A medicina contra-ataca

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Transcrição da apresentação:

A medicina contra-ataca Remédios fazem bem? Prof. Dr. Luiz Antonio Machado César

ROTEIRO Como são criados e desenvolvidos os medicamentos; O desenvolvimento de medicamentos novos; e como entender os similares e os genéricos. Essa indústria é diferente de outras? Quais os princípios envolvidos na ação dos medicamentos; Sempre sabemos como funcionam exatamente? Riscos e benefícios do uso do medicamento; o peso que pesa na consciência do médico. Qual o trajeto até os medicamentos chegarem ao mercado. Como eles são retirados do mercado; A importância da farmacovigilância, a necessidade do retorno de informação dos médicos e a interação medicamentosa Síntese do módulo: o sucesso da terapêutica medicamentosa, ou farmacoterapia, depende do desenvolvimento de medicamentos de qualidade, eficazes e seguros. Depende também do uso racional dos medicamentos. Neste módulo serão abordados os aspectos fundamentais sobre a origem e os tipos de medicamentos disponíveis no mercado, seu mecanismo de ação, interações potenciais, além dos riscos e benefícios para os consumidores.

Fauna e Flora são a base: Efeitos avaliados em testes clínicos 2. DE ONDE VEM? Fauna e Flora são a base: Efeitos avaliados em testes clínicos Isolamento do princípio ativo Pesquisa de mecanismo de ação Descobrimentos em laboratório de: Receptores (proteínas), canais iônicos Princípios ativos avaliados Um de 200-400

4. COMO FUNCIONAM? Bloqueiam canais iônicos Antiarritmicos Antidiabéticos Antagonizam receptores Antihipertensivos, anticoagulantes Alteram receptores (combinando com proteínas) Bloqueiam enzima Antibióticos, anticancerígenos

Canal f Corrente If CANAIS E RECEPTORES Receptor muscarinico Canal de cálcio T Célula do Nó Sinusal Canal de cálcio L Canal de potássio

CANAIS

DO BENEFÍCIO À TOXICIDADE Digoxina tem dose terapêutica que pode ser tóxica. Cumarínico tem dose terapêutica muito próxima daquela da janela terapêutica, portanto da inficácia também Efeito nenhum Efeito tóxico Tome um comprimido 2ª, 4ª , 6ª, E meio nas quintas e sábados e não tome no domingo......DEPOIS DE UMA SEMANA AGORA meio 2ª 4ª 6ª um no sábado e quinta e domingo efeito ideal

Diferente de outras indústrias?? Experiência em animais – camundongos, coelhos, cães para avaliar efeitos e toxicologia (doses tóxicas). DE CENTENAS Fase 1 humanos (uma a duas dezenas)- Teste em voluntários para efeito e toxicologia – geralmente pagam-se prisioneiros (EUA). Fase 2 humanos – Testes em voluntários para eficácia de dose e segurança. Fase 3 humanos- Estudos iniciais para confirmar eficácia e depois estudos para reconfirmar e completar segurança em grande escala. PARA UM FÁRMACO 1a 2a 5a 5. FASES DOS ESTUDOS 400 a 800 milhões (US$) Diferente de outras indústrias??

Reconfirmação de segurança a longo prazo. 5. DILEMAS DOS MÉDICOS Após estudos iniciais de fase 3, são liberados para a comercialização. Raramente, após fase 2 (casos de antiproliferativos, antineoplásicos) No passado estudos com dezenas de pacientes. Hoje, centenas. Público alvo: 1-médicos 2- leigos Comprovação de eficácia a longo prazo: novos estudos de fase 3 (milhares) e os de fase 4. Reconfirmação de segurança a longo prazo.

5 e 6. RETIRADA DE UM FÁRMACO DA COMERCIALIZAÇÃO Farmacovigilância aponta efeitos colaterais em maior número e mais graves do que os observados na fase 3. Reanálise dos dados. Metanálises. Discussões nos orgãos reguladores Talidominda, fen-fen, mibefradil, cerivastatina, rosiglitazona, etc.

JULIANA VINES ENVIADA ESPECIAL A GRAMADO (RS) sibutramina não aumenta risco de doença cardiovascular, dizem especialistas Publicidade JULIANA VINES ENVIADA ESPECIAL A GRAMADO (RS) A ingestão de sibutramina, mesmo a longo prazo, não aumenta o risco de infarto ou AVC em pacientes sem histórico de doenças cardiovasculares. A conclusão foi divulgada na última quinta-feira na revista "New England Journal of Medicine". "Isso prova que a bula do medicamento sempre esteve certa e que as conclusões anteriores eram precipitadas", disse o endocrinologista Walmir Coutinho durante o 29º Congresso de Endocrinologia e Metabologia esta semana, em Gramado. O estudo foi realizado com 10.000 pessoas durante seis anos e teve a participação de oito países, incluindo o Brasil. Constatou-se que pacientes com doenças cardiovasculares tiveram um aumento de 16% no risco de ter infarto ou AVC não fatal. "Essa sempre foi uma contraindicação da droga", complementa Coutinho. Não houve relatos de pacientes com problemas psicológicos, como dependência ou depressão. No início do ano, a Agência Europeia de Medicamentos (Emea) proibiu a venda de sibutramina depois da divulgação de alguns dados parciais do mesmo estudo. Em março, a Anvisa tornou obrigatória a apresentação de receita azul para a venda do medicamento. Em julho, determinou que a dose máxima a ser receitada não deve passar de 15 miligramas diárias. "Houve uma interpretação errada dos resultados. Não é necessário enquadrar o produto como uma droga capaz de causar dependência. Isso só dificulta o tratamento e afasta pacientes", afirma Ricardo Meirelles, presidente da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE Original Article Effect of Sibutramine on Cardiovascular Outcomes in Overweight and Obese Subjects W. Philip T. James, M.D., D.Sc., Ian D. Caterson, M.D., Ph.D., Walmir Coutinho, M.D., D.Sc., Nick Finer, M.B., B.S., Luc F. Van Gaal, M.D., Ph.D., Aldo P. Maggioni, M.D., Christian Torp-Pedersen, M.D., Ph.D., Arya M. Sharma, M.D., Ph.D., Gillian M. Shepherd, B.Sc., Richard A. Rode, Ph.D., and Cheryl L. Renz, M.D. for the SCOUT Investigators N Engl J Med 2010; 363:905-917September 2, 2010 Background The long-term effects of sibutramine treatment on the rates of cardiovascular events and cardiovascular death among subjects at high cardiovascular risk have not been established. Methods We enrolled in our study 10,744 overweight or obese subjects, 55 years of age or older, with preexisting cardiovascular disease, type 2 diabetes mellitus, or both to assess the cardiovascular consequences of weight management with and without sibutramine in subjects at high risk for cardiovascular events. All the subjects received sibutramine in addition to participating in a weight-management program during a 6-week, single-blind, lead-in period, after which 9804 subjects underwent random assignment in a double-blind fashion to sibutramine (4906 subjects) or placebo (4898 subjects). The primary end point was the time from randomization to the first occurrence of a primary outcome event (nonfatal myocardial infarction, nonfatal stroke, resuscitation after cardiac arrest, or cardiovascular death). Results The mean duration of treatment was 3.4 years. The mean weight loss during the lead-in period was 2.6 kg; after randomization, the subjects in the sibutramine group achieved and maintained further weight reduction (mean, 1.7 kg). The mean blood pressure decreased in both groups, with greater reductions in the placebo group than in the sibutramine group (mean difference, 1.2/1.4 mm Hg). The risk of a primary outcome event was 11.4% in the sibutramine group as compared with 10.0% in the placebo group (hazard ratio, 1.16; 95% confidence interval [CI], 1.03 to 1.31; P=0.02). The rates of nonfatal myocardial infarction and nonfatal stroke were 4.1% and 2.6% in the sibutramine group and 3.2% and 1.9% in the placebo group, respectively (hazard ratio for nonfatal myocardial infarction, 1.28; 95% CI, 1.04 to 1.57; P=0.02; hazard ratio for nonfatal stroke, 1.36; 95% CI, 1.04 to 1.77; P=0.03). The rates of cardiovascular death and death from any cause were not increased. Conclusions Subjects with preexisting cardiovascular conditions who were receiving long-term sibutramine treatment had an increased risk of nonfatal myocardial infarction and nonfatal stroke but not of cardiovascular death or death from any cause. (Funded by Abbott; ClinicalTrials.gov number, NCT00234832.) VER ARTIGO ORIGINAL NECESSIDADE DE TER DOENÇA CORONARIANA ou ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ou DOENÇA PERIFÉRICA. OU DIABETES E HAS, ou LIPIDES AUMENTADOS ou FUMANTE ou DOENÇA RENAL DO DIABÉTICO)

UM INFARTO para cada 111 tratados UM AVC para cada 142 tratados NNT NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE Original Article Effect of Sibutramine on Cardiovascular Outcomes in Overweight and Obese Subjects W. Philip T. James, M.D., D.Sc., Ian D. Caterson, M.D., Ph.D., Walmir Coutinho, M.D., D.Sc., Nick Finer, M.B., B.S., Luc F. Van Gaal, M.D., Ph.D., Aldo P. Maggioni, M.D., Christian Torp-Pedersen, M.D., Ph.D., Arya M. Sharma, M.D., Ph.D., Gillian M. Shepherd, B.Sc., Richard A. Rode, Ph.D., and Cheryl L. Renz, M.D. for the SCOUT Investigators N Engl J Med 2010; 363:905-917September 2, 2010 Background The long-term effects of sibutramine treatment on the rates of cardiovascular events and cardiovascular death among subjects at high cardiovascular risk have not been established. Methods We enrolled in our study 10,744 overweight or obese subjects, 55 years of age or older, with preexisting cardiovascular disease, type 2 diabetes mellitus, or both to assess the cardiovascular consequences of weight management with and without sibutramine in subjects at high risk for cardiovascular events. All the subjects received sibutramine in addition to participating in a weight-management program during a 6-week, single-blind, lead-in period, after which 9804 subjects underwent random assignment in a double-blind fashion to sibutramine (4906 subjects) or placebo (4898 subjects). The primary end point was the time from randomization to the first occurrence of a primary outcome event (nonfatal myocardial infarction, nonfatal stroke, resuscitation after cardiac arrest, or cardiovascular death). Results The mean duration of treatment was 3.4 years. The mean weight loss during the lead-in period was 2.6 kg; after randomization, the subjects in the sibutramine group achieved and maintained further weight reduction (mean, 1.7 kg). The mean blood pressure decreased in both groups, with greater reductions in the placebo group than in the sibutramine group (mean difference, 1.2/1.4 mm Hg). The risk of a primary outcome event was 11.4% in the sibutramine group as compared with 10.0% in the placebo group (hazard ratio, 1.16; 95% confidence interval [CI], 1.03 to 1.31; P=0.02). The rates of nonfatal myocardial infarction and nonfatal stroke were 4.1% and 2.6% in the sibutramine group and 3.2% and 1.9% in the placebo group, respectively (hazard ratio for nonfatal myocardial infarction, 1.28; 95% CI, 1.04 to 1.57; P=0.02; hazard ratio for nonfatal stroke, 1.36; 95% CI, 1.04 to 1.77; P=0.03). The rates of cardiovascular death and death from any cause were not increased. Conclusions Subjects with preexisting cardiovascular conditions who were receiving long-term sibutramine treatment had an increased risk of nonfatal myocardial infarction and nonfatal stroke but not of cardiovascular death or death from any cause. (Funded by Abbott; ClinicalTrials.gov number, NCT00234832.) UM INFARTO para cada 111 tratados UM AVC para cada 142 tratados NNT

MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS ????????????????????????????? Sempre decidimos com evidências. Na maioria das vezes as evidências são poucas. Às vezes essa são incontestáveis. Evidência para o médico? Para a indústria? Ou para os financiadores da saúde?

Statins and All-Cause Mortality in High-Risk Primary Prevention A Meta-analysis of 11 Randomized Controlled Trials Involving 65 229 Participants Kausik K. Ray, MD, MPhil, FACC, FESC; Sreenivasa Rao Kondapally Seshasai, MD, MPhil; Sebhat Erqou, MD, MPhil, PhD; Peter Sever, PhD, FRCP, FESC; J. Wouter Jukema, MD, PhD; Ian Ford, PhD; Naveed Sattar, FRCPath Arch Intern Med. 2010;170(12):1024-1031. ABSTRACT                                    Background  Statins have been shown to reduce the risk of all-cause mortality among individuals with clinical history of coronary heart disease. However, it remains uncertain whether statins have similar mortality benefit in a high-risk primary prevention setting. Notably, all systematic reviews to date included trials that in part incorporated participants with prior cardiovascular disease (CVD) at baseline. Our objective was to reliably determine if statin therapy reduces all-cause mortality among intermediate to high-risk individuals without a history of CVD. Data Sources  Trials were identified through computerized literature searches of MEDLINE and Cochrane databases (January 1970-May 2009) using terms related to statins, clinical trials, and cardiovascular end points and through bibliographies of retrieved studies. Study Selection  Prospective, randomized controlled trials of statin therapy performed in individuals free from CVD at baseline and that reported details, or could supply data, on all-cause mortality. Data Extraction  Relevant data including the number of patients randomized, mean duration of follow-up, and the number of incident deaths were obtained from the principal publication or by correspondence with the investigators. Data Synthesis  Data were combined from 11 studies and effect estimates were pooled using a random-effects model meta-analysis, with heterogeneity assessed with the I2 statistic. Data were available on 65 229 participants followed for approximately 244 000 person-years, during which 2793 deaths occurred. The use of statins in this high-risk primary prevention setting was not associated with a statistically significant reduction (risk ratio, 0.91; 95% confidence interval, 0.83-1.01) in the risk of all-cause mortality. There was no statistical evidence of heterogeneity among studies (I2 = 23%; 95% confidence interval, 0%-61% [P = .23]). Conclusion  This literature-based meta-analysis did not find evidence for the benefit of statin therapy on all-cause mortality in a high-risk primary prevention set-up.

Relationship between baseline age of participants and mortality rates in 11 randomized trials of statins among participants without prior coronary heart disease at baseline Taxa de mortes em cada grupo (por 1000 pessoas-anos, %) Idade em anos, no basal Ray, K. K. et al. Arch Intern Med 2010;170:1024-1031. Copyright restrictions may apply.