COMO CIRURGIÃO EM TREINAMENTO O QUE VOCÊ ESPERA DA SBCCV?

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Transcrição da apresentação:

COMO CIRURGIÃO EM TREINAMENTO O QUE VOCÊ ESPERA DA SBCCV? Simpósio dos Médicos Residentes: COMO CIRURGIÃO EM TREINAMENTO O QUE VOCÊ ESPERA DA SBCCV? Dr. Anderson Dietrich, R4 InCor-FMUSP

Residência Em Números Vagas Cirurgia Geral Brasil: 2.291 Vagas de CCV MEC Brasil: 288 Vagas de CCV CT SBCCV: 220 Total de vagas de CCV Brasil: 508 ou 22% das vagas de cirurgia geral do Brasil Vagas de CCV MEC no Estado de SP: 90 Fonte: Ministério da Educação

Residência Em Números Taxa de ocupação dos Programas de CCV credenciados pelo MEC: 24% Taxa de Ocupação dos Centros de Treinamento da SBCCV: 30% Fonte: Relatório Nacional da ABRECCV 2008

Residência Em Números Vagas de RM Cirurgia Torácica: 92 Vagas de RM Cirurgia Vascular: 289 Vagas de RM Cirurgia Aparelho Digestivo: 170 Vagas de RM Cirurgia Pediátrica: 177 Vagas de RM Coloproctologia: 144 ** Todas com taxa de ocupação de vagas próximas a 100% Fonte: Ministério da Educação

Conclusões Existe uma evidente concentração de oferta de vagas de CCV no estado de SP, com 30% das vagas oferecidas no Brasil Existe um número de vagas oferecidas para treinamento em CCV evidentemente superestimada, totalizando 508, ou ¼ das vagas de cirurgia geral oferecidas no Brasil. Seria necessário que de cada quatro cirurgiões formados um optasse por CCV Com taxas de ocupação de 24-30% os programas de treinamento em CCV no Brasil devem estar apresentando sérios problemas Fonte: Relatório Nacional da ABRECCV 2008

Conclusões A maior taxa de ocupação nos CT SBCCV (30%) em relação aos programas credenciados pelo Ministério da Educação (24%) deve estar relacionado a presença do pré-requisito em cirurgia geral exigido pelos programas do MEC A taxa de ocupação vem reduzindo progressivamente, se formos considerar somente o ano de 2007; as taxas de ocupação são inferiores a 20% em ambas modalidades MEC ou CT SBCCV Somente 2 serviços credenciados pelo MEC e apenas 1 CT, tem todas as vagas oferecidas preenchidas por residentes/estagiários Fonte: Relatório Nacional da ABRECCV 2008

Sugestões Para SBCCV Segundo dados de nosso relatório, existem 23 programas do MEC que estão sem residentes a mais de quatro anos consecutivos, com 104 vagas não preenchidas; e 11 Centros de Treinamento da SBCCV com 52 vagas em aberto. Total de 156 vagas e 34 serviços, considerados inativos A carga horária teórica deve ser obrigatória e de responsabilidade de fiscalização por parte da SBCCV Fonte: Relatório Nacional da ABRECCV 2008

Sugestões Para SBCCV A formação prática do residente ou estagiário em CCV poderia ser pré-determinada em módulos, como o formato sugerido pela cirurgia geral. Determinando objetivos específicos para o primeiro, segundo, terceiro e quarto ano de treinamento. Permitindo assim, atingir um número de cirurgias condizente com uma formação mínima. A SBCCV funcionando como órgão fiscalizador, através de relatórios anuais emitidos pelos serviços de treinamento com a participação direta dos residentes

Sugestões Para SBCCV COMISSÃO ESPECIAL PERMANENTE DE TREINAMENTO EM CIRURGIA GERAL TREINAMENTO CIRÚRGICO DO COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES (CBC) NORMAS GERAIS 1- O Treinamento Cirúrgico, de acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), tem como finalidade a formação de cirurgiões nos Serviços, Hospitais ou Instituições credenciados pela Comissão Especial Permanente de Treinamento em Cirurgia (CEPTCG). 9- O Treinando em Cirurgia deverá realizar, anualmente, um número mínimo de operações de médio e grande portes, assim distribuídas: Treinamento em Cirurgia Geral No 1º ano: auxílio de 36 e cirurgião de 24 operações No 2º ano: auxílio de 24 e cirurgião de 36 operações Treinamento em Cirurgia Geral – Programa Avançado No 1º ano: auxílio de 12 e cirurgião de 48 operações No 2º ano: cirurgião de 60 operações, sendo pelo menos 2 dessas, consideradas de alta complexidade correspondentes ao porte 11 ou maior da CBHPM, 4 de porte 10 e 10 de porte 9.

Sugestões Para SBCCV COMISSÃO ESPECIAL PERMANENTE DE TREINAMENTO EM CIRURGIA GERAL TREINAMENTO CIRÚRGICO DO COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES (CBC) NORMAS GERAIS 9 - Ao término do estágio de Treinamento em Cirurgia Geral ou Cirurgia Geral – Programa Avançado, o coordenador do programa deverá encaminhar uma lista relacionando as cirurgias realizadas pelo treinando durante o segundo ano de treinamento. Será através de documento da Instituição ou Hospital, juntamente com o certificado de conclusão devidamente reenchido.As cirurgias de alta complexidade de porte 10 e 11 da CBHPM supra-relacionadas poderão ter sido realizadas no primeiro ano de treinamento, no Programa Avançado. Somente será conferido o aval ao Certificado de Conclusão do Treinamento em Cirurgia (Geral ou Avançada) ao treinando que houver cumprido esta etapa cirúrgica especificada para o segundo ano de treinamento.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA Sugestões Para SBCCV MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA RESOLUÇÃO CNRM/SESU Nº 11, DE 10 DE AGOSTO DE 2005 Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 11 ago. 2005. Seção 1, O Presidente da Comissão Nacional de Residência Médica, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto 80.281, de 05 de setembro de 1977, e a Lei 6.932, de 07 de julho de 1981, e considerando o disposto na Resolução CNRM Nº 10, de 10 de agosto de 2005, resolve: Art. 1º. O Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral, com duração de 02 anos, terá os seguintes conteúdos: estabelecendo objetivamente quais cirurgias são de competência do R1/R2, de maneira muito clara e contemplando as mais variadas cirurgias, inclusive de alta complexidade Documento em anexo

American Board of Thoracic Surgery The operative experience requirements of the American Board of Thoracic Surgery has two parts.  One is concerned with the intensity or volume of cases and the other the districution of cases (index cases). Residents who start their training on or after July 1, 2007, can choose either the Cardiothoracic Pathway or the General Thoracic Pathway. Residents must meet the operative numbers entirely from one pathway.

Requirements Congenital Heart Disease Adult Cardiac Cardiothoracic   Requirements General Thoracic Pathway 20 Congenital Heart Disease 10* 10 Primary *All cases can be as First Assistant First Assistant   150 Adult Cardiac 75 50 Acquired Valvular Heart 80 Myocardial Revascularization 40 15 Re-Operations 5   5 Aorta   0 Other

Surgery 130 188 Congenital Heart 53 Full Credit 10 12 First Assistant INDEX CASES Lungs, Pleura, Chest Wall 50 116 Pneumonectomy, lobectomy, segmentectomy 30 48 Other 20 68 Esophagus, Mediastinum, Diaphragm 15 44 Esophageal Operations 4 13 Resections 9 Other Esophageal A total of 8 esophageal operations are required. Of that number, 4 must be esophageal resections. Surgery ABTS REQUIREMENTS AVERAGE BY 2004-2005 RESIDENTS Congenital Heart 53 Full Credit 10 12 First Assistant  41 Exposure to 30 congenital heart cases with a minimum of 10 cases for Full Credit Adult Cardiac 100 135 Acquired Valvular Heart 28 Myocardial Revascularization 60 69 Re-Operations 5 8 Other Cardiac Cases Bronchoscopy and Esophagoscopy 75 Must include at least 10 Esophagoscopy  15 Bronchoscopy    60 Video Assisted Thoracic Surgery (VATS) 18 130 188

Perguntas Para SBCCV Por que os residentes de outras especialidades cirúrgicas concluem seus programas de treinamento e saem aptos a praticar sua especialidade no mercado de trabalho com boas condições? Seria a CCV uma especialidade cirúrgica com necessidades especiais de treinamento? É possível ficar 4 anos em treinamento e não conseguir exercer a especialidade? Seria esta especialidade tão complexa? Por que temos a formação mais longa da medicina (total de 6 anos) e mesmo assim não saímos preparados para o mercado de trabalho?

Perguntas Para SBCCV Por que uma especialidade tão maravilhosa como a CCV não atrai mais os jovens médicos da atualidade, sendo a sub-especialidade cirúrgica menos procurada nos concursos? Por que temos uma taxa de desistência tão elevada de nossos residentes?

Perguntas Para SBCCV Talvez a residência necessite de outra nomenclatura, como por exemplo: Residência de Auxílio em CCV, talvez fosse mais adequada A principal mudança que deve ocorrer é de comportamento por parte das lideranças de nossa especialidade. O cirurgião em treinamento deve ser visto como um “fim” e não como um “meio”. Deve realmente haver uma mudança de paradigma para que a especialidade continue existindo.

OBRIGADO

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