Preços variáveis: o modelo AS-AD

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Prepared by: Fernando Quijano and Yvonn Quijano 7 C A P Í T U L O © 2004 by Pearson EducationMacroeconomia, 3ª ediçãoOlivier Blanchard Agregando Todos.
Transcrição da apresentação:

Preços variáveis: o modelo AS-AD

Introdução Economia fechada (ou, pelo menos, X e Q exógenas) Variáveis endógenas (fundamentais) do modelo: Y, P (e i) Instrumentos de política macroeconómica: política monetária: M política orçamental: G, R e t Nota: figuras retiradas de Macroeconomics, Robert Gordon, Addison-Wesley, 10ª edição, 2005

Procura e Oferta Agregada

Procura agregada Conjunto de combinações (Y,P) que asseguram o equilíbrio no MBS e no MM/MT Inclinação negativa: Y e P variam em sentidos opostos para se manter o equilíbrio simultâneo nestes mercados Posição depende dos elementos exógenos relativos à curva IS (G, R, confiança dos investidores, etc.) e à curva LM (M) o aumento (diminuição) de algum destes elementos provoca a deslocação para a direita (esquerda) da curva AD Pontos situados à esquerda (direita) da curva AD traduzem excesso de procura (oferta) de bens e serviços

Oferta agregada de curto prazo Conjunto de combinações (Y,P) que assegura a maximização dos lucros para as empresas, considerando um dado salário nominal (W) evidencia o volume de produto que as empresas estão dispostas a realizar para cada nível de preços Inclinação positiva: para um dado nível de salário nominal, sendo a PMgN decrescente e necessário mais N para aumentar Y, só um maior nível de preços (descida dos salários reais) torna um aumento de produção lucrativo para as empresas

Oferta agregada de curto prazo Posição depende do salário nominal (W) e dos factores que condicionam a PMgN uma diminuição do salário nominal ou um aumento da PMgN (decorrente de maior uso de K ou de progresso tecnológico) deslocam a curva AScp para a direita Pontos à direita (esquerda) da curva indicam uma situação de excesso (“insuficiência”) de produção por parte das empresas as empresas podem elevar os seus lucros, alterando a quantidade de produto oferecido

Salário real de equilíbrio e salário nominal em cada período Uma subida do salário nominal W provoca uma deslocação para a esquerda da curva AScp e, necessariamente, um novo ponto de equilíbrio na economia não provoca alterações em Y (e N) se for acompanhada por igual variação do nível de preços

Salário real de equilíbrio e salário nominal em cada período A variável relevante para entender o comportamento da oferta agregada é, pois, o salário real (w = W/P) o salário real de equilíbrio é determinado no mercado de trabalho, pela interacção entre a oferta e a procura de trabalho para esse nível de salário real, não há pressões para a alteração de w (e de N), o mesmo não ocorrendo para outros pontos (como C, gráfico seguinte) o salário nominal (W) é fixado para um determinado período de tempo, pelo que alterações de P provocam movimentos no salário real, que levarão a renegociação de w no(s) período(s) seguinte(s)

Equilíbrio e Efeitos de Política Macroeconómica

Efeitos de política macroeconómica No curto prazo, os efeitos reais de uma expansão orçamental ou de uma expansão monetária são menos intensos que numa situação de preços fixos: o aumento da produção resultante da elevação de G ou de M só se concretiza a par de um aumento de P o aumento de P faz diminuir M/P e, como tal, aumentar mais i no caso da expansão orçamental (=> “crowding-out” mais acentuado) ou diminuir menos i no caso da expansão monetária (=> menor efeito positivo sobre I)

Efeitos de política macroeconómica No médio prazo, verifica-se um processo de ajustamento progressivo, enquanto Y for diferente de YN: no caso de uma política expansionista, a subida de P provoca uma diminuição do salário real no período seguinte, os trabalhadores exigirão a reposição do poder de compra, levando W a aumentar para produzir as mesmas quantidades, as empresas exigirão preços mais elevados para os bens e serviços (AScp desloca-se para a esquerda) o processo ocorre até que Y= YN ou seja, até que o salário real retome o valor que equilibra o mercado de trabalho

Efeitos de política macroeconómica No longo prazo, AS é vertical não há efeitos reais da expansão orçamental ou monetária, apenas aumento do nível geral de preços as variáveis reais da economia mantêm o seu valor, apenas se alteram as variáveis nominais no caso da política monetária expansionista, a variação relativa de P é igual à variação relativa de M (neutralidade da moeda) só neste caso é que o mercado de trabalho se encontra em equilíbrio, ao nível do salário real de equilíbrio durante o processo de ajustamento, há sobre-emprego ou desemprego

O Processo de Ajustamento: Reequilíbrio Automático ou Falhas?

Ajustamento e falhas de ajustamento O reequilíbrio “automático” escola clássica / neoclássica a existência de flexibilidade de salários e preços garante a rápida absorção de choques na procura agregada a variação do nível de preços como “remédio” para os choques na procura: deflação para choques negativos; inflação para choques positivos intervenção do Estado em termos de política de estabilização desnecessária (ou mesmo indesejável) caso exista desemprego, o problema estará em deficiências ao nível da flexibilidade do mercado de trabalho e não em insuficiência da procura agregada

Ajustamento e falhas de ajustamento A perspectiva “keynesiana” existem situações em que o reequilíbrio não é automático, verificando-se desemprego persistente (ex. “grande depressão”): impotência do ajustamento monetário (curva AD vertical), face à baixa confiança de consumidores e investidores o “efeito Pigou” como contra-argumento rigidez dos salários nominais nestas situações, só a intervenção do Estado, através de estímulos orçamentais suficientes, pode reconduzir Y ao nível do produto potencial

Ajustamento e falhas de ajustamento Outros efeitos “não favoráveis” da deflação “efeito das expectativas” => adiamento de aquisições de bens e serviços no caso de expectativa de continuada descida de P “efeito redistribuição” => aumento do valor real das dívidas provoca redistribuição do rendimento dos devedores para os credores no caso de deflação uniforme e não esperada Estes dois tipos de efeitos podem determinar a não verificação do reequilíbrio automático mesmo verificando-se os efeitos Keynes e Pigou.