Turma do curso de Pós-Graduação em Rio Grande do Sul/FAPA Passeio pelo Centro Histórico de Porto Alegre Professora Ana Lúcia Meire Em 03/07/2010

Sobre a Catedral Metropolitana Atualmente, a cúpula da Catedral é revestida de cobre, que era o projeto original. Porém, isso só foi possível devido ao apoio da iniciativa privada. Nos últimos 10 anos, o projeto de restauro da Catedral Metropolitana foi inscrito numa lei de incentivo federal. A na Lúcia do IPHAN, nossa guia pelo Centro de Porto Alegre e professora da FAPA

Sobre o Palácio Piratini Sede do governo do estado. O edifício foi incluído no Projeto Monumenta do Ministério da Cultura com apoio do BID e da UNESCO, voltado à revitalização de centros históricos do Brasil, e desde 1986 é considerado Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Em 2000, o Piratini foi tombado pelo IPHAN. Conforme Ana Lúcia, os prédios antigos de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul são ecléticos e/ou provenientes do historicismo.

A obra no Salão Negrinho do Pastoreio é uma ação do Ministério Público e também do IPHAN, porque o Palácio é tombado em nível nacional, e estava em péssimo estado de conservação. Em função disso, foi feito um projeto de restauração desse bem e que está sendo patrocinado pelo Governo do Estado.

Mateus, Talles, Janete, Teresa e Cirano em momento de descontração no Centro de Porto Alegre. Ao fundo, o prédio da Assembleia Legislativa

Memorial do Legislativo Vinculado à Assembleia Legislativa Acervo do Poder Legislativo do Estado

Solar dos Câmara A construção original data do início do século XIX. Um casarão de origem luso-brasileiro, com telhadão de telhas portuguesas e beirais.

No início do século XIX, o casarão pertencia ao Visconde de São Leopoldo, integrante nobre da família dos Câmara. Mais tarde, outro visconde, o de Pelotas, que ao se casar com a filha do Visconde de São Leopoldo, torna-se o novo proprietário do solar. Considerando que a casa tinha um estilo muito antigo para uma família que era tão importante na cidade, a residência, vai sofrer, no final do século XIX, uma reforma geral. O tombamento se dá em 1960.

Theatro São Pedro Patrimônio Histórico Nacional Por iniciativa de uma sociedade acionária de doze cidadãos, que visavam construir um teatro, surge o São Pedro de Alcântara, cujos rendimentos seriam destinados para auxílio da Santa Casa de Misericórdia. Em vista da louvável proposta, o então presidente da província doou em 1833 o terreno para a sua construção. As obras foram iniciadas no ano seguinte, mas estiveram interrompidas por dez anos, ainda na fase dos alicerces, em função da Revolução Farroupilha.

As obras de restauração iniciaram em 1975 sob a orientação de Eva Sopher. Em sua nova fase, o teatro tem sido administrado pela Fundação Theatro São Pedro, criada em 1982.

MULTIPALCO Em 1995, a equipe dirigida por Dona Eva partiu em busca de novos terrenos nas imediações, a fim de expandir o complexo Theatro São Pedro. A partir de um concurso público, em 1998 foi selecionado o projeto dos arquitetos Marco Peres, Dalton Bernardes e Julio Ramos Collares para a construção do Multipalco, cujas obras iniciaram em Quando concluído, o Multipalco contará com teatro italiano, teatro oficina, concha acústica, sala para corpo de baile, sala para orquestra, sala para entrevistas coletivas e reuniões, salas para ensaios, restaurante, praças, cafeteria e bar, quatro lojas e estacionamento.

O projeto do Theatro São Pedro foi feito com uma linguagem arquitetônica contemporânea. Não tenta imitar o passado ou a arquitetura antiga do teatro. As intervenções devem refletir os valores da época e do arquiteto que está trabalhando naquela obra. É importante se projetar como se fosse uma obra contemporânea. Claro que sempre em harmonia com o prédio antigo. Assim, o Theatro São Pedro é uma estrutura nova com vidro, aço e concreto.

Tombamentos no Centro Ruas e praças Ladeira, Matriz e Alfândega Prédios: Teatro São Pedro, Assembleia, Piratini, Biblioteca Pública, etc.

Logo a frente, o Memorial do Judiciário, Tribunal de Justiça No restauro do edifício, a construção de um painel com a trajetória do Estado e das personalidades gaúchas como Getúlio e Brizola.

Praça da Alfândega Um jardim projetado no início do século XX que integra prédios históricos entre o Cais e a Rua da Praia

“Rua da Praia que não tem praia, que não tem rio. Onde as sereias andam de saias e não de maiô. Rua da Praia do jornaleiro, do camelô, do estudante que a aula da tarde gazeou”.

MARGS - Museu de arte do RS

O prédio foi incluído no rol de bens imóveis tombados pelo IPHAN na década de 80. Nos anos 90 foi completamente restaurado. Suas instalações foram adaptadas para fazer dele o Museu de Arte do RS.

Destaca-se na fachada o frontispício com as figuras reclinadas de Ceres (agricultura) e Hermes (comércio), sob um grande brasão da República. No terceiro piso, na base dos torreões, existem estátuas alegóricas da industria, da pecuária, da navegação e da arquitetura. No interior o saguão e o salão principal são decorados com mármore branco, ladrilhos em motivos geométricos no piso, estuques em relevo no teto e azulejos coloridos nas paredes, alguns dos quais com rostos em relevo. Também existe um grande vitral sobre o salão principal e belo trabalho de talha em madeira nas portas e outras aberturas.

Fim do passeio e da tarde agradável no Centro de Porto Alegre Da esquerda: Janete, Carmen e seus filhos, Talles, Carla, Teresa, Alex, Graziela, Tassi, Matheus, Edson, Marco, Cirano, Ricardo, Ana Carla, Renata, Marcio, Juride e Roberta.