SEMÂNTICA E MORFOSSINTAXE Profa. Eugênia Fernandes

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Transcrição da apresentação:

SEMÂNTICA E MORFOSSINTAXE Profa. Eugênia Fernandes

A ambiguidade Exemplo: Comentário: Correção: “O professor falou com o aluno parado na sala" Comentário: Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: Correção: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".

A ambiguidade “Bruno Gagliasso revela que está escrevendo um livro na bienal”. Não vai dar tempo, porque a Bienal do Livro (Rio) vai apenas até o dia 20 de setembro. Ou Gagliasso acelera a escrita ou o redator muda a manchete para: “Bruno Gagliasso revela, na Bienal, que está escrevendo um livro”.

O mau uso dos possessivos O diretor geral de um banco estava preocupado com um jovem e brilhante diretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo junto dele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o diretor do banco chamou um detetive particular e disse-lhe: “Siga o diretor Lopes uma semana.” O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou: “O diretor Lopes sai normalmente ao meio dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, namora a sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.” Responde o diretor: - “Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.” Logo em seguida, o detetive pergunta. -“Desculpe. Posso tratá-lo por tu?” “Sim, claro”, responde o diretor, surpreendido. “Bom, então vou repetir”, disse o diretor. “O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, namora a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho. QUEM MANDOU O DIRETOR FALTAR ÀS AULAS DE PORTUGUÊS!?

A ambiguidade No exemplo abaixo, a ambiguidade gerada pelo pronome possessivo SUAS, adquire um sentido absurdo e cria um problema na construção do sentido do texto. Que tal corrigir esse problema? Correção: “Recolha as fezes de seu cachorro e mantenha-o fora dos jardins.”

A ambiguidade

A ambiguidade

A ambiguidade

O gerundismo A origem mais provável para tal estrutura remete-se aos manuais americanos de treinamento de operadores de telemarketing, onde a estrutura “we’ll be sending tomorrow” aparecia com freqüência. Ao traduzir para o Português, a estrutura ganhou tradução literal (“vamos estar enviando amanhã”) e se espalhou. O gerundismo é uma locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é demasiadamente impreciso. A expressão “vou estar reservando” dá idéia de um futuro em andamento, no lugar de “vou reservar”, ou ainda, "reservarei", que narra algo que vai ocorrer a partir do momento da fala. Por Marina Cabral - Especialista em Língua Portuguesa e Literatura - Equipe Brasil Escola

O gerundismo . Você PODE ESTAR RESPONDENDO a duas ou três perguntas? Você PODE RESPONDER a duas ou três perguntas? Eu VOU ESTAR CONFIRMANDO os seus dados. Eu VOU CONFIRMAR os seus dados.

A cacofonia Consiste em som desagradável , dando sentido ridículo. Exemplos : Mande-me já isso. Meus afetos por ti são. Já nela não penso mais. Por cada mil habitantes.

Outras frases citadas: - Muito obrigado pelas honras que me já dão Outras frases citadas: - Muito obrigado pelas honras que me já dão. (mijadão) - Nenhum segurança havia dado. (segurança ‘delicado’) - Governo confisca gado de fazendas. (confiscagado) - Olha essa fada. (é safada)

O pleonasmo vicioso Trata-se da repetição desnecessária. Exemplos : O avião sobrevoou sobre a floresta amazônica. A brisa matinal da manhã. Todos foram unânimes. Você deve comparecer em pessoa. Há dias atrás. Precisamos conviver juntos. O pleonasmo vicioso

Dificuldades ortográficas 1. A / há Emprega-se a na indicação de tempo futuro; emprega-se há na indicação de tempo passado. Ex.: Eu não a vejo há muito tempo. Ex.: Ela voltará daqui a um ano. 2. A fim de / afim A fim de é uma locução prepositiva, que indica finalidade; afim é adjetivo e significa semelhante. Ex.: Voltei a fim de resolver esse problema. Ex.: Os dois tinham interesses afins. 3. Catorze / quatorze As duas formas estão corretas.

Dificuldades ortográficas 4. Acerca de / há cerca de Acerca de é uma locução prepositiva e corresponde a “a respeito de”; há cerca de equivale a “há aproximadamente”. Ex.: Falou-me acerca de seus problemas. Ex.: Há cerca de dois anos não o vejo em Campo Grande. 5. Ao invés de / em vez de Ao invés de significa “ao contrário de”; em vez de equivale a “em lugar de”. Ex.: Ao invés de baixar, a taxa de juros subiu neste mês. Ex.: Em vez de nos ajudar, ele nos prejudicou bastante.

Dificuldades ortográficas 6. Aonde / onde Usa-se aonde com verbos dinâmicos, isto é que dão idéia de movimento, equivale a “para onde”; usa-se onde, com verbos que não expressam a idéia de movimento. Ex.: Aonde ele vai assim tão cedo? Ex.: Onde você nasceu? 7. Do ou de o? Dele ou de ele? Junto ou separado? O sujeito não pode ser antecedido de preposição. Por isso o artigo que acompanha o mandachuva da oração é proibido de se casar com o de e outras irmãzinhas. Ex.: Este é o momento certo de o governador falar. 8. Mas / mais Mas é uma conjunção coordenativa adversativa (expressa uma idéia contrária, oposta). Ex: Ele pretendia apoiá-la, mas desistiu. Mais indica quantidade, é o contrário de menos. Ex.: Converse menos e trabalhe mais.

Dificuldades ortográficas 9. Mal / mau A palavra mal classifica-se como: advérbio de modo – contrário de bem, equivale a “incorretamente”. Ex.: O contrato estava mal redigido. substantivo – contrário de bem, pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pro- nome. Ex.: O mal dele é acreditar em tudo que lhe falam.  conjunção subordinativa adverbial temporal – equivale a “assim que”, “logo que”. Ex.: Mal cheguei, começaram as comemorações. Mau é adjetivo e, portanto, modifica um substantivo. Ex.: Ela está sempre de mau humor.

Dificuldades ortográficas 10. SENÃO E SE NÃO Use senão quando equivaler a: “do contrário”, “de outro modo”, “mas sim”, “exceto”, “salvo se”, “a não ser”, Ex: Luta, senão estás perdido Ex: Não era ouro, nem prata, senão ferro. defeito, falha Ex: Não encontrei um senão em seu trabalho. Se não Use se não em frases que indicam condição, alternativa, incerteza, dúvida: Ex: Se não for possível, me avise. (condição) Havia dois jogadores, se não três. (incerteza)

Concordância verbo-nominal Pecados da língua  Dez erros que comprometem a vida social e as pretensões profissionais de qualquer um (Revista Veja, 12 de setembro de 2007) 1) Houveram problemas. “Houve” problemas. Haver, no sentido de existir, é sempre impessoal.

3) Espero que ele seje feliz - Vieram menas pessoas. 2) Se ele dispor de tempo. É erro grave conjugar de forma regular os verbos derivados de ter, vir e pôr. Neste caso, o certo é “dispuser”. 3) Espero que ele seje feliz - Vieram menas pessoas. Dois erros inadmissíveis. A conjugação “seje” não existe. E “menos” não concorda com o substantivo, pois é advérbio e não adjetivo. 4) Ela ficou meia nervosa. “Meio” nervosa. Os advérbios não têm concordância de gênero.

6) Esse assunto é entre eu e ela. 5) Segue anexo duas cópias do contrato. Atenção para a concordância verbal e nominal: “Seguem anexas”. 6) Esse assunto é entre eu e ela. Depois de preposição, pronome oblíquo tônico: entre “mim” e ela. 7) A professora deu um trabalho para mim fazer. Antes de verbo, usa-se o pronome pessoal, e não o oblíquo: para “eu” fazer.

10) O problema vai ser resolvido a nível de empresa. 8) Fazem dois meses que ele não aparece. O verbo fazer indicando tempo é IMPESSOAL: faz dois meses. 9) Vou estar providenciando o seu pagamento. O chamado “gerundismo” não chega a ser erro gramatical, mas é um vício insuportável. “Vou providenciar” é mais elegante. 10) O problema vai ser resolvido a nível de empresa. O febrão do “a nível de” parece ter passado, mas ainda há quem utiliza essa expressão pavorosa. Na frase em questão, “na” ou “pela” empresa são mais exatos e elegantes.

Concordância verbo-nominal Regra básica: verbo concorda com o sujeito Governo decide manter redução de IPI para veículos Cornetas insuportáveis serão mantidas na Copa das Confederações.

Expressões partitivas Parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de... Duas possibilidades de concordância A maioria dos jornalistas aprovou a ideia. A maioria dos jornalistas aprovaram a ideia.

Expressões que indicam quantidade aproximada Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (cerca de..., mais de..., menos de..., perto de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo concorda com o substantivo. Cerca de vinte corpos foram resgatados dos escombros. Perto de quinhentas pessoas compareceram à cerimônia. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

Plural aparente Quando o sujeito é um plural aparente, ou seja, é uma palavra ou expressão com forma de plural, mas sentido de singular, o verbo concorda no singular. Flores não recebe mais acento. Nós é um pronome pessoal do caso reto.

Nomes próprios Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. A concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. As Minas Gerais são inesquecíveis.

Porcentagens Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem seguida de substantivo, o verbo pode concordar com o numeral ou com o substantivo. 25%do orçamento do país deve destinar-se/devem destinar-se à educação. 85% dos entrevistados declararam sua insatisfação com o prefeito. 1% da classe recusou-se a colaborar. 1% dos alunos recusou-se/recusaram-se a colaborar.

Núcleos sinônimos Quando os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou quase sinônimos ou estabelecem uma gradação, o verbo pode concordar no singular: O desalento e a tristeza minou-lhe/minaram-lhe as forças. Um acento, um gesto, uma palavra, um estímulo faria/ fariam muito por ele.

Núcleos unidos por ou ou nem Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por ou ou nem, o verbo no plural indica que a declaração contida no predicado pode ser atribuída conjuntamente a todos os núcleos: Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela incerteza. Nem poder, nem dinheiro o corrompiam.

Expressões correlativas Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como não só... mas/como também..., não só/somente)... mas ainda..., não apenas... mas também..., tanto... quanto... o verbo concorda de preferência no plural: Não só a seca mas também o descaso assolam o Nordeste. Tanto o pai quanto o filho costumavam passar por ali.

Haver e fazer Há graves problemas sociais no país. HAVER: quando indica existência ou acontecimento, é IMPESSOAL. Permanece sempre na 3ª pessoa do singular. Há graves problemas sociais no país. Havia graves problemas... Parece haver graves problemas... Deve ter havido graves problemas...

Haver e fazer Há anos não o procuro. Faz anos que não o procuro. Haver e fazer são IMPESSOAIS quando indicam ideia de tempo. Há anos não o procuro. Faz anos que não o procuro. Fazem 3 meses que estudo na Unioeste.

Ser A concordância do verbo ser é muito rica em detalhes. Em muitas situações, esse verbo deixa de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo. Em outras, pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo que se quer enfatizar.

Ser nas expressões que indicam quantidade (medida, peso, preço, valor), o verbo ser é invariável: Dois quilos é pouco. Vinte mil cruzeiros é demais. Dez minutos é mais do que eu preciso para ir daqui até lá. Um milhão de cruzeiros já foi muito, hoje é pouco, é bem menos do que eu estou precisando.

Ser nas indicações de tempo, o verbo ser concorda com a expressão numérica que o acompanha: É uma hora. São duas horas. São três e vinte. Já é mais de uma hora. Já são mais de duas horas. São cinco para uma. Hoje são vinte de setembro. Hoje é dia vinte de setembro.

Casos especiais de Concordância Nominal I. Adjetivo referente a vários substantivos: 1. Quando o adjetivo vier depois de dois ou mais substantivos do mesmo gênero, há duas possibilidades de concordância:  O adjetivo assume o gênero do substantivo e vai para o plural, ou concorda em gênero e número com o mais próximo. Ex.: O governador recebeu ministro e secretário espanhol. concordou apenas com o mais próximo Ex.: O governador recebeu ministro e secretário espanhóis. masculino/plural

2. Quando o adjetivo vier posposto a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, também há duas possibilidades de concordância:  O adjetivo vai para o masculino plural ou concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Ex.: Ele apresentou argumento e razão justos. masculino/plural Ex.: Ele apresentou argumento e razão justa. concordou com o substantivo mais próximo Ex.: Ele apresentou razão e argumento justo. concordou com o substantivo mais próximo.

II. Dois ou mais adjetivos referentes a um substantivo determinado por artigo: Admitem duas possibilidades: a) O substantivo fica no singular e põe-se o artigo também antes do segundo adjetivo. Ex.: Meu professor ensina a língua inglesa e a francesa. b) O substantivo fica no plural e omite-se o artigo antes do segundo adjetivo: Ex.: Meu professor ensina as línguas inglesa e francesa.

Casos particulares de Concordância Nominal 1. As palavras menos, alerta e pseudo são advérbios e ficam invariáveis. Ex.: Os soldados estavam alerta. Há menos pessoas do que prevíamos. 2. As expressões é proibido, é necessário, é bom, é preciso quando se referem a palavras desacompanhadas de determinantes, tomadas, portanto, em sua generalidade, ficam invariáveis. Ex.: É proibido entrada. Cerveja é bom. Coragem é necessário. Porém, se a palavra estiver acompanhada de determinante, com ela devem concordar. Ex.: É proibida a entrada. A cerveja é boa. A coragem é necessária.

3. As palavras bastante, meio, pouco, muito, caro, barato a) Quando têm valor de adjetivo, concordam com o substantivo. Ex.: Serviu-nos meia porção de arroz. Conversamos bastantes vezes a esse respeito. Os automóveis estão caros. As frutas estão baratas. Já é meio-dia e meia. b) Quando têm valor de advérbio ficam invariáveis. Ex.: Maria está meio aborrecida. Os alunos são bastante estudiosos. Esses automóveis custam caro. As laranjas custam barato. Estamos muito cansadas.

4. Os adjetivos anexo, obrigado, incluso, mesmo, próprio, só, leso, quite concordam com o substantivo a que se referem. Ex.: Seguem anexos os documentos da partilha de bens. A carta segue anexa. Os documentos estão inclusos. Ela mesma redigiu a carta. Eles estão sós. Estou quite com você. Muito obrigada – disse ela. Observação: Os advérbios só (equivalente a somente), menos e alerta e as expressões em anexo e a sós são invariáveis. Ex.: Elas só esperam uma nova oportunidade. Leia a carta e veja as fotografias em anexo. As meninas ficaram a sós no quarto.

CONTATO lia.unb@gmail.com