Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Maria Helena M. Rocha Lima.

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Transcrição da apresentação:

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Maria Helena M. Rocha Lima Nilo da Silva Teixeira

Introdução Quais os fatores que deverão impulsionar a produção de biocombustíveis no Brasil nos próximos anos? Existência de amplas áreas disponíveis para a produção agrícola; Crescimento da demanda mundial pelas fontes de energia renováveis; Adoção de legislação que estabelecerá percentuais mínimos de aditivos limpos nos combustíveis fósseis, por diversos países; O país será relevante exportador de energias alternativas, mas para assegurar bom desempenho, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico não podem perder força. Fonte: Valor Economico, 2007. Nota:Respostas de 122 especialistas em pesquisa feita pela FIA/USP. Pesquisa Delphi “O Futuro da Energia”.

Informações Técnicas Produto: Etanol Produto: Biodiesel Quadro 1: Informações Técnicas da Cultura da Cana Ciclo 5 anos Número médio de cortes 5 cortes Produtividade da cana 85 ton/ha (120-65) Rendimento de açúcar 138 kg/ton Rendimento de álcool 82 l/ton Fonte: Mapa, 2009. Produto: Etanol Matéria – prima: cana de açúcar Quadro 2: Informações Técnicas das Culturas do Biodiesel Oleaginosas Teor médio de óleo (%) Produtividade (kg/ha) Produção de óleo/ha Ciclo (meses) Tecnologia Soja 19 2.669 507 4 Alta Algodão 18 3.026 544 5 Mamona 45 740 333 4-9 Média Girassol 1.473 662 Amendoim 2.329 1.048 Dendê 20 13.328 2.665 20 anos baixa Fonte: IBP, 2007. Produto: Biodiesel Matéria - prima: soja

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel Políticas Públicas Etanol Biodiesel Do Proálcool aos carros flex (1975 a 2003) Proálcool : tinha o objetivo de amenizar o problema energético nacional, após o primeiro choque de petróleo, reduzindo a importação do combustível fóssil. Surgimento dos carros flex (2003): recuperação do mercado do etanol com preço do etanol competitivo em relação ao preço da gasolina. Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB - 2004) Lei 11.097 Objetivo de promover o biodiesel como alternativa energética sustentável , sob aspectos técnicos, econômicos e ambientais, promovendo a inclusão social, preços competitivos e o estímulo a produção regional de oleoginosas.

Processos de Produção Cana de Açúcar Soja O processamento é feito a partir da colheita do caule que é esmagado e depois concentrado por fervura, resultando no mel ou melaço. A cristalização do mel produz o açúcar e a fermentação gera tanto as bebidas alcólicas quanto o etanol. Fibras ou bagaço da cana podem ser usados para a produção de energia elétrica – co-geração ou para produzir mais etanol – segunda geração da tecnologia. O processo de beneficiamento da soja com o esmagamento do grão, no qual se separa o óleo bruto (20% grão) do farelo de soja (80%). O óleo bruto passa por um processo de refino até assumir propriedades ideais ao consumo como óleo comestível.

Produção e Produtividade Tabela 1: Evolução da Área de Produção e Produtividade da Cana no Brasil Ano Área (milhões de hectares) Produção Produtividade Plantada Colhida (milhões de ton.) (ton/ha) 1990 4,29 4,27 262,6 61,49 1995 4,62 4,57 303,6 66,49 2000 4,82 325,3 67,51 2005 5,62 5,76 419,6 72,83 2006 7,04 6,19 457,9 74,05 2007 7,89 6,69 515,8 77,05 2008 8,92 8,14 648,8 77,52 Fonte: Pesquisa Agrícola Municipal, 1990, 1995, 2000, 2005, 2006, 2007 e 2008. Tabela 2: Evolução da Produção, área plantada e produtividade da soja no Brasil Ano Área (milhões de hectares) Produção Produtividade Plantada Colhida (milhões de ton.) (ton/ha) 1990 11,6 11,5 19,9 1,73 1995 11,7 25,7 2,20 2000 13,7 32,3 2,40 2005 23,4 23,0 51,1 2,23 2006 22,1 22,0 52,5 2,38 2007 20,6 57,9 2,81 2008 21,1 59,2 Fonte: Pesquisa Agrícola Municipal, 1990, 1995, 2000, 2005, 2006, 2007 e 2008.

Incorporação de Novas Áreas Cana de Açúcar Soja Fonte: elaboração própria com dados da Produção Agrícola Municipal, 1990, 2000 e 2007 disponível no site: www.sidra.ibge.gov.br

Custo de Produção Soja Cana de Açúcar Ênfase na procura de eficiência na etapa de produção agrícola: 61% dos custos totais do setor sucroalcooleiro. Os custos de produção por hectare de lavoura de cana (fase de plantio), considerando o estado de São Paulo no ano de 2008: máquinas e equipamentos (28%), mão de obra (12%) e fertilizantes (21%). (Agrianual, 2009) Impacto do aumento dos custos de fertilizantes (2007). Relação de troca (quantidade de cana por tonelada de adubo): em 2007 = 19,8 toneladas de cana, em 2008= 36,3 toneladas Custos de produção tem aumentado como resultado de altas nos preços de fertilizantes, infra-estrutura e valorização cambial. Os custos de produção por hectare varia nos diversos estados produtores: custo de fertilizantes (micronutrientes) gira em torno de 25% nos estados de São Paulo e Paraná e pode chegar a 41% na Bahia e Maranhão. Os custos de operação (máquina e mão de obra) variam de 19% no Maranhão a 30% no Rio Grande do Sul. (Agrianual, 2009).

Custo de Produção Tabela 3: Custo de Produção da Cana de Açúcar (São Paulo) - 2008 Itens Descrição Lavoura (R$/ha) 1º Corte (R$/ha) 2º Corte (R$/ha) 3º Corte (R$/ha) 4º Corte (R$/ha) 5º Corte (R$/ha) Operações Máquina/ Hora 1.280 1.927 1.600 1.507 1.331 1.213 Operações Manuais Homem/Dia 545 62 55 45 Administração - 412 517 495 487 477 470 Insumos Fertilizante cana-planta 954 Fertilizante soqueira 755 Calcário ou gesso 83 Outros 1.263 163 Total 4.536 4.654 4.052 3.927 3.541 3.322 Nota: "Outros" corresponde a: (1) dessecante pré-plantio, (2) herbicidas, (3) inseticida, (4) nematicida, (5) maturador e (6) mudas. Fonte: AGRIANUAL, 2009.

Custo de Produção Tabela 4: Custo de Produção da Soja em 2008 (Principais Estados) Descrição (R$/ha) RS MS GO PR MT - Sorriso BA MG MA SP Operações Hora/Máquina Dia/Homem 397,22 378,01 348,39 376,39 331,39 329,55 371,4 304,07 324,44 Pós-Colheita Transporte e Armazenagem 70,41 105,11 95,13 106,25 106,4 110,96 89,14 120,99 73,71 Administração Gastos Operacionais 103,66 104,14 103,93 108,92 97,22 103,54 105,54 104,54 110,45 Insumos Calcário Dolomítico 13,75 12,5 30,8 9 33,6 28 42 25 Micro- nutrientes 377,5 325,2 536,4* 349,2 501,44 640 561,6 634 405 Outros 374,31 394,88 335,99 440,52 297,64 348,01 358,29 347,46 677,91 Total - 1.336,84 1.319,84 1.450,64 1.390,28 1.364,89 1.565,65 1.513,97 1.553,06 1.616,51 Nota: * corresponde a 02-20-15 + micronutrientes. Os demais micronutrientes correspondem a 02-20-20. Fonte: AGRIANUAL, 2009.

Perspectivas de Produção e Mercados Cana de Açúcar Mercados para a cana de açúcar: Mercado do etanol: cenário internacional negativo (preço do petróleo, barreiras tarifárias) Mercado do açúcar: commodity com alta volatilidade. Mercado internacional em alta Mercado de energia elétrica: co-geração.

Mercados da Cana de Açúcar Etanol Açúcar Não tem grande inserção no mercado externo, ainda não é uma commodity e sua principal questão é a relação entre o seu preço e o do petróleo. Os requisitos básicos, as normas para comercialização (padrões mínimos de qualidade do produto) ainda não estão disponíveis. Oferta: o país possui 420 usinas de açúcar e álcool. Demanda interna aquecida pelos carros flex . Tem grande inserção no mercado internacional. Aumento do preço (quebra de safra) externo pode gerar deslocamento da oferta interna para o mercado externo. Trata-se de uma commodity. Oferta: tem permanecido quase constante , no entanto na safra atual, dado ao mercado internacional está havendo deslocamento da oferta do álcool para o açúcar. Demanda internacional aquecida tendo em vista déficit na produção mundial.

Mercados da Cana de Açúcar (Exportação) Tabela 5: Exportação Brasileira de Cana de Açúcar Ano Cana de Açúcar (Toneladas) Açúcar Bruto Açúcar Refinado Álcool Etílico 2004 9.565.748 6.198.177 1.926.634 2005 11.578.984 6.568.040 2.080.494 2006 12.806.930 6.063.204 2.733.244 2007 12.443.221 6.915.678 2.824.116 2008* 6.440.441 3.184.479 2.054.856 Fonte: Agrianual, 2009. Nota: * até julho de 2008

Mercados da Cana de Açúcar Co-geração de energia elétrica Importante fonte alternativa de energia elétrica. O potencial de geração de energia (bagaço equivale a 30% da cana moída) é estimado em 4.000 MW com tecnologias disponíveis. Segunda fonte de energia (16%) na matriz energética. Dificultam a implantação em todas as usinas: a exigência de investimentos necessários para a comercialização, a garantia de venda da energia pelas usinas a um preço apropriado e o preço que depende das distribuidoras

Mercados da Soja Tabela 6: Produção e Consumo de Soja Safra Soja (Toneladas) Produção Consumo interno Soja Farelo de Soja Óleo de Soja 2003/04 49.988.900 22.673.000 5.510.400 31.090.000 8.500.000 3.010.000 2004/05 52.304.600 23.127.000 5.692.800 32.025.000 9.100.000 3.050.000 2005/06 55.027.100 21.918.000 5.479.500 30.383.000 9.780.000 3.150.000 2006/07 58.391.800 23.947.000 5.909.000 33.550.000 11.050.000 3.550.000 2007/08* 60.051.600 24.948.000 6.156.000 35.050.000 11.800.000 4.100.000 Fonte: Agrianual, 2009. Nota: * até julho de 2008 para cana de açúcar e setembro de 2008 para soja Tabela 6: Produção e Consumo de Soja Safra Soja (Toneladas) Soja Farelo de Soja Óleo de Soja 2003/04 19.247.700 14.485.600 2.517.200 2004/05 22.435.100 14.421.700 2.697.100 2005/06 24.957.900 12.332.400 2.419.400 2006/07 23.733.800 12.498.100 2.342.500 2007/08* 25.750.000 13.200.000 2.120.000 Fonte: Agrianual, 2009. Nota: * até setembro de 2008 Tabela 7: Exportação Brasileira de Soja

Concluindo Tornar o biodiesel competitivo em relação ao diesel mineral requer, em primeiro lugar, investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Pode-se afirmar que o mesmo potencial da produção do etanol se vislumbra para a produção do biodiesel.