O LIVRO DE JONAS_2010 Escolha do tema: GREBIN

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Transcrição da apresentação:

O LIVRO DE JONAS_2010 Escolha do tema: GREBIN O mês da Bíblia surgiu há 39 anos: contribuiu muito para o desenvolvimento da Pastoral Bíblica no Brasil... HOJE: necessidade de uma Animação Bíblica de toda Pastoral que favoreça a centralidade da palavra!

JUSTIFICATIVA Continuidade ao Sínodo: destacou especialmente o mandato missionário de todo cristão batizado; pediu que paróquias, comunidades, pastorais, movimentos e organizações católicas aprofundassem essa consciência; Os padres Sinodais propuseram novas iniciativas para fazer chegar a “Palavra de Deus a todos, especialmente aos batizados, mas não suficientemente evangelizados (proposição 38);

DAp destaca o valor missionário, enfatizando os novos areópagos da missão (nº 491-500). Areópagos hoje: novos contextos de missão. Jonas quer dar continuidade à CF ecumênica e ao Ano Paulino (2008-2009), sobre a evangelização do mundo urbano, quer manter o entusiasmo de quem semeia, anuncia a mensagem de salvação.

Quer ajudar o povo de Deus vencer a tentação de fugir dos desafios da missão e tornar-se capaz de acolher a todas as pessoas, sem acepção.  

O LIVRO Está situado entre os livros proféticos, mas não é. O nome JONAS aparece em 2Rs 14,25, como um profeta=> pode ser o motivo de colocá-lo entre os profetas. Os profetas, em geral, ameaçam as nações; o livro de Jonas relata a conversão dos ninivitas e anuncia a misericórdia para com esse povo que era o mais odiado por Israel.

É um livro sapiencial. Não pertence ao gênero histórico, mas ao gênero parabólico desenvolvido, (é uma novela) que quer ilustrar um tema: a misericórdia divina. O livro é da época pós-exilica: (450 a.C): os israelitas se fecharam num nacionalismo exclusivista.

O livro de Jonas quis mostrar às pessoas daquela época que tal atitude significava uma negligência, por parte dos descendentes de Abraão, de sua vocação mais sublime que era de ser bênção para as nações e luz do mundo...

Se através de Abraão Deus quis abençoar todos os povos/todas as famílias da terra (Gn 12,3) é sinal de que não quer o extermínio de ninguém... O Senhor ainda não julgou as nações porque falta alguém que anuncie a misericórdia/ o perdão de Deus para com os ímpios.

O livro trata da misericórdia e o perdão de Deus para todos e não apenas para os bons e religiosos. É compassivo para com os judeus e gentios... e até com os demais seres da criação.

O livro de Jonas revela que Deus estendeu a sua misericórdia até o pior império que já existiu: o autor quer convencer os leitores que o fato de não pertencer ao povo israelita não os torna maus sujeitos.

Critica também a quem se acomoda ou se recusa a anunciar o perdão e o amor divinos para aquelas pessoas que ainda não conhecem a Deus.

JONAS, QUEM É? Desde o início, estudiosos desconfiaram que o personagem não é histórico:

Nenhuma criatura marinha é capaz de engolir um homem inteiro e mantê-lo vivo no estômago por três dias; Não consta no livro o nome do rei assírio que decretou a penitência e não há nenhum registro disso nos antigos documentos da Assíria encontrados pela moderna arqueologia;

Em muitas lendas das civilizações antigas há menção a alguém que é tragado por um grande peixe e depois aparece de forma extraordinária; o livro de Jonas nenhuma vez menciona os termos Israel, profecia e profeta;

O termo hebraico kikayon, que quer dizer “efêmero” e, geralmente é traduzido por mamoneira,mas nenhuma planta desse tipo cresce numa noite e seca em uma hora; Na antiguidade, havia a idéia de que a presença de um culpado em um navio é um perigo para todos...

Não é um livro histórico, mas os acontecimentos históricos estão por baixo do personagem que foi criado para transmitir a mensagem. As pessoas naquela época estavam negligenciando a missão de falar da misericórdia e da gratuidade de Deus... para com TODAS as nações!

Capítulo 1 Palavra de Javé é dirigida a Jonas: “Levanta-te e vai à grande cidade...” = envio dos profetas! Atitude de Jonas é contrária a dos profetas que estavam sempre diante da face do Senhor = obediência. Jonas vai para longe da presença do Senhor (Társis é uma das nações que nunca ouviu falar no Deus de Israel – Is 66,19).

Ironia: não quer aceitar a missão de anunciar aos estrangeiros e acaba entre estrangeiros com seus deuses no navio. E esses estrangeiros, idólatras reconhecem Javé. Eles revelam a face de Javé

Quando o livro de Jonas estava sendo escrito Nínive já havia sido destruída há quase três séculos, pelos babilônios. Mas ela era símbolo do pecado e da violência. Deus não queria condenar a grande cidade apesar dos muitos pecados que lá existiam...

O autor está tão interessado em enfatizar a importância dos ninivitas para Deus que o nome da cidade aparece no início (Jn 1,1, no meio (Jn 3,1) e no final da narrativa (Jn 4,11). Mas no livro, Nínive é uma cidade simbólica: da injustiça e do mundo pagão, sem Deus.

Para o povo judeu da época não poderia haver povo pior que os ninivitas... porém, o autor de Jonas afirma que foi para com eles que o Senhor demonstrou muita misericórdia.  

Capítulo 2 Consiste num salmo agregado posteriormente, ao texto primitivo. Primeira parte (2,1-4) trata das angústias e esperanças (Sl 88,7; Sl 42 e 43)= uma composição a partir de vários salmos antigos.

Segunda parte (2,5-7) trata da libertação de um perigo de morte (Sl 69,1). Terceira parte (2,8-10) é sobre a adoração ao Deus verdadeiro em contraposição à idolatria. Termina reconhecendo que a Salvação vem do Senhor (Sl 3,8; Sl 68,19-20). Essa oração toda de dentro da barriga do peixe!

A ação de Deus está onde Jonas se encontra (no mar), mas Jonas continua se relacionando com o Deus que está no Templo (Jn 2,5; 2,8)=> a expressão ‘Santo Templo’ só aparece 4 vezes no Primeiro Testamento: duas vezes em Jonas e as outras duas em Sl 5,8; Sl 79,1.  

Capítulo 3 Jonas foge (desce, some), mas Deus não desiste do seu projeto.Por isso Jonas recebe NOVAMENTE a ordem de ir a Nínive! Levantar-se e ir = assumir a missão, o projeto de Deus que só se realiza/concretiza com a participação humana. E ele vai e a missão se realiza com sucesso.

Não aparece o que Deus mandou Jonas dizer à cidade Não aparece o que Deus mandou Jonas dizer à cidade...no entanto, Jonas anuncia um castigo tremendo (Jn 3,4), mas nenhuma passagem do livro Deus mencionou castigo. Apenas que Ele conhece a iniqüidade dos ninivitas (Jn 1,2).

O protagonista, no entanto, com a cabeça cheia de suas doutrinas religiosas sobre um Deus severo e castigador (retribuição) não conseguia entender o perdão como gratuidade de Deus. Ele colocou-se no lugar de Javé, e se fosse Deus, aniquilaria os ninivitas. Ele esperava que Javé fizesse isso.

Javé, no entanto, “arrependeu-se do mal que ameaçara fazer-lhes e não fez” (Jn 3,10). Jonas está apressado, não tem a disponibilidade necessária a um missionário: percorreu em apenas um dia o que deveria ser percorrido em três dias (Jn 3,3-4)  

Capítulo 4 Acima de tudo, o livro de Jonas trata da UNIVERSALIDADE DA MISERICORDIA divina: Deus foi clemente com os marinheiros, impedindo que o navio afundasse; perdoou os ninivitas; teve compaixão de Jonas afligido pela irritação e, até aos animais foi estendida a benevolência divina.

O arrependimento do povo “trouxe a Jonas um grande desgosto e ele ficou irado” (Jn 4,1). Não foi isso que Jonas pregou...

Jonas está convencido que Deus é amor e ternura para Israel, mas fúria e castigo para as outras nações. Jonas reconhece, mas não aceita Javé como um Deus de piedade e ternura, rico em amor , lento para a ira! Ele quer ver Nínive destruída... Senta-se para assistir de camarote (expectador) o que aconteceria com a cidade...

Porém, o clímax do livro é mostrar que o Deus de Israel é compassivo até mesmo com os piores inimigos do povo da aliança, ou seja, os ninivitas.

No quarto capítulo fica claro que, por duas vezes Deus salvou os pagãos através de Jonas (no navio e agora, os ninivitas). Jonas não quer ser missionário porque não deseja a salvação dos “maus”, mas a sua destruição..

Será que o medo de Jonas e sua conseqüente fuga eram por causa dos desafios que haveria de enfrentar devido a hostilidade dos ninivitas ou o medo de se tornar um instrumento da misericórdia de Deus em favor do ninivitas?

Jonas sabe que se Deus o enviou a Nínive é porque queria salvá-la Jonas sabe que se Deus o enviou a Nínive é porque queria salvá-la... se quisesse destruí-la teria feito sem avisar... Jonas prefere a morte a lidar com o amor de Deus para com Nínive... Prefere morrer a aceitar que Deus seja bom para os estrangeiros...

A misericórdia do Senhor para com os ímpios vai contra tudo o que Jonas acreditava e no qual baseava sua vida... ele não vê sentido continuar vivendo... seu mundo caiu...

Decepção de Jonas: Deus deveria ter destruído Nínive, mas não a mamoneira. DEUS, FELIZMENTE, NÃO SEGUE OS ESQUEMAS DE JONAS! E OS NOSSOS ESQUEMAS??? O POVO SE CONVERTEU... E Jonas?

Jesus-Jonas Mt 12,41 e Lc 11,19-32 => Jesus apresenta como exemplo a conversão dos ninivitas quando os escribas e fariseus pedem um sinal. Mt 12,40 => Vê em Jonas no ventre do peixe uma figura da permanência de Cristo no sepulcro.