O JOVEM ESPÍRITA NO MUNDO ATUAL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Os ideais éticos.
Advertisements

O JOVEM ESPÍRITA NO MUNDO ATUAL
Ninguém Chega Ao Pai Senão Por Mim
Federação Espírita Brasileira PROGRAMA FUNDAMENTAL
O QUE É ÉTICA?.
A Sociedade da Informação versus a Sociedade do Conhecimento
Programa III Roteiro 08.
Federação Espírita Brasileira Módulo XVII: A Perfeição Moral
Identidade dos Indivíduos nas Organizações
MORAL E ÉTICA MORAL: mos-mores
MASSIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Espiritismo e Ecologia
ENTENDENDO O FENÔMENO RELIGIOSO
FILOSOFIA O que faz um filósofo?
Identidade sacerdotal e santificação do ministério I
ESCUTISMO É educação ...um tempo de treino, de recolha de ferramentas para ajudar a viver e a transformar o mundo.
LIGAR O SOM E DEIXAR CAMINHAR SOZINHO...
A necessidade de nascer de novo
Revisão para Avaliação I
O PODER DO PENSAMENTO Jael Klein Coaracy.
REALIDADE DOS JOVENS NA A. L..
Ciclo II A e B Lei de justiça Amor e caridade
GESTÃO DO CONHECIMENTO
O homem no mundo Um Espírito Protetor Sede Perfeitos Capítulo XVII
Ninguém é perfeito Cada ser humano tem suas peculiaridades. Isso é muito fácil de perceber, mas certamente difícil de aceitar. Cada um tem sua história,
SER ESPÍRITA..
A escola sustentável: apresentação da proposta aos professores da escola Zavaglia (09/02/2012)
SISTEMA HUMANISTA Abraham Maslow Carl Rogers –1987.
ÉMILE DURKHEIM ( ): TEORIA DOS FATOS SOCIAIS
JEAN JACQUES ROUSSEAU (1712 – 1778)
A Terra espera pela sua semente…
OS DEZ MANDAMENTOS, CAMINHO DE AMOR E LIBERDADE
As 4 Crises Como Conservar o Que Foi Ganho Texto: Heriberto Peter
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
Federação Espírita Brasileira Módulo X: Lei de liberdade
Educação Sexual na Adolescência
Você está pronto para entrar num universo de extremo poder?
CRÍTERIO ÉTICO E POSTURAS MORAIS
O adolescente cristão e a sexualidade
LIGAR O SOM E DEIXAR CAMINHAR SOZINHO... Um instante de silêncio para pedir a graça do Espírito Santo...
13 de Março Dia Mundial do Rotaract.
Perfeição Moral Terceiro Livro capítulo XII itens 893 a 919a
Que mundo queremos – e como chegar lá? Repórter Brasil Reflexões adaptadas do livro Educar para um outro mundo possível, de Moacir Gadotti.
SER ESPÍRITA..
Federação Espírita Brasileira Módulo X: Lei de liberdade
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM
Assessoria Ministério da Identidade e -- antonio frutuoso -- Casa da Juventude do Paraná.
FATOR RELIGIOSO Estágio Um: DEUS O PROTETOR, Deus é um protetor para aqueles que se sentem em perigo. Estágio Dois: DEUS O TODO PODEROSO, Deus é onipotente.
O REINO DOS CÉUS pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
AS ESTRATÉGIAS DE ABORDAGENS AOS DIFERENTES TIPOS DE CONSUMIDORES
Caracteres do Homem de Bem
OS CONFLITOS NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Cap. 6 – Trabalhadores, uni-vos!
Professor Douglas Pereira da Silva
VALQUÍRIA MARIA JORGE SANCHES
POSITIVISMO Doutrina filosófica de Augusto Comte ( ), segundo a qual a verificação pela experiência é o único critério da verdade. (Mini Dic. Aulete.
Lei de justiça, amor e caridade
LIÇÃO 11 INTRODUÇÃO: Prov. 3:7; Rom. 14:12.
UM HOMEM CHAMADO AMOR.
“ O Reino de Deus Chegou” – Catequese 10
PSICOLOGIA REFLEXÕES.
Há uma busca natural e constante pelo “perfeito” (não, perfeição) que nem sempre significa o que você está pensando.
Doutrinas Éticas Conceito de Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema político, religioso, econômico, filosófico, científico, entre.
Conceito de juventude Felipe Maciel e Maikieli Provenzi.
Professor: Suderlan Tozo Binda
ROTEIRO Relação existente entre a justiça e os direitos naturais
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Capítulo 7 - Introdução Ao elaborar sua defesa contra a acusação de que estava desvalorizando a lei, Paulo demonstra três atitudes que o ser humano tem.
Padrões de controle.
Transcrição da apresentação:

O JOVEM ESPÍRITA NO MUNDO ATUAL

O MUNDO ATUAL O mundo atravessa um momento de transição, onde todos os valores tradicionais são colocados na berlinda, contestados, mas sem que ainda se tenha um novo paradigma ou novas propostas para substituir o modelo anterior. O conhecimento tecnológico dobra a cada dois anos, as possibilidades oriundas do conhecimento científico abrem perspectivas de tal amplitude que não se domina toda a informação sobre isso disponível. O domínio da informação adquire o status de fonte maior do poder. Quem tem esse domínio e velocidade de disponibilizá-la, tem o poder.

As propostas e modelos sociais estão em profunda crise As propostas e modelos sociais estão em profunda crise. O comunismo se desestrutura e deixa o capitalismo sem sua antítese. O capitalismo se “maquia” no paradigma chamado “neoliberalismo”, e num conceito denominado “globalização” impõe, praticamente sem resistência, o domínio do capital transnacional, sem pátria, sem bandeira e sem escrúpulos. A falta de critérios justos na movimentação das riquezas oriundas do capital sem pátria, coloca hoje toda a economia mundial em profunda crise, fazendo antever um fim próximo do neoliberalismo, ou ainda, o surgimento de uma nova antítese.

No chamado processo de “globalização”, somos massificados, doutrinados a acreditar que esse processo é bom e inevitável. Rapidamente passamos a aceitar que o que é bom para os outros é bom para nós. Na massificação preconizada pela “globalização”, arma sofisticada do “neoliberalismo”, somos constantemente “mediocrizados”, e ao mesmo tempo convencidos de que o medíocre não terá vez no processo produtivo. Pior ainda, passamos a nos conformar com tal situação, a aceitarmos que somos medíocres. No processo de “globalização”, começamos a perder nossa identidade, como pátria, como nação, como povo.

No campo do comportamento, também a sociedade se encontra num momento de indefinição, de incertezas. A “revolução sexual” se perdeu na contestação pela contestação, pelo abuso, pelo uso indiscriminado, pela saciedade, pela sua falta de objetivo. Na sexualidade, o rumo foi perdido. Transita-se desde o conservadorismo e puritanismo hipócrita e exacerbado até a libertinagem indiscriminada. Os limites não são claros, tem-se sérios problemas, que vão desde a gravidez de adolescentes até a AIDS. A mídia, especialmente a televisiva, valoriza extremamente a sensualidade e o erotismo, colocando isso para consumo de todas as idades.

Na questão de usos e costumes, enfrentamos uma padronização baseada no “marketing”, na “marca”, na “etiqueta”. O indivíduo é convencido que tem que possuir e consumir a “marca” por que esta existe, e não mais por suas reais necessidades. Isso leva muitas pessoas a se sentirem excluídas da sociedade, por não conseguirem consumir essas marcas. Também somos convencidos a adotar comportamentos sociais padronizados, estereotipados, que nos são vendidos pelos meios de comunicação como sendo normais, da vida real, do dia-a-dia. O aético, o amoral, o malandro, são revestidos da “boa vida”, da boa comida, dos carros importa-dos, das belas casas e paisagens, como status de elevação social, e aceitos como “normais”.

A violência é banalizada nos meios de comunicação, especialmente a violência entre jovens. Passamos a “consumir” a violência no noticiário, na hora do almoço, na hora da janta, na hora do bate-papo familiar. Pouco a pouco a vamos absorvendo a violência como parte de nossa vida. A violência acaba se tornando natural e próspera, porque a impunidade transforma o anormal em normal. O comportamento dos pais, perdidos entre a repressão do passado e a liberdade dos novos tempos, não estabelece mais os limites adequados aos filhos. A transgressão começa pela aceitação das pequenas travessuras infantis, que evoluem em intensidade e gravidade, sem que os pais se importem. Quando tentam o limite é tarde.

Na busca da interação social, difícil em casa pelas dificuldades do mundo moderno, o jovem busca a “proteção” da “turma”, da “gangue”, o que o leva a “uniformização”, a “estandardização”, a mediocridade da média padronizada. A “turma” cobra o preço da “proteção”, que é a aceitação e repetição do comportamento da “tribo”, a aceitação de que aquilo é correto, que os errados são os que daquela forma não procedem. Na “turma”, o senso crítico é abafado.

De modo geral, o senso crítico da sociedade vai sendo abafado pela padronização. Como informação é poder, que a detém a manipula no sentido de atender a seus interesses. Esconde-se o que não “interessa” e massifica-se o que é “interessante”. A sociedade perdeu o hábito da análise seletiva da informação, da busca do fato e da verdade. Exemplos: Pesquisas eleitorais Reforma do ensino “Maconha x Fumo” “A globalização é inevitável” O futuro do emprego

O HOMEM DE BEM, SEGUNDO O ESPIRITISMO “O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade”. “Ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo pergunta se suas atitudes não violentarão as leis naturais.” “Faz aos outrens tudo o que desejara lhe fizessem”. “Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.”

“Não devemos nos conservar fora das leis da sociedade onde vivemos “Não devemos nos conservar fora das leis da sociedade onde vivemos. Devemos viver com as pessoas da nossa época, como devem viver os homens. Somos chamados a estar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos.” “Devemos ser joviais, alegres, porém essa alegria deve prover de uma consciência limpa.” “Não consiste a virtude em assumirmos severo e lúgubre aspecto, em repelirmos os prazeres que a condição humana nos permite. Basta reportarmos todos os atos da nossa vida ao Criador , em guiarmos nossas atitudes pela justiça e pela caridade.”

“A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade; mas, a caridade alcança todas as atitudes e relações sociais.” “Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la.” “Para vivermos em comunicação constante com o plano maior, para vivermos sob as vistas do Senhor, não é preciso ser triste, amargo, cinzento, fechado, taciturno, isolado. Podemos buscar a alegria e a felicidade que a vida possa nos propiciar, desde que nossos pensamentos e ações sejam regidas pela Lei Maior, sob a orientação da consciência tranqüila.”

“O dever principia, para cada um de nós, exatamente no ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranqüilidade do nosso próximo; acaba no limite que não desejamos ninguém transponha com relação a nós.” “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” “Espíritas: Amem e se Instruam”

E O JOVEM, O QUE DEVE FAZER ? Por ser jovem, tem tudo a construir, e construindo, pode mudar o mundo. Tem a obrigação de informar-se, de desenvolver o espírito crítico, de instruir-se. Deve viver intensamente a vida, sempre com o cuidado de não “trombar” com as Leis Naturais. Deve exercitar a paz, a paciência, a não violência, a dialética como sinalizador do trânsito entre diferentes opiniões e tendências.

Deve exercitar a mudança e a evolução constante, pela participação efetiva na sociedade, na escola, em casa e na casa espírita. Não pode calar-se com as injustiças, nem omitir-se na participação societária. Não deve ter vergonha da exemplificação correta, nem do abandono da mediocridade. Deve usar a experiência dos mais velhos para facilitar a elaboração do seu projeto de vida, e ao mesmo tempo a ousadia da juventude para se propor um projeto mais ousado.

Deve ter a consciência e assumir a responsabilidade de que a mudança só é possível quando existe flexibilidade, quando a razão e a emoção se encontram numa mentalidade que ainda pode ser mudada, e que se dispõe a estar mudando, e que isto é uma característica do JOVEM Sem sombra de dúvida, o mundo só mudará para melhor, num caminho pacífico e controlado, se os jovens decidirem que irão mudá-lo dessa maneira, numa construção individual, que na evolução das gerações, levará à evolução e construção coletiva.