América Colonial
Conquista espanhola O processo de conquista foi extremamente violento, contribuindo para a dizimação das populações nativas. O uso da violência deveu-se à ânsia da descoberta dos metais preciosos e da vontade de escravizar os nativos da América. Após a conquista dos territórios, a Espanha iniciou a organização de seu imenso Império Colonial na América, através da imposição de estruturas políticas, econômicas e administrativas que atendessem o seu interesse mercantilista, qual seja, a acumulação de capitais. 1519 - Hernan Cortez conquista o Império Asteca (México). 1531- Francisco Pizarro conquista o Império Inca (Peru).
Organização político-administrativa A administração espanhola era bastante descentralizada, estando cada unidade colonial subordinada diretamente à metrópole. Divisão da área colonial: Vice-reinados: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Prata . Capitanias-gerais : Cuba,Guatemala, Venezuela e Chile. Estrutura Administrativa: Conselho das Índias: ligado diretamente ao rei, ficava encarregado da administração geral das colônias. Casa de Contratação: encarregada da fiscalização, da regulamentação do comércio e da cobrança dos tributos. Poder local: exercido pelos Cabildos e Câmaras Municipais.
Organização econômica Atividade econômica principal: mineração (ouro e prata). A grande quantidade de ouro e prata, retirada da América e enviada para a Europa, compromete o desenvolvimento industrial da Espanha e gera uma "revolução dos preços“. Casa de Contratação: controla o comércio dos metais preciosos. O ouro e a prata devem sair da América diretamente para o porto de Sevilha - sistema de porto único.
Organização econômica Exploração da mão de obra: O trabalho adotado nas minas foi o trabalho compulsório dos indígenas. Encomienda: o colono tinha o direito de explorar o trabalho indígena, em troca de sua cristianização. Repartimiento: A Metrópole faz um recrutamento em massa do indígena, obrigando-o a realizar obras públicas. Este tipo de exploração é semelhante ao utilizado na época pré-colombiana – Mita.
Organização Social A sociedade colonial na América Hispânica estava assim estruturada: Chapetones: espanhóis que vinham para a colônia e ocupavam os cargos burocráticos e administrativos. Criollos: espanhóis nascidos na América. Eram os grandes proprietários de terras e escravos, formavam a elite econômica, muito embora ficassem excluídos das funções políticas. Mestiços Indígenas Africanos
Sociedade na América Espanhola
Sociedade na América Espanhola
Crise do Sistema Colonial Espanhol O processo de independência das colônias espanholas está relacionado: ao desenvolvimento das idéias liberais no século XVIII(Iluminismo, Independência dos Estados Unidos, Revolução Industrial e Revolução Francesa). à capacidade da colônia espanhola em negociar diretamente com potências como a Inglaterra: 1713- a Inglaterra passa a ter direitos sobre o asiento -fornecimento de escravos para as colônias, e o chamado permisso - comércio direto com as colônias. 1797- com o decreto da abertura dos portos, as colônias espanholas passaram a manter relações comercias diretamente com as nações amigas da Espanha. 1799- o governo procurou anular o decreto, provocando uma forte reação.
Processo de Independência O processo de independência da América Hispânica está relacionado ao afastamento do rei Fernando VII em 1808, quando as tropas francesas ocuparam a Espanha. Napoleão Bonaparte nomeia seu irmão, José Bonaparte, como o novo rei da Espanha, desencadeando uma forte reação nas colônias, que passaram a formar as Juntas Governativas - com caráter separatistas e lideradas pelos criollos.
Processo de Independência Antes dos movimentos separatistas ocorreram revoltas coloniais contra o domínio espanhol, destacando-se a revolta dos índios do Peru, liderados por Tupac Amaru. Entre os precursores da independência das colônias hispânicas, destaque para Francisco Miranda, que planejou a independência da Venezuela, movimento que fracassou. O movimento emancipacionista contou com a liderança dos chamados "libertadores da América" - Simón Bolívar, José de San Martin, José Sucre, Bernardo O'Higgins, Augustin Itúrbide, Miguel Hidalgo e José Artigas.
Processo de Independência 1810- O padre Miguel Hidalgo lidera uma tentativa de independência no México. 1811- é proclamada a independência do Paraguai sob a liderança de San Martín. 1816- é proclamada a independência da Argentina sob a liderança de San Martín. 1817- Bernardo O'Higgins liberta o Chile, com a ajuda de San Martín. 1818- sob a liderança de Símon Bolívar surge a Grã- Colômbia, que em 1830 se separam, formando a Colômbia e a Venezuela. 1821- San Martin e Bolívar libertam o Peru. O General Augustin Itúrbide proclama a independência do México. 1822- é proclamada a independência do Equador (Sucre e Bolívar). 1823- as colônias da América Central proclamam a independência, surgindo assim as Províncias Unidas da América Central, divididas posteriormente em diversas Repúblicas: Costa Rica, Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua. 1825- é proclamada a independência da Bolívia, sob o comando de Sucre. 1828- é proclamada a independência do Uruguai. Cuba e São Domingos só tiveram a independência no final do século XIX.
AMÉRICA LATINA (século XIX) Do ponto vista econômico, a independência não rompeu com os laços de dependência em relação às potências europeias. As novas nações continuavam a ser exportadoras de matérias-primas e importadoras de produtos manufaturados. No plano político, os novos dirigentes excluíram qualquer forma de participação popular nas decisões políticas. Duas Fases: a) Da independência até meados do século XIX: abertura ao livre comércio, entrada de grandes volumes de manufaturados britânicos, perda de metais preciosos. O pouco capital e as taxas de juros elevadas são resultantes de uma debilidade exportadora. Neste contexto, os produtos viáveis para a exportação foram: o gado, corantes (cohonilha, anil) minerais preciosos, trigo, café. b) Segunda metade do século XIX: grande entrada de capital estrangeiro através de empréstimos - governo e obras de infra-estrutura. Época de demanda de produtos primários nos países industrializados.
Produtos de exportação AMÉRICA LATINA (século XIX) Estas duas fases caracterizam um período de transição, cujo fundamento básico refere-se à necessidade de mudanças nas sociedades nacionais e em suas respectivas economias, com vistas a agenciar uma larga expansão das atividades exportadoras. Tais transformações indicam três processos básicos: a) abolição da escravidão; b) reforma liberal; c) colonização de áreas desertas. Produtos de exportação Chile: salitre, trigo; Peru: guano; Argentina: trigo, produtos pecuários; Uruguai: produtos pecuários; Bolívia: estanho; Equador: milho, batata; Brasil: borracha, algodão, café; México e Antilhas: açúcar.
AMÉRICA LATINA (século XIX) Caudilhismo: Contexto histórico no qual líderes locais aparecem como porta-vozes dos diferentes segmentos da classe dominante. Este fenômeno ocorre num período pós-independência caracterizado pela falta de um poder político institucionalizado e de um estado organizado juridicamente. Ficam explicitadas, nesse momento, características autoritárias de dominação política baseadas no militarismo e no personalismo.
AMÉRICA LATINA (século XIX) Bolivarismo: Símon Bolívar defende a criação de uma Confederação de países latino-americanos. Contou com a oposição da Inglaterra – querendo a hegemonia econômica na região, e dos Estados Unidos (Doutrina Monroe).