pela primeira vez, um índice alfabético de autor. Século XVI - Mosteiro de Syon (Inglaterra) surge um catálogo classificado que incluía também um índice alfabético de autor. 1558 - catálogo do convento de Benton (Ingl.) introduz nos registros bibliográficos os nomes dos editores e tradutores de obras. 1545 - Konrad Gesner (Zurich) - bibliografia por autor e o respectivo indice de assuntos em 1548. Inclui na obra, instruções para organização de livros em bibliotecas e desenvolveu um sistema aplicável à bibliotecas e bibliografias. Sugeriu que se utilizasse cópia de sua bibliografia como catálogo, bastando apenas acrescentar - ao lado do registro de cada obra, os dados de localização.

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Séculos XV e XVI (cont.) 1560- Trefler, monge beneditino, publicou um trabalho sobre a manutenção . Desenvolveu um sistema de classificação e números de localização . Desenvolveu, ainda, um catálogo em 5 partes: - catálogo alfabético de autores; listas das estantes indice classificado para as partes (entradas analíticas) índice alfabético para o índice classificado; e, lista dos livros não integrados. 1595 - Maunsell - compilou um catálogo de livros e determinou regras para o registro de obras (entradas por sobrenomes, entrada uniforme para biblia etc)

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Séculos XVII e XVIII Século XVII Bodley (bt Oxford) criou código detalhado de catalogação (indicava arranjo sistemático, índice alfabético por sobrenome, lista entradas analíticas). Naudé - obra sobre catálogos e catalogação. Importância sobre sdos catálogos como meio de localiza’`ção das obras. Recomenda o catálogo dividido entre autores e assuntos. Sugere ainda a organização das estantes que permita a expansão da biblioteca. 1647 - Na biblioteca de Oxford (ver Bodley) Humphrey Wanley apresenta problemas de catalogação : catalogo alfabético ou classificado ; inclusão do tamanho do livro? , autor e título nas analítcas? Data de publicação (mencionar a ausência de data? Dados sobre preço e raridade? 1697 - Rostgaard (França) - desenvolve normas sobre a organização do catálogo. Preconiza: arranjo por assunto subdividido cronologicamente (visa a reunião de todos os autores voltados para o mesmo tema e as várias edições da mesma obra) ; elaboração de índices alfabéticos por assunto e por autores (sobrenomes); obras encadernadas juntas deveriam ser encadernadas em separado.

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Séculos XVII e XVIII (cont.) Século XVIII Neste século já se percebe os catálogos mais como listas localizadoras do que como inventários. Práticas utilizadas: catálogos classificados ou alfabéticos; importância dos índices; ordenação dos autores pelos sobrenomes; uso de notas de “encadernado com” ; uso comum de remissivas e entradas analíticas. Há o desenvolvimento da pesquisa científica A Revolução francesa confisca as bibliotecas dos nobres para o uso público 1791 - surge o primeiro código de catalogação nacional (na França) e o uso de catálogo de fichas (produzido em cartas de baralho, devido à escassez de papel.)

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Século XIX Pannizzi - 1839 - publica-se as 91 Regras de Pannizzi (British Museum) Jewet - 1850 - código de catalogação da Smithsonian Institution. Baseado nas regras de Pannizzi mas com algumas novas soluções (ex: obras anônimas) 1850 - Código de Munique 1876 - Cutter - Rules for a dictionary catalog - código muito completo que incluía a catalogação de assuntos e de materiais especiais, normas de elaboração de catálogos auxiliares, tabela representativa de sobrenomes (utilizada até hoje) 1895 - Otlet e La Fontaine - Inst. Int. Bibliographie - ideia do CBU (chega a 16 milhões de registros) CDU (Classificação Decimal Universal) 1899 - Instruções prussianas Dewey - regras simplificadas de catalogação

Histórico dos Catálogos e da Catalogação Período: Século XX