TRABALHABILIDADE COMBUSTIBILIDADE INSTABILIDADE DENSIDADE A melhor maneira de ser livre é ser culto Danillo Flavio Paulo Diogo TRABALHABILIDADE COMBUSTIBILIDADE INSTABILIDADE DENSIDADE 2008
TRABALHABILIDADE DA MADEIRA
O grau de facilidade de se trabalhar a madeira é denominado trabalhabilidade, portanto a grã da madeira poderá nos fornecer uma idéia da facilidade de se conseguir um bom acabamento, onde as madeiras com grã reta provavelmente apresentara uma dificuldade menor de trabalhabilidade de que as madeiras de grã irregulares.
Pelo fato da madeira ser um material de origem biológica, está sujeita a variações na sua estrutura que podem acarretar mudanças nas suas propriedades. Estas mudanças são resultantes de três fatores principais: anatômicos, ambientais e de utilização.
QUALIDADE E DESEMPENHO DEFEITOS NATURAIS AFETAM A QUALIDADE E DESEMPENHO DAS PEÇAS DE MADEIRA DEFEITOS PROCESSAMENTO
Defeitos de crescimento CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS Defeitos de secagem Defeitos de produção Defeitos de alteração
INSTABILIDADE A madeira possui uma facilidade muito grande de perder e absorver água desta forma seu tamanho também varia facilmente, isto se deve a entrada e saída de água entre as moléculas de celulose da parede celular, desta forma madeiras que apresentam abundância de células de parede espessas possuirão esse fenômeno com maior freqüência.
Podemos calcular a variação de dimensões de madeiras quando postas para a secagem. Se a madeira apresentar desvio de grã ela fugira aos padrões normais de comportamento de secagem , além de apresentar deformações.
DEFEITOS DE SECAGEM São originados pela deficiência dos sistemas de secagem e armazenamento das peças. Podem ser: encanoamento, arqueamento, encurvamento, torcimento e rachadura.
Defeitos de Secagem ARQUEAMENTO camber EMPENAMENTO warping ABAULAMENTO sweep TORCIMENTO Deformação lateral
EMPENAMENTO
RACHADURAS: São causadas pôr fatores diversos como injúrias mecânicas, condições climática etc. e que acontecem em regiões mais fracas da árvore. Após o corte essas rachaduras podem aparecer isso se deve a tensões internas durante o crescimento. Essas rachaduras podem ser de dois tipos: rachaduras radiais e bolsas de resina e falha de compressão. Esses problemas prejudicam o aproveitamento da tora , pois há um grande desperdício de madeira nas que apresentam rachadura.
Defeitos de Secagem FENDAS PERIFÉRICAS SPLIT GRETAS CUP SHAKE GRETA TOTAL FENDAS CERNE SHAKE
Defeitos de crescimento NÓS Desvio de Veio Fibras torcidas VENTOS
FALHAS NATURAIS DA MADEIRA Dois tipos de falhas principais podem ocorrer devido à natureza da madeira. A primeira delas está relacionada com o encurvamento do tronco e dos galhos durante o crescimento da árvore, alterando o alinhamento das fibras e podendo influenciar na resistência. Outro fator a ser observado é a presença de alburno, que por suas próprias características físicas apresenta valores de resistência menores.
COMBUSTIBILIDADE Contrariamente à idéia difundida, a madeira oferece uma excelente resistência ao fogo. Há três razões para isso : sua má condutividade térmica, seu teor de água e a crosta carbonizada que se forma, criando rapidamente uma camada isolante que freia a combustão até impedí-la. Sendo a madeira um mal condutor de calor, a temperatura interna cresce mais lentamente, não provocando maior comprometimento da região central das peças que, desta maneira, podem manter-se em serviço, nas condições que o aço, por exemplo, já teria entrado em colapso (escoamento), mesmo não sendo inflamável.
A madeira transmite 10 vezes menos rapidamente o calor que o concreto e 250 vezes menos que o aço! Outra característica importante da madeira com relação ao fogo é o fato de não apresentar distorção quando submetida à altas temperaturas, tal como ocorre com o aço, dificultando assim a ruína da estrutura. O que há de bom também é que a madeira não libera gases nocivos quando queima (a não ser as tratadas em autoclave). (Eng. Alan Dias )
Vigas de madeira e aço após um incêndio: note que a estrutura em aço se deformou completamente, enquanto que a viga de madeira ainda sustenta sua carga mesmo após o contato com o fogo em altas temperaturas.
Condutividade térmica de materiais a 27°C.
Devido a organização estrutural do tecido, que retém pequenos volumes de ar em seu interior, a madeira impede a transmissão de ondas de calor ou frio, tornando-se, assim, um mau condutor térmico (baixa condutividade térmica), isolando calor ou frio.
As madeiras duras (alta massa especifica) queimam melhor, porque possuem maior quantidade de matéria lenhosa pôr volume. A combustão e o poder calorífico são influenciados pelo teor de lignina , óleos resinas ceras etc. , estas madeiras que possuem essas substâncias provavelmente não poderão ser utilizadas para o cozimento ou defumação de alimentos , pôr outro lado algumas madeiras possuem substancias que dão um gosto e aroma peculiares a os alimentos
Cada material, dependendo da temperatura a que estiver submetido, libera maior ou menor quantidade de vapores. Para melhor compreensão do fenômeno, definem-se as seguintes variáveis: a) ponto de fulgor; b) ponto de combustão; c) temperatura de ignição,
a) Ponto de fulgor É a temperatura mínima em que um combustível começa a desprender vapores que, se entrarem em contato com alguma fonte externa de calor, se incendeiam. o "Ponto de fulgor" da madeira (combustível sólido), que é de 150ºC. b) Ponto de combustão É a temperatura mínima em que esse combustível sólido, sendo aquecido, desprende gases que, em contato com fonte externa de calor, se incendeiam, mantendo-se as chamas. No ponto de combustão, portanto, as chamas continuam. O ponto de combustão da madeira é da ordem de 300°C.
c) Temperatura de ignição É a temperatura mínima em que gases desprendidos de um combustível se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar. No caso da madeira, a temperatura de ignição é superior a 350°C.
É importante frisar que uma substância só queima quando atinge, pelo menos, o ponto de combustão. E convém lembrar que, mesmo que o combustível esteja no ponto de combustão, se não houver chama ou outra fonte de calor, não se verificará o fogo.
Se observarmos bem, podemos perceber que as chamas ou labaredas de fogo queimam a uma certa distancia da superfície da madeira.
Sistema III
DENSIDADE Devido à sua boa correlação com as características celulares, a densidade é uma ferramenta bastante utilizada na avaliação da qualidade da madeira. Uma árvore em crescimento está sujeita a diversos fatores bióticos e abióticos (luz, umidade, fertilidade e competição) que determinam variações na dimensão das células (diâmetro, comprimento e espessura da parede celular), na proporção de lenho inicial e tardio, nas diferentes proporções de volume de vasos e parênquima e conseqüentemente, no arranjo dos elementos anatômicos. Sistema III
As variações na densidade da madeira, entre e dentro de indivíduos da mesma espécie, estão relacionadas ao resultado diferenciado no volume de poros e na presença de extrativos. No entanto, para eles, não existe um padrão definido para essas variações dentro de uma árvore, mas sim uma idéia aproximada de sua tendência geral ao longo do fuste, no sentido medula-casca e com a idade. Sistema III
DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de umidade tem 921 kg/m 3, verde tem 1.275 kg/m 3 , seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. JATOBÁ DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de umidade tem 795 kg/m 3, verde tem 1.015 kg/m 3 seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. PAU-MARFIM Sistema III
DENSIDADE: madeira de densidade média, com 13% de umidade tem 785 kg/m 3, verde tem 1.210 kg/m3 , seca muito rapidamente. ANGELIM-PEDRA DENSIDADE: madeira de densidade média, com 13% de umidade tem 485 kg/m 3, verde tem 635 kg/m 3 , fácil de secar, seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. CEDRO Sistema III
DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de umidade tem 1 DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de umidade tem 1.103 kg/m 3, verde tem 1.315 kg/m 3 , seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. IPÊ DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de umidade tem 1.101 kg/m 3, verde tem 1.310 kg/m 3 , seca rapidamente ao forno, mas com muita dificuldade ao ar livre. SUCUPIRA Sistema III
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2007/02/mito-madeira-fogo.html Hilton Moreno - NBR 5410:2004 – Proteção contra incêndio e uso de madeira nas instalações elétricas APOSTILA DE MADEIRA APOSTILA ANATOMIA DA MADEIRA http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_27/madeira.html