MODERNISMO BRASILEIRO

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Transcrição da apresentação:

MODERNISMO BRASILEIRO VANGUARDAS, SEMANA DE 22, MANIFESTOS.

A VANGUARDA EUROPÉIA: Passou a definir artistas e intelectuais que, não satisfeitos com o que então se produzia, buscaram novas formas de expressão artística, tanto na linguagem como na composição. 

Músicos, de Pablo Picasso.

Noite estrelada, de Van Gogh.

Jeanne, de Amadeo Modigliani

A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo, no ano de 1922, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Cada dia da semana foi dedicado a um tema, unindo pintura e escultura, poesia, literatura e música.

Estudo de Victor Brecheret

A tocadora de guitarra, de Victor Brecheret, 1929

A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem, contudo, perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar. Polêmica e ruidosa, a semana acabou por redefinir a história da literatura nacional.

Os artistas desejavam libertar o país das amarras dogmáticas do velho mundo. Boa parte da imprensa, entretanto, não aceitou as novas propostas estéticas. A cobertura jornalística das atividades promovidas durante a Semana pautou-se, em São Paulo, de um lado, pelo entusiasmo dos seus idealizadores (…), de outro, pela condenação absoluta daquele ‘delírio coletivo’ (…), em artigos assinados às vezes com pseudônimos difíceis de identificar, outras vezes anônimos, como aconteceu com a série de textos demolidores publicados na Folha da Noite, quase sempre na primeira página.

Em carta aberta ao Sr. Oscar Guanabarino, denominada Terremoto Estético, e publicada no Correio Paulistano, em 23 de fevereiro de 1922, Menotti del Picchia vociferou Somos todos contra os faquirizados, os lerdos, os repetidores, os plagiários inconscientes, os inertes, os inatuais, os passadistas. A arte é fruto da ambiência social e é sempre a expressão do momento humano que vive. Essa literatura de múmias, essa estética de decalques, essa tessitura de artificialismos anacrônicos varremo-la, mesmo entre as vaias dos eunucos literários, a gritos escarlates de indignação e de batalha.(…)

E a revolução literária, vitoriosamente iniciada na Semana de Arte Moderna, foi o princípio sistematizado da Reforma. A tua reação, Guanabarino, foi uma prova da afirmação corajosa que ela representou. A reforma existia, obscura, instintiva, na consciência de todos os novos. A batalha do Municipal não a criou, não fez mais que a denunciar. Fonte: PICCHIA, Menotti del. Terremoto Estético. In: 22 por 22. A semana de Arte Moderna Vista pelos seus contemporêneos.São Paulo:EDUSP, 2008. p.115/117

Os modernistas acabaram por criar a própria mídia. Edição 1 da Revista Klaxon Edição 2 da Revista Klaxon

Manuel Bandeira e Raul Bopp contribuíram com textos e ensaios.

Guerra e Paz, de Portinari.

Indigentes, Lasar Segall

Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que nunca vi. Oswald de Andrade.

Antropofagia, de Tarsila do Amaral.

Trechos do Manifesto Antropófago, de 1928. Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.

Uma consciência participante, uma rítmica religiosa. Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. (...) Queremos a Revolução Caraiba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem.

A alegria é a prova dos nove. Contra Anchieta cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema, – o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo. A nossa independência ainda não foi proclamada.

Favela, de Portinari.

Os retirantes, de Portinari.

mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Carlos Drummond de Andrade

Estou farto do lirismo comedido/Do lirismo bem comportado/Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente/protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor./Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário/o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas. Manuel Bandeira

Abancado à escrivaninha em São Paulo/Na minha casa da rua Lopes Chaves/De supetão senti um friúme por dentro./Fiquei trêmulo, muito comovido/Com o livro palerma olhando pra mim.//Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!/muito longe de mim/Na escuridão ativa da noite que caiu/Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,/

Esse homem é brasileiro que nem eu. Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,/Faz pouco se deitou, está dormindo.// Esse homem é brasileiro que nem eu. Mário de Andrade.

Índias no Xingu.

Curumim, no Xingu.

Xingu.

Características das primeiras gerações: Liberdade formal; Coloquialismo; Descoberta do sertão brasileiro; Pesquisa dos cancioneiros, das lendas e mitos; Valorização da fala popular; Paródia do nacionalismo ufanista; Paródia da carta de Pero Vaz de Caminha;

Descoberta da Amazônia e suas riquezas (Cobra Norato, de Raul Bopp); Crítica à aristocracia paulista (Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade); Valorização do anti-herói (Macunaíma, de Mário de Andrade); Liberdade de expressão.