Karl Marx: História, Dialética e Revolução

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Transcrição da apresentação:

Karl Marx: História, Dialética e Revolução A História como prova da ruptura marxista

Em qual contexto histórico Marx desenvolveu sua teoria? Marx iniciou seu trabalho teórico, na era do desenvolvimento do capitalismo industrial (ampliação da capacidade tecnológica de domínio da natureza pelo trabalho e pela técnica) pós revolução industrial, pós revolução francesa e pós codificação do direito, no decorrer do século XIX. A burguesia se organizava por meio do Estado liberal, enquanto os trabalhadores se organizavam em associações profissionais ou em sindicatos para as lutas econômicas, sociais e políticas. Um tempo de revoluções populares, greves e revoltas eclodiam em toda parte. Na França em 1830, 1848 e no Brasil em 1958 acontece a primeira greve dos trabalhadores urbanos. .

As principais correntes socialistas modernas são: Socialismo utópico, Anarquismo e o Comunismo ou socialismo científico esta última representada por Marx e Engels. Diferentemente dos pensadores, até então, é acentuada a sua preocupação de colocar sua obra a serviço da classe proletariada, afastando-se das perspectivas contemplativas anteriormente existentes. “Marx não admite uma filosofia de Gabinete”. (Bittar, 2010) Marx e Engels representam uma mudança decisiva no modo de conceber a política e a relação entre sociedade e poder. Sua obra é uma crítica ao socialismo utópico, ao anarquismo e ao Estado Liberal.

Hegel e Marx A crítica de Marx a Hegel diz respeito fundamentalmente ao seu idealismo. A interpretação Hegeliana do processo históroco e da formação da consciência restringe-se ao plano das idéas e representações, do saber e da cultura, não levando em conta as bases materiais da sociedade em que este saber e esta cultura são produzidas, e em que a consciência individual é formada.

O que é o MATERIALISMO HISTÓRICO? Marx e Engels afirmaram que, ao contrário do que se pensa, não são as ideias humanas que movem a história, mas são as condições históricas que produzem as ideias. Por afirmarem que a consciência humana é determinada a pensar as ideias que pensa por causa das condições materias intituídas pela sociedade que o pensamento de Marx e Engels é chamado de materialismo histórico.

MATERIALISMO porque somos o que as condições materiais (as relações sociais de produção) nos determinam a ser e a pensar. HISTÓRICO porque a sociedade e a política não surgem de decretos divinos nem nascem da ordem natural, mas dependem da ação concreta dos seres humanos no tempo.

Por que para Marx o materialismo histórico é dialético? Por afirmar que o processo histórico é movido por contradições sociais o materialismo histórico é DIALÉTICO. DIALÉTICA é um diálogo, um discurso compartilhado por dois interlocutores de opiniões opostas sobre alguma coisa que levam a uma discussão de modo a superar essas opiniões contrárias e chegar a unidade de ideias. E um procedimento com o qual passamos dos contrários ao idêntico, das opiniões contrárias à identidade da ideia.

Principais pontos da SOCIOLOGIA MARXISTA: EXISTENCIALISMO "O que Marx mais critica é a questão de como compreender o que é o homem. Não é o ter consciência (ser racional), nem tampouco ser um animal político, que confere ao homem sua singularidade, mas ser capaz de produzir suas condições de existência, tanto material quanto ideal, que diferencia o homem.“

Principais pontos da SOCIOLOGIA MARXISTA: O homem é historicamente determinado pelas condições. Logo todas as teorias de Marx estão fundamentadas naquilo que é o homem, ou seja, o que é a sua existência. O Homem é condenado a ser livre.

A LUTA DE CLASSES “A história de toda sociedade passado é a história da luta de classes.” A teoria marxista também procura explicar a evolução das relações econômicas nas sociedades humanas ao longo do processo histórico. Haveria, segundo a concepção marxista, uma permanente dialética das forças entre poderosos e fracos, opressores e oprimidos, a história da humanidade seria constituída por uma permanente luta de classes, como deixa bem claro a primeira frase do primeiro capítulo d’O Manifesto Comunista:

O papel da ideologia Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, as idéias que eles têm do mundo e da sociedade seriam as mesmas idéias que a burguesia espalha.

A revolução Não basta existir uma crise econômica para que haja uma revolução. O que é decisivo são as ações das classes sociais que, para Marx e Engels, em todas as sociedades em que a propriedade é privada existem lutas de classes (senhores x escravos, nobres feudais x servos, burgueses x proletariados). A luta do proletariado do capitalismo não deveria se limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também ser a luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido como luta política pela tomada do poder.

CONSIDERAÇÕES FINAIS As forças econômicas em interação na história, a luta de classes como o móvel da sociedade, a servilização do homem pelo trabalho, numa indesculpável perversão do papel existencial do homem, são fatores que destacam o marxismo para uma forte crítica social. E isso é analisado na teoria marxista não somente como um fato contemporâneo e passageiro, mas também como uma constante histórica, que, por forçosamente presente, haveria de gerar a opressão burguesa em face da fraqueza proletária. Eis a dialética econômica da história:

CONSIDERAÇÕES FINAIS “Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição da duas classes em luta” (Marx, Engels, Manifesto do Partido Comunista. In: Obras escolhidas, 1956, página 26).