EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I

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Transcrição da apresentação:

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I Geração Distribuída Profª. Drª Maria de Fátima Ribeiro Raia – DAELT – 2012 – 1ºsem

TAMANHO E CUSTO DAS CENTRAIS DE ENERGIA (1930-1990) Fonte: Coelho, Suani et al., 2004 (modificado de INEE, 2003)

De acordo com Poliquezi no site: www.poliquezi.blogspot.com.br o Brasil apresenta características particulares, na geração de energia elétrica, que o difere da maioria dos outros países; tanto pela sua geração, essencialmente hídrica, como pela forma que ela é disponibilizada em quase todo o país, através do Sistema Interligado Nacional – SIN, que abrange em torno de 98% da carga instalada; e com o crescimento do país, o que leva a um aumento no consumo de energia, devido a vários fatores que estão ligados à melhoria de indicadores sócio econômicos e ao aumento dos níveis de industrialização e produção; este aumento de forma não linear, se comparado ao histórico do consumo de energia, vêm trazendo consequências ao planejamento energético de longo prazo, segundo a Empresa de Pesquisa Energética – EPE;

deste modo é inevitável a escassez dos recursos hídricos; torna-se, então, necessário a geração utilizando combustíveis fósseis para garantir a geração de energia na base; mas o Brasil apresenta um grande potencial de geração de energia através de outras fontes de energias renováveis, como a energia solar, a energia eólica, a biomassa (resíduos de madeira, bagaço de cana e também resíduos urbanos em menor proporção); e, busca da sustentabilidade, da eficiência energética e de um menor impacto ambiental, o Brasil com sua característica de geração centralizada, volta novamente, como no início do século passado a ter interesse na geração descentralizada, a GERAÇÃO DISTRIBUÍDA como é chamada.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA (GD) A primeira referência à GD foi em 2004 através da Lei 10.848. É a geração de energia que se dá no próprio lugar de consumo ou muito próximo dele e independe de: redes de transmissão, de distribuição; tipo de combustível; porte (tamanho) da unidade geradora; tecnologia utilizada, etc. GD está intimamente ligada ao conceito de Eficiência e Otimização Energética

turbina com gases de alto forno; Exemplos de unidades de GD: plantas de cogeração; geração na ponta; unidade de aquecimento solar de água; unidade de produção de água gelada (chillers de absorção ou termoacumulação); turbina com gases de alto forno; geradores de emergência, PCHs; painéis fotovoltáicos, centrais eólicas, etc.

Fonte: Itaipú Binacional, 2010

aerogeradores Skystream na fábrica da grupo motor gerador parque eólico residencial alemão em Dardesheim Foto: Barbara Sax/AFP. aerogeradores Skystream na fábrica da Mormaii em Garopaba, SC

Volkswagen conquista Créditos de Carbono, aprovados pela ONU, para a PCH Anhanguera, sua 1ª central hidrelétrica – 22,68 MW - 03/2012 localizado no rio Sapucaí, afluente do rio Grande, entre os municípios de São Joaquim da Barra e Guará, a nordeste do Estado de São Paulo.

a Certificação atesta que a usina contribui para reduzir emissão de gases causadores do efeito estufa; os Créditos concedidos pela ONU somam 162.848 toneladas de CO2e (gás carbônico equivalente) para o período de 10 anos, sendo que seu valor de mercado varia conforme a oferta e a procura; os Créditos de Carbono da PCH Anhanguera poderão ser utilizados pela Volkswagen do Brasil para neutralizar voluntariamente suas emissões ou por outras unidades do Grupo Volkswagen, obedecendo a legislação local. os Certificado de Emissões Reduzidas também pode ser vendidos no mercado, para empresas que queiram utilizar os créditos para neutralizar suas emissões de CO2.

A Geração Distribuída é: um modelo estratégico para o país, pois garante a confiabilidade do sistema nacional; praticamente elimina os custos de transmissão e distribuição, viabiliza e estabelece uma nova dimensão de geração energética, de forma a complementar o modelo de grande escala.

Geração Distribuída não implica em propriedade a central geradora perto ou junto ao consumidor pode ou não ser de sua propriedade; o seu gerenciamento e a sua operação podem correr ao encargo dele próprio ou de terceiros; como é o caso da Energy Works que gerencia uma unidade de Cogeração na Indústria Corn em Balsa Nova, PR; a Energy Works faz, então, Geração Distribuída.

Erros na conceituação de GD: confundir GD com renováveis, GD é geração, renováveis é fonte; dizer que GD só independe da transmissão. GD independe da transmissão e da distribuição; dizer que GD só engloba unidades de x MW; achar que sistemas isolados podem ser classificados como GD, etc.

Sistemas isolados incluem a geração, LT (nem sempre) e LD, pois atendem a vários consumidores.

Benefícios para o Sistema Elétrico fornece capacidade ao sistema elétrico em vez de aumentar sua infra estrutura (na ponta ou não); redução das perdas do sistema elétrico (T&D); alívio no congestionamento dos sistemas de T; melhora de qualidade da energia, evitando picos e quedas de tensão ou seja sistema mais estável; adiamento do crescimento do sistema;

regulação de tensão, nos horários de pico, as fontes extras ajudarão a manter a tensão; mais fácil o controle da harmônicos. Desvantagem para o Sistema Elétrico pode haver desbalanceamento de carga (grande nº de geradores monofásicos no mesmo sistema de distribuição.); despacho; planejamento do sistema de G,T&D; isolação do sistema para manutenção; a GD traz desafios ao setor elétrico relacionados à segurança energética, despacho e regulamentação.

Custos para o executante da GD: interconexão; custo da energia de backup (reserva) ou backflow (suplementar); todos os equipamentos necessários. Benefícios para o investidor em Geração Distribuída qualidade de energia (muitos empresas não toleram variações de frequência e/ou tensão); confiabilidade (muitos empresas não toleram interrupções no seu funcionamento)

A Geração Distribuída propõe um novo olhar sobre o modelo do sistema elétrico, que apresenta várias vantagens em relação ao modo de gerar convencional atendimento mais rápido ao crescimento da carga; economia de custos com transmissão e distribuição; confiabilidade do suprimento de energia; tranformação de “clientes finais de consumo” em “geradores de oferta”; dispersão ao longo do sistema de distribuição; aproveitamento de recursos renováveis locais; menor impacto ambiental, redução de emissões de gases de efeito estufa ; aumento da efic. energética, redução custos com EE e ET, venda exc.