A revolução Industrial e o Movimento Operário

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Transcrição da apresentação:

A revolução Industrial e o Movimento Operário Professora: Bárbara Tostes Machado Blog: http://historiativanet.wordpress.com

O que foi a Revolução Industrial ? Conjunto de transformações econômicas, tecnológicas e sociais impulsionadas pela transformação técnica na produção manufatureira. Passagem do sistema de produção marcadamente agrário e artesanal para outro de cunho industrial, dominado pela maquinaria. Consolidação do capitalismo

Pioneirismo Inglês Condições políticas favoráveis – Revoluções Inglesas, localização do território; Política mercantilista (comercialismo) bem sucedida, garantindo uma acumulação primitiva de capital; Vasta rede fluvial e bons portos naturais, que favoreciam os transportes e escoamento da produção; Mercado consumidor vasto – destacando os tratados favoráveis, como o Tratado de Methuen (panos e vinhos) com Portugal.

A política dos cercamentos que garantiu a Inglaterra matéria-prima e mão-de-obra farta e barata. Mas afinal o que foram os cercamentos ??? Consistiu no cercamento e expulsão dos camponeses das terras comunais, principalmente no final do século XVII e XVIII. As areas desocupadas passaram a serem utilizadas como pastagem para ovelhas, principal matéria-prima das manufaturas têxteis da Inglaterra. Também foi um evento importante na consolidação da noção de propriedade privada na Inglaterra.

Principais avanços tecnológicos do século XVIII Em 1733, John Kay inventa a lançadeira volante. Em 1767 James Hargreaves inventa a "spinning janny", que permitia a um só artesão fiar 80 fios de uma única vez. Em 1768 James Watt inventa a máquina a vapor. Em 1785 Edmond Cartwright inventa o tear mecânico. James Watt

1ª Revolução Industrial (1750/1850) Inglaterra, França, Bélgica, Estados Unidos Energia: Carvão Mineral Maquinário: Ferro fundido/ máquina a vapor Indústria têxtil e siderurgia Péssimas condições de trabalho Capitalismo Industrial e liberal ou Concorrencial – predomínio da lei da oferta e da procura sem interferências dos governos.

2ª Revolução Industrial (1850-1950) Alemanha, Itália, Rússia, Japão Fontes de Energia: Carvão Mineral, Petróleo, energia elétrica Diversificação industrial: petroquímica, metalurgia, farmacêutica, eletroeletrônico Maquinário: Ferro Fundido, Aço Melhoria das condições de trabalho (consolidação do movimento operário) Capitalismo Financeiro – tendência à concentração das industrias em torno de um capital financeiro.

Capitalismo Monopolista-Financeiro Truste – concentração vertical com a fusão de empresas em uma única, com o objetivo de concentrar todas as fases de uma produção, desde a obtenção de matéria-prima até a venda do produto. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos em 1890

Holding: Forma de organização de empresas que surge depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no agrupamento de grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações de cada uma delas é controlada por uma única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de um mercado como o da produção de eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu funcionamento.

Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.

Consequências da Revolução Industrial - Aumento da produção de mercadorias em menos tempo; - Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias; - Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor; - Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo; - Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora; - Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades) motivado pela criação de empregos nas indústrias; - Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas; - Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias; - Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas; - Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas

Movimento Operário Péssimas condições vividas pelos operários durante o século XIX: Salários muito baixos Longas jornadas (16/18 horas) Condições insalubres no ambiente de trabalho Superexploração do trabalho feminino e infantil Ausência completa de qualquer assistência ao trabalhador

O desenvolvimento do movimento operário Ludismo: Ned Ludd Inglaterra Destruição de máquinas O governo inglês reagiu decretando pena de morte aos revoltosos.

"Nós marchamos para realizar a nossa vontade Com machado, lança ou fuzil Meus valentes cortadores Os que com apenas um só forte golpe rompem com as máquinas cortadeiras"

Cartismo: Inglaterra O movimento surgiu por volta de 1837 “Carta do Povo”- redigida pela associação dos operários reivindicavam melhores condições de trabalho, sufrágio universal masculino, renovação anual do parlamento, participação no parlamento. O movimento foi massacrado pelo parlamento inglês que desconsiderou as reivindicações impostas pelos trabalhadores.

Trade Unions: Organizações de associações de trabalhadores, de caráter assistencialista, germe do sindicato moderno

Sindicatos: A definição de sindicato varia, de acordo com o tempo e as condições políticas, razão pela qual, para alguns estudiosos, o sindicato é a coalizão permanente para a luta de classe e, para outros, é o órgão destinado a solucionar o problema social.

NOVAS IDEIAS Com a consolidação da revolução industrial, surgem novas ideias que contestavam o individualismo liberal que caracteriza as práticas do liberalismo econômico e os princípios da economia clássica, configurando-se como uma resposta aos problemas sociais que se agravavam á medida que a industrialização avançava.

Socialismo Utópico Surge na França em meados do século XIX A igualdade se dará através da bondade e justiça humanas, de forma pacífica, aqueles que tem propriedades saberão dividi-las com os que não possuem. Atuação do Estado que, através da centralização da economia, evitaria os abusos tipicos do capitalismo. A falta de embasamento científico leva a denominação para tal corrente de Utópica ou Romântica.

Charles Fourrier: Propõe a criação de “Falanstérios” onde representantes das diversas classe se reúnem, fazendo doações e contribuições e recebendo proporcionalmente ao que entregou. Não desconstrói as discrepâncias sociais do capitalismo.

Robert Owen: Funda nos Estados Unidos uma organização chamada New Harmony, onde tenta, sem êxito, colocar suas ideias: menores jornadas de trabalho, assistência social ao trabalhador e sua família e participação do trabalhador nos lucros da empresa. Ficou conhecido como o “bom patrão”. Louis-Blanc: Sugere a criação, com interferência do Estado, de “oficinas nacionais nas quais trabalhadores de um mesmo ramo trabalham juntos para se evitar a concorrência.

Socialismo Cristão Em 1891, por meio da encíclica “Rerum Novarum”, o papa Leão XIII, conhecido como o Papa do proletariado, se opõe à luta entre classes, à doutrina marxista e, ao mesmo tempo, mesmo reconhecendo a propriedade privada, condena os abusos do capitalismo selvagem. Nessa encíclica ainda há o estabelecimento dos direitos e deveres de patrões e operários dentro dos princípios da justiça e da caridade. A compreensão e o amor entre empregados e empregadores seria a principal base para a justiça social.

Socialismo Científico Surgiu na Alemanha, sobretudo na segunda metade de século XIX. Karl Marx e Friederich Engels são seus defensores e autores das principais obras: “O manifesto comunista” (1864) e “O capital” (1867). Luta de Classes Mais Valia: Lucro patronal, sendo a diferença entre aquilo que os trabalhadores efetivamente produzem e aquilo que recebem sob a forma de salário.

O caminho para a igualdade de classes está no fim da propriedade privada dos meios de produção e seu controle pelo deve ser exercido apenas pelo Estado. Dessa forma, o Estado promove a redistribuição de riquezas eliminando a diferenças entre as classes. Quando essa diferença for nula, e a riqueza estiver plenamente distribuída, o comunismo é atingido com a eliminação de todas as instituições que regulam a sociedade.

Anarquismo Doutrina defensora da inexistência de governos Principais defensores: Bakunin e Kropotkin Defendiam o Estado como origem dos males da sociedade, pregando a formação de “pequenas comunidades cooperativas de subsistência”

1ª Internacional -AIT (1864-1876) Organização dos sindicatos de todo o mundo pela melhoria nas condições de trabalho. Discussões a cerca do Socialismo científico e o anarquismo.

Criação do Dia do Trabalho A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.