Setembro, 2014 Belo Horizonte, MG Hélio Kuramoto x Dependência Científica ?!

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Transcrição da apresentação:

Setembro, 2014 Belo Horizonte, MG Hélio Kuramoto x Dependência Científica ?!

Motivação I Preço igual (EUA) USD $17,000 Pontiac G6

Motivação II  Dificuldades encontradas pelos pesquisadores no ciclo da comunicação científica tradicional;  Concentração do Conhecimento publicado em revistas no hemisfério Norte  Exclusão Cognitiva;  Necessidade de redução das desigualdades sociais  Necessidade de maximizar a visibilidade das pesquisas brasileiras, especialmente as pesquisas desenvolvidas na UFMG;  Necessidade de acelerar o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Motivação III (institucional) A UFMG não aparece, hoje, no ranking de repositórios da web – Apesar de a UFMG : –ter boas revistas científicas bem classificadas no Qualis da Capes –ser bem conceituada nacionalmente. A UFMG aparece em 286º. lugar no ranking mundial de universidades World Rank University PresenceImpactOpennessExcel. 286 Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

Gastos com livros e periódicos nos EUA Gasto com livros e revistas nas bibliotecas da ARL (fonte: ARL). Durante o período de 1986 a 2006, o crescimento do índice de preços ao consumidor nos EUA cresceu 78%, enquanto que os gastos com publicações cresceu 321% no mesmo período.

Gastos realizados pela CAPES com periódicos no Brasil

ou Ciclo da Comunicação Científica Tradicional

Comunicação científica tradicional O ciclo da comunicação científica mostra que os pesquisadores entregam, gratuitamente, os seus direitos autorais aos editores científicos; Esses direitos autorais são entregues gratuitamente em troca da segurança contra a pirataria e, para lhes dar prestígio junto às agências de fomento e às instituições de ensino e pesquisa.

Acesso Livre: o quê? Livre (custos), Livre (disponível) Imediato Permanente Texto completo Open access = acesso livre = aceso aberto É a livre disponibilização, na Internet, gratuitamente, de cópias de artigos científicos, portanto, artigos revisados por pares, assim como, de comunicações em conferências, relatórios técnicos, teses e dissertações.

Acesso Livre: a quê? A 2,5 milhões de artigos anuais A títulos de periódicos revisados por pares (dados obtidos à partir do Ulrich) são indexados no Thomson-Reuters- ISI's Journal Citation reports

Acesso Livre: por que? É bom para a CIÊNCIA e para a sociedade que a financia; Duplica o uso e o impacto das pesquisas científicas. Portanto duplica a produtividade e o progresso da ciência; – Benefícios para os pesquisadores e suas instituições ; – Assim como o país também se beneficia com esses resultados; O mundo inteiro está em vias de obrigar o auto-depósito das publicações dos pesquisadores, mas o lobby das grandes editoras tem retardado o processo;

Acesso Livre: para que? 62% das revistas científicas endossam o auto- depósito das publicações dos pesquisadores; Para as 38% restantes, que impõem o embargo a esse auto-depósito, os repositórios institucionais podem restringir o acesso ao inteiro teor da publicação; As iniciativas do Acesso Livre preservam os direitos de autor;

Acesso Livre: por que? Maximizar Visibilidade da pesquisa Uso da pesquisa Impacto da pesquisa Progresso da ciência

Acesso livre: como? Repositórios Institucionais Publicações periódicas de acesso livre - P ROJETO DE LEI NA C ÄMARA 1120/ Projeto de lei no Senado 387/2011 Estratégia não recomendada por Stevan Harnad desde o início do OA, há cerca de 12 anos atrás. Existem, hoje, diversas revistas científicas ditas OA.

Ciclo da Comunicação Científica no contexto do acesso livre ou Repositório De Pós-prints

Acesso Livre: incremento de citações Range = 36%-200% (Data: Stevan Harnad and co-workers)

Fatos relacionados ao OAcess no Mundo desde – Definição das estratégias do acesso livre em Budapeste 2007 – EUA aprova lei que permite ao NIH exigir o auto-depósito de seus trabalhos publicados em revistas científicas no PubMed Central 2009 – OpenAIRE – Projeto Piloto para armazenamento dos resultados de pesquisa financiados pela Comunidade Européia – MedOANet – 7 países (Grécia, Itália, França, Espanha, Portugal e Turquia) sul da Europa. Contexto 7º. Programa-quadro da CE com o objetivo de fortalecer, expandir e sistematizar as atividades da rede já existente composta por parceiros dos países Europeus do Mediterrâneo – 22 fevereiro – Governo americano emite memorando estendendo a política adotada pelo NIH ao restante das agências de fomento americanas, cerca de 22 agências. (OA + OD). No último dia 13 de novembro de 2013, o senado argentino aprovou lei facilitando o OA e o OD No Brasil, o senado discutia, desde o ano de 2011, o PLS 387/2011, que agora teve um parecer desfavorável conforme foi publicado no sítio:

Exemplos de iniciativas OA BASE – Bielefeld Academic Search Engine, iniciativa da Bielefeld University, da Alemanha, dissemina mais de 52 milhões de registros contendo artigos de revistas, teses, dissertações, relatório técnicos provenientes de cerca de provedores de dados; – SCIRUS – Scientific Information, pertence à Elsevier e dissemina mais de 524 milhões de registros provenientes de revistas, teses, dissertações, relatórios técnicos, etc. Sairá do ar em janeiro/2014. – OpenDOAR ( diretório de acesso livre ou Directory of Open Access Repositories (> repositórios registrados espalhados por todo o mundo, inclusive no Brasil); DOAJ – Directory of Open Access Journals, o Brasil aparece em segundo lugar em termos da quantidade de revistas científicas de acesso livre com um total de >934 revistas, os EUA aparece em primeiro com > 1220 revistas (

Total = 2708 repositórios no mundo (visto em 04/09/2014) Brasil Distribuição de repositórios no mundo Fonte: OpenDOAR (

Total = 2527 repositórios no mundo (visto em 04/09/2014) Fonte: OpenDOAR (

Total = 2527 repositórios no mundo (visto em 04/09/2014) Fonte: OpenDOAR (

Conclusão Os resultados obtidos pelo movimento global do acesso livre à literatura científica indicam que o Acesso Livre é inevitável e irreversível. As ações deste movimento não são um novo modelo de comunicação científica, mas uma nova forma de disseminar a informação científica; O movimento do acesso livre e as tecnologias da informação e da comunicação estão mudando o paradigma da comunicação científica, existe, portanto, muito a se pesquisar.

OBRIGADO!!! Hélio Kuramoto Professor da ECI/UFMG desde julho/2013 Funcionário aposentado do IBICT ou Blog: Seja um defensor do Acesso Livre! Ajude a disseminar livremente os resultados das pesquisas científicas E contribua para um mundo melhor!