Por que aqueles que falam de animais são malvistos? Lucas Roahny, aluno do curso de Ciências Sociais UFPR – Bolsista do PET
“O músico americano Mark Oliver estava em Londres divulgando o novo álbum da sua banda e aproveitou para descansar um pouco no Hyde Park. Até aí tudo bem, mas para a surpresa do músico, ele foi confundido com um terrorista. Os policiais o acharam extremamente parecido com a descrição que tinham de um suspeito de terrorismo e não tiveram dúvidas em abordá-lo. Seu comentário acerca do incidente foi simples e direto: “Eles precisam saber que nem todo cara com cabelos curtos e barba comprida é um terrorista.” http://www.cifras.com.br/noticia.asp?3408
Mark Oliver http://www.cifras.com.br/noticia.asp?3408
Conceitos sociológicos importantes Estigma: é uma característica que possui uma relação com algum estereótipo. Estereótipo: é uma construção mental falsa que se baseia em determinadas características. Exemplos: o judeu é pão-duro; o japonês é estudioso; todo barbudo é terrorista.
Os tipos de ‘estigma’ segundo o sociólogo Ervin Goffman “Deformidades físicas” “Culpas de caráter individual” (vícios, doenças, crimes) “Estigmas tribais” (raça, nação, religião)
Respondendo a pergunta inicial... Ninguém ‘normal’ na vila falava de animais. A normalidade é definida pela própria sociedade; todas as pessoas que se afastam do que é tido como normal são rejeitadas, são estigmatizadas. Ninguém gosta de pessoas estranhas. É por isso que aqueles que falavam em animais eram evitados pelas outras pessoas.
Estigma – Ervin Goffman Bibliografia Estigma – Ervin Goffman Sociologia Geral – Eva M. Lakatos e Marina de Andrade Marconi