A Doença Como Pecado Paulo Sérvulo da Cunha XVIII Jornada Docente do Serviço Phýsis do IMH - 2007.

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Transcrição da apresentação:

A Doença Como Pecado Paulo Sérvulo da Cunha XVIII Jornada Docente do Serviço Phýsis do IMH

Quatro formas básicas de Medicina ao longo da História da Humanidade Os instintos guiam a busca da cura: Instintiva Hahnemann: o Homem, quando ainda “em condições naturais de vida, pouco utilizou os meios de auxílio, pois o modo de vida simples pouco favorecia a ocorrência de doenças”

A segunda forma: Mágico-Religiosa Segue-lhe geralmente uma medicina de sistemas e classificações com base na observação da Natureza, que pode ser chamada de Empírica ou Natural Medicinas tradicionais, tais como a Ayurveda e a Medicina Chinesa Variações modernas: “Cura pela Água”, “Cura Prânica”, Macrobiótica e etc.

A quarta forma é a Homeopatia proposta por Hahnemann

A Medicina Mágico-Religiosa: expressão da forma como o pensamento mágico- religioso compreende a relação do Homem com o Universo O visível e o invisível Causa do adoecimento: o poder de um feiticeiro, o contato com o invisível ou a ofensa às leis divinas

Estória bíblica de Jó: Após ser acometido por uma lepra maligna “desde a planta dos pés até o alto da cabeça”, Jó recebe a visita de seus amigos, que, aterrorizados pela visão de tanto infortúnio, identificam a causa nas próprias ações de Jó, e assim lhe falam:

“... os que praticam a iniqüidade e os que semeiam sofrimento, também os colhem” “Pois o mal não sai do pó, e o sofrimento não brota da terra: é o homem que causa o sofrimento como as faíscas voam no ar” “Bem-aventurado o homem a quem Deus corrige! Não desprezes a lição do Todo-Poderoso”

A cura que lhe recomendam, então, é essa: “Se voltares teu coração para Deus, e para Ele estenderes os braços, se afastares de tuas mãos o mal, e não abrigares a iniqüidade debaixo de tua tenda, então poderás erguer a fronte sem mancha”

A idéia do que é o Homem, na relação com o Divino, aparece assim: “Que é o homem para que seja puro, e o filho da mulher, para que seja justo? Nem mesmo de seus santos Deus se fia, (...) quanto mais do ser abominável e corrompido, o homem, que bebe a iniqüidade como a água?”

Na Homeopatia, Kent talvez seja a maior influência nessa linha de pensamento Ele nos diz, a respeito de um paciente, “enfermo em extremo”, com o qual não teve êxito: “Seguramente ele havia pecado, daí o contágio...” Assim se expressa a respeito do Homem e da doença:

“Se a raça humana tivesse permanecido em estado de ordem perfeita, a psora não poderia ter existido. A suscetibilidade à psora suscita uma questão que (...) remonta ao próprio pecado original (...), à primeira doença (...), à doença espiritual” Do corpo “... emana uma aura, que é impura na proporção de seu distanciamento da virtude e da justiça em direção ao mal”

“Enquanto o homem manteve-se pensando o que era verdadeiro e sustentou o que era bom para o seu próximo, o que era reto e justo, permaneceu sobre a Terra livre da suscetibilidade à doença, pois aquele era o estado no qual foi criado” “A raça humana que caminha hoje em dia sobre a face da Terra é pouco melhor do que uma lepra moral”

O paciente sentado à frente do médico é considerado culpado por princípio, não passando de um pecador. Nele há mancha, nele há erro É como se o médico, apontando-lhe o dedo, dissesse: “tu pecaste, ó ser impuro; para que sejas limpo, faz como te digo!”

Para Hahnemann, quando “o Homem adoece é somente porque, originalmente”, o princípio vital foi afetado “através da influência dinâmica de um agente morbífero, hostil à vida...” Em relação ao Homem, se expressa de maneira completamente diferente:

“… ó homem, quão sublime é tua origem! Quão grande e divino é teu destino! Quão nobre o objetivo de tua vida! Não és tu destinado a ascender, por meio das impressões santificadas, das ações enobrecedoras e da compreensão sutil, ao grande Espírito que todos os habitantes do universo veneram?”

No paciente, para Hahnemann, não há erro, há acerto. Tão certo está o paciente que ele nos orienta a prescrever um medicamento o mais exatamente possível semelhante à “completa essência dos sinais e fenômenos” nele perceptíveis Mas, então, se o paciente está certo, por quê intervir?

Apenas porque, como Hahnemann também nos diz, não devemos imitar a maneira de fazer da energia vital, ou considerar que seus esforços sejam suficientemente eficazes Há um modo melhor, que é o modo humanizado e misericordioso da prescrição hahnemanniana