Geopolítica Atual: um mundo em construção

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
As origens do mundo atual
Advertisements

A ECONOMIA INDUSTRIAL DA UNIÃO EUROPEIA
A GEOGRAFIA DO PODER.
EUA: A CONQUISTA DA HEGEMONIA POLÍTICA E ECONÔMICA
Guerra Fria Geografia.
O MUNDO ATUAL.
REGIONALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
JAPÃO E OS TIGRES ASIÁTICOS
GUERRA MUNDIAL A Primeira Guerra Mundial é considerada por muitos historiadores como um marco no início do século XX. Foi a partir da Guerra que novas.
Novos Países Industrializados
Geografia Politica.
Atualidades de Geografia Professor : Célio Júnior
A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
GEOPOLÍTICA DO MUNDO ATUAL e AÇÃO ESTADUNIDENSE
REVISÃO 2PRP GEOGRAFIA 9 ANO
A Segunda Revolução Industrial e o Imperialismo
2ª Guerra Mundial.
PODER PARALELO.
A RÚSSIA E A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES
ORDEM MUNDIAL 1945 O mundo em 1945 Com a aproximação do final da Segunda Guerra Mundial, uma nova ordem internacional se delineava. No primeiro semestre.
A globalização econômica nos anos 1950 e 1960
LegoWorld.com Cenários Não-Lineares para o século XX1
A Circulação da Mercadoria
IMAGENS DO TIBETE. IMAGENS DO TIBETE REVOLUÇÃO DA CORÉIA.
CONFLITOS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO
Globalização: Boa ou ruim?.
Atualmente a África do Sul garante o maior PIB do continente.
A ATIVIDADE INDÚSTRIAL NA AFRICA
Brasil de 1964 a 1985 Ditadura Militar. ATOS INSTITUCIONAIS.
A Nova Ordem Mundial Ordem ou Desordem?.
RELAÇÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS NO ESPAÇO MUNDIAL
RÚSSIA E A CEI Potência Geopolítica.
A Nova Ordem Mundial e os Estados Unidos
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939 – 1945)
José Alves de Freitas Neto Célio Ricardo Tasinafo GERAL E DO BRASIL 2.ª edição 2.ª edição.
GEOGRAFIA GERAL E GEOPOLÍTICA
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
Fluxos Migratórios.
GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERALISMO
Estados Unidos.
Revisão 7ª série.
Evandro Albuquerque de Andrade
A reconfiguração do poder na nova ordem mundial
ECONOMIA PÓS - GUERRA 1ª Guerra Mundial: Houve um crescimento na indústria de aço e motores de combustão interna, eletricidade e petróleo. 1929: Queda.
Regionalização mundial segundo o nível de desenvolvimento
Japão e Tigres asiáticos
Política Externa Brasileira
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
NACIONALISMOS E SEPARATISMOS
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
Origens e bases do mundo global.
A GUERRA FRIA
Estabilidade e instabilidade num mundo unipolar
Revisão Cap. 41 e 42.
O espaço industrial Capítulo 26 pág. 374 a 385
Complementação do capítulo 8
Hegemonia dos EUA Influência Cultural: músicas, alimentação vestuário e língua Poderio Econômico: 20% do PIB global Capacidade Militar sem paralelo Causas.
O mundo dividido na era da Globalização
A nova regionalização do mundo
Segunda Guerra Mundial ( ). Causas Vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se.
Globalização. Origens da globalização O que se fala sobre a globalização: - Propagação mundial do capitalismo - Expansão da indústria em direção aos.
GEOGRAFIA GERAL E GEOPOLÍTICA
 Embora seja uma guerra predominantemente europeia, o conflito atingiu dimensões mundiais devido à participação dos EUA e do Japão e à existência.
Rússia e Europa Oriental
Acordo nuclear muda o jogo no Oriente Médio Jornal Mundo – 3ª edição Reportagem de capa Páginas 6 a 9.
GEOPOLÍTICA DA NOVA ORDEM MUNDIAL – CAP. 17 JANDERSON - CIC.
A GUERRA FRIA. DEFINIÇÃO: - Período da História que vai do final da II Guerra Mundial à Queda do Muro de Berlim (1945/1989) Conferência de Ialta Demolição.
Capítulo 4- Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
Transcrição da apresentação:

Geopolítica Atual: um mundo em construção Capítulo 3

Nova Ordem Mundial Pós-Guerra Fria Ordem Multipolar (economia) - EUA, Europa (U.E) e Japão - China e Rússia Ordem Unipolar (militar) Mundo UNIMULTIPOLAR Disputa por mercados Blocos econômicos Transição para o capitalismo Oposição Norte x Sul Globalização Desordem mundial Novos conflitos e terrorismo

Ascensão Japonesa e Alemã* Durante a Guerra Fria, direcionaram investimentos ao desenvolvimento tecnológico e às atividades econômicas; Conquista expressiva do mercado consumidor internacional (multinacionais), com ganhos de produtividade superiores aos EUA; *Alemanha Ocidental

Japão Plano Colombo- ajuda econômica para a reconstrução do país; Estratégia agressiva que culminou na consolidação de sua hegemonia na região do Pacífico, especialmente no Sudeste Asiático; 1990- diminuição de suas taxas de crescimento; 2010 – superado pela economia chinesa (passou de segunda para terceira posição na economia mundial);

Alemanha Beneficiada pelo Plano Marshall e os avanços do Mercado Comum Europeu, atual União Europeia; 1990 – Com a reunificação, tornou-se a maior potência da Europa, através da expansão das empresas alemãs; A Reunificação trouxe vantagens: Ampliação do mercado consumidor; Ampliação das relações econômicas internacionais, especialmente com ex-países socialistas; Intenções de participar do conselho de segurança da ONU; Se comparado com as potências como EUA, Rússia, França, Inglaterra e China, a Alemanha, juntamente com o Japão, possuem uma força militar mais reduzida, além de não possuírem armas de destruição em massa.

China Novo protagonista no cenário mundial Consolidação como potência asiática; Segunda economia do mundo; Faz parte do Conselho de Segurança da ONU, possui o segundo orçamento militar do mundo e faz parte do clube nuclear (países que possuem mais de 200 armas disponíveis); Maior população com mais de 1,3 bilhões de habitantes – consequentemente com um grande potencial de mercado e possui ainda o maior efetivo de forças armadas do mundo (2,3milhões); Maior economia exportadora mundial de mercadorias (Plataformas de exportação);

Questões internas - tensões Independência Tibet Xingiang Mongólia interior Disputas Ilhas e controle das rotas comerciais do Mar da China Meridional e Oriental Reincorporação de Taiwan;

Tibete Localizada no centro-leste da Ásia, é uma região de tradição budista, submissa a autoridade do dalai-lama, com aproximadamente 5,4 milhões de pessoas; Após a dominação dos mongóis por volta de 1240 e um pedido de ajuda do povo tibetano a China em 1720, a região passou a ser controlada definitivamente pelos chineses;

Protestos e repressões marcam o conflito na região Protestos e repressões marcam o conflito na região. Em 2008, devido aos jogos olímpicos no país, monges budistas iniciam novo protesto, o que culmina em um elevado número de mortes; Negociações reivindicando maior autonomia da província ainda continuam; O domínio chinês nunca foi aceito pelos tibetanos que através de rebeliões, como a de 1959, mostravam a sua resistência sendo a favor da indepedência da região;

Xinjiang O governo chinês estimula a migração de chineses da etnia han (predominante na China e em Xinjiang, 40%) de maneira a tentar garantir o domínio na região; Os uigures acusam o governo chinês de suprimir práticas religiosas e culturais além de favorecer a etnia han a dominar o comércio e concentrar a maior parte da renda; De maioria étnica uigur, é de origem muçulmana ligada aos povos da Ásia Central; https://www.youtube.com/watch?v=7vClA8MKeeE

China: relações internacionais Organização de Cooperação de Shangai - com objetivo de combater o tráfico de drogas ,o terrorismo e o separatismo –almeja tornar-se uma organização militar ampla de defesa e manter os EUA e os europeus longe de recursos, como petróleo e minérios, minimizando sua influência, em regiões como a Ásia Central e Irã; Irã – vem aumentado investimentos na área de exploração de gás natural. (contrariando as posições da Europa e EUA que vem impondo sanções econômicas ao país, devido ao seu programa nuclear; É a principal aliada do Coréia do Norte, apesar de fazer parte do grupo que negocia sua desnuclearização;

China: relações internacionais Juntamente com a Rússia, faz oposição aos demais países do Conselho de Segurança (ONU) no que diz respeito aos países do Oriente Médio e países árabes no conjuntos de ações que ficaram conhecidas como Primavera Árabe; É a maior importadora de petróleo do Sudão, apoiando abertamente um governo responsável pelo massacre de mais de 300 mil pessoas a região de Darfur; Ampliação dos interesses sobre o território africano: compra de áreas com solos férteis com objetivo de assegurar a produção de alimentos para suas cidades, cuja população vem aumentando; novos acordo com diversos setores (petróleo, transportes, energia e telecomunicações) influenciando governos locais;

Rússia na nova ordem Vivenciou intensas com o colapso da URSS; O país atualmente busca consolidar-se como potência; Problemas da atualidade: Crises econômico-financeiras; Aumento da pobreza e da corrupção; Concentração de renda; Separatismos. Chechenia – de maioria muçulmana, declarou-se independente em 1991 e passou por sucessivas invasões das tropas russas que não admitem a separação;

No final da década de 90 passou a fazer parte do G8; Mantém relações de cooperação com o Irã, para a construção de reatores nucleares; O país também vem estreitando os laços com Índia e a China; Acordos para a redução de armas nucleares estratégicas (apesar da redução, ambas ainda possuem um arsenal capaz de destruir o planeta) e combate ao terrorismo; No final da década de 90 passou a fazer parte do G8; É a segunda potência nuclear do planeta; Grandes reservas energéticas em seu território – principalmente gás natural (40% abastece a Europa, gerando dependência) e petróleo;

A supremacia estadunidense É responsável por cerca de 22% de toda produção de bens e geração de serviços do mundo (1/5 do PIB mundial); Com cerca de 4,5 da população mundial, consomem cerca de 18,5% da energia primária produzida no mundo e cerca de 12% das importações mundiais de mercadorias.

A supremacia estadunidense Vários países têm forte dependência dos EUA em seu comércio externo: - O Japão realiza 15% das suas exportações para os EUA; 17% das exportações chinesas têm como destino os EUA; Apesar do crescimento de outros centros econômicos (União Europeia, Japão e os países dos BRICS), a supremacia econômica ainda é norte-americana; A influência dos EUA é muito maior se considerarmos o aspecto político- militar: seu orçamento militar anual é superior aos dez países que mantém os maiores gastos militares do mundo;

A supremacia estadunidense Investimentos militares: satélites artificiais, radares, frota porta-aviões, submarinos nucleares, força aérea equipada (aviões não detectáveis por radares e drones, aviões não tripulados, controlados por computadores); A supremacia dos EUA também é vista nas decisões tomadas pela ONU estas, raramente se opõem aos interesses norte-americanos; o voto dos EUA em organismos como o FMI e o Banco Mundial possui grande peso; Aspectos negativos: - Gastam cerca de 20% de tudo o que o mundo consome, gerando grandes quantidades de lixo e poluentes; - Sua história é marcada por guerras, invasões e deposição de governos em outros países, além de vultosos gastos com a pesquisa, produção de armamentos e manutenção de suas forças militares;

A política externa estadunidense e a geopolítica mundial Período pós 2ª Guerra Mundial – unipolaridade e supremacia militar norte americana; Pax americana Política marcada pelo unilateralismo expressada pelo trecho: “...independentemente das posições e necessidades de outros países, visavam atender a seus interesses e manter a sua supremacia.” (pág. 55) Exemplos: Protocolo de Kyoto- não ratificado, poderia restringir seu desenvolvimento econômico; Protecionismo econômico – prejudicando a exportação de vários países; Guerra do Iraque (2003) – sem aprovação da ONU.

Ocupações e intervenções no século XXI Afeganistão (2001) – após os atentados de 11 de setembro; busca por Osama Bin Laden e destruição das bases da rede terrorista (grupo islâmico fundamentalista) Al Queda e derrotar o governo islâmico liderado pelo regimeTalibã; Iraque (2003) – Acusações feitas ao país: o governo iraquiano financiava grupos terroristas e que detinha a posse de armas de destruição em massa (fato desmentido posteriormente pelo EUA); “Guerra Preventiva” – ações que inclusive independiam da aprovação da ONU;

“Para muitos analistas, o ataque de 11 de setembro criou condições favoráveis e serviu de pretexto para que os EUA atuassem no mundo de acordo com seus próprios interesses econômicos, impondo a sua presença e seu domínio a regiões estratégicas do planeta” – Pág. 56 Lei Patriota – conjunto de medidas que restringiam a privacidade e a liberdade individuais garantidas pela constituição: - permissão pra grampear ligações telefônicas e rastrear mensagens eletrônicas; -controle excessivo na entrada de pessoas no país; - prender, por tempo indeterminado, estrangeiros suspeitos de ligações com grupos terroristas;

Doutrina Bush “Estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos” Política de combate ao terrorismo; Alteração dos padrões da política externa típicos da Guerra Fria, para a “guerra preventiva”, com intervenções frente à ameaças terroristas; Outras determinações: - alianças com outros países para derrotar o terrorismo; - impedimento da ascensão de outra potência militar que pudesse rivalizar com os EUA; - auxílio a países que incentivassem a “liberdade econômica”, ou seja, à países que intensificassem a abertura de seus mercados;

Tal Doutrina procurou consolidar os EUA como potência militar global e também seus interesses econômicos como: - garantia no fornecimento do petróleo (principal fonte energética); - intensificação de sua influência na região do Oriente Médio (posição estratégica entre Ásia, África e Europa) e Ásia Central (áreas inclusive inexploradas de petróleo e gás natural);

O fim da Doutrina Bush 2009 – Barack Obama anunciou o fim da Doutrina Bush e a adoção de medidas baseadas no princípio universal dos direitos humanos; Novos desafios: solucionar problemas de crise econômica; resgatar o prestígio no cenário internacional, abalado nos últimos anos devido uma política avessa a soluções diplomáticas; 2010 – Tratado de redução de armas estratégicas – Start (aproximação diplomática entre EUA e Rússia) – redução de 1/3 das ogivas nucleares;

2011 – retirada de tropas do Iraque, embora tenha mantido o foco na guerra contra o terrorismo (o combate ao terror não é uma estratégia somente dos EUA, ela foi aprovada pelo conselho de segurança do ONU e acatada por outros países); Necessidade de reflexão:no terrorismo não há enfrentamento direto, é um inimigo “invisível”, não tem endereço e possui ramificações internacionais. Esse combate não mantém compromisso com as leis internacionais nem com qualquer convenção de guerra. Ao mesmo tempo que os EUA procura assegurar a sua supremacia, tem sido obrigado a se adaptar à nova realidade: outras potências (Rússia, China União Européia) passam a defender seus interesses no cenário mundial, levando os EUA a optar por ações multilaterais;

Globalização A Globalização "é a interdependência entre todos os povos e economias do globo“ Início: Grandes navegações (séculos XV e XVI) Características: Aumento na velocidade dos meios de comunicação: internet (permite comunicação instantânea através interligação entre os espaços) - antes o que se levavam dias, faz-se hoje em segundos; Aumento na velocidade dos meios de transporte: "encurtam-se as distâncias" através do tempo. Percebe-se um aumento do número de viagens e do turismo internacional; Interligação do Sistema Financeiro - o investimento de ações passa do nacional ao internacional. Uniformização de hábitos e costumes: fast foods, coca-cola, jeans música, filmes etc.

- 1950- 60 norte-americanas GM, Ford etc. Globalização Desnacionalização das Economias nacionais: Exemplo: E.U.A investe no Japão, que investe ou compram ações norte-americanas e alemãs etc; Expansão das Multinacionais: empresas que se deslocam em busca de mão-de-obra, matéria-prima, infra-estruturas e mercado consumidor. - 1950- 60 norte-americanas GM, Ford etc. - 1970 - Européias e japonesas: Fiat, Renault, Nestlé, Volkswagen, Sony, Mitsubichi etc. - Países do Sul: Samsung, Daewoo-Hyundai (Coréia do Sul) ou Banco do Brasil e Petrobrás (Brasil) Formação de Mercados Regionais (blocos comerciais, mercados comuns ou Megablocos) - é a maneira que a globalização mais avança.