TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii Parasitologia – Farmácia - 2007.

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Transcrição da apresentação:

TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii Parasitologia – Farmácia - 2007

Toxoplasma gondii 1908-Nicolle e Manceaux Ctenodactylus gondii (Tunísia) 1980 Spendore – coelhos de laboratório - Brasil

Toxoplasma gondii 1937-Descrito o primeiro caso de infecção humana Adquirido pela ingestão de carne crua ou mal passada. Mas como explicar a alta prevalência? Somente em 1965 – transmissão através das fezes de gatos 1999 – Demonstrou-se reprodução sexuada de T. gondii ex- clusivamente no epitélio digestivo dos gatos e outros felinos

Posição sistemática Reino : Protista Sub-reino: Protozoa Filo: Apicomplexa Classe Ordem Família Gênero Eucoccidiida Eimeriidae Isospora Cryptosporidiidae Cryptosporidium Sarcocystidae Sarcosystis Sporozoa Toxoplasma Hemosporidiida Plasmodiidae Plasmodium

T. gondii : Filogenia Baseado na 18s rRNA

TOXOPLASMOSE: Generalidades  Zoonose  Cosmopolita (10-75%)  Infecção crônica assintomática  Grande adaptação do parasitaria  Prevalência da infecção humana  Problemas de Saúde Pública: gestante e imunodeprimido  Importância veterinária INFECÇÃO IMPORTÂNCIA

TOXOPLASMOSE  Reprodução intracelular (assexuada) BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA  Reprodução intracelular (assexuada)  Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos)  Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares)  Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor

TOXOPLASMOSE  Reprodução intracelular (assexuada) BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA  Reprodução intracelular (assexuada)  Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos)  Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares)  Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor

Reprodução intracelular

Multiplicação por endodiogenia

TOXOPLASMOSE  Reprodução intracelular (assexuada) BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA  Reprodução intracelular (assexuada)  Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos)  Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares)  Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor

Esporozoítos (Oocistos) 10 – 12 m de diâmetro Forma subesférica ou elipsóide 1- 5 dias para esporulação no solo (esporogonia) Forma infectante do ciclo

Taquizoítos (pseudocistos e formas livres) 4-8 m comprimento 2-4 m largura Forma de divisão rápida Fase aguda da infecção

Bradizoítos (cistos tissulares) 20-200 m de diâmetro Rodeados por envoltórios císticos Forma de divisão lenta Fase crônica da infecção

Fatores associados a interconversão entre taquizoítos e bradizoítos

T. gondii : Ciclo de Vida

TOXOPLASMOSE: Vias de Transmisão  Transmissão Horizontal (ingestão): *Esporozoitos em oocistos esporulados (formas resistentes presentes na água, terra, alimentos mal lavados, etc) *Bradizoítos de cistos tissulares presentes em carnes cruas ou pouco cozidas (suína e ovina)  Transmissão vertical (congênita): *Taquizoítos pasam ao feto em caso de infecção aguda materna

TOXOPLASMOSE  Reprodução intracelular (assexuada) BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA  Reprodução intracelular (assexuada)  Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos)  Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares)  Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor

T. gondii: Ultraestrutura (Complexo Apical)

Toxoplasma gondii - invasão intracelular extracelular reconhecimento adesão membrana célula hospedeira vacúolo parasitóforo penetração

TOXOPLASMOSE: Epidemiologia Distribuição universal Incidência a nível mundial (10-75%) Brasil (50-80%) São Paulo (60-70 % de gestantes soropositivas) Toxoplasmose congênita no Brasil (subclínica) 1 – 4 / 1000 gestações Incidem hábitos alimentares, densidade de gatos de rua, situação sócio-econômica e cultural, etc Aumento com a idade PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO

Incidência mundial

DADOS DE PREVALÊNCIA MUNDIAL

TOXOPLASMOSE: Aspectos Clínicos  Toxoplasmose pós-natal: Forma assintomática ( 80 a 90%) 1% Linfadenopatia febril com linfocitose Toxoplasmose congênita (5-15% aborto/ 8-10% lesões graves): Lesões do sistema nervoso (hidrocefalia ou microcefalia) Lesões da retina (coriorretinite) Reactivação de formas existentes  Formas graves Toxoplasmose cerebral com maior frequência Toxoplasmose pulmonar HOSPEDEIRO IMUNOCOMPETENTE IMUNODEPRIMIDO

Toxoplasmose congênita Lesão no cérebro Lesão na retina

TOXOPLASMOSE: Diagnóstico Deteção microscópica de oocistos Coloração de cortes de tecidos Inoculação em camundongos Cultivo celular PCR Técnicas quantitativas: Teste de Sabin-Feldman IFA ELISA AGLUTINAÇÃO Técnicas qualitativas: Western Blot MÉTODOS DIRETOS IMUNOLÓGICOS

Toxoplasma gondii : Diagnóstico sorológico Imunofluorescência indireta, ELISA, aglutinação, Western blot: IgM - fase aguda (podem persistir por longos períodos) IgG - fase crônica Avidez IgG – alta avidez indica doença crônica (afasta doença nos últimos 3-4 meses) No RN: IgA, IgM, IgG por Western blot

TOXOPLASMOSE : Tratamento pirimetamina e sulfonamidas em forma combinada atuam em forma sinérgica bloqueando, respectivamente as vias do ácido p-aminobenzóico o ciclo do ácido fólico (presente no Toxoplasma e outros protozoários, mas não em vertebrados)

TOXOPLASMOSE: Controle Não comer carne crua ou mal cozida Lavar as mãos após manipular carne crua Lavar com água abundante as frutas e verduras cruas Lavar bem as mãos após contato com gatos ou outros animais Evitar contato com sustâncias que possam estar contaminadas com fezes de gato Não alimentar os gatos com carne crua Acompanhamento sorológico das gestantes MEDIDAS PREVENTIVAS

Bancos de dados

Parasitoses em pacientes imunodeprimidos Causas de imunodepressão: Congênitas Adquiridas: quimioterapia (tratamento de neoplasias) aplasia de medula tratamento imunossupressivo (doenças auto-imunes) AIDS

Coccídeos intestinais: um só hospedeiro (monoxeno) 4 esporozoítos nus 2 esporocistos com 2esporozoítos cada 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada

Cyclospora Recentemente identificado Cyclospora cayetanensis cistos semelhantes aos de Cryptosporidium O oocisto não é esporulado. No meio ambiente a esporulação demora de dias a semanas

Cryptosporidium Inúmeras espécies infectam animais. C. parvum infecta o homem e mamíferos Principalmente intestino delgado Outras localizações: trato respiratório, vias biliares Provavelmente causa muito comum de diarréia “O oocisto é esporulado” Principalmente intestino delgado Outros localizações: trato respiratório, vias biliares

Isospora imaturo maturo Isospora belli : parasita homens e animais outras espécies: aves imaturo maturo

Protozoários e imunodepressão Transmissão: Oral-fecal Pessoa-a-pessoa Água e alimentos contaminados Diagnóstico (principalmente nas fezes) Colorações especiais Imunohistoquímica Métodos moleculares Tratamento: Para muitos destes parasitas não há terapêutica eficaz