HIV/AIDS Diagnóstico & Tratamento Prof. Carlos Roberto Zanetti

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Transcrição da apresentação:

HIV/AIDS Diagnóstico & Tratamento Prof. Carlos Roberto Zanetti   UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Laboratório de Imunologia Aplicada Departamento de Microbiologia e Parasitologia Centro de Ciências Biológicas zanetti@ccb.ufsc.br HIV/AIDS Diagnóstico & Tratamento   Prof. Carlos Roberto Zanetti

HIV/AIDS Diagnóstico Prof. Carlos Roberto Zanetti   UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Laboratório de Imunologia Aplicada Departamento de Microbiologia e Parasitologia Centro de Ciências Biológicas zanetti@ccb.ufsc.br HIV/AIDS Diagnóstico   Prof. Carlos Roberto Zanetti

Soroconversão Janela Imunológica É a positivação da sorologia. É acompanhada de uma queda expressiva na quantidade de vírus no plasma (carga viral), seguida pela recuperação parcial dos linfócitos T CD4+ no sangue periférico. Janela Imunológica É o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. É de seis a 12 semanas, com média 2,1 meses.  

TESTES DIAGNÓSTICOS Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos em quatro grupos: detecção de anticorpos detecção de antígenos cultura viral amplificação do genoma do vírus exames sorológicos indeterminados ou duvidosos, acompanhamento laboratorial de pacientes, mensuração da carga viral para controle de tratamento, etc

Diagnóstico em > 2 anos

Diagnóstico em crianças 2m-24m

Testes de detecção de anticorpos ELISA

Testes de detecção de anticorpos WESTERN-BLOT

Testes de detecção de anticorpos WESTERN-BLOT

Testes de detecção de anticorpos IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA

Citometria de Fluxo

Contagem de células CD4+ em sangue periférico A contagem de células T CD4+ é a medida de imunocompetência celular mais útil no acompanhamento de pacientes infectados pelo HIV.

Contagem da sub-população CD4 + É o parâmetro há mais tempo utilizado para se avaliar o sistema imune do paciente HIV + Auxilia na decisão de quando se deve iniciar o tratamento profilático Controla a eficácia do tratamento É importante para prognóstico * Problema do exame = grande variação do parâmetro, por outros fatores que não o HIV

Contagem de células CD4+ em sangue periférico De maneira didática pode-se dividir a contagem de células T CD4+ em sangue periférico em quatro faixas: > 500/mm3: baixo risco de doença. Há boa resposta às imunizações de rotina e boa confiabilidade nos testes cutâneos de hipersensibilidade tardia, como o PPD. 200 e 500/mm3: surgimento de sinais e sintomas menores ou alterações constitucionais. Risco moderado de desenvolvimento de doenças oportunistas (candidíase oral, herpes simples recorrente, herpes zoster, tuberculose, leucoplasia pilosa, pneumonia bacteriana). 50 e 200/mm3: alta probabilidade de doenças oportunistas como pneumocistose, toxoplasmose de SNC, neurocriptococose, histoplasmose, citomegalovirose localizada. Está associado à síndrome consumptiva, leucoencefalopatia multifocal progressiva, candidíase esofagiana, etc. < 50/mm3: grave comprometimento de resposta imunitária. Alto risco de D.O. (citomegalovirose disseminada, sarcoma de Kaposi, linfoma e infecção por micobactérias atípicas. Alto risco de morte com baixa sobrevida.

Monitorização Carga Viral - Biologia Molecular Amplicor HIV Nonitor Test NASBA (nucleic acid sequence based amplification) Branched- DNA

Testes de amplificação do genoma do vírus Valores elevados de partículas virais parecem estar relacionados com um maior risco de progressão da doença, independente da contagem de células TCD4+. Sugere-se sua monitorização a cada 3-4 meses. Em caso de início ou mudança de terapia antiretroviral, alguns autores recomendam uma dosagem da carga viral com 1 a 2 meses de tratamento. Os resultados devem ser interpretados da seguinte maneira: < 10.000 cópias de RNA por ml: baixo risco de progressão ou de piora da doença. 10.000 e 100.000 cópias de RNA/ml: risco moderado de progressão ou de piora. > 100.000 cópias de RNA por ml: alto risco de progressão ou de piora da doença.

HIV/AIDS Tratamento  

Tratamento Anti-viral Análogos de nucleosídeos inibidores TR (ITRN) Inibidores da TR não nucleosídeos (ITRNN) Inibidores de Proteases (IP)

Inibidores da T.R. análogos de Nucleosídeos Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou 300mg 2x/dia; Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia.

Inibidores da T.R. análogos de Nucleotídeos Adefovir dipivoxil comprimido de 60 e 120 mg

Inibidores da T.R. Não-Nucleosídeos Nevirapina comprimido de 200 mg, dose:200mg 2xdia; Delavirdina comprimido 100 mg, dose: 400mg 3x/dia; Efavirenz comprimido de 60 e 120 mg

Inibidores de Protease Indinavir cápsula de 400mg; dose:800mg 3x/dia; Ritonavir cápsula 100 mg, dose: 600mg 2x/dia; Saquinavir cápsula 200 mg, dose: 600mg 3x/dia; Nelfinavir cápsula de 250 mg, dose: 750mg 3x/dia; Amprenavir cápsula de 150 mg, dose: 1.200mg 2x/dia.

Highly Active Anti Retroviral Treatment (HAART) Redução da mortalidade em 40-70% Redução da hospitalização em 80 % Aumento da qualidade e tempo de vida

Efeitos colaterais da HAART Alergias Vômitos Úlceras Lipodistrofia

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