Teoria quase-geostrófica

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Diagrama Skew-T Lecture 9.
Advertisements

Ilson C. A. da Silveira e André C. K. Schmidt
ALTA DA BOLÍVIA BAIXA DO CHACO CAVADO DO NORDESTE.
SISTEMAS MÓVEIS HN Os sistemas móveis são as baixas quentes (BC) e as altas frias (AF). As BC têm sobre sua vertical, dentro da troposfera, uma alta ou.
Meteorologia Sinótica
CIRCULAÇÃO INDUZIDA PELO VENTO
EQUILÍBRIO HIDROSTÁTICO
ESTRUTURA GERAL DA ATMOSFERA
MASSAS de AR FRENTES CICLONES EXTRA-TROPICAIS
Ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais Luiz Felippe Gozzo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Meteorologia.
Análise diferencial do escoamento (Equações de Navier-Stokes)
CIRCULAÇÃO GERAL O MODELO DE 3 CÉLULAS
CICLONES TROPICAIS.
Análises Meteorólogicas
EQUAÇÕES BÁSICAS Lecture 4.
DESENVOLVIMENTO DE CICLONES E ANTICICLONES
AQUECIMENTO DIFERENCIAL
Regimes Persistentes de Circulação e Padrões de Teleconexões
Ondas Atmosféricas e Estrutura Vertical dos Sistemas de Pressão
Desenvolvimento de Ciclones e Anticiclones: Exemplos
Ciclones de Latitudes Médias Capítulo 13, Ahrens
A atmosfera em movimento: força e vento
Massas de Ar e Frentes.
Professor: Enilson Palmeira Cavalcanti
Meteorologia Sinótica –
Aula 3: Propagação de ondas EM
Circulação Geral da Atmosfera
Análise Sinótica de 22 de julho de 2013 – 12Z
Modelos conceituais da Troposfera
O CLIMA DO BRASIL – JATO SUBTROPICAL E JATO POLAR
Frentes e Frontogênese
Reflexão de um pulso (A) Extremidade fixa
A Propriedade Termodinâmica Entalpia
Impacts of Wave and Sea Spray on Midlatitude Storm Struture and Intensity Zhang et al. Monthly Weather Review 134 n° 9 S 2006 Pag.: Iury Ângelo.
Conexão entre a TSM e a ZCAS
FRENTES E FRONTOGÊNESES
Sistemas Sinóticos Atuantes no NEB Assimilação de Dados Atmosférico
Modelo Barotrópico Não Divergente
O Modelo de Água-Rasa e o Ajuste ao Balanço Geostrófico
Modelo Barotrópico Não Divergente
Teoria Quase-Geostrófica
ZCAS e ZCOU.
Teoria Quase-Geostrófica
Circulação Geral da Atmosfera
Análises altitude.
DISPERSÃO DE POLUENTES
Operadores Difernciais
Meteorologia.
Clima.
Cinemática Caps 1 a 3 do Bluestein (1992)
Divergência, Vorticidade e Deformação Cap 3 do Bluestein (1992)
1.A Tensão do Vento paralelo à costa provoca um transporte da água superficial 45º para a direita do vento e um Transporte de Ekman 90º para a direita.
Análise Sinótica de 22 de julho de 2013 – 12Z Laboratório de Sinótica (03)
CONTRIBUIÇÃO DA DOBRA DA TROPOPAUSA NA FORMAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DE CICLONES A LESTE DO SUL DO BRASIL Clara Iwabe e Rosmeri Rocha Instituto de Astronomia,
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Distúrbios Ondulatórios de Leste.
Coordenadas esféricas d/Practical../unit%202/Coord.html.
Fenômenos dos Transportes
ACA Meteorologia Sinótica e Aplicações à Oceanografia
Aula de 07/11/2013 Equação da Vorticidade
Circulação Geral da Atmosfera
Teoria Quase-Geostrófica
Teoria Quase-Geostrófica
Sistema climático global
Pressão Atmosférica “Com uma espessura de cerca de 1000 km, a atmosfera exerce uma forte pressão sobre os corpos da superfície terrestre. Contudo devido.
Meteorologia Básica II Prof. Jeferson Machado. Conteúdo 1-Estabilidade Atmosférica e Desenvolvimento vertical de nuvens 1.1 – Determinação da estabilidade.
Física I Aula 20 Mecânica de Fluidos II 2009/2010.
Guilherme Martins Denílson Bezerra Ricardo Siqueira São José dos Campos 28 de outubro de 2010.
Meteorologia Dinâmica II – ACA0438 Professora: Rosmeri Porfirio da Rocha Professora: Rosmeri Porfirio da Rocha Monitora: Lívia Dutra.
Análise Quasi-Geostrófica
Transcrição da apresentação:

Teoria quase-geostrófica

(anticiclônica no HS) (ciclônica no HS) (cisalhamento) A B A A B B

Vorticidade geostrófica HS:

Equação da termodinâmica quase-geostrófica

Equação da vorticidade QG B C D A. Taxa de variação da vorticidade QG com o tempo depende de: B. Advecção horizontal da vorticidade absoluta pelo vento geostrófico (propaga a onda); C. Divergência horizontal (termo de “estiramento” – (des)intensifica a onda) D. Fricção (será desconsiderado)

Adv. Hor. Vort. Absoluta (cavados/cristas em 500hPa vorticidade devido à curvatura)

Divergência horizontal (em sup) Compressão vertical <0 http://www.virtuallab.bom.gov.au/meteofrance/cours/resource/bb01/diverg.gif

Equação da continuidade http://weather.ou.edu/~metr4424/Review_Quasi_System.pdf

Convergência horizontal (em sup) Estiramento vertical >0

Equação da continuidade

A teoria quase-geostrófica relaciona os ventos divergentes e movimentos verticais a padrões nos campos de pressão e altura geopotencial. Certos padrões de altura geopotencial induzem os perfis de movimento vertical e divergência acima mostrados. Em geral, o movimento vertical é restrito na tropopausa, pela camada estável da estratosfera, e na superfície, pela superfície da Terra. http://www.meteo.mcgill.ca/wxlab/ATOC-546/notes/lesson08.vorticity_advection/divergence.gif

Equação da tendência de geopotencial QG B C A – Laplaciano da tendência local do geopotencial B – Termo de advecção horizontal de vorticidade absoluta pelo vento geostrófico C – Termo de advecção diferencial da temperatura pelo vento geostrófico

Termo da tend local geop  - Lembrar que aplicar o operador Laplaciano implica em troca de sinal

Termo de advecção horizontal de vorticidade absoluta  = AQ Advecção de vorticidade ciclônica (AQ<0)  queda do geopotencial Advecção de vort. anticiclônica (AQ>0)  elevação do geopotencial

Termo da Adv. Vort. Abs. O termo de advecção de vorticidade absoluta geralmente é a principal forçante na alta troposfera. No HS, para ondas curtas, a leste do cavado, este termo é negativo (AVN) implicando em queda do geopotencial nesta região. Este “cavamento” é necessário para o desenvolvimento de vorticidade geostrófica negativa. É importante notar que o termo de advecção de vorticidade nos eixos dos cavados e cristas é igual a zero. Portanto, o termo da advecção de vorticidade não pode por si só promover a intensificação do distúrbio nos níveis onde está ocorrendo e sim atuar no sentido de propagar os distúrbios horizontalmente e de espalhá-los na vertical, por isso é conhecido como termo de deslocamento do sistema.

Termo Adv. Dif. Temperatura   AT AT diminuindo com altura: (AFria aumentando c/ alt ou AQuente diminuindo c/ alt) p AT >0 >0 AT

Termo Adv. Dif. Temperatura   AT AT aumentando com altura: (AFria diminuindo c/ alt ou AQuente aumentando c/ alt) p AT <0 <0 AT

Termo Adv. Dif. Temperatura Principal mecanismo de amplificação ou decaimento dos sistemas sinóticos de latitudes médias. Advecção de temperatura tende a ser mais efetivo na baixa troposfera. Para ondas baroclínicas em estágio de desenvolvimento, a advecção fria (quente) abaixo do eixo do cavado (crista) em 500 hPa (onde a advecção de vorticidade é zero) tende a aprofundá-lo (construí-la), pois reduz (aumenta) a espessura da coluna

Termo Adv. Dif. Temperatura

Equação da tendência de geopotencial QG Neste caso: - Vorticidade relativa geostrófica varia apenas pela advecção de vorticidade - Ausência de advecção de temperatura Neste caso: - Aquecimento e resfriamento são devidos apenas a advecção de temperatura (não há aq/resf adiabático pois a atmosfera está originalmente em balanço geostrófico, inibindo movimento vertical). - Ausência de advecção de vorticidade

Equação omega A – Laplaciano de omega B C A – Laplaciano de omega B – Termo de advecção diferencial de vorticidade absoluta C – Termo de advecção de temperatura

Termo do laplaciano de omega  -   w

Termo de Adv. Dif. Vort. Abs  w  AQ A B AQ aumentando com altura: Movimentos subsidentes (Aumento da espessura causado por aquecimento adiabático) AQ>0, >0 p AQ <0 AQ<0, <0 w <0 AQ

Termo de Adv. Dif. Vort. Abs  w  AQ A B AQ diminuindo com altura: Movimentos ascendentes (Diminuição da espessura causado por resfriamento adiabático) p AQ >0 AQ<0, <0 AQ>0, >0 w >0 AQ

Termo de Adv. Dif. Vorticidade

Termo de Adv. Dif. Vorticidade A influência isolada deste termo está associada a movimentos ascendentes (descendentes) acima da baixa (alta) de superfície e é exatamente o que é necessário para as tendências de espessura. Ele funciona como movimento compensatório para manter o campo de temperatura hidrostático (hipótese do quase-geostrófico) na presença de movimento vertical. Uma vez que a advecção de temperatura é pequena sobre a baixa de superfície, a única maneira de resfriar a coluna atmosférica de acordo com a tendência do geopotencial é o resfriamento adiabático induzido pelo movimento vertical ascendente (inverso sobre a alta).

Termo de Adv. Temperatura C  w  AT Advecção quente: movimento ascendente Advecção fria: movimento subsidente

Termo de adv. Temperatura Div. Hor. AT>0  Conv. Hor.

Termo de Adv. Temperatura Fisicamente este padrão de movimento vertical é requerido para manter o campo de vorticidade geostrófica nos níveis mais altos, na presença de mudanças na espessura devidas à advecção térmica. Por exemplo: 1. Advecção térmica quente aumenta a espessura da camada 500-1000 hPa abaixo da crista em 500 hPa; 2. Intensifica a crista em 500 hPa, o que requer maior vorticidade anticiclônica neste nível para manter o equilíbrio geostrófico; 3. Como na região do eixo da crista em 500 hPa não há advecção de vorticidade, é necessário que haja divergência horizontal para compensar a tendência; 4. Por continuidade, deve haver movimento ascendente nos baixos níveis para repor o ar divergente nos níveis superiores.

Equação omega A B C Neste caso: - Variação da espessura devido a aq/resf adiabático - Ausência de advecção de temperatura Neste caso: - Aquecimento e resfriamento são devidos apenas a advecção de temperatura (não há aq/resf adiabático pois a atmosfera está originalmente em balanço geostrófico, inibindo movimento vertical) Ausência de advecção de vorticidade geostrófica absoluta Div em 500hPa para compensar movimentos ascendentes

Vetor Q

Vetor Q Conv Q  mov asc Div Q  mov desc isotermas Quente x y Frio Q = (R/p)(T/y)k x (vg/x) onde os eixos x e y são paralelos à isotermas e ao gradiente de temperatura: Conv Q  mov asc Div Q  mov desc isotermas Quente x y Frio

(from Sanders and Hoskins 1990) Caso 1: Forçante dos movimentos verticais apenas advecção térmica horizontal: quente frio (from Sanders and Hoskins 1990)

Caso 2: Forçante dos movimentos verticais apenas advecção horizontal de vorticidade: (from Sanders and Hoskins 1990)

Caso 3: Vetor Q na entrada de um jato de altos níveis (from Sanders and Hoskins 1990):