UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville Curso: Pós História da Arte II Disciplina: Arte na América Latina Professora: Maria Amélia Bulhões Aluno(a): Ana Claudia Moraes Moreira Artioli Josias de Oliveira Lauze Maria Onofre Abril - 2012
Biografia – Liliana Porter Nasceu (1941) em Bueno Aires – Argentina. Estudou na Escuela Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires) e na Universidad Iberoamericana (México). Vive e trabalha em Nova Iorque desde 1964. Premiada com bolsas da Fundação Guggenheim em 1980, do New York Foundation for das Bolsas Artes (em 1985, 1996, 1999), do Mid Atlantic / NEA Regional Fellowship (em1994) e sete prêmios PSC-CUNY de pesquisa (de 1994 a 2004). Professora no Queens College, City University of New York, 1991-2007. É representada pela Barbara Krakow Gallery (Boston) e Luciana Brito Galeria (São Paulo).
Seu trabalho tem sido mostrado a nível nacional e internacional . Dentre as bienais participou da Bienal de Sharjah (Emirados Árabes) , da Bienal de Curitiba, da VI Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2007), e da Trienal do Chile. Suas obras/objetos estão presentes em várias coleções públicas e privadas, entre elas: Nos EUA: Museu de Arte Moderna de Nova York; The New York Public Library, Whitney Museum of American Art, Museu das Artes do Bronx, Brooklyn Museum, Metropolitan Museum of Art, Museo del Barrio (Nova York), Philadelphia Museum of Art, Smithsonian American Art Museum (Washington), Museum of Fine Arts, Houston Blanton Museum, Austin, TX.
Coleção Tate Modern, Londres, Reino Unido; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha; La Biblioteque Nationale, Paris, França; Daros Colecção Zurique, Suíça. Museo Nacional de Bellas Artes, Argentina; Museo de Arte Moderno, Argentina; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Argentina. Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile; Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela; Museo de Arte Moderno, Bogotá, Colômbia; Museo Tamayo, México, DF;
Poética “todos nós buscamos algo: às vezes diante de uma obra, um poema, ou um livro, que você sinta que vai entender algo, como uma revelação que vai acontecer. E esse é o estado do qual eu gostaria de me aproximar.” NAVAS, apud Liliana Porter (Catálogo exposição 2011, Liliana Porter). “Eu mostro o visível. A cada espectador compete ver o invisível”. NAVAS, apud Ingmar Bergman
Liliana Porter trabalha com diversas manifestações como: a gravura, o desenho, a pintura, a fotografia, o vídeo, a instalação, os objetos, e os projetos de arte pública, etc. Já com experiência gráfica, nos anos 70, seu trabalho tornou-se conceitual e minimalista e consolidou a poética que caracteriza sua obra até hoje. A pequena escala, a síntese, a brevidade são alguns aspectos importantes da sua poética contra a monumentalidade, a totalidade.
Prego (1972) Silkscreen and String Tamanho do papel: 30 x 22 cm
Objetos-signos Os objetos escolhidos pela artista vêm com suas especificidades: temporais, contextuais, ideológicas, imaginárias. Sua obra traz referências bem reconhecidas: ícones da cultura de massa, objetos do nosso cotidiano, simbologias mediáticas, souvenirs da memória. Untitled (Dialogue with four Postcards), 2002 Fotografia Cibacromo 92 x 125 cm
Imagens-questões Um mundo quase microscópio rivaliza e joga com nosso senso de escala. É necessária a proximidade para poder perceber o que acontece nos trabalhos, sobretudo nas micro instalações e pinturas. Trabalho Forçado (Stones - picareta) (2007) Prateleira de madeira branca, pedras de vários tamanhos, estatueta de metal 7 x 43 x 10 (altura variável). Parte da série Trabalho Forçado Detalhe
“As figuras minúsculas acabam por exigir certa intimidade do espectador, que tem de se aproximar para vê-las melhor. Estou interessada na relação entre o tamanho dos personagens e a tarefa que realizam que, muitas vezes acabam por engoli-los”. (GAZIRE, apud Liliana Porter 2011). Forced Labor (holes), 2011 Buracos e boneco em papel Detalhe 33,02 x 25,4 cm
Trabalhos no espaço expositivo
Jogos de linguagem (denotação/conotação) A articulação dos personagens-objetos (e vice-versa) e o local de ação (o vazio como palco) produzem situações específicas, inimagináveis. Tudo é metafórico e metonímico (de sentido inverso). Um amplo território de situações sem praticamente nenhuma história narrada (sem cair no mimetismo).
To Dance, 2011 Bonecos sobre papel - 21 x 16 cm To Dance, 2011 Detalhe
Entre mundos Na tênue fronteira entre a realidade e a ficção, Porter transforma a realidade em espaço virtual, e a ficção em terreno verdadeiro. Apresenta uma instabilidade sob-imagem, uma imagem-iceberg onde o que se esconde e significa fica menos à vista, como estratos, camadas que são ativadas em um jogo especulativo com a imaginação como outra consciência e intuição das coisas, sintonizando com o multiculturalismo. Diálogo com Cristo Lâmpada (2001) Parte da série Diálogos
NAVAS, apud Liliana Porter (Catálogo exposição 2011, Liliana Porter). “A única realidade que existe é nossa relação com as coisas. Ou seja, a relação estabelecida pelo olhar individual. Então, se você não manipula demais as coisas, se você simplesmente as deixa ali, paradinhas, encarando-nos, haverá tantas narrativas e tantos conteúdos, tantas interpretações e tantas realidades quanto forem os olhares que se encontrem com elas [...]” NAVAS, apud Liliana Porter (Catálogo exposição 2011, Liliana Porter). Diálogo com Anjo Gesso (1997) Parte da série Diálogos
The Enemy, 2007 Acrílica e assemblage sobre tela 100 x 86 x 12,7 cm The Enemy, 2007 Detalhe
The Simulacrum, 1991 Pintura com polímetro sintético, serigrafia e colagem sobre papel 100 x 152,4 cm
Instalações – objetos Trabalho Forçado (areia azul) II (2008) Estatueta e areia azul na prateleira 10 ¼ x 43 x ½ x3 ½ Parte da série Trabalho Forçado
Trabalho Forçado (areia azul) II (2008) Detalhe
Vídeo Um dos vídeos mais recentes da artista, produzido em 2009, Matinee fez parte da 6ª edição da Bienal do Vento Sul de Curitiba em 2011. Matinee / Matiné (2009) vídeo digital, 20'45" Cortesia da artista e Galeria Ruth Benzacar
Litografia e som Em duas gravuras da mostra The Enemy e outros olhares oblíquos, a artista agrega sons a visualidade, resultando em outro tipo de experiência estética. A hibridação é sempre uma constante na obra de Porter. Em grande parte de seus trabalhos não cabe definições de “linguagem”.
Elvis, 2011 Litografia e som 74 x 54 cm Oh, 2011 Litografia e som 74 x 54 cm
Fotografia Untitled (Triangle), 1973 Fotografia 8 x 8 cm
Magritte, 2008 Fotografia em duraflex 27,94 x 41,73 cm
Untitled (Wrinkle II), 1968 - 1969 Fotogravura, cortado e enrugado 41.27 x 33.65 cm
Desenho Linha verde (2009) lápis verde e estatueta em papel 12 ¾ x 15 polegadas
Bordados (nós) Knot, 2006 Tecido bordado 54 x 47 cm
Liliana Porter a frente de To Go There 2011 Acrilica e assemblage sobre papel 107 x183cm
Referência Catálogo da exposição: Lialiana Porter. The Enemy e outros olhares oblíquos. Setembro à outubro de 2011. Luciana Brito Galeria. São Paulo. GAZIRE, Nina. Sob a lupa de Liliana Porter. <http://www.istoe.com.br/reportagens/164143_SOB+A+LUPA+DE+LILIANA+PORTER>. A=Acesso em 27 de março de 2012 às 18:17. http://arteseanp.blogspot.com.br/2011/09/liliana-porter.html. Acesso em 27 de março de 2012 às 18: 25. http://www.canalcontemporaneo.art.br/blog/archives/004294.html. Acesso em 27 de março de 2012 às 18:40. <http://universes-in-universe.org/eng/bien/sharjah_biennial/2009/tour/museum/liliana_porter/liliana_porter_3>. Acesso em 07 de abril de 2012 às 17:27. <http://www.cesargiobbi.com/?page=materias&id=9161&pos=12#pics>. Acesso em 08 de abril de 2012 às 18:30. http://www.revistabrasileiros.com.br/2011/09/15/as-afinidades-eletivas-de-liliana-porter/. Acesso em 27 de março de 2012 às 19: 05
<http://lilianaporter. com/individual. php <http://lilianaporter.com/individual.php?sectionId=5§ion=installations&pieceId=403&title=Forced Labor (blue sand) II¤tImage=Forced_Labor_(Blue_Sand)_II_2008.jpg&pageNo=1&orderBy=date>. Acesso em 08 de abril de 2012 às 18:42. http://lilianaporter.com/. Acessos 06, 07, 08/04/2012.