Denotação, Conotação e Polissemia

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Transcrição da apresentação:

Denotação, Conotação e Polissemia Denotação é o significado objetivo da palavra; é a palavra imobilizada em seu estado fixo de dicionário. Conotação é, o significado subjetivo da palavra, decorrente das evocações que a palavra provoca por associação de quem a ouve ou fala.

Polissemia O vocábulo amplia seu campo de significação, revelando um procedimento essencial para que se mantenha a vitalidade do idioma – uma renovação chamada polissemia.

Polissemia A polissemia confere às línguas humanas a flexibilidade de que elas precisam para exprimirem todos os inumeráveis aspectos da realidade. Conseqüentemente, a maioria das palavras são polissêmicas em algum grau.

Ambigüidade A multiplicidade de sentidos, apresentada pelas palavras, em função do contexto em que são utilizadas, pode gerar ambigüidade, que é a propriedade de certas frases que apresentam vários sentidos.

Ambigüidade A ambigüidade pode ser do léxico, quando certos morfemas léxicos têm vários sentidos:

Ambigüidade Há pelo menos dois sentidos, porque companhia, no caso, pode ter dois sentidos: o de “empresa” (Ele estava na minha empresa) ou de uma “pessoa” (Ele estava comigo). Fala-se então de ambigüidade léxica.

O magistrado julga as crianças culpadas. Ambigüidade Na frase: O magistrado julga as crianças culpadas. a) O magistrado julga que as crianças são culpadas? ou b) O magistrado julga as crianças que são culpadas?

Ambigüidade “Jorge ama Rosa tanto quanto João” A ambigüidade pode se originar do fato de a frase ter uma estrutura sintática suscetível de várias interpretações. Fala-se então de ambigüidade sintática ou de homonímia de construção. Assim, a frase “Jorge ama Rosa tanto quanto João” corresponde a: a) Jorge ama Rosa tanto quanto João ama Rosa. b) Jorge ama Rosa tanto quanto ele ama João.

Texto Literário e Texto Não-Literário Elementos que caracterizam o texto literário são: 1. Valorização da forma: 2. Reflexão sobre o real 3. Reconstrução da linguagem 4. Plurissignificação

O texto literário Acrobatismo (Cassiano Ricardo) Parou o vento. Todas as árvores quiseram ver o salto original. Então quedaram-se todas com os seus anéis azuis de orvalho e os seus colares de ouro teatral, prestando muita atenção.

O texto literário Foi como se um silêncio fofo de veludo Começasse a passear seus pés de lã por tudo. Nisto uma folha sai, muito viva, de uma rama, e vai cair sem o menor rumor sobre o tapete da grama. É um louva-a-deus lépido e longo que se jogou de um trapézio como um pequeno palhaço verde e lá se foi a rodopiar às cambalhotas no ar.

Linguagem Figurada Criatividade, originalidade e até veiculação do exótico, por meio de recursos estilísticos: Comparação: aproximação de dois seres pela sua semelhança — as características de um são atribuídas ao outro ligadas por um elemento comparativo — como, tal qual, semelhante a, que nem, etc: Paulo é forte como um touro.

Metáfora: comparação mental — dois ou mais elementos comparados em relação a uma qualidade comum — uma representação mental de uma realidade sensível. Raciocínio básico: O leão é forte. Meu amigo é forte. (Fato) Meu amigo é forte como um leão. (Comparação) Meu amigo é um leão. (Metáfora)

Metonímia: Uso de uma palavra em lugar de outra, por um processo de semelhança existente entre elas. Principais casos: a) o nome do autor pela obra – Ler Machado de Assis é complicado. (as obras de Machado de Assis) b) o nome da divindade pela função – Marte entra com força no terceiro milênio. (Marte: Deusa da guerra) c) o continente pelo conteúdo – Tome apenas uma xícara desse chá. (o chá contido na xícara) d) o lugar pelo produto característico – Tomar champanhe em festas é comum. (produto originário da região francesa de Champagne)

e) a causa pela conseqüência – Estão destruindo o verde do País e) a causa pela conseqüência – Estão destruindo o verde do País. (as matas) f) o concreto pelo abstrato – O futuro pertence aos jovens. (juventude) g) a marca pelo produto – Ele sempre gostou de coca-cola. (refrigerante à base de cola) h) o efeito pela causa – Sócrates tomou a morte. (veneno) i) o conteúdo pelo continente – As ondas beijavam a areia. (a praia) j) o instrumento pela pessoa – Ele é um bom garfo. (comilão) l) o sinal pela coisa significada – A cruz atingirá o Oriente. (Cristianismo)

Observação – Alguns autores consideram os casos abaixo como sinédoque: a) o todo pela parte – As rodas levam progresso ao Brasil inteiro. (os caminhões) b) o singular pelo plural – O francês é famoso por sua culinária. (os franceses) c) a matéria pelo instrumento – Chegara a hora das cordas. (instrumentos de corda) d) o abstrato pelo concreto – A audácia vencerá sempre. (audaciosos)

Buscas a morte, eu, a vida; buscas as trevas, eu, a luz. Antítese: palavras que se opõem quanto ao sentido: Buscas a morte, eu, a vida; buscas as trevas, eu, a luz. Pleonasmo: repetição de uma idéia, com repetição ou não das mesmas palavras: Resta-me a mim somente um caminho.

Prosopopéia ou personificação: atribuir características animadas ou humanas a seres inanimados ou irracionais: Ontem, as estrelas contavam histórias; hoje, choram mortos. Ironia: dizer exatamente o contrário do que realmente se deseja: A excelente D. Escolástica era mestra na arte de judiar de crianças.

Eufemismo: utilização de formas mais suaves para amenizar expressões que possam chocar o interlocutor: Ficou rico usando os meios ilícitos dentro daquele país. Hipérbole: expressão intencionalmente exagerada, com a finalidade de impressionar o interlocutor. Ele se afogava num dilúvio de e-mails todo final de semana.

Já da morte o palor me cobre o rosto Inversão (Hipérbato): inversão da ordem natural da oração – sujeito, verbo, complementos, com a finalidade de enfatizar certas palavras ou expressões: Já da morte o palor me cobre o rosto Álvares de Azevedo Elipse : omissão de um termo, facilmente subentendido: Sairemos mais cedo hoje. (nós)

Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente Paradoxo: antítese levada ao extremo, quebrando-se a lógica, chegando a atingir o absurdo: Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer. Camões

Eles seguem para direita, nós, para a esquerda. Zeugma: omissão de um termo que já apareceu anteriormente: Eles seguem para direita, nós, para a esquerda. Polissíndeto: repetição de uma conjunção, com a finalidade de intensificar o conteúdo. E rola, e rebola, e mexe, e remexe... Assíndeto: ausência do elemento conectivo. Trançou os cabelos, colocou o xale, saiu apressada.

Tem mais samba a maldade que a ferida... Chico Buarque Anáfora: repetição de palavras no início das frases ou dos versos. Tem mais samba no encontro que na espera. / Tem mais samba a maldade que a ferida... Chico Buarque Silepse: concordância que se faz com a idéia e não com a estrutura lingüística. Pode ser: * de gênero: Vossa Majestade mostrou-se preocupado. * de número: O povo assustaram-se com os impostos. * de pessoa: Os brasileiros somos hospitaleiros.

Antonomásia: substituição de um nome próprio por um nome comum, por um apelido ou por um título que tornou a pessoa conhecida. O Poeta dos Escravos (Castro Alves). Apóstrofe: invocação, num chamado. Deus, ó Deus, onde estás que não respondes? (Castro Alves). Gradação: disposição das idéias, numa ordem seqüente para maior ou menor intensidade. Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!...