Aula 6 – Sistema de Tratamento de Esgoto

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Transcrição da apresentação:

Aula 6 – Sistema de Tratamento de Esgoto SANEAMENTO AMBIENTAL Aula 6 – Sistema de Tratamento de Esgoto Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral

Conteúdo Programático desta aula Conceituar e descrever os sistemas de tratamento de esgotos sanitários; Identificar os conceitos e aproveitamentos das águas residuais; Discutir sobre alguns aspectos legais referentes ao tratamento dos esgotos sanitários; e Analisar as normas relativas ao controle da contaminação e da poluição das águas.

Introdução Para que o planejamento e gerenciamento dos sistemas de águas residuárias seja eficiente, é necessário conhecer: suas características quantitativas e qualitativas, associadas a variáveis ambientais, sociais, econômicas e legais relativas à bacia hidrográfica.

A forma com que as águas residuais podem ser aproveitadas e também os procedimentos, conceitos e exemplos de seus diferentes aproveitamentos, permitem uma nova perspectiva sobre o uso da água dando subsídios inclusive, para que possamos analisar as normas de controle de contaminação e poluição, propor novas ideias e questioná-las em situações específicas. A melhoria da qualidade de vida humana desde o início do século XX foi possível pela melhoria das condições sanitárias, onde se destaca o tratamento da água de abastecimento.

MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA APÓS A 2ª GUERRA MUNDIAL PAÍSES DESENVOLVIDOS o aumento da qualidade de vida das pessoas estava associado a um conjunto de fatores econômicos, sociais e ambientais que respeitavam as pessoas e os serviços ambientais fornecidos pela natureza. PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO a procura por alternativas de crescimento econômico seguia por diferentes caminhos. No Brasil, as medidas tomadas pelos governos colocaram em primeiro lugar a busca pelo desenvolvimento econômico à custa de grandes impactos econômicos, sociais e ambientais, que provocaram uma excessiva concentração de renda e riqueza em uma parcela pequena da sociedade, aumentando as diferenças sociais e regionais no país e desrespeitando o meio ambiente.

O aumento da expectativa de vida de crianças e diminuição da taxa de mortalidade são exemplos da melhoria da qualidade de vida das pessoas, assim como o aumento do consumo de água per capita. Este aumento no consumo de água permite reconhecer um ciclo da água no meio urbano diferente do que o observado em sistemas naturais.

O Ciclo da Água e do Saneamento As águas rejeitadas após a utilização pelos consumidores vão de novo para o meio ambiente. É indispensável que elas sejam tratadas em conformidade com os requisitos do meio ambiente onde foram descartadas, de forma que o ambiente e a saúde da população sejam também preservadas.

O Ciclo da Água e do Saneamento ÁGUA CONTAMINADA A água circulante neste ciclo hospeda organismos, ou microorganismos potencialmente patogênicos ou contém substâncias tóxicas que a tornam perigosa para saúde humana e animal, é imprópria para o consumo humano ou uso doméstico. ÁGUA POLUÍDA A água poluída é aquela que contém substâncias de tal carácter, e em maiores quantidades permitidas, que a sua qualidade é alterada de modo a prejudicar a sua utilização ou a torná-la ofensiva aos sentidos da vista, paladar e olfato. ÁGUA POLUÍDA PONTUAL Quando esta água poluída ocorre a partir de um ponto específico, são de fácil identificação e monitoramento, neste caso a chamamos de pontual. ÁGUA POLUÍDA DIFUSA Mas quando possuem múltiplos pontos de origem e de escoamento e espalham-se por grandes áreas, são chamadas de difusas. Nestes casos sua identificação é mais difícil, assim como seu monitoramento e tratamento.

Formas de poluição que afetam as reservas de água ORIGEM IMPACTO PARTÍCULAS DO SOLO Extração mineral Interferem na fotossíntese e na capacidade dos animais encontrarem alimentos Desmatamento Erosões PRODUTOS QUÍMICOS INSOLÚVEIS Adsorvem e concentram os poluentes biológicos e os poluentes químicos. Esgotos e efluentes

Formas de poluição que afetam as reservas de água poluição biológica: micro-organismos patogênicos em locais com risco de contato humano e animal e, especialmente, quando isso ocorre na água potável. poluição térmica: despejo de água aquecida em rios e oceanos (diminuição de oxigênio dissolvido). substâncias tóxicas: presença não é de fácil identificação nem de remover (efeitos cumulativos) os comuns são os fertilizantes agrícolas, os esgotos doméstico e industrial, os compostos orgânicos sintéticos, petróleo, metais pesados, entre outros.

Proteger áreas de mananciais da ocupação humana. O Controle da Poluição Necessidade urgente de despoluição do meio ambiente, isto é, ampliar o alcance do tratamento de efluentes gerados por esgotos domésticos, agricultura e indústrias, através de medidas como: Ter consciência da necessidade de diminuir o volume de detritos gerados. Proteger áreas de mananciais da ocupação humana. Implantar métodos mais eficientes de irrigação minimizando o desperdício da água utilizada na agricultura.

Preservar as condições do meio ambiente. Saneamento O saneamento básico é a parte onde estão incluídos o abastecimento de água e a disposição dos esgotos. Conjunto de medidas que tem como objetivo: Preservar as condições do meio ambiente. Evitar a proliferação de doenças entre as pessoas. Melhorar as condições de saúde pública.

REUSO (doméstico e/ou industrial) LANÇAMENTO DE EFLUENTES CAPTAÇÃO TRATAMENTO DE ÁGUA ADUÇÃO COLETA DISTRIBUIÇÃO RESERVAÇÃO REUSO (doméstico e/ou industrial) TRATAMENTO DO ESGOTO LANÇAMENTO DE EFLUENTES RECURSOS HÍDRICOS

O Lodo do Esgoto O processo de tratamento de esgoto remove a maior parte de seus poluentes, mas neste processo produz uma substância, chamada de lodo de esgoto. É um rejeito que apresenta risco à saúde porque reteve vários elementos que anteriormente poluíam a água como micro-organismos patogênicos, metais pesados e são muito ricos em material orgânico. Por todas as substâncias encontradas no lodo do esgoto, sua disposição final, deve ser adequada. Uma das alternativas é a utilização na agricultura, pois como é rico em matéria orgânica, possui muitos nutrientes importantes.

O Lodo do Esgoto – a legislação brasileira Na legislação brasileira, existem duas resoluções que tratam deste tema que são as resoluções CONAMA nº 302/2002 e nº 375/2006, indicando que a utilização do lodo para fins agrícolas deverá cumprir especificações determinadas de redução patógenos, apresentar limites máximos de concentração de metais pesados, e características gerais do solo dos locais que poderão recebê-lo.

No Brasil a adoção desta prática de utilização do lodo de esgoto para fins agrícolas ainda é pouco utilizada, sendo sua disposição final geralmente o aterro sanitário. Este destino provoca um elevado custo que pode chegar a até 50% do custo operacional de uma ETE, além de que a disposição destes resíduos com elevada carga orgânica no aterro, podem agravar ainda mais os problemas relacionados à deposição de lixo urbano. Considerando o aumento da população e o fato de que cada vez mais cidades têm implantado ETEs, o volume produzido de lodo do esgoto tende a aumentar e devemos procurar alternativas sustentáveis para seu destino.

Explorando o tema – o lodo do esgoto http://www.youtube.com/watch?v=d5wIweQnrIY (7:51min)