Economia Monetária Carvalho et al (2007)

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Transcrição da apresentação:

Economia Monetária Carvalho et al (2007) A Teoria da Política Monetária Novo-clássica

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica 10.1. A Ineficácia da Política Monetária 10.2. A Eficácia da Política Monetária de Surpresa 10.3. A curva de Phillips de Lucas e a Melhor Política Monetária 10.4. A tese da Independência dos Bancos Centrais 10.5. O trinômio credibilidade-reputação-delegação

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica Os novo-clássicos (Lucas, Sargent, Wallace) voltam-se contra a forma com que é formada a expectativa de Friedman e voltam-se radicalmente para a intervenção macroeconômica de Keynes. 10.1. A eficácia da Política Monetária Para novo-clássicos os agentes maximizam satisfação, ou seja, otimizam a utilização da informação que recebem. Não formam expectativas olhando unicamente para trás, mas também olham o futuro. Monetarista Expectativas adaptativas Novo clássico Expectativas racionais

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica Tanto o modelo keynesiano quanto o monetarista não é capaz de fornecer resultados sob expectativas racionais para o problema da intervenção. Se o agente é informado de que será implementada uma determinada política econômica, altera-se as expectativas e isso não fica contemplado no modelo de Friedman. Isto ficou conhecido como Crítica de Lucas. A expectativa racional supõe que todo agente possui a mesma maneira de entender a economia e que esta é a verdadeira forma de operação da economia. Ex: todos sabem que o aumento da oferta de moeda causará inflação. Se o governo anunciar o aumento da oferta de moeda, os agente elevarão preços e salários antecipadamente. A política monetária expansionista é ineficaz se for sinalizada. Haverá somente aumento no nível de preços.

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica 10.1.1. O modelo de ineficácia da política monetária A hipótese da existência de uma taxa natural de desemprego é o ponto de partida para a construção da teoria novo-clássica de que a política monetária é ineficaz para alterar variáveis reais. A economia sempre se encontra em equilíbrio visto que os agentes agem racionalmente, buscando maximizar satisfação e lucro. É através da função oferta de Lucas que pode-se mostrar por que a política monetária é ineficaz para reduzir desemprego: Ut é a taxa de desemprego, Un é a taxa natural de desemprego Pt é a inflação presente, Pte é a inflação esperada, a é um parâmetro positivo e β representa outros fatores não monetários.

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica A taxa de desemprego é igual a natural quando as expectativas são confirmadas. As esperanças sobre variações de preços são construídas de acordo com expectativas racionais: As informações são processadas pelos agentes com base no verdadeiro modelo que afeta os preços na economia. A esperança da inflação para o período t leva em consideração todas as informações (I) disponíveis em t-1. M é a variação do estoque de moeda e d é o aumento não esperado de demanda pelo produto

Ou seja, a expectativa de variação do nível de preços está diretamente relacionada com a do estoque de moeda. Supondo que não haja componentes não esperados:

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica De forma que: A taxa de desemprego seria sempre igual a natural se os agente conhecerem a regra de emissão monetária e não houvesse nenhum choque de demanda. 10.2. A eficácia da política monetária de surpresa Segundo Sargent e Wallace, a política monetária teria eficácia somente se houvesse um componente de surpresa das autoridades monetárias. No modelo novo-clássico, os agentes erram porque são surpreendidos com novas variáveis ou com a modificação de alguma existente.

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica 10.3. A curva de Phillips de Lucas e a melhor política monetária Os empresários com restrição de informações teriam um elemento surpresa que ocasionariam ações erradas, ainda que o agente seja racional. Se a expansão monetária for uma surpresa, os empresários entenderiam que o aumento de preços ocorreu devido ao aumento de demanda e seriam estimulados a contratar mais. Os empresários aumentam o salário nominal, os trabalhadores aceitam trabalhar, mas percebem que os preços estão aumentando e reduzem a oferta de trabalho. A curva de oferta agregada de longo prazo SLP é vertical e depende da oferta de fatores de produção(pleno emprego). No curto prazo, o produto pode estar abaixo ou acima do pleno emprego, portanto SCP é inclinada. Suspeitando de um aumento de demanda, a economia pode mover-se para Y’, porém assim que perceberem o erro, a economia volta para Y*, porém com taxas de inflação maiores.

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica A curva de Phillips de Lucas é vertical no longo prazo indicando que o aumento temporário do produto Y’ causa uma redução do desemprego, porém isso é transitório. 10.4. A tese da independência do banco central (IBC) A condução da política monetária fica sob a tutela da autoridade monetária (banco central) e há discussões sobre a defesa da independência do banco central, principalmente após o tratado de Maastricht. Existem três formas de avaliar a independência de um banco central utilizado por Cukierman: Rotatividade dos dirigentes (Quanto maior o tempo de permanência, “geralmente” maior é a autonomia) Estatutos do banco central que estabelecem o objetivo e os limites de interferência na política monetária. Questionário sobre os objetivos dos bancos centrais. Os defensores da tese da IBC são adeptos do novo-clássico.

A Teoria da Política Monetária Novo-clássica 10.5. Trinômio credibilidade-reputação-delegação Os teóricos da IBC afirmam que existe um viés inflacionário na economia através de política monetária que não é correspondente ao objetivo de taxa natural de desemprego. O banco central é mais efetivo quanto mais presente estiver o trinômio. Neste caso, os custos da desinflação serão nulos.