Fluxo de Caixa - Construção

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Transcrição da apresentação:

Fluxo de Caixa - Construção Fonte: Adaptado de Avaliação de Projetos de Investimento, Juan Carlos Lapponi, 2000 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1004 – Linguagem de Programação para Engª de Produção Prof. Ricardo Rezende, D.S.

Apresentação A construção do fluxo de caixa de um projeto de investimento tem 3 partes básicas ou atividades bem definidas que ocorrem durante o prazo de análise do projeto: Data zero – ocorrem os investimentos em ativos fixos e em capital de giro Data terminal – o capital de giro é integralmente recuperado e os ativos fixos poderão ser recuperados parcialmente pelo seu valor residual Da data um até a data terminal – durante o prazo de análise o investimento gerará retornos líquidos, denominados fluxo de caixa operacional (FCO)

O Prazo de Análise Em geral, os prazos de análise dos empreendimentos empresariais situam-se entre 5 e 10 anos Deve-se considerar ainda que: Prazo de análise grande – para construções, por exemplo, a vida útil dos equipamentos é compatível com o prazo de análise, incluindo as manutenções Ciclo de vida do produto – para o lançamento de um novo produto, o ciclo de vida do produto definirá o prazo de análise do fluxo de caixa, que não deverá ser maior que o prazo necessário para alcançar a fase de declínio do ciclo de vida do produto

O Prazo de Análise Segundo a Instrução Normativa SRF nº 162 (dez1998): Bens Vida útil, anos Depreciação anual Instalações 10 10% Edificações 25 4% Construções pré-fabricadas Máquinas e equipamentos Instrumentos e aparelhos de medição Móveis e utensílios Veículos para transportes de mercadorias 4 25% Automóveis de passageiros 5 20% Sistema de processamento de dados 2 50%

A Depreciação - Dep Algumas estimativas são muito importantes, e a depreciação é uma delas Trata-se de um custo não-monetário (não exige desembolso) que reflete a perda do valor do capital com a idade, uso e obsolescência Também pode ser interpretado como sendo fundos necessários para amortização do capital investido (NORONHA, 1987): em que Dep = depreciação linear, R$.ano-1 n = tempo de planejamento, anos (por exemplo)

O Fluxo de Caixa Operacional - FCO Chama-se lucro bruto operacional (LB) a diferença entre receitas (R) e custos (C): LB = R – C Se deste LB retirarmos a depreciação (Dep), tem- se o lucro tributável (LT): LT = LB – Dep É sobre o LT que a alíquota (T) do imposto de renda (IR) será executada: IR = LT x T = (R – C – Dep) x T

O Fluxo de Caixa Operacional - FCO Deduzindo o imposto de renda IR do lucro bruto operacional LB correspondente obtém-se o fluxo de caixa operacional FCO: FCO = LB – IR = (R – C) – {(R – C – Dep) x T} Trabalhando algebricamente a expressão de FCO: FCO = (R – C) x (1 – T) + Dep x T Se ao FCO for adicionado investimentos fixos, valor residual e capital de giro, tem-se o fluxo de caixa do projeto FC em cada período do investimento; sobre o FC é que se avalia o projeto

O Valor Residual O valor residual relevante de um ativo na data terminal do projeto é igual ao preço de venda do ativo menos a soma das despesas decorrentes da venda (ex.: desmontagem, transporte, etc.) e do imposto de renda decorrente da transação Portanto, na data terminal do projeto, o valor residual de toda a instalação, ou de apenas um equipamento, terá (ou não) um valor de mercado diferente de zero, correspondente ao valor da venda líquida

O Capital de Giro - CG Numa empresa em operação, uma parte de seu capital é usada como capital de giro (CG) para financiar as vendas a prazo, o estoque de produtos acabados, os custos da operação, etc. O CG para o 1º ano de operação é um investimento realizado na data zero; é recuperado na data terminal do projeto; e é um investimento que não tem depreciação e nem tributação O CG pode ser constante ou variar até a data terminal e deverá estar disponível no início de cada período (ou no final do período anterior)

O Fluxo de Caixa Exemplo 1 - A tabela seguinte registra as receitas e os custos relevantes de um projeto de investimento com prazo de análise de 4 anos: Construir o fluxo de caixa do projeto considerando: O investimento na data zero igual a $250.000 A depreciação será total e linear durante os 4 anos

O Fluxo de Caixa Exemplo 1 – Solução: Observe que:

O Fluxo de Caixa Exemplo 2 – Verificar se o projeto de investimento do Exemplo 1 deve ser aceito pelo método do VPL, considerando a taxa mínima requerida pela empresa para este projeto de 10% ao ano:

O Fluxo de Caixa Exemplo 3 – As estimativas relevantes do projeto de expansão são as seguintes: Prazo de análise de 5 anos Investimento na data zero igual a $2.750.000 Depreciação total e linear durante os 5 anos Alíquota do imposto de renda igual a 35% Valor residual nulo, na data terminal do investimento Receitas anuais e custos anuais:  Verificar pelo método do VPL com 12% ao ano

O Fluxo de Caixa Exemplo 3 – Solução Como o VPL do fluxo de caixa FC é $480.767, o investimento deve ser aceito

O Fluxo de Caixa Exemplo 4 O Gerente Financeiro não aceitou analisar o projeto de investimento do Exemplo 3 se não for incluído o investimento em capital de giro Verificar então se este projeto deve ser aceito considerando que as necessidades anuais de capital de giro são estimadas em $500.000

O Fluxo de Caixa Exemplo 4 – Solução Observe que VPL = $264.480 (contra $480.767) Qual foi o custo do CG?

O Fluxo de Caixa Exemplo 5 Depois de analisar o projeto de investimento com capital de giro incluído, o gerente financeiro ponderou que, como as receitas, o capital de giro também poderia ser variável; historicamente, o capital de giro na empresa é de 25% das receitas Verificar se o projeto deve ser aceito considerando que as necessidades anuais de capital de giro são estimadas em 25% das receitas

O Fluxo de Caixa Exemplo 5 – Solução Compare o valor do VPL com o obtido no Exemplo 3; qual foi o custo do CG variável?