GN 101 Ciência, Tecnologia e Sociedade

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Transcrição da apresentação:

GN 101 Ciência, Tecnologia e Sociedade Ciência, Tecnologia e Trabalho

Objetivo Apresentar e discutir os elementos centrais do debate sobre tecnologia, emprego e trabalho, enfocando os impactos no nível de emprego e as soluções apontadas

Conceitos de desemprego Cíclico: ligado a uma fase de queda do ciclo econômico Disfarçado ou subemprego: remuneração baixa e fora da regulamentação vigente Friccional ou normal: desajuste ordinário entre oferta e procura (normalmente falta de informação Sazonal: típico de certas atividades (agro, turismo) Tecnológico ou estrutural: mudança na tecnologia de produção e nos padrões de consumo – ganhos de produtividade e mudanças na qualificação Fonte: Sandroni (2003)

Conceito de pleno emprego Situação na qual a demanda por trabalho é igual ou inferior à oferta Representa o grau máximo de utilização dos recursos produtivos de uma economia Tecnicamente considera-se pleno emprego taxas abaixo de 4% de desemprego Fonte: Sandroni (2003)

Salário (dados Brasil) Salário nominal Custo de vida Salário real 1995 100 1996 108 120 90 1997 126 137 91,9 1998 142 159 89,3 1999 160 175 91,4 Fonte: Sandroni (2003)

Um mito…(?) Somente os mais criativos e talentosos conseguem encontrar um trabalho que valha a pena, e seu número diminui constantemente, à medida que mais empregos são eliminados através da automação

Panorama geral do emprego Até a década de 70, em todo mundo industrializado, baixas taxas de desemprego, elevação da produtividade e do salário real Papel do Estado decisivo, combinando políticas monetária e fiscal expansionistas A partir de final dos anos 1970 início das políticas de cunho liberal tese do fim do emprego

O debate emprego x trabalho nos anos 1985-1995 Automação, novas indústrias, valorização do trabalho criativo, dos ativos intangíveis mudança na forma de trabalho, redução da importância do emprego como condição contratual do trabalho “por que não enfrentar esta realidade: as empresas não dão emprego pela simples e excelente razão de que elas não têm necessidade” (Forrester, 1997:85) Isto foi relativizado a partir da segunda metade dos anos 1990, com o crescimento econômico dos EUA e da UE

A recuperação da “via emprego” Deu-se sobretudo pelo crescimento econômico e em indústrias intensivas em conhecimento Eleva-se demanda por qualificação, rebaixa-se por não qualificação Nos EUA os sem diploma ficaram com salário 20% menor e o emprego manteve-se elevado Na UE os salários caíram menos mas o emprego diminuiu (explicação estaria nas condições de seguridade social como seguro desemprego maior na UE)

O papel das novas tecnologias Coeficiente produto/emprego determinado pelo progresso técnico Tende a aumentar com o aumento da densidade tecnológica Não só a tecnologia substitui mão-de-obra como dá poderes amplificados para quem a domina – reversão de padrões na relação emprego/trabalho Ao nível da firma: usadas para obter processos produtivos mais flexíveis, maior controle de qualidade e ampliação da capacitação interna

Características no nível agregado - OCDE Desde o final dos anos 1970: declínio na geração líquida de emprego Criação de postos tende a ocorrrer em pmes Novas atividades produtivas/industriais tendem a ser alocadas em novas regiões/sites Empregos das velhas indústrias deslocam-se para países menos desenvol…mas das novas tb, graças às TIC Serviços são o principal e crescente empregador (1960: 46,5% 1987: 64,5%), mas a geração líquida tem sido negativa!

Brasil – evolução emprego desemprego Taxa de desemprego no Brasil em 1940 = 6,4%; em 1980 = 2,6% Nos período variação da taxa média de ocupação superou a PEA, apesar do crescimento demográfico, da intensa migração campo-cidade Durante os anos 1980 a expansão da ocupação quase acompanhou a PEA O problema crônico de desemprego começa nos anos 1990 Em 2000 cerca de 11,5 mi de desempregados ou 15% PEA

Principais pesquisas de ocupação Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED (DIEESE, SEADE - RMSP) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD/IBGE Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE (seis regiões metropolitanas: SP, RJ, BH, POA, Salvador e Recife Relação Anual de Infomações Sociais – RAIS/MTE

Taxas médias de variação 1990-99 Indicador PNAD PED PEA 2,4 2,3 Ocupação 1,7 1,1 Assalar. Carteira -1,2 -1,6 Sem carteira 0,1 4,3 Autônomos 4,1 Desemprego 15,0 10,8 Fonte: Mendonça, S. E. A. (2002)

Políticas de emprego no Brasil Sistema Público de Emprego: Sistema Nacional de Emprego – SINE, 1975 Seguro desemprego, 1986 Intermediação de m.o., 1975 Formação profissional – Planfor, 1995

Fundo de Amparo ao Trabalhador Criado em 1990 mudou o cenário – 0,8% do PIB! Além dos programas do SINE, apoia, desde 1994/5: Proger Pronaf Programa de Crédito Produtivo Popular (PCPP / banco do povo) Proemprego e Protrabalho

Crescimento e geração de emprego No Brasil, necessidade de geração de 1,6 mi de empregos/ano Exportações como elemento dinamizador: empregos diretos, indiretos e efeito renda Mas entre 1998 e 2000 64% das exportações vieram de setores pouco dinâmicos. Só 17% vieram dos muito dinâmicos (automóveis, aviões e componentes eletrônicos), contra média mundial de 38% Substituição localizada de importações nas áreas de excelência

Conclusões Problemas de diferentes naturezas entre países des. E em des. Problema mais relacionado a nível de atividade econômica Nos pds o problema é + de desemprego estrutural Caminhar na direçao de setores mais dinâmicos para gerar maior quantidade e qualidade de emprego Reforma na regulamentação do trabalho Não precisamos reduzir o progresso tecnolólgico para manter empregos