ANÁLISES DE CROMOSSOMOS MITÓTICOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Universidade Católica de Goiás
Advertisements

Núcleo e Divisão Celular
Biologia Professor Thomaz Nagel Capítulo 38 : Cromossomos e genes.
Biologia Professor Thomaz Nagel
CICLO CELULAR.
NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR
O número de cromossomos é constante em indivíduos da mesma espécie e variável em indivíduos de espécies diferentes. Espécie 2n de cromossomos Drosófila.
NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR
A principal característica é a sua natureza cíclica
Citologia - Núcleo celular
Para Casa – Montar o cariograma
CITOGENÉTICA HUMANA Conteúdo Programático Teórica
Cultura Celular a Curto Prazo BIO Citogenética Básica
Genética Clínica em Nutrição Humana
O que você deve saber sobre
TRABALHO DE BIOLOGIA.
Ciclo Celular  O ciclo celular compreende as transformações que decorrem desde a formação da nova célula (célula filha) até o momento em que esta mesma.
Prof. Thiago Moraes Lima
Cromossomos Professora Ana Luiza Milhazes
Aula 12 Os cromossomos.
Cold Spring Harbor Symposia on Quantititive Biology
Cold Spring Harbor Symposia on Quantititive Biology
Mitose e Meiose.
Disciplina: Genética Geral – BEG 5438
CROMOSSOMOS.
Núcleo interfásico possui diversos compartimentos
Mitose e Meiose.
(Schawnn & Schleiden, ) “omnis cellula e cellula”, isto é, toda a célula provém de outra célula. (Rudolf Virchow, ) Teoria Celular: A.
NÚCLEO CELULAR INTERFASE
Biologia volume único 3.ª edição Armênio Uzunian Ernesto Birner.
NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR
Núcleo e divisão celular
CICLO CELULAR Biologia Prof. Marcos Areal.
Núcleo, Cromossomos e Clonagem
O núcleo celular.
CITOGENÉTICA.
CARIÓTIPO.
Citogenética Estuda a diversidade cromossômica das espécies (sec. XIX – microscópio); Análises citogenéticas normalmente são realizadas em células em multiplicação,
A ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO
Divisão celular Prof. Ronney Fernandes Chagas
Professora: Alexsandra Ribeiro
Prof. Regis Romero.
Cromossomos Variação Cromossômica Alterações Estruturais
Núcleo Celular.
Prof. Lourenço Genética Introdução Prof. Lourenço
VARIAÇÃO ESTRUTURAL DOS CROMOSSMOS
A cromatina No núcleo das células eucarióticas em interfase, isto é, em fase de não divisão celular, existe uma estrutura fibrosa, designada por cromatina.
GENÉTICA CROMOSSOMOS.
Os cromossomos.
Estrutura e identificação do Cariótipo
Estudos citogenéticos em casais com abortamentos espontâneos recorrentes Discente: Daniela Manchini Nizato Docente: Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira.
Núcleo Interfásico.
Citogenética em quelônios
NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR
Genética e Comportamento Humano
Conceitos Básicos em Genética
Núcleo e divisão celular
CARIÓTIPO.
NÚCLEO E DIVISÕES CELULARES
CROMOSSOMOS HUMANOS IVANISE C.S.MOTA.
CITOGENÉTICA.
O PAPEL DA GENÉTICA NA MEDICINA: INTRODUÇÃO À GENÉTICA E DIVISÃO CELULAR Juliana Zimmermmann.
Métodos em Citogenética
Organização do Material Genético nos Procariontes e Eucariontes
MITOSE By 2012.
CITOGENÉTICA Estuda os cromossomos, sua estrutura, composição e papel na evolução e desenvolvimento de doenças. As primeiras ideias sobre cromossomos.
biotecnologia Fingerprint – impressão digital genética
Organização da cromatina, arquitetura da membrana nuclear e nucléolo
CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR
Transcrição da apresentação:

ANÁLISES DE CROMOSSOMOS MITÓTICOS

Histórico dos Estudos em Cromossomos Fim Século XIX 1º idéias cromossomos: estudos mitose (divisão celular). Flemming (1882) termo mitose, divisão mitótica foi mais bem estudada em animais e vegetais. Weismann (1887) a partir de seus trabalho, relação com a herança Redescobrimento das leis de Mendel (1900), “Teoria cromossômica da herança” por Sutton e Boveri em 1902. Conseqüência: citologia e a genética sobrepõem seus conhecimentos na área denominada CITOGENÉTICA.

CITOGENÉTICA: compreende todo e qualquer estudo relativo ao cromossomo isolado ou em conjunto, condensado ou distendido, tanto no que diz respeito a sua morfologia, organização, função e replicação, quanto a sua variação e evolução. (Guerra, 1988)

Análise de Cromossomos Células em divisão → Mitose Metáfase → cromossomos com grau máximo de condensação Tecidos de crescimento rápido → sangue, medula óssea, rins, etc.

Técnica de Obtenção de Cromossomos Obtenção Direta → extração do tecido Obtenção Indireta → cultura de células

TÉCNICA IN VITRO: Cultura de linfócitos

Coleta do sangue Hemáceas - Separação do sangue em 3 fases: Papa leucocitária Região Líquida

- Aplicar a papa leucocitária Sangue semeado no meio de cultura - Aplicar a papa leucocitária - Meio de cultura contendo fitohemaglutinina - Estimula crescimento de linfócitos T

3 dias de crescimento em estufa a 37ºC Estímula divisão celular Meio + sangue na estufa 3 dias de crescimento em estufa a 37ºC Estímula divisão celular

Aplicação de Colchicina: “Antimitótico” Impede ligação do fuso mitótico Célula não sofre divisão Aplicação de Solução Hipotônica: Osmose Aumenta tamanho da célula Mais fácil de espalhar e visualizar o material Material na estufa 37oC

Preparo do material para Fixação: Solução de álcool + ácido acético = FIXADOR Limpa o material Fixa a célula na fase desejada Preparo do material para centrifugação

Montagem de Cariótipos Cariótipo – grego = cerne (conteúdo do núcleo) Disposição dos cromossomos recortados Ordem Tamanho Formato dos cromossomos a m st sm

Formato dos Cromossomos Braço curto (p) Francês - petite Centrômero Braço longo (q) Letra seguinte do alfabeto

Classificação dos Cromossomos Razão de braços – q/p TIPO CROMOSSÔMICO RAZÃO DE BRAÇOS Metacêntrico (m) RB = 1,00 – 1,70 Submetacêntrico (sm) RB = 1,71 – 3,00 Acrocêntrico (a) RB = 3,01 – 7,00 Telocêntrico (t) RB > 7,01

Classificação dos Cromossomos - Metacêntrico: possui braços aproximadamente do mesmo tamanho; - Submetacêntrico: possui um dos braços menor que o outro; - Acrocêntrico: possui um dos braços muito pequeno em relação ao outro; - Telocêntrico: possui apenas um braço, pois o centrômero se localiza na extremidade do filamento do cromossomo.

Sapo: 2n = 26 Avestruz : 2n= 22

Peixe : 2n = 56 Vegetal 2n = 16

Cariótipo Humano

Grupo A: (cromossomos 1, 2 e 3), meta e submetacêntricos Grupo B: (cromossomos 4 e 5), submetacêntricos Grupo C: (cromossomos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e cromossomo  X), submetacêntricos Grupo D: (cromossomos 13, 14 e 15), acrocêntricos Grupo E: (cromossomos 16, 17 e 18) submetacêntricos Grupo F: (cromossomos 19 e 20), metacêntricos Grupo G: (cromossomos 21, 22 e cromossomo Y), acrocêntricos

BANDAMENTOS CROMOSSÔMICOS

Qual a importância dos bandamentos cromossômicos? • Os bandamentos cromossômicos ampliaram em muito os horizontes da citogenética, sendo primeiramente utilizados para auxiliar no pareamento. • Em um segundo momento, as diferentes técnicas de bandamento passaram a auxiliar na detecção de rearranjos (duplicações, deleções, inversões, translocações) que dificilmente seriam detectados com a técnica convencional. Por exemplo: Humano: identificar alterações entre cromossomos do grupo D distinguir a trissomia do 21 da trissomia do 22 - Evolução: Cariótipo Humano X Primatas (chimpanzé, gorila e orangotango)

• Bandamento NOR • Bandamento – C • Bandamento – G • Bandamento – R • Bandamento – Q

Colocação Convencional por Giemsa Gustav Giemsa Tipo de coloração mais comum Não é intercalante de DNA, cora na sua totalidade Técnica utilizada para visualizar forma e número de cromossomos

Genes Housekeeping X Genes Tecido-específicos Bandamento - G Corante Giemsa - Essa técnica é a mais utilizada entre os bandamentos Permite visualizar as regiões que se condensam mais cedo durante a prófase (regiões escuras) e possuem uma constituição AT-rica, enquanto os segmentos negativos para banda-G (regiões claras) são condensados tardiamente na prófase e são ricos em bases GC. Genes Housekeeping X Genes Tecido-específicos

Cariótipo G – bandado

Banda G - morcego

Bandamento - Q Essa foi a primeira técnica de bandeamento, a qual foi descrita por Caspersson et al. (1968) para cromossomos humanos Essa técnica utiliza corantes fluorescentes para induzir o bandeamento O primeiro fluorocromo utilizado foi a quinacrina mostarda, o qual deu o nome para a técnica O padrão de bandas – Q está relacionado ao padrão de replicação do DNA - SEMICONSERVATIVO

Cariótipo Q – bandado

Bandamento - R Também conhecido por Banda Reversa Esse bandeamento ocorre devido ao tratamento do material em alta temperatura, o que induz a desnaturação de proteínas e do DNA de constituição AT-rica, mantendo o DNA GC-rico com a configuração original O padrão de bandamento é revelado devido a maior interação do corante às regiões desnaturadas (AT-rica) Pode ocorrer a utilização tanto de corantes fluorocromos (acridina laranja) como de convencional (Giemsa)

Bandamento - NOR As regiões cromossômicas associadas ao nucléolo. Cada organizador nucleolar corresponde a um agrupamento de genes de rRNA repetidos em tandem em um cromossomo. A concentração dos genes de rRNAs em tandem, juntamente com a transcrição intensiva dos mesmos, são responsáveis pela criação da morfologia característica dos nucléolos

Impregnação pelo nitrato de prata - Humano RONs: impregnação pelo nitrato de prata, não é específico ao DNAr, mas às proteínas acídicas (pré-rRNA) Atividade gênica Impregnação pelo nitrato de prata - Humano

RON - Morcego RON - roedor

Banda C de cariótipo humano Bandamento - C Este tipo de Bandamento mexe com a estrutura dos cromossomos, devido a uma série de banhos que são feitos na lâmina. O padrão de bandas evidencia as regiões de heterocromatina constitutiva presente na espécie. Banda C de cariótipo humano

Cariótipos de Astyanax fasciatus submetido ao bandamento C

Eyprepocnemis plorans – gafanhoto (DAPI) Fluorocromos Corantes fluorescentes. Corantes podem marcar regiões específicas; utilizar sondas específicas, etc. Visualizados em comprimentos de onda específicos. Eyprepocnemis plorans – gafanhoto (DAPI)

Rineloricaria latirostris – 12 cm CromomicinaA3 DAPI Rineloricaria latirostris – 12 cm

Sonda Telomérica em humanos