REGÊNCIA VERBAL, NOMINAL E CRASE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profa. Eugênia Fernandes
Advertisements

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Termos Integrantes da Oração
REGÊNCIA.
Profª. Bia Buganeme Lingüista/USP
Regência É a relação sintática que se estabelece entre um termo regente ou subordinante (que exige outro) e o termo regido ou subordinado (termo.
Regência Verbal Quando falamos em regência verbal, estamos nos referindo ao fato de o verbo vir ou não seguido de preposição. Alguns verbos causam dificuldades,
Regência Verbal Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem. Quando um verbo exige a presença de.
AULA 28 – REVISÃO Termos ligados ao Nome
To be, or not to be? Patrícia Zanin
REGÊNCIA VERBAL Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
III - Crase Crase é: Fusão de uma preposição A com :
Regência Verbal Professora: Josi
Sintaxe de Regência Nominal.
Regência verbal.
Além do sujeito e do predicado temos os termos associados ao verbo.
Regência verbal Profª.:Fátima Liporage.
COMPLEMENTO NOMINAL.
SUJEITO E PREDICADO.
Revisão – termos da oração
REGÊNCIA Fátima Liporage.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra. Paulo Freire.
COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
PREDICATIVO DO SUJEITO DO OBJETO.
Gramática da Sapatilha
REGÊNCIA VERBAL Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
PREDICAÇÃO VERBAL.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
REGÊNCIA VERBAL.
OITAVO IV.
REGÊNCIA Regência nominal e Regência verbal.
Profª.: EDILAINE PEREIRA DE SOUSA
OS VERBOS E O PREDICADO.
Pronomes São palavras que indicam as pessoas do discurso e os seres ou situações aos quais o discurso se refere.
Profa Célia Trindade de Araújo e Silva
Predicação Verbal e Complementos Verbais
DISCIPLINA: Português
Regência Verbal.
AULA DE REVISÃO LÍNGUA PORTUGUESA 6ª SÉRIE FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO:
PREDICAÇÃO VERBAL.
REGÊNCIA   A sintaxe de regência estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus complementos. Há dois tipos de regência: Regência nominal; Regência.
Análise Sintática Parte 2.
Transitividade Verbal
É A PALAVRA QUE SUBSTITUI OU ACOMPANHA O NOME
Professora: Vilma Paixão
Profª Adriana Paula Chaves
Emprego e Função Sintática dos Pronomes Relativos
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco
Termos essenciais da oração e predicação verbal
Sintaxe de Regência Profa. Joelma aragão.
Regência nominal e verbal
Definição. Principais casos de regência nominal.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
REGÊNCIA Profª.: Synara Vilar.
VERBOS E COMPLEMENTOS VERBAIS MENSAGEM COMPLETA!.
MATERIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA PROF.: HIDER OLIVEIRA
É A PALAVRA QUE SUBSTITUI OU ACOMPANHA O NOME
REGÊNCIA VERBAL Simone Cerullio.
Professora: SUZETE BEPPU
TIPOS DE VERBO NO PREDICADO OU PREDICAÇÃO VERBAL
Estudo do Predicado Prof. Jair Nascimento.
Estudo do Predicado Profa. Vivian Gusmão.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Resumo Assuntos estudados
Regência PORTUGUÊS - GRAMÁTICA Professora Flávia Rossi R. Albino.
USOS DA VÍRGULA Redação – Prof.ª Sarah.
REGÊNCIA “É o mecanismo que regula as ligações entre um verbo ou nome e os seus complementos.”
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Cuida especialmente das relações de dependência em que se encontram os termos na oração ou as orações entre si no período composto.
Transcrição da apresentação:

REGÊNCIA VERBAL, NOMINAL E CRASE Gramática e Uso Professora Marcilene Rodrigues Pereira Bueno

O QUE É REGÊNCIA? RESPOSTA TRADICIONAL? Relação que se estabelece entre um termo regente (verbo ou nome) e um regido (complemento verbal ou nominal). PROBLEMA: verificar se um termo exige ou não complemento, bem como fazer uso da preposição “correta”.

DÚVIDAS COMUNS Mas que tipo de relação é essa? Por que um termo exige, reclama, pede um complemento e outros termos não? Qual o papel ou a função das preposições nessa relação entre termo regente e termo regido?

Que conhecimentos eu tenho sobre regência e como os adquiri? Devo ensinar regência verbal e nominal para os alunos da educação básica? Como ensinar regência verbal e nominal para os alunos da educação básica? Em que momento (ano/série) do desenvolvimento dos conteúdos deve trabalhar o assunto regência na escola? A forma como o falante usa regência é o igual a forma proposta pela Gramática Normativa?

PARA REFLETIR: “O estudo quantitativo de uma língua repousa essencialmente sobre a noção de frequência: cada signo lingüístico, cada palavra, se encontra inscrita no cérebro do falante com alguns dos traços que representam a freqüência de seu emprego na coletividade. Por sua vez, cada indivíduo, pela frequência de uso desse signo, contribui à sua situação linguística ao centro da coletividade, na língua. O número de ocorrências de uma palavra na fala de um sujeito não é somente fato do acaso na fala, ou criação original do indivíduo, mas decorre também de um atributo frequencial dessa palavra, tão imanente quanto o valor semântico. Resulta daí que a estrutura numérica de um texto pode ser a expressão de um estado da língua, realizado numa elocução, ou o estilo de um indivíduo, e que algumas estruturas numéricas de textos, ou da diversidade de discursos individuais de uma mesma época, podem ser considerados como a expressão de estado da língua dessa época. Logo, a língua possibilita, também, um tratamento numérico, e consequentemente um tratamento estatístico.” Dório, E.

MAIS SOBRE O FENÔMENO DA REGÊNCIA Para Napoleão Mendes de Almeida ( ), regência é a relação de dependência dos termos, uns dos outros. É a propriedade de ter uma palavra, sob sua dependência, outra ou outras que lhe completem o sentido. Para Cintra & Cunha ( ), chama-se regência a relação necessária que se estabelece entre duas palavras. E, ainda, citando Hjelmslev, a regência é o movimento lógico irreversível de um termo regente a um regido, por isso reconhece-se o termo regido por ser aquele que é necessariamente exigido pelo outro.

ABORDAGEM DO ASSUNTO REGÊNCIA   A sintaxe de regência estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus complementos. Há dois tipos de regência: Regência nominal; Regência verbal.

Regência nominal   Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem complemento para completar-lhes o sentido. Geralmente, essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposição. Exemplo: Joana é capaz de fazer qualquer coisa pela mãe.                   Ana sempre foi amorosa com os filhos.                    Carlos é entendido em informática.                      

Ana sempre foi amorosa com os filhos. Predicativo do sujeito (adjetivo) TERMO REGENTE VL Complemento Nominal. TERMO REGIDO Quando o termo regente é um nome – substantivo, adjetivo ou advérbio - ocorre a regência nominal.

A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais: Acostumado com, a. Alheio a. Ansioso para, por. Apto a, para. Contente com, por, de, em. Falta a, com, para com. Inofensivo a, para. Preferível a, para. Próximo a, de. Situado a, em, entre.  

Nada de ideais ao alcance das mãos Gosto de pássaros que se enamoram das estrelas e caem de cansaço ao voarem em busca da luz... D. Hélder Câmara, Mil razões para viver, São Paulo: Civilização Brasileira.)

Eu gosto de pássaros ...em busca da luz VTI OI Termo REGENTE Termo REGIDO NOME ...em busca da luz Compl.nominal TERMO REGIDO Adj.adverbial TERMO REGENTE Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal. Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal.

Há verbos que admitem mais de uma regência: REGÊNCIA VERBAL   É o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos. Exemplo: Todos criticaram a professora.                TR                Tr Há verbos que admitem mais de uma regência: Ela não esquecia as flores recebidas. Ela não se esquecia das flores recebidas.

A voluntária distribuía leite às crianças. OBSERVE: A voluntária distribuía leite às crianças. para VTDI OD OI Prep a + art. a = à A voluntária distribuía leite com as crianças. VTD OD Adj. adverbial

A mãe, comovida, agradava o filho choroso. VTD OD Pred. do objeto Suas palavras agradaram ao público. VTI OI preposição Este caso carece de importância. (carecer = não ter) VTI OI preposição

REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS • Agradar: transitivo direto ou indireto Objeto direto: fazer carinhos. Exemplo: Agrada a esposa todo aniversário. Objeto indireto: ser agradável: Exemplo: Seu discurso não agrada ao país. • Aspirar: transitivo direto ou indireto Objeto direto: inspirar o ar. Exemplo: Aspirei um aroma muito bom agora. Objeto indireto: desejar, ter ambição. Exemplo: Aspiro ao cargo de prefeito. • Assistir: transitivo direto, indireto ou intransitivo Objeto direto ou indireto. auxiliar, prestar ajuda. Exemplos: O médico assiste o paciente nesse horário./ O médico assiste ao paciente nesse horário. Objeto indireto: ver, presenciar. Exemplo: Assistimos à peça teatral. Objeto indireto: pertencer, caber. Exemplo: Esse plantão assiste ao novo porteiro. Intransitivo: morar, residir. Exemplo: A alegria e a humildade assistem em pessoas de princípios.

• Chamar: transitivo direto ou indireto Objeto direto: mandar vir, solicitar a presença. Exemplo: A professora chamou os alunos. Quando regido da preposição por: Exemplo: Ela chamou por mim. Objeto indireto: chamar pelo nome, apelidar. Exemplos: Chamaram a menina de balão. Chamaram-na de balão. Chamaram a menina balão. Chamaram-na balão. Chamaram à menina de balão. Chamaram-lhe balão. Chamaram à menina balão. • Implicar: transitivo direto ou indireto Objeto Indireto: acarretar, provocar. Exemplo: A sua desobediência implicará em  consequências. Objeto direto: dar a entender, pressupor. Exemplo: Sua obediência implicará  bons resultados, como: experiência e maturidade. Objeto direto e indireto: comprometer, envolver. Exemplo: Implicaram o presidente da república com embasamento em seu discurso. Objeto indireto: antipatizar. Exemplo: Joana implicava com  sua colega de sala. • Precisar: transitivo direto e indireto Objeto direto: indicar com precisão. Exemplo: O policial precisou o lugar do crime. Objeto indireto: necessitar seguido da preposição de: Exemplo: Joana precisa de sua ajuda. • Querer: transitivo direto ou indireto Objeto direto: desejar, permitir. Exemplo: Quero pedir-lhe desculpas. Objeto indireto com a preposição “a”: gostar, ter afeto. Exemplo: Quero muito bem aos meus familiares.

• Reparar: transitivo direto ou transitivo indireto Objeto direto: consertar. Exemplo: Vou chamar o técnico para que repare nossa televisão. Objeto indireto seguido de preposição “em”: prestar atenção: Exemplo: Ele reparou na (em+a) cor do cabelo da menina. • Visar: transitivo direto ou indireto Objeto direto: mirar, apontar, pôr visto: Exemplo: O arqueiro visou o centro do seu alvo e acertou. Objeto indireto (complemento precedido de preposição “a”): ter em vista, ter por objetivo. Exemplo: As novas medidas na empresa visam ao bem-estar geral.

TRANSITIVIDADE E REGÊNCIA Uma visão história; A visão da gramática tradicional; A visão da Linguística, Leitura do Texto: Transitividade verbal: tradição e inovação.

Exemplos para pensar CHOVEU. OS INSULTOS CHOVERAM SOBRE GENI. O CÉU CHOVEU PEDRAS. Observação: A importância do contexto.

SOBRE AS PREPOSIÇÕES Qual a participação/função delas no fenômeno da regência? Devemos considerá-las mais e, portanto, estudá- las melhor? O que são, realmente, as preposições? O que indicam? O que significam?