RESENHA É um tipo de resumo crítico, mais abrangente, pois permite comentários e opiniões, inclui julgamento de valor, comparações com outras obras da.

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Transcrição da apresentação:

RESENHA É um tipo de resumo crítico, mais abrangente, pois permite comentários e opiniões, inclui julgamento de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero.(ANDRADE, 1995). Pode referir-se a elementos reais (reuniões) ou textuais (livros, peças teatrais, filmes).

A linguagem acontece em terceira pessoa. Em geral é elaborada por cientista, que além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas pode ser realizada por estudantes (exercício de compreensão e crítica). O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação encontrados. Ao mesmo tempo, pode tecer elogios a obra, desde que sinceros e ponderados. A linguagem acontece em terceira pessoa.

ESTRUTURA DA RESENHA Autoria (autor ou autores) 1. OBRA Autoria (autor ou autores) Título (incluindo subtítulo, se houver) Edição (a partir da segunda) Comunidade onde foi publicada Firma publicadora Ano de publicação Número de páginas ou de volumes Ilustrações (tabelas, gráficos, desenhos etc.) Formato (em cm) Preço

2. CREDENCIAIS DA AUTORIA Nacionalidade Formação universitária ou especializada Títulos Cargos exercidos Outras obras

a. Resumo das principais ideias expressas pelo autor. 3. DIGESTO a. Resumo das principais ideias expressas pelo autor. 4. CONCLUSÕES DA AUTORIA a. No final da obra ou final dos capítulos, o autor sintetiza a obra. b. Caso não apresente, o resenhista, analisando o trabalho, indica os principais resultados obtidos pelo autor.

5. METODOLOGIA DA AUTORIA a.Método de procedimento (histórico, comparativo, estatístico). b.Técnicas utilizadas (observação, entrevista, formulários, questionários).

6. CRÍTICA DO RESENHISTA Julgamento do ponto de vista metodológico: coerência entre a ideia central e a explicação, discussão e demonstração; adequado emprego de métodos e técnicas específicas. Mérito da obra: originalidade; contribuição para o desenvolvimento da ciência, apresentando novas ideias e/ou resultados.

7. INDICAÇÕES DO RESENHISTA A quem é dirigida (especialistas, estudantes, leitores em geral). Fornece subsídios para o estudo de que disciplina (s)? Pode ser adotado em que tipo de curso?

EXEMPLO 1. OBRA PEREIRA, J. B. B. Cor, profissão e mobilidade: o negro e o rádio de São Paulo. São Paulo: Pioneira, 1967. 285 p. il. 21 cm x 13,6 cm. R$ 245,00.

2. CREDENCIAIS DA AUTORIA João B. B. Pereira é brasileiro. Graduo-se em Ciências Sociais pela USP. Obteve o grau de mestre na Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo; doutorou-se pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade de São Paulo; é livre-docente pela mesma faculdade. Exerceu magistério em todos os níveis de ensino, tendo sido diretor em ginásios no interior do Estado de São Paulo. Durante quatro anos foi responsável pela cadeira de Antropologia e Etnografia Geral da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente e, posteriormente, foi assistente da cadeira de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, sendo atualmente titular de Antropologia e chefe do Departamento de Ciências Sociais. Publicou as seguintes obras: Italianos no mundo rural paulista e A escola secundária numa sociedade em mudança.

3. DIGESTO Depois da Primeira Grande Guerra inicia-se no Brasil o processo de industrialização. E ao Brasil rural, contrapõe-se um Brasil urbano. Além do crescimento natural, as populações aumentam também em resultado das migrações internas, que começam a existir e, sobretudo, devido à migração estrangeira modificam o panorama étnico brasileiro. O operariado aumenta em proporção superior à da população, a publicidade começa a entrar em cena como estimuladora do consumo. Como consequência dessas mudanças, abre-se novas oportunidades de trabalho remunerado fazendo surgir novas profissões. Cor, nacionalidade, posição da família, fortuna e grau de escolaridade passam a ser fatores de posicionamento dos indivíduos nos novos grupos sociais. E dentro desse quadro surge e se desenvolve a radiofusão.

O Censo de 1950 acusava 37,5% da população brasileira como sendo de cor, 11,2% no Estado de São Paulo e 10, 2% da população do município de São Paulo. Para os indivíduos de cor, a integração no sistema sócio-econômico é difícil, sendo as posições de maior destaque e melhor remuneração obtidas mais facilmente pelos brancos. Contudo, no setor programáticos do rádio, em especial como cantor popular, o negro encontra possibilidade de participação e ascensão. Entre as dificuldades que o negro encontra para penetrar no rádio, poucos entrevistados se referem à cor como fator de influência. Atribuem essa dificuldade à falta de instrução, falta de “padrinho” e falta de talento. A partir da década de 20 surge no meio musical brasileiro uma procura das raízes nacionais em contraposição aos valores europeus. Nesse contexto, a música negra obtém aceitação e destaque. A expansão do rádio colaborou para a difusão da música urbana, permitindo maior destaque para a música de origem negra divulgada através do rádio.

4. CONCLUSÕES DA AUTORIA O meio radiofônico representa uma área de excepcional aproveitamento profissional do negro e do mulato, embora existam algumas resistências, manifestas ou não. No todo da sociedade brasileira, o negro enfrenta dois estágios de barreiras à sua ascensão: o primeiro representado por fatores sociais e educacionais, resultantes do fato de pertencer o negro, geralmente, às camadas sociais mais baixas da população; o segundo estágio, que se refere ao problema racial propriamente dito, atinge apenas aqueles indivíduos que obtiveram condições profissionais de competir em áreas mais destacadas da atividade profissional, e que são uma minoria.

Ao obter uma remuneração melhor, o contratado procura inicialmente adquirir bens de consumo e símbolos de “status”, como: moradia melhor do que a que possuía, eletrodomésticos, roupas etc. Num segundo momento vem a preocupação com a instrução dos filhos, pois acredita que o problema do negro na sociedade brasileira seja, sobretudo, um problema de falta de instrução. Vem a seguir o lazer, as viagens de férias. Estas conquistas são resultados que o homem de cor obteria com outras profissões, caso lhe fosse possível alcançar nelas o mesmo nível de rendimento econômico. Por outro lado, se no plano profissional ele recebe dos colegas um tratamento de igualdade e cordialidade, esse relacionamento não se estende para fora do ambiente profissional. Verifica-se que, nos primeiros estágios o negro radialista vive a euforia dos bens materiais obtidos, e num estágio posterior ele descobre que essa ascensão econômica não corresponde a uma equivalente ascensão social.

5. METODOLOGIA DA AUTORIA Para a coleta de dados foram utilizadas as seguintes técnicas: entrevistas, história de vida, observação participante e, como recurso secundário, questionamentos. 6. CRÍTICA DO RESENHISTA Trata-se de uma obra que explora e conclui sobre os problemas que se propõe a estudar, sem desvios ou distorções. Utiliza várias técnicas de coleta de dados, obtendo assim maior riqueza de informações. É uma obra original e valiosa porque aborda um dos tabus da sociedade brasileira: o preconceito racial e a situação do negro.

7. INDICAÇÕES DO RESENHISTA Esta obra apresenta especial interesse para estudantes e pesquisadores de Sociologia, Antropologia e Comunicação Social. Pode ser utilizada tanto à nível de graduação como de pós-graduação, pois apresenta linguagem simples.