1 Assessoria Econômica da FEDERASUL Aumento das Tarifas de Importação: Protecionismo ou Legítima Defesa?

Aumento do Protecionismo Brasileiro O governo brasileiro aprovou a elevação do Imposto de Importação para 100 produtos –Incluem bens de capital, siderurgia, petroquímica e medicamentos. Grande parte das alíquotas, que variavam entre 12% e 18%, passou para 25% –Se situam abaixo do teto permitido pela OMC de 35%; Ainda depende do aval do Mercosul –Produtos fazem parte da lista de exceção à TEC do bloco O novo Imposto de Importação valerá para as compras brasileiras de países que não pertencem ao Mercosul.

Aumento do Protecionismo Brasileiro Justificativa do Governo –O governo quer proteger o mercado doméstico da concorrência de importados neste momento em que o acirramento da crise internacional reduziu a demanda mundial; –O Brasil não seria um dos países mais protecionistas; –Seria legítima defesa em relação ao “quantititive easing” adotado pelos Estados Unidos, que afetaria a taxa de câmbio Munição para a chamada “guerra cambial”.

Medidas Protecionistas e Liberalizantes desde Janeiro de 2008 Fonte: Global Trade Alert.

Variação Cambial em relação ao Dólar % nos últimos 12 meses - Agosto de 2012 Fonte: The Economist.

Evolução da Taxa de Câmbio (R$/US$) Fonte: Banco Central. Desvalorização do real de 31%, desde junho/2011!

Aumento do Protecionismo Brasileiro Proteger não é uma Boa Ideia –Protecionismo não torna um país mais competitivo Ao reduzir a competição, desestimula a busca por inovação das empresas nacionais, levando a uma perda ainda maior de competitividade no longo prazo; Reduz a variedade e a qualidade dos produtos disponíveis aos consumidores. –Impacto negativo sobre a inflação Ao reduzir a oferta, tende a elevar os preços dos produtos protegidos no país.

Aumento do Protecionismo Brasileiro Momento Inoportuno –Inflação está voltando a subir e a elevação das tarifas irá pressionar ainda mais as taxas de inflação O consumidor brasileiro, portanto, é que irá pagar a conta da adoção dessa medida. –Essa medida contraria uma resolução dos países do G20, grupo do qual o Brasil faz parte Em junho passado, países acordaram em estender até 2014 seu compromisso de não adotar medidas protecionistas. –Portanto, quer seja por motivos conceituais, quer seja por razões conjunturais, o aumento das alíquotas de importação desses produtos, mesmo que alicerçado no interesses de alguns setores, não deixa de ser uma péssima ideia.